segunda-feira, agosto 28, 2006

Independência da Ucrânia comemorada em Maputo


A comunidade ucraniana de República de Moçambique tem a honra de recordar o decimo quinto aniversário da Independência de Ucrânia. A cerimonia da comemoração desta data, realizou-se na cidade de Maputo e foi organizada por um grupo de cidadãos ucranianos e os amigos da Ucrânia, residentes em Moçambique.
No dia 26 de Agosto, os ucranianos e descendentes, residentes em Moçambique, festejaram um novo aniversário da Independência, ocorrida em 24 de Agosto de 1991, produzida após os longos anos de luta, não apenas do povo ucraniano, mas também dos ucranianos na Diáspora, que difundiam a causa Ucraniana em todo o Mundo. Para a cidade de Maputo, também é um reconhecimento importante, pois a comunidade ucraniana em Moçambique estive desde o primeiro momento junto a jovem República de Moçambique, oferecendo a assistência e cooperação, através dos médicos, professores e engenheiros, ao longo de mais de trinta anos de relações bilaterais.
PROGRAMA
13h00
– Um jantar comemorativo alusivo à 15-to aniversario da Independência da Ucrânia (restaurante “Tasquinha”, cidade de Maputo).
15h00 – Assinatura de um apelo ao Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko, para que exerça o seu poder presidencial para «controlar as acções e as tendências do novo Governo da Ucrânia, para que este não se torna um entrave ao desenvolvimento livre da Ucrânia, a sua integração na União Europeia, na OMT e na OTAN».
17h00 – Finalização do acto solene.

domingo, agosto 27, 2006

Embaixador da Ucrânia visita Moçambique


Novo Embaixador da Ucrânia na República de Moçambique (com residência em Luanda), Sua Excia. Volodymyr Lakomov estará de visita a capital moçambicana entre os dias 4 e 8 de Setembro. O Sr. Embaixador têm no seu programa da visita a entrega das cartas de acreditação ao Presidente da República, Armando E. Guebuza, encontros com vários ministros do executivo: dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Indústria e Comércio, etc. Também está planeado um encontro entre o Sr. Embaixador e a comunidade ucraniana residente em Moçambique.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Ucrânia: 15° aniversário da Independência


No dia 24 de Agosto, a Ucrânia comemorou o seu 15° aniversário como país independente. Uma Nação com mais de mil anos de história, mas com apenas 15 anos da Independência política. Infelizmente, este facto não é de estranhar, pois o maior problema da elite nacional ucraniana é a incapacidade tremenda de saber colocar os interesses da NAÇÃO acima dos seus próprios interesses, ou dos do seu meio. Algo, que aconteceu de novo neste ano...

U C R Â N I A / У К Р А Ї Н А
Nome oficial: Ucrânia
Área: 603.700 km2
Localização geográfica: Centro de Europa
Limites: Ao norte a Ucrânia faz fronteira com a Belarus, a nordeste e leste com a Federação Russa, a sudoeste com Roménia, Moldova e Hungria, a oeste com a Eslováquia e a Polónia. Ao sul a Ucrânia é banhada pelo Mar Negro e pelo Mar de Azov. A extensão de suas fronteiras é de 6.500 km, incluindo 1.050 km de fronteiras marítimas.
População: 46,996,765 milhões (estimativa de 2005)
Capital: Kyiv (2,6 milhões)
Cidades principais: Kharkiv (1,6 milhões), Dnipropetrovsk (1,2 milhões), Odessa (1,2 milhões), Donetsk (1,1 milhões), Lviv (0,8 milhões)
Densidade: 80 /km²; 27º país mais populoso do Mundo
Fuso horário: UTC +2
Hino nacional: “Sche ne vmerla Ukrayina”
TLD (Internet): UA
Código telefónico: +380
Sistema de Governo: República Presidencial e Parlamentarista
Sistema Legislativo: Verkhovna Rada (Parlamento) com 450 membros eleitos pelas listas partidárias. Chefe do Parlamento: Volodymyr Moroz
Chefe de Estado: Presidente - Viktor Yushchenko, eleito em Dezembro de 2004 por um mandato de 5 anos, http://www.yuschenko.com.ua/eng/
Chefe de Governo: primeiro – ministro “proFFessor” Viktor Yanukovich
Breve história da Ucrânia
No dia 24 de Agosto de 1991, a Ucrânia proclamou a sua Independência. É de seressaltar que a Ucrânia conseguiu a Independência pela terceira vez na sua longa história.Dentro da ramo indo-europeu de povos, existe um grupo numeroso chamado eslavo. Os eslavos formam o primeiro grande estado oriental, conhecido como Rus de Kyiv por volta do século IX. Em breve, a população da Rus de Kyiv integra o reino de Oleh (879 – 914), que alarga as fronteiras de seu estado até o rio Don, a leste, sob a influência da cultura bizantina, Sviatosláv, o Conquistador (964 – 972) chega a ameaçar com suas tropas, a cidade de Constantinopla. Volodymyr, o Grande (979 - 1015), desposa a irmã do imperador bizantino, Ana e converte-se ao cristianismo, que se torna a religião oficial do Estado. A obra de Volodymyr tem continuidade durante o reinado do filho, Yaroslav, o Sábio (1019 – 1054), que transforma Kyiv numa grande metrópole, constrói igrejas, funda bibliotecas e estabelece a Rúska Pravda, primeiro código de leis do mundo eslavo.Mas o reinado de Yaroslav dá lugar a um período de grande instabilidade dentro da Rus de Kyiv, pois as invasões tártaro - mongóis no século XIII, fizeram com que o Estado Ucraniano fosse dividido em vários estados.Nos séculos XVI e XVII, renasceu, como a República dos Cossacos, o país mais democrático da Europa daquela época. Seria suficiente frisar que o seu Hétman (Presidente militar), Pylyp Orlyk serviu de modelo ao redigir-se a carta magna dos Estados Unidos da América. Na República Cossaca a alfabetização era geral, sendo obrigatória e gratuita. Publicavam-se livros, florescia a arte, organizavam-se teatros e museus. Em 1632 em Kyiv foi fundada a Universidade (Academia Kyiv Mohyla), esta logo tornou-se importante centro de educação na Europa daqueles tempos. A Ucrânia dispunha de um magnífico exército, o Hétman da Ucrânia tenha sido nomeado o comandante – em - chefe das tropas unificadas de todos os exércitos da Europa, na luta com antigo Estado Turco.A partir da segunda metade do século XI, com a invasão mongol, dá-se início ao deslocamento do povo ucraniano para as estepes do baixo Dnipró, organizando em 1552 uma fortaleza que seria conhecida pelo nome de Zaporijska Sich, sob a liderança de Ostap Dachkévytch e Dmytro Baida - Vychnevétzky. O Estado cossaco era quem organizava incursões militares em defesa do povo ucraniano, e em 1648, sob a chefia do Hetman Bohdan Hmelnytzkiy, os ucranianos derrotam os polacos e conseguem estabelecer sua independência, que no entanto teria curta duração. Em 1654 Hmelnytzkiy conclui com a Rússia o tratado de Pereyasláv, que deveria avalizar a independência ucraniana. O czar russo, no entanto, traindo o acordo, assina com os polacos, em 1667, um tratado que resulta em nova partilha das terras ucranianas.A liquidação do Estado ucraniano, seria realizada durante o reinado de Catarina (1729-1796), que expande o império russo e coloca os ucranianos, dominados antes pela Polónia, sob o domínio russo - austríaco.O movimento nacionalista ucraniano continua a desenvolver-se, e com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, num cenário de grande devastação, em março de 1917, os ucranianos formam um Parlamento próprio dirigido por historiador Mykhailo Hruchevskiy (1866 – 1934). Em 23 de Junho de 1917, a Ucrânia proclama sua Independência, sendo presidida por Myhaylo Hruchevskiy, tendo como primeiro - ministro escritor Volodymyr Vinnychenko (1880-1951) e Comandante das Forças Armadas, Simon Petliúra (1879-1926), mais tarde assassinado em Paris por um agente soviético.Em 1918 as populações ucranianas do império austro - húngaro (Galiza, Bucovyna, Bessarábia e Transcarpátia), conseguem autonomia e formam a República Popular da Ucrânia Ocidental, que em 22 de Janeiro de 1919 se une a República Popular da Ucrânia. Após o armistício de Outubro de 1919 (final da Primeira Guerra Mundial), o império austro - húngaro é liquidado e as terras da República da Ucrânia Ocidental são divididas entre Polónia, Roménia e Checoslováquia. Através do tratado de Riga em 1921, a independência da Ucrânia Central acaba sendo anulada, porque o país sucumbiu do exercito comunista russo.Em Setembro de 1938, a Alemanha nazista invade a Checoslováquia e a Hungria fascista anexa em 1939 a Ucrânia Carpática, assim com excepção de Kholm e alguns distritos ao sul na Polónia (ocupada pelos alemães) e da Ucrânia Carpática (ocupada pelos húngaros), todos os ucranianos passam para a tutela soviética, já que a Roménia cedeu a Moscovo a Bukovyna e a Bessarábia. A luta dos nacionalistas continua nas terras ocupadas pela Polónia, Roménia e na Ucrânia soviética; a Organização Militar Ucraniana (UVO), chefiada pelo coronel Evhen Konovaletz (1891 – 1938), assassinado pela NKVD em Roterdão, é formada, na sua maioria de jovens guerrilheiros.Em 1938 tem início a Segunda Guerra Mundial, a URSS, junto com a Alemanha, invade a Polónia, anexando a Galiza à República Socialista Soviética da Ucrânia; a Roménia devolve a Bessarábia e Bukovyna, e as populações não ucranianas dessas regiões, formam a República Moldova.Em 1941, a Alemanha invade a URSS, sendo a Ucrânia a primeira a ser ocupada, e em 30 de Junho de 1941 a Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) proclama a Independência em Lviv. No dia seguinte, todo o governo e os seus líderes Stepan Bandera e Jaroslav Stetskó, são presos e, sem julgamento, enviados ao campo de concentração de Buchenwald onde permanecem até 1945.O OUN organiza resistência sob o comando do General Roman Chukhévych (pseudónimo Tarás Chuprynka, 17.7.1907 – 5.3.1950) e luta ao mesmo tempo contra dois ocupantes, a Alemanha nazi e a URSS comunista. A luta continua até 1956, 11 anos após o término da Segunda Guerra Mundial. A repressão comunista era muito forte: centenas de milhares de ucranianos são enviados para os GULAGS de Sibéria, poucos conseguem sobreviver e o processo de russificação, que continua até os anos 90.Os sentimentos patrióticos são reacesos e em 1990, o Parlamento de maioria comunista da Ucrânia, proclama a soberania. Em 24 de agosto de 1991, com o fracasso do golpe do Estado em Moscovo, a Ucrânia se desliga da URSS e declara sua Independência, que aprovada em plebiscito pela população no dia 1 de dezembro do mesmo ano, obtendo o reconhecimento internacional.Primeiras eleições presidenciais, em Dezembro de 1991, foram ganhos pelo Leonid Kravchuk. Em 1994 segundas eleições são ganhas pelo ex-primeiro-ministro Leonid Kuchma. Em 2004, depois de um processo de falsificações e através de um protesto maciço, conhecido como Revolução Laranja, eleito novo Presidente da Ucrânia – banqueiro de profissão, Viktor Yushenko.

terça-feira, agosto 15, 2006

Primeira astronauta da Ucrânia


A astronauta ucraniano - americana Heidemarie M. Stefanyshyn – Piper (http://en.wikipedia.org/wiki/Heidemarie_M._Stefanyshyn-Piper), têm como previsto a sua saída para o espaço no dia 27 de Agosto, junto com seus colegas do vai - vem americano "Atlantis".
Durante a expedição, Stefanyshyn Piper deverá realizar duas saídas fora da nave espacial, cujo principal objectivo de viajem consiste em levar painéis solares à Estação Espacial Internacional.
Sra. Stefanyshyn provêm de uma família tradicional ucraniana dos Estados Unidos, em casa sempre cultivava-se a língua ucraniana, na sua juventude ela fui membro da organização juvenil ucraniana “Plast” (corpo nacional de escuteiros, criado pela emigração ucraniana no mundo livre).
Heidemarie Stefanyshyn têm os familiares na Ucrânia, por isso o seu sonho é de visitar brevemente o seu país de origem, talvez na companhia dos seus irmãos.
O primeiro astronauta da Ucrânia independente foi o Coronel Leonid Kadenyuk (http://www.ukrweekly.com/Archive/1997/489708.shtml e http://en.wikipedia.org/wiki/Leonid_Kadenyuk), que no dia 19 de Novembro de 1997, voo à bordo do vai – vem norte - amercicano “Columbia”.
Foto: Wikipédia

sexta-feira, agosto 04, 2006

Fim da Revolução Laranja

É o fim triste da bela e pacífica Revolução Laranja. O sentimento geral na Ucrânia, é que o Viktor Yushenko traiu o país e a nação, pondo em primeiro lugar os interesses mesquinhos do seu próprio meio. O povo anónimo nas ruas manda palavrões por cima do Yushenko. Ningém sabe o que será da Ucrânia. Ontem, parece, que era o último dia da democracia na Ucrânia...
A única esperança que resta, é que o Presidente Yushenko, poderá fazer o mesmo, que fiz o Jorge Sampaio em 2005 em Portugal, ou seja, demitir o Governo do proFFessor Yanukovich e convocar as novas eleições legislativas...



Revolução Laranja venceu...em 2004

Agonia em 2006


Adéus democracia, vivem esquemas?!


Yulia, estamos contigo! Yulia, continuo contigo!


Não ao primeiro – ministro criminoso!

Fotos: O. Shtolko, jornalista, Kyiv