Postando a minha opinião sobre o referendo do aborte em Portugal, nunca esperei receber tanto feedback, como estou recebendo estes dias. Desde uns tipos que pretendem auto – promover os seus próprios WEB recursos, até as pessoas que queriam usar o meu espaço para promover a causa do NÃO. Descaradamente…
Uma querida, Cláudio Anaia, deixou nós na Terça-feira, dia 06 de Fevereiro, as 15 QUESTÕES SOBRE O REFERENDO, que sem duvida gostaria de comentar.
1 - QUAL A QUESTÃO QUANDO SE FALA DE DESPENALIZACÃO DO ABORTO ?
O referendo de 2007 propõe que a mulher possa abortar até às 10 semanas nos hospitais e em clínicas privadas, com os serviços pagos pelos nossos impostos, sem ter que dar qualquer razão (…). De facto, trata-se duma legalização e liberalização do aborto.
Sou à favor de liberalização do aborto, tal como é feito na Ucrânia e ponto final. Há tanta coisa que em Portugal (e nos outros partes do mundo) é paga pelos nossos impostos sem a nossa vontade, que podemos aguentar com esta.
P.S. Pelos vistos Sra. não vê mal nenhum em gastar o dinheirinho dos impostos na compra dos blindados ou submarinos...
2 - MAS QUEREM QUE AS MULHERES QUE ABORTAM VÃO PARA A CADEIA?
(…) É importante que as pessoas saibam que o aborto é um mal e por isso é punível por lei.
Na República da África do Sul era crime o casamento das pessoas das raças diferentes, em Moçambique embora não era proibido, mas era muito mal visto. E daí? As sociedades evoluem. Aborto não é um mal, é um direito. E se não querem que as mulheres sejam julgadas, então muda-se a Lei.
3 - O BEBÉ TEM ALGUMA PROTECCÃO LEGAL?
A sociedade deve considerar que todos, e especialmente os mais fracos e desprotegidos, merecem protecção legal (…).
Correcto, mas o feto não é um bebé ainda, nem é um ser humano, sequer.
4 - DIZEM QUE O FETO AINDA NÃO É PESSOA E POR ISSO NÃO TEM DIREITOS…
Ver o p. 3
5 - E OS PROBLEMAS DA MULHER?...
(…) a proibição protege a mulher que (…) pode responder que recusa fazer algo proibido por lei (...).
Não se percebe, ora homem também deve ter os direitos sobre o futuro bebé, ora é um pavericador que pressiona, obriga e exerce coerção sobre a mulher.
6 - MAS A MULHER NÃO TEM O DIREITO DE USAR LIVREMENTE O SEU CORPO?
A mulher tem o direito de usar o seu corpo, mas não de dispor do corpo de outro (...).
Enfim, é uma maquina mesmo de fazer os bebés em prol do Deus, Pátria e Família.
7 - E QUANTO À QUESTÃO DA SAÚDE DA MULHER QUE ABORTA?
Legal ou ilegal, o aborto representa sempre um risco e um traumatismo físico e psicológico para a mulher (…) o aborto (…) pode provocar cancro de mama, esterilidade, tendência para aborto espontâneo, infecções que podem levar à histerectomia, depressões e até suicídios.
Então, aqueles que não querem fazer o aborto, que não o façam, porque obrigar outras a não fazer? Onde está a dita livre escolha? Ou em nome da “liberdade da escolha” vocês pretendem escolher por outrem?
8 - E QUANDO A MULHER NÃO TEM CONDIÇÕES ECONÓMICAS PARA CRIAR UM FILHO?
(…) Uma mãe com dificuldades precisa de ajuda para criar os seus filhos, abortar mantê-la-á na pobreza e na ignorância (...)
Muitos filhos = muita sabedoria, aborto = ignorância… Glamour!
Como exactamente pretende ajudar às senhoras que abortam?
a)?… b) ?… c)?…
9 - MAS TEM QUE SE ACABAR COM O ABORTO CLANDESTINO...
(…) Em todos os países, após a despenalização aumentou muito o aborto legal (...), mas não diminuiu o aborto clandestino, pois a lei não combate as suas causas (...).
Na Ucrânia não há o aborto clandestino, nem em Moçambique, que é um país mais pobre que Portugal. E quando evoca a exemplo de aborto clandestino, sabe muito bem, que à este muitas das vezes recorram as estrangeiras (por serem ilegais, por questões económicas e culturais, pressionadas pelo meio, etc). A despenalização do aborto não pode combater as causas económicas do aborto, essa ideia não passa de uma falácia.
10 –A DESPENALIZACÃO SERIA SÓ PARA AS MULHERES?
(…) As leis pró - aborto abrem as portas ao grande negócio das Clínicas Privadas Abortivas e aos acordos para o Estado pagar esses serviços, enquanto os verdadeiros doentes esperam anos para serem atendidos sem terem direito a essas regalias.
a). O que têm a ver um doente com cancro com a doente que precisa de fazer o aborto? Me parece que são tratados por departamentos diferentes.
b). Façam uma Lei que obriga fazer o aborto nos aboratórios do Estado, sem possibilidade de comparticipação nas privadas.
11 - MAS A DESPENALIZACÃO NÃO OBRIGA NINGUÉM A ABORTAR...
Exactamente! Quem não quer abortar, que não o faça. Quem quer, deverá ter essa oportunidade. Se não, vão continuar a abortar na Espanha. Que pelos vistos é um país muito mais Europeu…
12 - PORQUE SE PROPÕEM PRAZOS PARA O ABORTO LEGAL ?
Também não sei, por mi, seria legal por muito mais tempo, pelo menos até 6 meses (acredito que ninguém irá fazê-lo neste período levianamente).
13 - SEGUNDO A LEI O PAI DA CRIANÇA TEM ALGUM DIREITO OU DEVER NESTA DECISÃO?
Não, o homem fica sem nenhuma responsabilidade, e também sem nenhum direito (...).
A mulher é o elo mais fraco nesta situação, infelizmente, nem toda a gente em Portugal sabe o que é uma pílula, nem toda a gente sabe ler ou escrever. Num país assim, a mulher têm que ser protegida contra as vontades do homem.
14 - O ABORTO É UM PROBLEMA RELIGIOSO, OU ABRANGE OS DIREITOS DO HOMEM ? O aborto ataca os Direitos do Homem. (...) Porque é que alguns bebés, só porque não são planeados, devem ser excluídos dos direitos de toda a humanidade?
Já dissemos que fetos, ainda não são bebés. E ainda, ninguém pode ser mãe contra a sua vontade. Me parece um direito universal muito bonito.
15 - SER CONTRA A DESPENALIZACÃO NÃO É SER INTOLERANTE E RADICAL ? (…) o aborto é (…) totalmente intolerante e radical para com a criança, porque a destrói (…) "Sim" ao aborto tem em conta a posição dum só dos intervenientes (…) "Não" ao aborto obriga-nos (…) ter em consideração os dois intervenientes.
Parece romance “1984” de Jeorge Orwell. Não é Sim, e Sim é Não. Verdade é mentira e mentira é verdade. Ministério da Paz planeia a guerra e nos EUA os radicais matam o pessoal médico das clínicas do aborto, em nome dos direitos dos fetos. Surreal – irreal …