segunda-feira, outubro 25, 2010

Mistério da morte do Roman Shukhevych

No dia 5 de Março de 1950, os serviços secretos soviéticos lançaram a operação especial para aprisionar o Comandante-chefe do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), o General Roman Shukhevych.

O General Shukhevych vivia em uma das últimas casas seguras de resistência ucraniana, situada na aldeia de Bilhorosha (hoje a área faz parte da cidade de Lviv), quanto foi involuntariamente traído por uma das suas estafetas.

O General insurgente decidiu furar o cerco, mas foi gravemente ferido e não querendo cair vivo nas mãos do inimigo, suicidou-se com um tiro na têmpora.

O seu corpo foi reconhecido por alguns membros da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) e pela família. Depois disso, ninguém mais viu o seu corpo, os seus restos mortais foram secretamente destruídos pelos bolcheviques, em um local desconhecido.

Na sua última casa, os soviéticos encontraram vários objectos do uso pessoal, que pertenciam ao General Shukhevych: rádio e peças de rádio; mapas; dinheiro; relógio; bússola; peças de higiene pessoal; boné ucraniano com o tryzub e boné soviético com a estrela vermelha. Máquina de escrever tinha as letras russas e ucranianas; existiam os produtos químicos para a impressão de fotografias. Para a legalização do pessoal, a resistência ucraniana usava os departamentos de educação popular e até o departamento de lavandarias estatais, possuindo os seus carimbos e o papel timbrado. A resistência possuía os meios para fabricar os documentos e carimbos, sabiam como fazer a tinta de escrever. O General Shukhevych sofria de problemas do miocárdio, reumatismo e hipertonia: os agentes soviéticos encontraram na sua última casa os comprimidos de Metrozol, Digalen e Prontosil (um dos primeiros antibióticos). O comandante do UPA possuía os livros: “Às pegadas dos heróis. Série das edições para juventude”, “Sobre a liberdade de imprensa na URSS”, “UPA in Western Europe”, “A inconsciência chauvinista e a febre de russificação dos imperialistas bolcheviques”.

A sua foto póstuma foi feita pelo fotógrafo em serviço do NKVD / MGB. A marca da bala na têmpora – gravemente ferido pela rajada de metralhadora, General Roman Shukhevych teve tempo de se suicidar.

Todas as fotografias fazem parte do seu processo individual, aberto pelo NKVD / MGB soviético, que hoje está guardado no Arquivo Estatal do Serviço de Segurança da Ucrânia.

Ver as fotografias (+12):
http://www.istpravda.com.ua/artefacts/2010/10/18/621

Sem comentários: