domingo, abril 30, 2006
sexta-feira, abril 28, 2006
Business in Ukraine
Business conference “How to manage in Ukraine” will be held on June 22, 2006 in Kyiv, capital of Ukraine.
The event is a great opportunity for interested investors, current and potential employees of multinational companies, and expatriate managers to get accustomed with the features of business in Ukraine and to facilitate information sharing.
The one-day dynamic business conference will feature the distinguished speakers - who are currently the owners and managers of the successful overseas companies that have managed to attain an excellent result in Ukraine. They will give an evaluation of Ukrainian business realities from an international perspective and help you to estimate possibilities of your company to enter the Ukrainian market. During the day you will discuss the importance of the Ukrainian market for the foreign companies.
Web-site www.howtomanage.in.ua will give you the detailed information about the conference.
In order to apply for the conference, please fill out the application form www.howtomanage.in.ua/participation/index.php
Contact: Project Manager Mariya Novak
e-mail: mariya@howtomanage.in.ua
tel.: +380 44 205-83-20
cell.: +380 97 913-54-49
The event is a great opportunity for interested investors, current and potential employees of multinational companies, and expatriate managers to get accustomed with the features of business in Ukraine and to facilitate information sharing.
The one-day dynamic business conference will feature the distinguished speakers - who are currently the owners and managers of the successful overseas companies that have managed to attain an excellent result in Ukraine. They will give an evaluation of Ukrainian business realities from an international perspective and help you to estimate possibilities of your company to enter the Ukrainian market. During the day you will discuss the importance of the Ukrainian market for the foreign companies.
Web-site www.howtomanage.in.ua will give you the detailed information about the conference.
In order to apply for the conference, please fill out the application form www.howtomanage.in.ua/participation/index.php
Contact: Project Manager Mariya Novak
e-mail: mariya@howtomanage.in.ua
tel.: +380 44 205-83-20
cell.: +380 97 913-54-49
Photo from site: www.howtomanage.in.ua
quinta-feira, abril 27, 2006
Leonardo DiCaprio machucou a perna
Leonardo DiCaprio sofreu ferimentos ligeiros numa perna durante as filmagens em Maputo do seu mais recente filme «Blood Diamond», anunciou o seu porta-voz Ken Sunshine.
DiCaprio feriu-se sexta-feira, dia 21 de Abril, e de acordo com o jornal sul-africano “The Citizen”, foi evacuado para a cidade sul-africana de Nelspruit, junto à fronteira com Moçambique, onde foi observado por médicos de uma clínica privada, tendo regressado de imediato à capital moçambicana.
DiCaprio encontra-se desde o final de Março em Maputo para a rodagem do filme, no qual desempenha o papel de um mercenário sul-africano na guerra civil na Serra Leoa.
Fonte: Diário Digital / Lusa
Fotos: A rua maputense de Consiglieri Pedroso foi transformada numa rua de Freetown
DiCaprio feriu-se sexta-feira, dia 21 de Abril, e de acordo com o jornal sul-africano “The Citizen”, foi evacuado para a cidade sul-africana de Nelspruit, junto à fronteira com Moçambique, onde foi observado por médicos de uma clínica privada, tendo regressado de imediato à capital moçambicana.
DiCaprio encontra-se desde o final de Março em Maputo para a rodagem do filme, no qual desempenha o papel de um mercenário sul-africano na guerra civil na Serra Leoa.
Fonte: Diário Digital / Lusa
Fotos: A rua maputense de Consiglieri Pedroso foi transformada numa rua de Freetown
quarta-feira, abril 19, 2006
Chornobyl – 20 anos depois
“E caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma lâmpada, e ela caiu sobre um terço dos rios e sobre as fontes de águas. E o nome da estrela chama-se Absinto. E um terço das águas transformou-se em absinto, e muitos dos homens morreram por causa das águas, porque foram feitas amargas."Livro de Apocalipse, 8:10
O maior acidente tecnológico da Europa aconteceu há vinte anos
O acidente na Central Nuclear ucraniano de Chornobyl (a maneira correcta de pronunciar a palavra, que numa fala ucraniana regional significa absinto), aconteceu no dia 26 de Abril de 1986. Milhares de pessoas morreram (125.000 pelos dados oficiais), a zona de 30 km em redor do reactor foi declarada uma zona interdita e um sarcófago feito do betão armado foi construído em Dezembro de 1986, para não deixar escapar a radiação.
Milhões de ucranianos foram afectados, assim como as pessoas na vizinha Belarus. A radiação que escapou do reactor, provoca todo o tipo de cancros, e os níveis do aparecimento do cancro, subiram na Ucrânia e Belarus, vertiginosamente. A capital ucraniana, Kyiv, fica à uma distância de apenas 180 km de Chornobyl. E mesmo assim, foi um mal menor, porque inicialmente, o Ministério da Energia Atómica soviético, planeava construir o reactor na localidade de Boryspil (apenas 35 km da capital).
O regime do ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, recusava-se incluir a cidade de Kyiv na zona abrangida pela programa de ajuda às pessoas atingidas pela catástrofe, por razões meramente económicas (população de Kyiv é de 2,6 milhões de habitantes). Várias pessoas viram baixar a qualidade das suas vidas, pois os centros médicos especializados em tratamentos ligados à radiologia, recusam-se de tratar os moradores de Kyiv, argumentando que os citadinos não tinham este direito legal...
01.24 minutos do dia 26 de Abril de 1986. Dois explosões surdas ouviram-se no IV Reactor da Central Nuclear de Chornobyl. Uma coluna dos gazes candentes subiu a altura de 1 quilómetro aos céus. Até 05.00 de manha o incêndio principal foi extinto, mas o reactor continua a trabalhar nos próximos 10 dias. Uma luz vermelha nos escombros, foi vista durante vários dias.
Primeiro, os bombeiros usavam a água, só na noite de 26 de Abril começaram as tentativas de cobrir o reactor em brasa, com sacos de areia e de chumbo, usando os helicópteros militares. O calor era tão intenso, que areia, ao cair dentro do reactor, transformava-se em vidro, o chumbo derretia... Logo a seguir, os bombeiros foram enviados às clinicas especiais do Moscovo, durante próximos três meses, todos eles morreram...
No dia 26 de Abril, os níveis da radiação em Chornobyl eram 87.000 (mil vezes!) superiores ao nível natural...
Às 09:30 de 27 de Abril de 1986, os monitores de radiação na Central Nuclear de Forsmark, perto de Uppsala, Suécia, detectaram níveis anormais de iodo e cobalto, motivando a evacuação dos funcionários da área. Mas os especialistas não constataram nenhum problema na Central. O problema estava no ar. Foram verificados níveis anormais no norte e centro da Finlândia. Em Oslo, na Noruega, os níveis duplicaram. Na Dinamarca, subiram cinco vezes.
Os suecos, através da sua Embaixada em Moscovo, interpelaram o Comité Estatal para o Uso da Energia Atómica da URSS e a Organização Internacional de Energia Atómica, devido a suspeita de que os ventos que traziam radioactividade à Escandinávia vinham da Ucrânia. Moscovo negou qualquer anormalidade. Mas a presença de ruténio nas amostras analisadas na Suécia era emblemática, visto que o ruténio se funde a 2.255°C, sugerindo uma explosão grave. Só em 27 de Abril, no fim do dia, às 21:02, o telejornal soviético apresentou uma breve declaração sobre: “uma ocorrência” na Central Nuclear Vladímir Lenin em Prypyat. No dia 29 de Abril jornal oficioso “Pravda” admitiu duas mortes e “algum vazamento da radiação”.
50 mil moradores da cidade de Prypyat (que abrigava a Central e onde moravam os seus funcionários, apenas à 3 km do Chornobyl) começaram ser evacuados com um dia do atraso. A URSS por duas vezes recusou a oferta americana de ajudar com médicos e tecnologia.
Um satélite americano, cobrindo a Ucrânia, fotografou o Reactor IV com o tecto destroçado e ainda em chamas, com fumaça vertendo do interior. Mas para dar a ideia de normalidade, os alunos das escolas em Kyiv e Minsk/Mensk (Belarus), foram obrigados a participar nos desfiles das comemorações do 1° de Maio. (Nesta altura os níveis de radiação na principal artéria de Kyiv, Khreshatyk eram 80 vezes superior ao normal). Apenas no dia 2 de Maio começa a evacuação das pessoas da zona de 30 km em redor da Estação. Os representantes do Estado diziam às pessoas evacuadas: “não levem muita coisa, daqui a três dias vocês vão voltar”. Durante a primeira semana ninguém sabia nada, nem sobre a envergadura do acidente, nem sobra as medidas da protecção. Dizia-se que pessoas tem que beber o vinho tinto, que é imediatamente é sugado das lojas. Em Kyiv instala-se o pânico, a cidade é abandonada pelos seus moradores. É o primeiro êxodo em massa dos russos da capital ucraniana. No dia 3 de Maio, a nuvem radioactiva estava sobre o Japão e no dia 5 de Maio chegou aos EUA e Canadá. Mikhail Gorbachov, tão querido no mundo Ocidental, demorou 18 dias (!) para falar sobre acidente, fazendo-o apenas em 14 de Maio.
E os alunos das escolas secundárias (filhos da classe media & baixa, quem ainda ficou em Kyiv), só são evacuados para a Crimeia no início do Junho...
Resultados do desastre
O acidente inutilizou uma área equivalente a um Portugal e meio, 140.000 quilómetros quadrados à qualquer pratica de agricultura. Por centenas ou até milhares de anos. 28 bombeiros morreram em primeiros três meses. 125.000 nos próximos 10 anos. 125.000 pessoas foram realojados das suas aldeias nos arredores do Chornobyl. Três milhões das pessoas continuam a viver nas zonas do risco...
Razões do desastre
Até agora, ninguém sabe ao certo, o que originou o desastre do Chornobyl. O 25 de Abril de 1986 era a data prevista para o início dos trabalhos de manutenção do Reactor IV. Inquérito oficial apontou o erro humano, o director da Estação foi julgado e cumpriu a sua pena na totalidade. Alguns anos mais tarde, falou-se da localização do Chornobyl por cima de uma falha tectónica, dum pequeno terramoto, que originou a reacção não prevista do material radioactivo.
Dados técnicos
Central Nuclear de Chornobyl localiza-se no nordeste da Ucrânia, está em funcionamento desde Abril de 1984. Outros reactores do mesmo tipo (RBMK), estão na Lituânia: Ignalina (2) e na Rússia: Kursk (4); Sankt - Petersburgo (4) e Smolensk (3).
A Central de Chornobyl funcionava com quatro reactores de 1.000 MW, que entraram em funcionamento em 1978, 1979, 1982 e 1984. Cada um alimentava dois geradores de energia eléctrica. O projecto nuclear soviético conhecido pelo acróstico russo de RBMK (reactor de grande potência do tipo canal), reactor com urânio enriquecido refrigerado à água fervente, moderado a grafite, é um reactor evoluído a partir de um modelo militar, cujo objectivo é a produção de plutónio a partir do urânio no seu interior.
O núcleo do reactor é um cilindro de grafite com 11,8 m de diâmetro e 7 m de altura, o qual está num bloco de concreto de 22 X 22 X 26 m sobre uma estrutura metálica. Por baixo, existe um espaço, parcialmente cheio de água, que deve receber a mistura de água e vapor no caso de haver ruptura em um dos canais de circulação, causando condensação do vapor. O núcleo é protegido por uma blindagem, composta de ferro com cimento contendo bário.
O resfriamento do moderador é feito por meio da circulação, dentro do cilindro metálico, de uma mistura de hélio e nitrogénio. Por causa do esfriamento de neutrónios e da absorção de raios gama, em condições de funcionamento estável, o moderador chega à temperatura de 700ºC, podendo absorver 150 MW, equivalentes a 5% da potência total gerada pelo reactor. O sistema de controle e protecção consiste de 211 barras de controle, feitas de boro, absorvente de neutrónios, colocadas em canais separados dentro do moderador, de forma a poderem ser inseridas no núcleo. O moderador contém 1.661 canais para abrigar conjuntos de combustível, revestidos de zircaloy, uma liga de zircónio com 1% de nióbio. Cada conjunto consiste de dois subconjuntos, que, por sua vez, contêm 18 elementos individuais, cada um com 3,6 kg de óxido de urânio em pastilhas, enriquecido a 2%. No caso de "queima completa" do combustível, a energia é de 20 MW dia por quilo de urânio e o combustível queimado contém 2,3 kg de plutónio por tonelada. O núcleo da unidade IV tinha uma queima média de 1 kg a cada 10,3 dias.
Segurança chegou em 2016
Um novo sarcófago, construído para cobrir o IV reator de Chornobyl foi concluído em 2016. Na conferência dos países – doadores, que tive lugar em Londres, no dia 12 de Maio de 2005, foi decidido encaminhar mais de 200 milhões de USD para a realização do projecto “Abrigo”. As novas entradas do dinheiro, vão complementar os anteriores 600 milhões de Euros, que foram prometidos pelos 28 países doadores.
O novo sarcófago, transformou o destruído IV reactor do Chornobyl, em um objecto ecologicamente seguro. O novo sarcófago tem a forma de um arco de 100 metros de altura e 250 metros de extensão. Arco foi montado num lugar seguro, e depois foi puxado para cobrir o sarcófago antigo e aquilo que resta do reactor. O novo sarcófago contem vários elementos, que permitirão fazer trabalhos profilácticos dentro da sua estrutura, por exemplo, desmontar os elementos instáveis do antigo sarcófago, ou retirar o seu conteúdo radioactivo. O custo total do projecto ultrapassa um bilião de dólares.
Por iniciativa do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (EBBR), Chornobyl deixou de pertencer a empresa da energia atómica da Ucrânia, “Energoatom” e transformou-se numa EE especializada.
O que dizem os astros...
Em Março de 1986, a Cometa do Halley aproximava-se a Terra pela 30ª vez. Essa cometa que tem a forma de cabeça de peixe com um olho vermelho, têm uma má fama, pois acredita-se que provoca secas, guerras e outros desastres naturais. O ano de 1986 foi bastante carregado de tragédias humanas...
26 de Janeiro de 1986, 73 segundos depois da descolagem, sofre da avaria a nave espacial americana Challenger. Morrem 7 tripulante, dois das quais mulheres.
31 de Agosto de 1986, o navio de recreio soviético “Almirante Nakhimov”, construído em 1925 e considerado inapto para a navegação, meses antes, sofre um abalroamento com 1234 passageiros à bordo. Apenas 8 minutos mais tarde, o navio afunda-se, 423 passageiros morrem, 65 corpos nunca aparecem, morrem também 2 mergulhadores.
O maior acidente tecnológico da Europa aconteceu há vinte anos
O acidente na Central Nuclear ucraniano de Chornobyl (a maneira correcta de pronunciar a palavra, que numa fala ucraniana regional significa absinto), aconteceu no dia 26 de Abril de 1986. Milhares de pessoas morreram (125.000 pelos dados oficiais), a zona de 30 km em redor do reactor foi declarada uma zona interdita e um sarcófago feito do betão armado foi construído em Dezembro de 1986, para não deixar escapar a radiação.
Milhões de ucranianos foram afectados, assim como as pessoas na vizinha Belarus. A radiação que escapou do reactor, provoca todo o tipo de cancros, e os níveis do aparecimento do cancro, subiram na Ucrânia e Belarus, vertiginosamente. A capital ucraniana, Kyiv, fica à uma distância de apenas 180 km de Chornobyl. E mesmo assim, foi um mal menor, porque inicialmente, o Ministério da Energia Atómica soviético, planeava construir o reactor na localidade de Boryspil (apenas 35 km da capital).
O regime do ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, recusava-se incluir a cidade de Kyiv na zona abrangida pela programa de ajuda às pessoas atingidas pela catástrofe, por razões meramente económicas (população de Kyiv é de 2,6 milhões de habitantes). Várias pessoas viram baixar a qualidade das suas vidas, pois os centros médicos especializados em tratamentos ligados à radiologia, recusam-se de tratar os moradores de Kyiv, argumentando que os citadinos não tinham este direito legal...
01.24 minutos do dia 26 de Abril de 1986. Dois explosões surdas ouviram-se no IV Reactor da Central Nuclear de Chornobyl. Uma coluna dos gazes candentes subiu a altura de 1 quilómetro aos céus. Até 05.00 de manha o incêndio principal foi extinto, mas o reactor continua a trabalhar nos próximos 10 dias. Uma luz vermelha nos escombros, foi vista durante vários dias.
Primeiro, os bombeiros usavam a água, só na noite de 26 de Abril começaram as tentativas de cobrir o reactor em brasa, com sacos de areia e de chumbo, usando os helicópteros militares. O calor era tão intenso, que areia, ao cair dentro do reactor, transformava-se em vidro, o chumbo derretia... Logo a seguir, os bombeiros foram enviados às clinicas especiais do Moscovo, durante próximos três meses, todos eles morreram...
No dia 26 de Abril, os níveis da radiação em Chornobyl eram 87.000 (mil vezes!) superiores ao nível natural...
Às 09:30 de 27 de Abril de 1986, os monitores de radiação na Central Nuclear de Forsmark, perto de Uppsala, Suécia, detectaram níveis anormais de iodo e cobalto, motivando a evacuação dos funcionários da área. Mas os especialistas não constataram nenhum problema na Central. O problema estava no ar. Foram verificados níveis anormais no norte e centro da Finlândia. Em Oslo, na Noruega, os níveis duplicaram. Na Dinamarca, subiram cinco vezes.
Os suecos, através da sua Embaixada em Moscovo, interpelaram o Comité Estatal para o Uso da Energia Atómica da URSS e a Organização Internacional de Energia Atómica, devido a suspeita de que os ventos que traziam radioactividade à Escandinávia vinham da Ucrânia. Moscovo negou qualquer anormalidade. Mas a presença de ruténio nas amostras analisadas na Suécia era emblemática, visto que o ruténio se funde a 2.255°C, sugerindo uma explosão grave. Só em 27 de Abril, no fim do dia, às 21:02, o telejornal soviético apresentou uma breve declaração sobre: “uma ocorrência” na Central Nuclear Vladímir Lenin em Prypyat. No dia 29 de Abril jornal oficioso “Pravda” admitiu duas mortes e “algum vazamento da radiação”.
50 mil moradores da cidade de Prypyat (que abrigava a Central e onde moravam os seus funcionários, apenas à 3 km do Chornobyl) começaram ser evacuados com um dia do atraso. A URSS por duas vezes recusou a oferta americana de ajudar com médicos e tecnologia.
Um satélite americano, cobrindo a Ucrânia, fotografou o Reactor IV com o tecto destroçado e ainda em chamas, com fumaça vertendo do interior. Mas para dar a ideia de normalidade, os alunos das escolas em Kyiv e Minsk/Mensk (Belarus), foram obrigados a participar nos desfiles das comemorações do 1° de Maio. (Nesta altura os níveis de radiação na principal artéria de Kyiv, Khreshatyk eram 80 vezes superior ao normal). Apenas no dia 2 de Maio começa a evacuação das pessoas da zona de 30 km em redor da Estação. Os representantes do Estado diziam às pessoas evacuadas: “não levem muita coisa, daqui a três dias vocês vão voltar”. Durante a primeira semana ninguém sabia nada, nem sobre a envergadura do acidente, nem sobra as medidas da protecção. Dizia-se que pessoas tem que beber o vinho tinto, que é imediatamente é sugado das lojas. Em Kyiv instala-se o pânico, a cidade é abandonada pelos seus moradores. É o primeiro êxodo em massa dos russos da capital ucraniana. No dia 3 de Maio, a nuvem radioactiva estava sobre o Japão e no dia 5 de Maio chegou aos EUA e Canadá. Mikhail Gorbachov, tão querido no mundo Ocidental, demorou 18 dias (!) para falar sobre acidente, fazendo-o apenas em 14 de Maio.
E os alunos das escolas secundárias (filhos da classe media & baixa, quem ainda ficou em Kyiv), só são evacuados para a Crimeia no início do Junho...
Resultados do desastre
O acidente inutilizou uma área equivalente a um Portugal e meio, 140.000 quilómetros quadrados à qualquer pratica de agricultura. Por centenas ou até milhares de anos. 28 bombeiros morreram em primeiros três meses. 125.000 nos próximos 10 anos. 125.000 pessoas foram realojados das suas aldeias nos arredores do Chornobyl. Três milhões das pessoas continuam a viver nas zonas do risco...
Razões do desastre
Até agora, ninguém sabe ao certo, o que originou o desastre do Chornobyl. O 25 de Abril de 1986 era a data prevista para o início dos trabalhos de manutenção do Reactor IV. Inquérito oficial apontou o erro humano, o director da Estação foi julgado e cumpriu a sua pena na totalidade. Alguns anos mais tarde, falou-se da localização do Chornobyl por cima de uma falha tectónica, dum pequeno terramoto, que originou a reacção não prevista do material radioactivo.
Dados técnicos
Central Nuclear de Chornobyl localiza-se no nordeste da Ucrânia, está em funcionamento desde Abril de 1984. Outros reactores do mesmo tipo (RBMK), estão na Lituânia: Ignalina (2) e na Rússia: Kursk (4); Sankt - Petersburgo (4) e Smolensk (3).
A Central de Chornobyl funcionava com quatro reactores de 1.000 MW, que entraram em funcionamento em 1978, 1979, 1982 e 1984. Cada um alimentava dois geradores de energia eléctrica. O projecto nuclear soviético conhecido pelo acróstico russo de RBMK (reactor de grande potência do tipo canal), reactor com urânio enriquecido refrigerado à água fervente, moderado a grafite, é um reactor evoluído a partir de um modelo militar, cujo objectivo é a produção de plutónio a partir do urânio no seu interior.
O núcleo do reactor é um cilindro de grafite com 11,8 m de diâmetro e 7 m de altura, o qual está num bloco de concreto de 22 X 22 X 26 m sobre uma estrutura metálica. Por baixo, existe um espaço, parcialmente cheio de água, que deve receber a mistura de água e vapor no caso de haver ruptura em um dos canais de circulação, causando condensação do vapor. O núcleo é protegido por uma blindagem, composta de ferro com cimento contendo bário.
O resfriamento do moderador é feito por meio da circulação, dentro do cilindro metálico, de uma mistura de hélio e nitrogénio. Por causa do esfriamento de neutrónios e da absorção de raios gama, em condições de funcionamento estável, o moderador chega à temperatura de 700ºC, podendo absorver 150 MW, equivalentes a 5% da potência total gerada pelo reactor. O sistema de controle e protecção consiste de 211 barras de controle, feitas de boro, absorvente de neutrónios, colocadas em canais separados dentro do moderador, de forma a poderem ser inseridas no núcleo. O moderador contém 1.661 canais para abrigar conjuntos de combustível, revestidos de zircaloy, uma liga de zircónio com 1% de nióbio. Cada conjunto consiste de dois subconjuntos, que, por sua vez, contêm 18 elementos individuais, cada um com 3,6 kg de óxido de urânio em pastilhas, enriquecido a 2%. No caso de "queima completa" do combustível, a energia é de 20 MW dia por quilo de urânio e o combustível queimado contém 2,3 kg de plutónio por tonelada. O núcleo da unidade IV tinha uma queima média de 1 kg a cada 10,3 dias.
Segurança chegou em 2016
Um novo sarcófago, construído para cobrir o IV reator de Chornobyl foi concluído em 2016. Na conferência dos países – doadores, que tive lugar em Londres, no dia 12 de Maio de 2005, foi decidido encaminhar mais de 200 milhões de USD para a realização do projecto “Abrigo”. As novas entradas do dinheiro, vão complementar os anteriores 600 milhões de Euros, que foram prometidos pelos 28 países doadores.
Ucrânia inaugura o novo sarcófago do Chornobyl |
Por iniciativa do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (EBBR), Chornobyl deixou de pertencer a empresa da energia atómica da Ucrânia, “Energoatom” e transformou-se numa EE especializada.
O que dizem os astros...
Em Março de 1986, a Cometa do Halley aproximava-se a Terra pela 30ª vez. Essa cometa que tem a forma de cabeça de peixe com um olho vermelho, têm uma má fama, pois acredita-se que provoca secas, guerras e outros desastres naturais. O ano de 1986 foi bastante carregado de tragédias humanas...
26 de Janeiro de 1986, 73 segundos depois da descolagem, sofre da avaria a nave espacial americana Challenger. Morrem 7 tripulante, dois das quais mulheres.
31 de Agosto de 1986, o navio de recreio soviético “Almirante Nakhimov”, construído em 1925 e considerado inapto para a navegação, meses antes, sofre um abalroamento com 1234 passageiros à bordo. Apenas 8 minutos mais tarde, o navio afunda-se, 423 passageiros morrem, 65 corpos nunca aparecem, morrem também 2 mergulhadores.
Political prisoners in Belarus
Youth leader Mikita Sasim is imprisoned for a second month. He faces up to 3 years of imprisonment. Please show your solidarity and support the Belarusian patriot. Write a letter to Mikita Sasim to the address: 225320, Belarus, Brest region, Baranavichy, Brestskaya Street, 258a, remand prison number 6, cell 8, Mikita Sasim.
Let’s Support Mikita Sasim!
Prisioneiros políticos em Belarus
Let’s Support Mikita Sasim!
Prisioneiros políticos em Belarus
Líder da juventude pró – democracia, Mikita Sasim está na prisão pelo segundo mês consecutivo. Ele poderá ser condenado à 3 anos da cadeia.
Sejamos solidários com patriota belaruso! Escrevem as cartas de apoio para Mikita Sasim no seguinte endereço: 225320, Belarus, Brest region, Baranavichy, Brestskaya Street, 258a, remand prison number 6, cell 8, Mikita Sasim.
Vamos apoiar Mikita Sasim!
segunda-feira, abril 17, 2006
Chornobyl: genocidio del sistema comunista
Por: Alejandro Cham (Argentina)
acham4@hotmail.com
acham4@hotmail.com
El próximo 26 de abril se cumplirán 20 años de la catástrofe de la central
atómica de Chornóbyl. Desde un principio, a la par de elementales acciones de seguridad y extinción de los incendios, las autoridades tendieron un telón de
seguridad y silencio, muy de acuerdo a los cánones soviéticos. De no ser que los vientos llevaron la nube radioactiva, a países de Occidente pasando por Belarus, recién entonces se activó la alarma internacional.
atómica de Chornóbyl. Desde un principio, a la par de elementales acciones de seguridad y extinción de los incendios, las autoridades tendieron un telón de
seguridad y silencio, muy de acuerdo a los cánones soviéticos. De no ser que los vientos llevaron la nube radioactiva, a países de Occidente pasando por Belarus, recién entonces se activó la alarma internacional.
El pasado mes de febrero fue presentado en Kyiv el libro de Mykola Karpan “Chornóbyl. La venganza del átomo pacífico”, producto de años de investigación del autor. La responsabilidad del personal de la planta atómica en el cuarto bloque, el 26 de abril de 1986 es uno de los “mitos” según afirma Mykola Karpan en la ocasión. Con Chornóbyl se asocian también mitos sobre la seguridad en reactores del tipo similares, sobre la verdad del juicio que se siguió a los directores de la planta y sobre las causas de la explosión del reactor. A la desmitificación de cada uno de esos mitos están dedicados los distintos capítulos de la obra.
Mykola Karpan es ingeniero en física, trabajó en Siberia en complejos nucleares defensivos; en Chornóbyl (hasta la explosión, en la sección de seguridad nuclear, luego como segundo del ingeniero principal de tecnología y seguridad); fue luego segundo del director del centro tecnológico-científico nuclear de la URSS; experto en la comisión parlamentaria creada a raíz de la catástrofe de Chornóbyl. En las primeras horas luego de la explosión del reactor, fue iniciador y ejecutor directo del análisis del estado del bloque energético destruido, imprescindible para la adopción de decisiones para la liquidación de los efectos de la explosión y la proyección de la evolución futura de la situación. Luego de la explosión del cuarto reactor y vinculado a su participación en la verificación de los otros tres reactores, junto a otros colegas siguió viviendo en la ciudad de Prypiat hasta el 4 de mayo, ubicada a dos kilómetros de la planta (el personal operativo de la misma fue evacuado el 29 de abril dos días después de evacuada la población).
De acuerdo a la investigación publicada recientemente y difundida por la agencia noticiosa UNIAN, las verdaderas causas y los verdaderos culpables de la catástrofe de Chornóbyl eran conocidos ya en julio de 1986. En el libro se publica el protocolo de la reunión del buró político del Comité Central del Partido Comunista de la Unión Soviética del 3 de julio de ese año, caratulado “secreto total”, donde consta que los partícipes de la misma, presidida por el entonces secretario general del CC del PCUS, Mykhail Gorbachov y en base al resultado de declaraciones de científicos y funcionarios, concluyeron que la causa principal de la catástrofe se debió a fallas del reactor, en particular su propensión a la “aceleración”, que según puntualizó el entonces presidente de la Academia de Ciencias de la URSS, O. Aleksandrov, “es un error del responsable científico y constructor del reactor”. Los participantes de la reunión puntualizaron que los operadores no fueron informados de todas las consecuencias que podrían derivarse ante la manifestación de la característica ya apuntada.
Asimismo, se acordó que el reactor no respondía a los actuales parámetros de seguridad, sus sistemas de protección resultaron “ineficientes” y que “la seguridad del reactor debe asegurarla la física y no las medidas operativas”.
Constan las palabras de Gorbachov: “fue puesto en marcha un reactor sin terminar”, y a la vez, “tuvo lugar un infundado abandono del análisis teórico en lo que atañe a la seguridad del reactor”. El por entonces primer ministro de la URSS Nikolay Ryzhkov expresó en la reunión, que “la avería fue una consecuencia inevitable de la suma de fallas de la política nacional en el manejo de la energía atómica”.
A pesar de estas conclusiones, el 20 de julio de 1986 fue difundido un comunicado del Politburó del CC PCUS, en el que toda la responsabilidad de lo acontecido fue puesta en el personal de la planta, a quienes acusaron de infringir normas operativas de funcionamiento del reactor.
El personal de la planta continúa bajo la presión de la injusticia. En 1986 los operadores tenían a su cargo un reactor sin los elementos técnicos de control necesarios, por cuanto los proyectistas no les proveyeron ni siquiera de los controles de reserva radioactiva, parámetro que es un elemento fundamental para la seguridad.
Mykola Karpan es ingeniero en física, trabajó en Siberia en complejos nucleares defensivos; en Chornóbyl (hasta la explosión, en la sección de seguridad nuclear, luego como segundo del ingeniero principal de tecnología y seguridad); fue luego segundo del director del centro tecnológico-científico nuclear de la URSS; experto en la comisión parlamentaria creada a raíz de la catástrofe de Chornóbyl. En las primeras horas luego de la explosión del reactor, fue iniciador y ejecutor directo del análisis del estado del bloque energético destruido, imprescindible para la adopción de decisiones para la liquidación de los efectos de la explosión y la proyección de la evolución futura de la situación. Luego de la explosión del cuarto reactor y vinculado a su participación en la verificación de los otros tres reactores, junto a otros colegas siguió viviendo en la ciudad de Prypiat hasta el 4 de mayo, ubicada a dos kilómetros de la planta (el personal operativo de la misma fue evacuado el 29 de abril dos días después de evacuada la población).
De acuerdo a la investigación publicada recientemente y difundida por la agencia noticiosa UNIAN, las verdaderas causas y los verdaderos culpables de la catástrofe de Chornóbyl eran conocidos ya en julio de 1986. En el libro se publica el protocolo de la reunión del buró político del Comité Central del Partido Comunista de la Unión Soviética del 3 de julio de ese año, caratulado “secreto total”, donde consta que los partícipes de la misma, presidida por el entonces secretario general del CC del PCUS, Mykhail Gorbachov y en base al resultado de declaraciones de científicos y funcionarios, concluyeron que la causa principal de la catástrofe se debió a fallas del reactor, en particular su propensión a la “aceleración”, que según puntualizó el entonces presidente de la Academia de Ciencias de la URSS, O. Aleksandrov, “es un error del responsable científico y constructor del reactor”. Los participantes de la reunión puntualizaron que los operadores no fueron informados de todas las consecuencias que podrían derivarse ante la manifestación de la característica ya apuntada.
Asimismo, se acordó que el reactor no respondía a los actuales parámetros de seguridad, sus sistemas de protección resultaron “ineficientes” y que “la seguridad del reactor debe asegurarla la física y no las medidas operativas”.
Constan las palabras de Gorbachov: “fue puesto en marcha un reactor sin terminar”, y a la vez, “tuvo lugar un infundado abandono del análisis teórico en lo que atañe a la seguridad del reactor”. El por entonces primer ministro de la URSS Nikolay Ryzhkov expresó en la reunión, que “la avería fue una consecuencia inevitable de la suma de fallas de la política nacional en el manejo de la energía atómica”.
A pesar de estas conclusiones, el 20 de julio de 1986 fue difundido un comunicado del Politburó del CC PCUS, en el que toda la responsabilidad de lo acontecido fue puesta en el personal de la planta, a quienes acusaron de infringir normas operativas de funcionamiento del reactor.
El personal de la planta continúa bajo la presión de la injusticia. En 1986 los operadores tenían a su cargo un reactor sin los elementos técnicos de control necesarios, por cuanto los proyectistas no les proveyeron ni siquiera de los controles de reserva radioactiva, parámetro que es un elemento fundamental para la seguridad.
La jerarquía partidaria, habiendo puesto a buen recaudo sus familias, no hesitó en silenciar la gravedad del hecho a la población y con el grave peligro de la lluvia radioactiva, en particular sobre la población infantil, desarrolló con toda pompa el tradicional desfile del 1° de mayo en las principales ciudades y en la misma Kyiv, a 100 kilómetros del epicentro de la explosión.
A partir de allí todas las acciones terminaron siendo bastante conocidas en razón de la tremenda trascendencia del hecho, pero de cualquier manera, la verdad fue manipulada o ajustada a la conveniencia del régimen.
Así como lo manifiesta Karpan en su libro, también en occidente, los centros dirigentes de la diáspora ucrania ya disponían de una visión muy cercana a la certeza que se ocultó durante años en la cúpula del CC del PC de la Unión Soviética. Con el fin de encontrar culpables se instruyó un juicio a varios directivos de la planta de Chornóbyl, el principal responsable de la construcción Victor Briukhanov fue sentenciado a diez años de cárcel. En noviembre de 1989 el “Washington Times” logró entrevistarlo en su lugar de detención y la síntesis de su exposición concluyó en que la burocracia soviética era la única responsable de la tragedia. Como apoyo a esa afirmación indicó que distintos elementos considerados muy importantes para los sistemas de seguridad no fueron provistos y se le dio a entender en su momento, que si reiteraba los reclamos, peligraba su estabilidad laboral: “Una persona no puede hacer variar el sistema laboral instaurado en la URSS y no se puede culpar a quienes pasamos a ser esclavos del sistema”.
Condenados los “culpables”, el sistema se ocupó a su vez en todos los ámbitos de relativizar la gravedad de los efectos de la radiación. Por caso, el mencionado Aleksandrov con la autoridad que le confería su alto cargo calificaba de “sicosis” y “radiofobia” las informaciones sobre los efectos que iban surgiendo en todos los seres vivos afectados o al menos las trataba de “somatizaciones”.
La verdad afecta a muchos intereses encubiertos, internos y externos, pero no difíciles de identificar: mayormente son los mismos que también relativizan lo que significó el genocidio del Holodomor (el hambre artificial) en los años 1932-33, con la tremenda cifra de entre siete a diez millones de víctimas inocentes.
A partir de allí todas las acciones terminaron siendo bastante conocidas en razón de la tremenda trascendencia del hecho, pero de cualquier manera, la verdad fue manipulada o ajustada a la conveniencia del régimen.
Así como lo manifiesta Karpan en su libro, también en occidente, los centros dirigentes de la diáspora ucrania ya disponían de una visión muy cercana a la certeza que se ocultó durante años en la cúpula del CC del PC de la Unión Soviética. Con el fin de encontrar culpables se instruyó un juicio a varios directivos de la planta de Chornóbyl, el principal responsable de la construcción Victor Briukhanov fue sentenciado a diez años de cárcel. En noviembre de 1989 el “Washington Times” logró entrevistarlo en su lugar de detención y la síntesis de su exposición concluyó en que la burocracia soviética era la única responsable de la tragedia. Como apoyo a esa afirmación indicó que distintos elementos considerados muy importantes para los sistemas de seguridad no fueron provistos y se le dio a entender en su momento, que si reiteraba los reclamos, peligraba su estabilidad laboral: “Una persona no puede hacer variar el sistema laboral instaurado en la URSS y no se puede culpar a quienes pasamos a ser esclavos del sistema”.
Condenados los “culpables”, el sistema se ocupó a su vez en todos los ámbitos de relativizar la gravedad de los efectos de la radiación. Por caso, el mencionado Aleksandrov con la autoridad que le confería su alto cargo calificaba de “sicosis” y “radiofobia” las informaciones sobre los efectos que iban surgiendo en todos los seres vivos afectados o al menos las trataba de “somatizaciones”.
La verdad afecta a muchos intereses encubiertos, internos y externos, pero no difíciles de identificar: mayormente son los mismos que también relativizan lo que significó el genocidio del Holodomor (el hambre artificial) en los años 1932-33, con la tremenda cifra de entre siete a diez millones de víctimas inocentes.
quarta-feira, abril 12, 2006
Blood Diamond: filmagens em Abril
Com Leonardo DiCaprio e Jennifer Connelly em Maputo, as filmagens do novo blockbaster do Hollywood, Blood Diamond (Diamante de Sangue), prosseguem ao todo o vapor na capital moçambicana.
No dia 10 de Abril, foram filmadas algumas cenas junto a Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique (Baixa, Praça dos Trabalhadores), edifício histórico, famoso porque a sua cúpula foi desenhada por Alexandre Gustave Eiffel (1832 – 1923, engenheiro que celebrizou-se projectar a Torre Eiffel de Paris e a Estátua da Liberdade da Nova York).
Ao mesmo tempo, os empreiteiros ligados a produção do filme, estão trabalhar em pelo menos dois outros locais na cidade de Maputo: na restauração de um armazém junto a Mesquita da baixa (Rua da Mesquita, mesquita velha que antes da sua reconstrução já entrou no filme Ali do Michael Mann). Ainda não se sabe o que o dito armazém representará no filme.Outro grupo dos técnicos, está criando um acampamento dos sem abrigo (ou será garimpeiros?), junta a rotunda de Toyota de Moçambique. No local, onde em tempos alguns marginais estavam habitualmente “de plantão” para assaltar os carros, neste momento estão mantidas várias carcaças de automóveis, para recriar um típico acampamento da gente sem abrigo. Pessoas que vivem à margem da sociedade, mas que existem em todas as grandes metrópoles africanas. O acampamento têm todas as possibilidades de ficar com uma aparência bastante credível nas filmagens finais.
No dia 10 de Abril, foram filmadas algumas cenas junto a Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique (Baixa, Praça dos Trabalhadores), edifício histórico, famoso porque a sua cúpula foi desenhada por Alexandre Gustave Eiffel (1832 – 1923, engenheiro que celebrizou-se projectar a Torre Eiffel de Paris e a Estátua da Liberdade da Nova York).
Ao mesmo tempo, os empreiteiros ligados a produção do filme, estão trabalhar em pelo menos dois outros locais na cidade de Maputo: na restauração de um armazém junto a Mesquita da baixa (Rua da Mesquita, mesquita velha que antes da sua reconstrução já entrou no filme Ali do Michael Mann). Ainda não se sabe o que o dito armazém representará no filme.Outro grupo dos técnicos, está criando um acampamento dos sem abrigo (ou será garimpeiros?), junta a rotunda de Toyota de Moçambique. No local, onde em tempos alguns marginais estavam habitualmente “de plantão” para assaltar os carros, neste momento estão mantidas várias carcaças de automóveis, para recriar um típico acampamento da gente sem abrigo. Pessoas que vivem à margem da sociedade, mas que existem em todas as grandes metrópoles africanas. O acampamento têm todas as possibilidades de ficar com uma aparência bastante credível nas filmagens finais.
Ukrainians in Spain, Portugal and Italy
From March 4 – 20, 2006, President of Ukrainian World Congress (UWC, umbrella for Ukrainian organization world wide), Mr. Askold S. Lozynskyj, visited Ukrainian communities in Spain, Portugal and Italy. This is a short diary of his trip.
145 Evans AV., Suite 207 ● Toronto, ON M8Z 5X8, Canada ● TEL. (416) 323-3020 ● FAX (416) 323-3250, e-mail: congress@look.ca● NET: www.ukrainianworldconress.org 225 E. 11th Str., NEW YORK, NY 10003 USA ● TEL. (212) 254-2260 ● FAX (212) 979-101
Spain
From March 8 – 12, UWC President Askold Lozynskyj visited Ukrainian communities in Spain. The phenomenon of a vibrant Ukrainian community in Spain is not entirely new, but today’s quantity of that community is staggering. Following WW2 a handful of Ukrainians settled in Spain. Today the community numbers four hundred thousand. (According to the Ukrainian community leadership in Spain that number is six hundred thousand) However, only twenty five percent are considered legal. Heavy Concentrations are located in such cities as Madrid, Valencia, Mursia, Alicante, Seville and Villarrobledo.
Aside from increasing trade relations (last year trade between Ukraine and Spain exceeded one billion dollars), Ukraine’s top priority with Spain is reaching an agreement on immigration. The negotiations have been ongoing for several years and the draft is under scrutiny currently by Spain’s Foreign Ministry. This complex subject includes a number of issues including but not limited to employment, pension payment, etc. At the present time no sweeping legalization/amnesty of existing immigrants is anticipated. The government of Spain is enacting and implementing specific migrant workers procedures and pilot projects in various regions of Ukraine, i.e. Chernivtsi where the Embassy of Spain in Kyiv will issue visas.
There is a Ukrainian Embassy in Madrid, a General Consulate in Barcelona and a new Consulate just authorized. Despite the lack of an ambassador and short staff, the embassy is very active in assisting Ukrainian immigrants and developing relations with Spanish government officials.
The Ukrainian community is well organized with structures in heavily concentrated locations, including churches, community centers and Saturday schools. Churches are generally not Ukrainian owned but provide at little or no cost by the Spanish Catholic Church. A federation of associations based in Valencia, which is a member of the Ukrainian World Congress, affords additional community coordination. The Federation of Ukrainian Associations in Spain organized a conference entitled “Ukraine-Spain: A step towards Europe” in Valencia on March 10, 2006, attended by Spanish and Ukrainian representatives. Additionally the UWC Council on Assistance to Ukraine’s citizens abroad held an informative assembly followed by a cultural program in Valencia on March 11, 2006.
Perhaps, the most positive characteristic of Ukrainians in Spain next to their size, is their composition. The community is young, gender equally diverse with children, highly intelligent and respected by their Spanish neighbors. Additionally Spain enables property ownership by both legal residents and foreigners. The likelihood of a long-term duration for this community is quite high.
Portugal
From March 15 – 18, Mr. Lozynskyj also visited Ukrainian communities in Portugal. Some two hundred thousand Ukrainians reside in Portugal, essentially all new arrivals over the last seven years. Only one third have legal status. The composition is gender equally diverse, children, and average age in the late thirties, highly educated. Their lines of employment range from desk administrative positions to construction and taxi driving. In March 2005, a treaty between Ukraine and Portugal took effect regarding migrant workers, affording opportunities to procure workers visas for not more than one year with extension possibilities pursuant to contract with a Portuguese employer. The treaty provides for full protection and security afforded to indigenous employees. However, statistically, few have arrived pursuant to this treaty.
The presence of the government of Ukraine is palpable through a very active embassy in Lisbon and a recently opened consulate in Porto. Since trade between Ukraine and Portugal is negligible (seventy million last year), the major function of the embassy and consulate is dealing with issues of Ukrainian citizens abroad, providing consular services, enabling voter participation etc.
Nevertheless, despite rising unemployment, Portugal remains receptive to immigrants, Ukrainians rank third among immigrants in Portugal.
The preeminent Ukrainian community organization is a national coordinating body – the Association (Spilka) of Ukrainians in Portugal with almost twenty branches/affiliates. The Association has established good relations with Portuguese government institutions, in particular, with those relevant to immigrants, i.e. the High Commissioner for Immigration and Ethnic Minorities, as well as municipal authorities which often provide funding for projects as well as accommodations for administration, schooling and the training and performances of cultural ensembles. The Ukrainian Catholic Church functions in tandem with the community and benefits greatly from the largesse and support of the Portuguese Catholic Church and its Lisbon Patriarch (Cardinal). The Ukrainian church answers directly to the Ukrainian Catholic Church in Ukraine.
During his visit the UWC president met with Ukraine’s diplomatic officials, particularly Ambassador Rostyslav Tronenko who accompanied the UWC president throughout the visit, Portugal’s High Commissioner on Immigration and Ethnic Minorities, and numerous high level officials of the City of Lisbon. Additionally, meetings were held with the Association leadership, its branches, and representatives of the media, the Ukrainian catholic churches in Lisbon and Fatima and the Saturday school in Lisbon. The community appears headed for long-term existence with significant clout, as today it constitutes five percent of the total population of Portugal.
Italy
From March 4 – 20, Mr. Lozynskyj also visited Ukrainian communities in Italy: Venice, Rome and Naples.
Italian relations with Ukraine are significant, at least for Ukraine, in that aggregate trade between the two countries last year totaled more than three billion dollars, for Ukraine second only to Germany. The trade balance favors Ukraine by some seven hundred million. Ukraine exports chemicals and metallurgy, while Italy exports finished goods such as clothing. Italy has become a transient home for some one million Ukrainian in recent years, although only twenty percent are legalized.
The stark movement of Ukrainians to Italy, temporary or not, can be explained by several factors: job opportunities, periodic legalization amnesties and easy transport via private cars and buses. A legal and illegal network of busing from Ukraine throughout Italy from Naples to Milan provides facile legal and illegal transport for humans, parcels and money.
The government of Ukraine is visible with Embassies in Rome and the Vatican City and a General Consulate in Milan. Relations between the diplomatic personnel and the Ukrainian immigrants, mainly Ukrainian citizens, have improved since Ukraine’s election of December 2004.The most significant organizational force for Ukrainians in Italy is the Ukrainian Catholic Church with permanent edifices, however, only in Rome and loaned facilities throughout some ninety communities served by itinerant priests. The Italian Roman Catholic Church provides funding and coordination directly and indirectly through structures such as Caritas.
The community is structured but not centralized with regional and local associations such as the Christian Association of Ukrainians in Italy, the Association of Ukrainians in Italy, Ukraine Plus, Association of Ukrainian Women and Association of Ukrainian Women Workers. The contemporary community leadership actively has sought and established relations with municipal authorities, trade unions, international organizations (Red Cross, International Organization for Migration, the latter in the area of human trafficking) and the media. Several communities boast of a Saturday/Sunday Ukrainian school program with facilities provided by local government officials and organizations.
Aside from general legalization, the greatest need is a treaty between Ukraine and Italy regarding the logistics of receiving an Italian pension upon return to Ukraine.Inasmuch as the average age of the Ukrainian immigrant Italy is over forty and the composition is essentially female with husbands and children back home, the future of the Ukrainian community as such is unclear. There has been some reunification of families and marriage, which may ensure albeit a less sizeable community. However, such analysis is premature until Ukraine reaches at least parity with the poorest countries in the EU.
145 Evans AV., Suite 207 ● Toronto, ON M8Z 5X8, Canada ● TEL. (416) 323-3020 ● FAX (416) 323-3250, e-mail: congress@look.ca● NET: www.ukrainianworldconress.org 225 E. 11th Str., NEW YORK, NY 10003 USA ● TEL. (212) 254-2260 ● FAX (212) 979-101
Spain
From March 8 – 12, UWC President Askold Lozynskyj visited Ukrainian communities in Spain. The phenomenon of a vibrant Ukrainian community in Spain is not entirely new, but today’s quantity of that community is staggering. Following WW2 a handful of Ukrainians settled in Spain. Today the community numbers four hundred thousand. (According to the Ukrainian community leadership in Spain that number is six hundred thousand) However, only twenty five percent are considered legal. Heavy Concentrations are located in such cities as Madrid, Valencia, Mursia, Alicante, Seville and Villarrobledo.
Aside from increasing trade relations (last year trade between Ukraine and Spain exceeded one billion dollars), Ukraine’s top priority with Spain is reaching an agreement on immigration. The negotiations have been ongoing for several years and the draft is under scrutiny currently by Spain’s Foreign Ministry. This complex subject includes a number of issues including but not limited to employment, pension payment, etc. At the present time no sweeping legalization/amnesty of existing immigrants is anticipated. The government of Spain is enacting and implementing specific migrant workers procedures and pilot projects in various regions of Ukraine, i.e. Chernivtsi where the Embassy of Spain in Kyiv will issue visas.
There is a Ukrainian Embassy in Madrid, a General Consulate in Barcelona and a new Consulate just authorized. Despite the lack of an ambassador and short staff, the embassy is very active in assisting Ukrainian immigrants and developing relations with Spanish government officials.
The Ukrainian community is well organized with structures in heavily concentrated locations, including churches, community centers and Saturday schools. Churches are generally not Ukrainian owned but provide at little or no cost by the Spanish Catholic Church. A federation of associations based in Valencia, which is a member of the Ukrainian World Congress, affords additional community coordination. The Federation of Ukrainian Associations in Spain organized a conference entitled “Ukraine-Spain: A step towards Europe” in Valencia on March 10, 2006, attended by Spanish and Ukrainian representatives. Additionally the UWC Council on Assistance to Ukraine’s citizens abroad held an informative assembly followed by a cultural program in Valencia on March 11, 2006.
Perhaps, the most positive characteristic of Ukrainians in Spain next to their size, is their composition. The community is young, gender equally diverse with children, highly intelligent and respected by their Spanish neighbors. Additionally Spain enables property ownership by both legal residents and foreigners. The likelihood of a long-term duration for this community is quite high.
Portugal
From March 15 – 18, Mr. Lozynskyj also visited Ukrainian communities in Portugal. Some two hundred thousand Ukrainians reside in Portugal, essentially all new arrivals over the last seven years. Only one third have legal status. The composition is gender equally diverse, children, and average age in the late thirties, highly educated. Their lines of employment range from desk administrative positions to construction and taxi driving. In March 2005, a treaty between Ukraine and Portugal took effect regarding migrant workers, affording opportunities to procure workers visas for not more than one year with extension possibilities pursuant to contract with a Portuguese employer. The treaty provides for full protection and security afforded to indigenous employees. However, statistically, few have arrived pursuant to this treaty.
The presence of the government of Ukraine is palpable through a very active embassy in Lisbon and a recently opened consulate in Porto. Since trade between Ukraine and Portugal is negligible (seventy million last year), the major function of the embassy and consulate is dealing with issues of Ukrainian citizens abroad, providing consular services, enabling voter participation etc.
Nevertheless, despite rising unemployment, Portugal remains receptive to immigrants, Ukrainians rank third among immigrants in Portugal.
The preeminent Ukrainian community organization is a national coordinating body – the Association (Spilka) of Ukrainians in Portugal with almost twenty branches/affiliates. The Association has established good relations with Portuguese government institutions, in particular, with those relevant to immigrants, i.e. the High Commissioner for Immigration and Ethnic Minorities, as well as municipal authorities which often provide funding for projects as well as accommodations for administration, schooling and the training and performances of cultural ensembles. The Ukrainian Catholic Church functions in tandem with the community and benefits greatly from the largesse and support of the Portuguese Catholic Church and its Lisbon Patriarch (Cardinal). The Ukrainian church answers directly to the Ukrainian Catholic Church in Ukraine.
During his visit the UWC president met with Ukraine’s diplomatic officials, particularly Ambassador Rostyslav Tronenko who accompanied the UWC president throughout the visit, Portugal’s High Commissioner on Immigration and Ethnic Minorities, and numerous high level officials of the City of Lisbon. Additionally, meetings were held with the Association leadership, its branches, and representatives of the media, the Ukrainian catholic churches in Lisbon and Fatima and the Saturday school in Lisbon. The community appears headed for long-term existence with significant clout, as today it constitutes five percent of the total population of Portugal.
Italy
From March 4 – 20, Mr. Lozynskyj also visited Ukrainian communities in Italy: Venice, Rome and Naples.
Italian relations with Ukraine are significant, at least for Ukraine, in that aggregate trade between the two countries last year totaled more than three billion dollars, for Ukraine second only to Germany. The trade balance favors Ukraine by some seven hundred million. Ukraine exports chemicals and metallurgy, while Italy exports finished goods such as clothing. Italy has become a transient home for some one million Ukrainian in recent years, although only twenty percent are legalized.
The stark movement of Ukrainians to Italy, temporary or not, can be explained by several factors: job opportunities, periodic legalization amnesties and easy transport via private cars and buses. A legal and illegal network of busing from Ukraine throughout Italy from Naples to Milan provides facile legal and illegal transport for humans, parcels and money.
The government of Ukraine is visible with Embassies in Rome and the Vatican City and a General Consulate in Milan. Relations between the diplomatic personnel and the Ukrainian immigrants, mainly Ukrainian citizens, have improved since Ukraine’s election of December 2004.The most significant organizational force for Ukrainians in Italy is the Ukrainian Catholic Church with permanent edifices, however, only in Rome and loaned facilities throughout some ninety communities served by itinerant priests. The Italian Roman Catholic Church provides funding and coordination directly and indirectly through structures such as Caritas.
The community is structured but not centralized with regional and local associations such as the Christian Association of Ukrainians in Italy, the Association of Ukrainians in Italy, Ukraine Plus, Association of Ukrainian Women and Association of Ukrainian Women Workers. The contemporary community leadership actively has sought and established relations with municipal authorities, trade unions, international organizations (Red Cross, International Organization for Migration, the latter in the area of human trafficking) and the media. Several communities boast of a Saturday/Sunday Ukrainian school program with facilities provided by local government officials and organizations.
Aside from general legalization, the greatest need is a treaty between Ukraine and Italy regarding the logistics of receiving an Italian pension upon return to Ukraine.Inasmuch as the average age of the Ukrainian immigrant Italy is over forty and the composition is essentially female with husbands and children back home, the future of the Ukrainian community as such is unclear. There has been some reunification of families and marriage, which may ensure albeit a less sizeable community. However, such analysis is premature until Ukraine reaches at least parity with the poorest countries in the EU.
quinta-feira, abril 06, 2006
Blood Diamond. Filmagens na praia.
Dia 5 e 6 de Abril, na cidade de Maputo prosseguiram as filmagens do Blood Diamond, o novo filme de Leonardo DiCaprio e Jennifer Connelly, que tem como pano de fundo a guerra civil na Serra Leoa e o tráfico de diamantes daquele pais, que levou muito recentemente a prisão do ex-presidente da vizinha Libéria, Charles Taylor.
As filmagens agora concentraram-se junto ao Beach Bar, um bar construído especialmente para este filme na praia de Marginal e que tudo indica será arrasado por uma explosão posteriormente.
Hoje podia-se ver vários figurinos em uniforme militar, outros com vestes de caçadores e ainda as senhoras europeias, fazendo papel das turistas ocidentais. Vários carros ligeiros foram postas mise en place para imitar o tráfico nas imediações, incluindo um bonito Citroen «Boca de sapo», cor café com leite.
O tráfico rodoviário foi cortado numa parte da Avenida de Marginal desde 7h00 até sensivelmente 19h00 pela policia de trânsito, que permitia a passagem nas redondezas das filmagens, apenas aos comerciantes e moradores da zona.
As filmagens agora concentraram-se junto ao Beach Bar, um bar construído especialmente para este filme na praia de Marginal e que tudo indica será arrasado por uma explosão posteriormente.
Hoje podia-se ver vários figurinos em uniforme militar, outros com vestes de caçadores e ainda as senhoras europeias, fazendo papel das turistas ocidentais. Vários carros ligeiros foram postas mise en place para imitar o tráfico nas imediações, incluindo um bonito Citroen «Boca de sapo», cor café com leite.
O tráfico rodoviário foi cortado numa parte da Avenida de Marginal desde 7h00 até sensivelmente 19h00 pela policia de trânsito, que permitia a passagem nas redondezas das filmagens, apenas aos comerciantes e moradores da zona.
quarta-feira, abril 05, 2006
UKRAINIAN WORLD CONGRESS, NEWSLETTER, № 4 (32) –April, 2006
145 EVANS AVENUE, SUITE 207 ● TORONTO, ON M8Z 5X8, CANADA ● TEL. (416) 323-3020 ● FAX (416) 323-3250, e-mail: congress@look.ca● NET: www.ukrainianworldconress.org
225 E. 11th STREET, NEW YORK, NY 10003 USA ● TEL. (212) 254-2260 ● FAX (212) 979-101
UWC PRESIDENT VISITS COMMUNITIES IN ITALY, SPAIN, PORTUGAL
From March 3-20, 2006 the UWC President visited Ukrainian communities in Italy, Spain and Portugal. Close to two million (as many as in the United States and Canada together) recently arrived Ukrainians currently reside in these three countries in various circumstances and myriad problems.
20TH ANNIVERSARY OF CHORNOBYL
April 26, 2006 will mark the twentieth anniversary of the Chornobyl nuclear disaster. The UWC has issued a statement, which reads in part:
Twenty years ago in April 1986, the reactor at the Chornobyl, Ukraine nuclear facility malfunctioned because of human error (experimentation) resulting in an explosion and contamination by radiation of a large territory, in particular northern and central Ukraine and neighboring countries, Belarus and Russia. Although only 31 men died during the explosion itself, the long-term contamination has affected hundreds of thousands in Ukraine and various European countries.
Like the majority of economically developed countries, Ukraine depends upon nuclear technology for its energy needs. Some ten nuclear energy facilities currently function in Ukraine, a number that will not decrease in the ensuing decades. Unfortunately, for a score of years Ukraine has had to live with the effects of the world’s greatest nuclear catastrophe. Therefore it is incumbent upon the people and government of Ukraine to ensure the safety of all nuclear facilities on its territory for today and the future.
It is important to note that the legacy of Chornobyl is not the product of an independent Ukraine. It is a result of Soviet policy and colonial exploitation. Consequently, the world community, in particular the economically developed industrial countries must address the Chornobyl fallout issue, including its financial ramifications. Unfortunately, to date that community has come up short even as to the closure of the fourth reactor at Chornobyl.
On the twentieth anniversary the Ukrainian World Congress urges the governments of Ukraine and other civilized countries to remember the victims of this catastrophe and to ensure that similar tragedies not occur. We urge our brethren-Ukrainians, wherever they may reside, to manifest particular sensitivity and monitor their government’s vigilance in this regard.”
PASCAL GREETINGS
On the upcoming annual occasion of the Resurrection of Our Lord, Jesus Christ, as in the past we send warmest greetings to all Ukrainians in Ukraine or dispersed in myriad countries throughout the world. Separately, we remit best wishes to the hierarchs and good shepherds of our traditional Christian flocks, the President, the government, the parliament and armed forces of Ukraine, the leadership and membership of our constituent organizations. May the Resurrection of our Lord serve as a reminder of the fifteen year old resurrection of our people and our ancestral homeland. With sincere reverence and gratitude to Jesus Christ for redemption, for all that He has done for mankind and our Ukrainian people, we renew our commitment to helping those less fortunate, in particular those closest to us, our Ukrainian brethren.
Christ has risen! Indeed He has Risen!
225 E. 11th STREET, NEW YORK, NY 10003 USA ● TEL. (212) 254-2260 ● FAX (212) 979-101
UWC PRESIDENT VISITS COMMUNITIES IN ITALY, SPAIN, PORTUGAL
From March 3-20, 2006 the UWC President visited Ukrainian communities in Italy, Spain and Portugal. Close to two million (as many as in the United States and Canada together) recently arrived Ukrainians currently reside in these three countries in various circumstances and myriad problems.
20TH ANNIVERSARY OF CHORNOBYL
April 26, 2006 will mark the twentieth anniversary of the Chornobyl nuclear disaster. The UWC has issued a statement, which reads in part:
Twenty years ago in April 1986, the reactor at the Chornobyl, Ukraine nuclear facility malfunctioned because of human error (experimentation) resulting in an explosion and contamination by radiation of a large territory, in particular northern and central Ukraine and neighboring countries, Belarus and Russia. Although only 31 men died during the explosion itself, the long-term contamination has affected hundreds of thousands in Ukraine and various European countries.
Like the majority of economically developed countries, Ukraine depends upon nuclear technology for its energy needs. Some ten nuclear energy facilities currently function in Ukraine, a number that will not decrease in the ensuing decades. Unfortunately, for a score of years Ukraine has had to live with the effects of the world’s greatest nuclear catastrophe. Therefore it is incumbent upon the people and government of Ukraine to ensure the safety of all nuclear facilities on its territory for today and the future.
It is important to note that the legacy of Chornobyl is not the product of an independent Ukraine. It is a result of Soviet policy and colonial exploitation. Consequently, the world community, in particular the economically developed industrial countries must address the Chornobyl fallout issue, including its financial ramifications. Unfortunately, to date that community has come up short even as to the closure of the fourth reactor at Chornobyl.
On the twentieth anniversary the Ukrainian World Congress urges the governments of Ukraine and other civilized countries to remember the victims of this catastrophe and to ensure that similar tragedies not occur. We urge our brethren-Ukrainians, wherever they may reside, to manifest particular sensitivity and monitor their government’s vigilance in this regard.”
PASCAL GREETINGS
On the upcoming annual occasion of the Resurrection of Our Lord, Jesus Christ, as in the past we send warmest greetings to all Ukrainians in Ukraine or dispersed in myriad countries throughout the world. Separately, we remit best wishes to the hierarchs and good shepherds of our traditional Christian flocks, the President, the government, the parliament and armed forces of Ukraine, the leadership and membership of our constituent organizations. May the Resurrection of our Lord serve as a reminder of the fifteen year old resurrection of our people and our ancestral homeland. With sincere reverence and gratitude to Jesus Christ for redemption, for all that He has done for mankind and our Ukrainian people, we renew our commitment to helping those less fortunate, in particular those closest to us, our Ukrainian brethren.
Christ has risen! Indeed He has Risen!
terça-feira, abril 04, 2006
Gogol Bordello: punk ucraniano
Músico ucraniano, EUGENE HUTZ, líder do grupo punk nova iorquino “Gogol Bordello” estriou-se recentemente como actor principal no filme "Everything is Illuminated", do americano Liev Schreiber (estreia como realizador), baseado no livro homónimo do Jonathan Safran Foer, www.theprojectmuseum.com
Quando vi a apresentação do filme, logo apaixonei-me pelo Alex (Eugene Hudz), jovem ucraniano que serve do tradutor para um judeu americano Jonathan (Elijah Wood, Frodo do “Senhor dos Anéis”), que veio à Ucrânia a procura de uma mulher, que durante a II GM salvou o seu avo. A pronúncia ucraniana do Alex era inconfundível, era definitivamente real, embora no filme ele fala russo (no livro expressa-se em surzhyk, uma mistura entre o russo e ucraniano, fala habitual dos moradores do Leste e Sul da Ucrânia). Adorei o Alex, o filme e o realizador, que tive a coragem de trazer a Ucrânia à tona de Hollywood, onde este país até agora não tive muito crédito.
Mas o mais importante veio depois. Na cidade de Lviv, quando contei da minha paixão ao escritor Lubko Deresh, ele lembrou-se do Hudz e contou que homem é frontman e líder do grupo Gogol Bordello (www.gogolbordello.com), que toca "punk cigano", estilo inventado pelo próprio Eugene. Deresh também amavelmente ofereceu-me o disco do grupo, intitulado MultiKONTRAculti vs. Irony, produzido em 2002 pelo Rubric Records (www.rubricrecords.com). Aí, o meu delírio era completo, mas mesmo assim, este aumentou ainda mais, quando cheguei à Moçambique e pude desfrutar da música da banda. Sem dúvida vale a pena gastar alguns trocos para comprar CD do Gogol Bordello, ou então fazer uns downloads da Internet. (Quem gosta de Willie Nelson, Jeft Buckley, Vanila Ice ou Weird Al Yankovich vão adorar Hudz). Nem que para ouvir como Eugene canta em português em “Punk rock parranda” (do resto, as canções são maioritariamente em inglês, com algum palavreado em ucraniano e hutzoviniano, uma língua inventada pelo Hudz).
Na procura da Ucrânia
O Frodo desta vez é vegetariano e tem a fobia dos cães, vagueia pela Ucrânia imaginária, em companhia do seu tradutor Alex e do condutor e avo do Alex, conhecido como Avosão (actor Boris Leskin). Este finge ser cego, sempre junto ao seu cão de companhia Sammy Davis Junior Junior. Praticamente todo o filme foi realizado durante dois meses na República Checa com um orçamento bastante modesto. Como não podia de ser, o filme usa muitas das cliché, para ajudar os americanos identificar a Europa pós – comunista: Avosão conduz um Trabante (!) (na realidade, símbolo da República Democrática Alemã), os ucranianos cantam canções russas e búlgaras (!). Um dos verdadeiros e pouquíssimos bocados da Ucrânia real, que entrou no filme, foi a estacão dos caminhos de ferro de Lviv.
Eugene Hudz nasceu nos arredores de Kyiv em 1972, vivendo nesta cidade durante os seus 13 anos. Depois do desastre nuclear do Chornobyl, ocorrido em 1986, a sua família deixou a capital ucraniana, movendo-se para parte ocidental do país. Lá, na cidade de Striy, Hudz conheceu a parte cigana da sua família. Mais tarde, quando Eugene tinha 18 anos de idade, a família deixou a Ucrânia, viajando pela Polónia, Hungria, Áustria e Itália, transformando-se em refugiados. Em 1999 o clã Hudz chegou aos EUA, vivendo primeiramente em Vermont, mais tarde mudando-se para a cidade da Nova Iorque.
Em 1996, Eugene junto com alguns músicos ciganos dos EUA, fundou o seu primeiro bando, Flying Fuck, que mais tarde, em 2002 se transformou em Gogol Bordello. Tentando sempre fundir a música tradicional ucraniana e cigana (principalmente o violino), com o reggae, flamengo, rock norte – americano e elementos de cabaré. A mistura explosiva dos estilos foi do agrado do público, grupo já fiz várias digressões pela Europa e EUA (última digressão pelos EUA em Julho de 2005). Alem do Eugene, que canta e toca a guitarra acústica, o grupo actua com vários elementos mais ou menos estáveis: Yuriy Lemeshev (acordeão), Sergey Rjabtzev (violino), Oren Kaplan (guitarra & vocal), Ori Kaplan (saxofone & vocal), Eliot Fergusson (bateria), Rea Mochiach (guitarra baixa), Pam(ela) Racine e Elisabeth Sun (dançarinas). Alem disso, pelo bando passaram cantor e dançarino Pieroshka Ratz, acordeão Sasha Kazatkchkoff, e back vocal Victoria Hanna.
Alem da sangue ucraniano, Eugene têm a descendência cigana, que influencia o seu lado burlesco e hiper – activo, não o deixando sossegado, quando ele fica no mesmo sítio por muito tempo. Vivendo na Ucrânia ou nos Estados Unidos, Eugene sempre faz a mesma pergunta retórica à si mesmo: “Porque me sinto tão confortavelmente e tão em casa, vivendo sobre as rodas durante anos em fio? Porque consigo adoptar-me tão facilmente à todas as circunstâncias?” Quando Eugene era novo e sonhava em ser um roqueiro no Mundo Livre, ele fazia a questão de esquecer toda a sua ascendência, mas a sangue cigana puxou mais forte e hoje temos o Eugene Hudz, frontman do Gogol Bordello.
Everything is illuminated
http://wip.warnerbros.com/everythingisilluminated/
http://www.tvtsoundtrax.com/everythingisilluminated/
Primeiro, Liev Schreiber queria apenas usar a música do grupo no seu filme (a banda sonora do filme têm duas canções de Gogol Bordello), mas Eugene foi categórico, afirmando: “Eu sou a pessoa certa para fazer de Alex. Este papel é meu”. Liev pensou um pouco e concordou, de facto, nenhum americano, balcânico ou nórdico (os tipos que costumam fazem de eslavos em filmes de Hollywood), tem a capacidade de se transformar em Alex. (O exemplo mais recente são os Nicolas Cage e Jared Leto em “Lord of War”, que esforçaram-se muito bastante, mas são tudo, menos dois judeus ucranianos, que fugiram da Odessa. Até agora, ao meu ver, o melhor foi o britânico Tim Roth, que encarava judeu Joshua Shapirra em “Little Odessa”). E não só a pronúncia que não facilita, mas também o tipo da cara, as maneiras, até a ausência da vivência real na Europa Central, que o próprio Hudz classifica como: “local muito mais trevoso, do que a maioria das pessoas, principalmente americanos, imagina”.
Eugene desde sempre quis ser músico, o seu pai apoiava o gosto do filho pela música avant – garde, que valeu ao Hudz Jr repreensão na escola, um dos seus professores escreveu que miúdo: “cresce no ambiente anti – soviético, numa família onde cultiva-se a musica rock." Mas o seu caminho para o palco não foi fácil, alem de experimentar a vida do refugiado, Eugene trabalhou na indústria da moda como modelo (New York Fashion Week), passou pelo Teatro Experimental La MaMa, Grupo teatral afro – ucraniano Yara, pelas várias bandas: Flight Fuck, Sarah Sophie Flicker´s Citizen band, até fundar a sua – Gogol Bordello.
Hoje Eugene Hudz é DJ no bar búlgaro – Mehanata Night Club (www.mehanata.com , neste momento por causa das obras no seu lugar habitual, a funcionar no Maia Mayhane – 98 Avenue B, esquina com 6-th street).
Na sua última visita à Ucrânia, Eugene Hudz veio a procura dos seus raízes, ele visitou dois acampamentos ciganos nas cidades de Mukachevo e Svalhava na Transcarpátia Ucraniana, onde fiz as gravações dos agrupamentos e dos músicos ciganos. Durante a viagem, Eugene distribuía os CD’s com o seu mais recente hip – hop cigano, entre os jovens ciganos da Ucrânia. Viagem, que foi idealizada pelo Eugene como uma espécie do encorajamento, dirigido à estes jovens, para que eles pudessem vencer a estigmatização, obtendo o orgulho dos seus raízes ucraniano – ciganos, posteriormente dará um filme documental.
Discografia:
1. Voila – intruder, 1999 (chamado de “foice” pelo Hudz)
2. Multi KONTRA culti vs. Irony, 2002 (Hudz chama-o de “martelo”)
3. East Infection, 2004, electrónico, produzido pelo Manu Chao, com quem GB tocou no show Summerstage em Central Park
4. Gypsypunks – Underdog World Strike, 2005, SideOneDummy Records, produzido pelo lendário Steve Albini (produtor da Nirvana, Jimmy Page, Robert Plant).
Mais informação sobre Eugene Hudz: http://www.romaniyag.uz.ua/en/what=paper&number=73&article=muzzikk
Fotos do Hudz:
http://www.gogolbordello.com/chronicles/tour/gypsycamp/gypsycamp.html
Eugene Hudz e os seus gostos:
Local preferido: East Village (baixa do East Side da Nova Iorque)
Bebida preferida: Vodka (Horilka) e Cognac Pierre Ferrand, bebe para divertir-se
Restaurante preferido: Veselka, restaurante ucraniano em East Village
Auto – definição da sua música: “It is music to liberate you mind and all of your muscles”
O que quer fazer no cinema: “Mind – scratching and psychopathic roles, I’m not interested in playing any normal people” (In Entertainment Weekly)
Quem é Liev Schreiber (Director & Roteirista)
Liev Schreiber estudou na England's Royal Academy of Dramatic Arts, em 1992 foi graduado pela Yale School of Drama. O filme "Everything is Illuminated" é a sua estreia como Director.
Liev Schreiber que recentemente contracenou com Meryl Streep e Denzel Washington em "The Manchurian Candidate" do Jonathan Demme, têm um invejável currículo em cinema e TV:
"A soma de todos os medos", "Kate & Leopold", "The Hurricane", "Scream," "Scream II," "Scream III," e "Ransom." Schreiber também é conhecido no cinema independente: "Big Night," "Party Girl," "The Daytrippers", "Walking and Talking", "Mixed Nuts," "Mad Love," "Denise Calls Up," e "Spring Forward", onde ele também foi o produtor.
Para a TV, Schreiber fiz de Orson Wells em "RKO 281" (nomeação para Emmy e Globo de Ouro), também apareceu em "Lackawana Blues" ao lado de Halle Berry, Jeffrey Wright e Rosie Perez. Outros trabalhos para televisão: "Spinning Borris," "Buffalo Girls," "People V" e "The Sunshine Boys."
Quem é o Jonathan Safran Foer (Autor)
Jonathan Safran Foer nasceu em 1977. O seu primeiro livro, “Everything is Illuminated” foi publicado em 2003, mas alguns extractos foram apresentados ao público pela revista The New Yorker. Livro foi reeditado vários vezes, tornou-se bestseller nos EUA e Europa.
O seu segundo livro, “Extremely Loud and Incredibly Close”, foi publicado em 2005.
“Everything is Illuminated” recebeu vários prémios, como: National Jewish Book Award em ficção de 2002, Guardian Book Prize 2002 (Reino Unido), Biblioteca Pública de Nova Iorque Young Lions Fiction Award, o Prémio Internacional William Saroyan, o Prémio Harold U. Ribalow, o Prémio Literário Corine International 2003 (Alemanha) e PEN/Robert Bingham Fellowship. Jonathan S. Foer também foi nomeado para o Prémio do Livro do jornal Los Angeles Times "First Fiction" de 2002 e ganhou Prix Amphi em 2004 (França).
Foto: capa do disco GB "East Infection", www.gogolbordello.com/muzon
Quando vi a apresentação do filme, logo apaixonei-me pelo Alex (Eugene Hudz), jovem ucraniano que serve do tradutor para um judeu americano Jonathan (Elijah Wood, Frodo do “Senhor dos Anéis”), que veio à Ucrânia a procura de uma mulher, que durante a II GM salvou o seu avo. A pronúncia ucraniana do Alex era inconfundível, era definitivamente real, embora no filme ele fala russo (no livro expressa-se em surzhyk, uma mistura entre o russo e ucraniano, fala habitual dos moradores do Leste e Sul da Ucrânia). Adorei o Alex, o filme e o realizador, que tive a coragem de trazer a Ucrânia à tona de Hollywood, onde este país até agora não tive muito crédito.
Mas o mais importante veio depois. Na cidade de Lviv, quando contei da minha paixão ao escritor Lubko Deresh, ele lembrou-se do Hudz e contou que homem é frontman e líder do grupo Gogol Bordello (www.gogolbordello.com), que toca "punk cigano", estilo inventado pelo próprio Eugene. Deresh também amavelmente ofereceu-me o disco do grupo, intitulado MultiKONTRAculti vs. Irony, produzido em 2002 pelo Rubric Records (www.rubricrecords.com). Aí, o meu delírio era completo, mas mesmo assim, este aumentou ainda mais, quando cheguei à Moçambique e pude desfrutar da música da banda. Sem dúvida vale a pena gastar alguns trocos para comprar CD do Gogol Bordello, ou então fazer uns downloads da Internet. (Quem gosta de Willie Nelson, Jeft Buckley, Vanila Ice ou Weird Al Yankovich vão adorar Hudz). Nem que para ouvir como Eugene canta em português em “Punk rock parranda” (do resto, as canções são maioritariamente em inglês, com algum palavreado em ucraniano e hutzoviniano, uma língua inventada pelo Hudz).
Na procura da Ucrânia
O Frodo desta vez é vegetariano e tem a fobia dos cães, vagueia pela Ucrânia imaginária, em companhia do seu tradutor Alex e do condutor e avo do Alex, conhecido como Avosão (actor Boris Leskin). Este finge ser cego, sempre junto ao seu cão de companhia Sammy Davis Junior Junior. Praticamente todo o filme foi realizado durante dois meses na República Checa com um orçamento bastante modesto. Como não podia de ser, o filme usa muitas das cliché, para ajudar os americanos identificar a Europa pós – comunista: Avosão conduz um Trabante (!) (na realidade, símbolo da República Democrática Alemã), os ucranianos cantam canções russas e búlgaras (!). Um dos verdadeiros e pouquíssimos bocados da Ucrânia real, que entrou no filme, foi a estacão dos caminhos de ferro de Lviv.
Eugene Hudz nasceu nos arredores de Kyiv em 1972, vivendo nesta cidade durante os seus 13 anos. Depois do desastre nuclear do Chornobyl, ocorrido em 1986, a sua família deixou a capital ucraniana, movendo-se para parte ocidental do país. Lá, na cidade de Striy, Hudz conheceu a parte cigana da sua família. Mais tarde, quando Eugene tinha 18 anos de idade, a família deixou a Ucrânia, viajando pela Polónia, Hungria, Áustria e Itália, transformando-se em refugiados. Em 1999 o clã Hudz chegou aos EUA, vivendo primeiramente em Vermont, mais tarde mudando-se para a cidade da Nova Iorque.
Em 1996, Eugene junto com alguns músicos ciganos dos EUA, fundou o seu primeiro bando, Flying Fuck, que mais tarde, em 2002 se transformou em Gogol Bordello. Tentando sempre fundir a música tradicional ucraniana e cigana (principalmente o violino), com o reggae, flamengo, rock norte – americano e elementos de cabaré. A mistura explosiva dos estilos foi do agrado do público, grupo já fiz várias digressões pela Europa e EUA (última digressão pelos EUA em Julho de 2005). Alem do Eugene, que canta e toca a guitarra acústica, o grupo actua com vários elementos mais ou menos estáveis: Yuriy Lemeshev (acordeão), Sergey Rjabtzev (violino), Oren Kaplan (guitarra & vocal), Ori Kaplan (saxofone & vocal), Eliot Fergusson (bateria), Rea Mochiach (guitarra baixa), Pam(ela) Racine e Elisabeth Sun (dançarinas). Alem disso, pelo bando passaram cantor e dançarino Pieroshka Ratz, acordeão Sasha Kazatkchkoff, e back vocal Victoria Hanna.
Alem da sangue ucraniano, Eugene têm a descendência cigana, que influencia o seu lado burlesco e hiper – activo, não o deixando sossegado, quando ele fica no mesmo sítio por muito tempo. Vivendo na Ucrânia ou nos Estados Unidos, Eugene sempre faz a mesma pergunta retórica à si mesmo: “Porque me sinto tão confortavelmente e tão em casa, vivendo sobre as rodas durante anos em fio? Porque consigo adoptar-me tão facilmente à todas as circunstâncias?” Quando Eugene era novo e sonhava em ser um roqueiro no Mundo Livre, ele fazia a questão de esquecer toda a sua ascendência, mas a sangue cigana puxou mais forte e hoje temos o Eugene Hudz, frontman do Gogol Bordello.
Everything is illuminated
http://wip.warnerbros.com/everythingisilluminated/
http://www.tvtsoundtrax.com/everythingisilluminated/
Primeiro, Liev Schreiber queria apenas usar a música do grupo no seu filme (a banda sonora do filme têm duas canções de Gogol Bordello), mas Eugene foi categórico, afirmando: “Eu sou a pessoa certa para fazer de Alex. Este papel é meu”. Liev pensou um pouco e concordou, de facto, nenhum americano, balcânico ou nórdico (os tipos que costumam fazem de eslavos em filmes de Hollywood), tem a capacidade de se transformar em Alex. (O exemplo mais recente são os Nicolas Cage e Jared Leto em “Lord of War”, que esforçaram-se muito bastante, mas são tudo, menos dois judeus ucranianos, que fugiram da Odessa. Até agora, ao meu ver, o melhor foi o britânico Tim Roth, que encarava judeu Joshua Shapirra em “Little Odessa”). E não só a pronúncia que não facilita, mas também o tipo da cara, as maneiras, até a ausência da vivência real na Europa Central, que o próprio Hudz classifica como: “local muito mais trevoso, do que a maioria das pessoas, principalmente americanos, imagina”.
Eugene desde sempre quis ser músico, o seu pai apoiava o gosto do filho pela música avant – garde, que valeu ao Hudz Jr repreensão na escola, um dos seus professores escreveu que miúdo: “cresce no ambiente anti – soviético, numa família onde cultiva-se a musica rock." Mas o seu caminho para o palco não foi fácil, alem de experimentar a vida do refugiado, Eugene trabalhou na indústria da moda como modelo (New York Fashion Week), passou pelo Teatro Experimental La MaMa, Grupo teatral afro – ucraniano Yara, pelas várias bandas: Flight Fuck, Sarah Sophie Flicker´s Citizen band, até fundar a sua – Gogol Bordello.
Hoje Eugene Hudz é DJ no bar búlgaro – Mehanata Night Club (www.mehanata.com , neste momento por causa das obras no seu lugar habitual, a funcionar no Maia Mayhane – 98 Avenue B, esquina com 6-th street).
Na sua última visita à Ucrânia, Eugene Hudz veio a procura dos seus raízes, ele visitou dois acampamentos ciganos nas cidades de Mukachevo e Svalhava na Transcarpátia Ucraniana, onde fiz as gravações dos agrupamentos e dos músicos ciganos. Durante a viagem, Eugene distribuía os CD’s com o seu mais recente hip – hop cigano, entre os jovens ciganos da Ucrânia. Viagem, que foi idealizada pelo Eugene como uma espécie do encorajamento, dirigido à estes jovens, para que eles pudessem vencer a estigmatização, obtendo o orgulho dos seus raízes ucraniano – ciganos, posteriormente dará um filme documental.
Discografia:
1. Voila – intruder, 1999 (chamado de “foice” pelo Hudz)
2. Multi KONTRA culti vs. Irony, 2002 (Hudz chama-o de “martelo”)
3. East Infection, 2004, electrónico, produzido pelo Manu Chao, com quem GB tocou no show Summerstage em Central Park
4. Gypsypunks – Underdog World Strike, 2005, SideOneDummy Records, produzido pelo lendário Steve Albini (produtor da Nirvana, Jimmy Page, Robert Plant).
Mais informação sobre Eugene Hudz: http://www.romaniyag.uz.ua/en/what=paper&number=73&article=muzzikk
Fotos do Hudz:
http://www.gogolbordello.com/chronicles/tour/gypsycamp/gypsycamp.html
Eugene Hudz e os seus gostos:
Local preferido: East Village (baixa do East Side da Nova Iorque)
Bebida preferida: Vodka (Horilka) e Cognac Pierre Ferrand, bebe para divertir-se
Restaurante preferido: Veselka, restaurante ucraniano em East Village
Auto – definição da sua música: “It is music to liberate you mind and all of your muscles”
O que quer fazer no cinema: “Mind – scratching and psychopathic roles, I’m not interested in playing any normal people” (In Entertainment Weekly)
Quem é Liev Schreiber (Director & Roteirista)
Liev Schreiber estudou na England's Royal Academy of Dramatic Arts, em 1992 foi graduado pela Yale School of Drama. O filme "Everything is Illuminated" é a sua estreia como Director.
Liev Schreiber que recentemente contracenou com Meryl Streep e Denzel Washington em "The Manchurian Candidate" do Jonathan Demme, têm um invejável currículo em cinema e TV:
"A soma de todos os medos", "Kate & Leopold", "The Hurricane", "Scream," "Scream II," "Scream III," e "Ransom." Schreiber também é conhecido no cinema independente: "Big Night," "Party Girl," "The Daytrippers", "Walking and Talking", "Mixed Nuts," "Mad Love," "Denise Calls Up," e "Spring Forward", onde ele também foi o produtor.
Para a TV, Schreiber fiz de Orson Wells em "RKO 281" (nomeação para Emmy e Globo de Ouro), também apareceu em "Lackawana Blues" ao lado de Halle Berry, Jeffrey Wright e Rosie Perez. Outros trabalhos para televisão: "Spinning Borris," "Buffalo Girls," "People V" e "The Sunshine Boys."
Quem é o Jonathan Safran Foer (Autor)
Jonathan Safran Foer nasceu em 1977. O seu primeiro livro, “Everything is Illuminated” foi publicado em 2003, mas alguns extractos foram apresentados ao público pela revista The New Yorker. Livro foi reeditado vários vezes, tornou-se bestseller nos EUA e Europa.
O seu segundo livro, “Extremely Loud and Incredibly Close”, foi publicado em 2005.
“Everything is Illuminated” recebeu vários prémios, como: National Jewish Book Award em ficção de 2002, Guardian Book Prize 2002 (Reino Unido), Biblioteca Pública de Nova Iorque Young Lions Fiction Award, o Prémio Internacional William Saroyan, o Prémio Harold U. Ribalow, o Prémio Literário Corine International 2003 (Alemanha) e PEN/Robert Bingham Fellowship. Jonathan S. Foer também foi nomeado para o Prémio do Livro do jornal Los Angeles Times "First Fiction" de 2002 e ganhou Prix Amphi em 2004 (França).
Foto: capa do disco GB "East Infection", www.gogolbordello.com/muzon
Subscrever:
Mensagens (Atom)