quarta-feira, janeiro 30, 2008

Guto Pasko: paixão pela Ucrânia

Bastante recentemente, no início deste ano, conheci (graças a Internet, claro), cineasta brasileiro da origem ucraniana, Guto Pasko. Recentemente, Sr. Pasko realizou o lindíssimo filme, “Made in Ucrânia”, que consiste numa viagem à terra dos seus antepassados para descobrir as suas raízes ucranianas. Neste momento o filme já está disponível no mercado, ele foi editado em DVD em cinco idiomas: português, ucraniano, inglês, espanhol e italiano.
Obviamente, lancei me apaixonadamente na rede global, para poder encontrar o realizador e muito rapidamente foi recompensado pelo esforço. Eis a entrevista com Guto Pasko, conduzida por mim e obtida através de alguns e-mails, trocados entre nós.

— Guto, conte nós sobre si e sobre a sua família no Brasil e na Ucrânia.

Eu nasci na cidade de Prudentópolis, Estado do Paraná aos 27 de Maio de 1976. Sou da quinta geração de ucranianos que vivem no Brasil. Foram os meus tataravós que imigraram para o Brasil cerca de 100 anos atrás. Meus bisavôs vieram crianças.
Meus tetravós e minhas tetravós vieram da Galícia, província de Ternópil. Não consegui ainda identificar a sua aldeia natal, estou pesquisando. Meu avô, que faleceu recentemente, já não lembrava o nome. Infelizmente, os documentos dos meus antepassados foram extraviados. Estou organizando aos poucos este histórico, reunindo documentos e pretendo dar entrada na carteira de ucraniano do exterior, que é uma espécie de segunda identidade & nacionalidade, que tem validade na Ucrânia, como um cidadão ucraniano, com todos os direitos e deveres.
Quando estive na Ucrânia filmando em 2005, andei pelo interior da província de Ternópil e cheguei a encontrar cerca de nove famílias "Pasko", mas não tive tempo de pesquisar a fundo as raízes de cada, uma vez que dispunha de pouco tempo e estava lá com uma equipe de filmagens que levei do Brasil e estávamos focados no filme, mas pretendo voltar para lá com calma e mais tempo e tentar localizar a aldeia.

A minha família era bastante tradicional em termos culturais, na religião nos seguíamos o rito católico romano. Sou o primeiro filho de um total de onze, e mesmo 100 anos depois da chegada dos meus antepassados ao Brasil, até os 8 anos de idade eu só falava ucraniano. Somente aprendi a língua portuguesa quando tive que frequentar a escola primária. Quando eu tinha 11 anos de idade, sai da casa dos meus pais, porque o meu pai queria me enviar para o seminário ucraniano São José em Prudentópolis, que pertence a Ordem de São Basílio Magno para ser padre, esse era o seu maior desejo. Naquela época isso me deixou revoltado e me afastou da comunidade ucraniana por muitos anos. Somente mais tarde, depois de ter a maturidade suficiente para entender os valores morais, éticos, religiosos e familiares dos ucranianos, é que fui entender tudo isso melhor e o quanto essa formação nas tradições ucranianas foi importante para a minha formação como ser humano. A partir disso voltei a me envolver com a comunidade novamente e uma das acções foi produzir o filme.

— Como e porque aconteceu este afastamento entre si e a sua família, entre si e a Comunidade ucraniana?

Quando sai de casa dos pais e vim morar em Curitiba, inicialmente vivi com uma tia minha, trabalhando num lanchonete. Alias, desde os 11 anos tive que trabalhar para poder pagar minhas despesas pessoais (roupas, estudos). Fiz muitas coisas na minha adolescência para sobreviver: trabalhei numa loja de materiais de construção como auxiliar geral, office boy numa empresa de contabilidade, vendi “cachorros – quentes” na rua, trabalhei como auxiliar fiscal num escritório de contabilidade, trabalhei como barman numa boate nocturna,por um curto período vendi livros, trabalhei na organização de eventos,fiz um pouco de tudo.
Quando eu tinha 17 anos, fiquei um período desempregado e a minha tia me ofereceu ajuda para fazer um curso de cabeleireiro. Na minha família muitas pessoas trabalham em salões de beleza & estética. Quem não é agricultor, corta cabelo, ou seja, todos trabalham, o único que não trabalha sou eu...(risos), uma vez que artistas, em geral, são vistos como “vagabundos”.
Essa tia resolveu pagar um curso de cabeleireiro para mim, pensando que poderei trabalhar em um dos salões dela. Eu não queria ser cabeleireiro, que ser actor e director de cinema, mas tive que aceitar a sua oferta. Ela me deu o dinheiro para que eu pagasse o curso de cabeleireiro e eu usei aquele dinheiro para pagar o meu primeiro curso de teatro & artes cénicas, e assim foi o meu começo na área artística. Depois as coisas foram acontecendo rapidamente, logo em seguida recebi as primeiras oportunidades de trabalho como actor, as coisas começaram a dar certo e comecei, então, a viver disso.
Depressa consegui me inserir na área de cinema e fui morar um período no Rio de Janeiro, onde estudei TV e Cinema e a partir dali, tive as minhas primeiras oportunidades na área de cinema, trabalhando em diversas produções cinematográficas, até conseguir abrir em 2001 a minha própria produtora “GP7 Cinema” e começar a realizar meus próprios projectos.
Portanto, as dificuldades foram muitas e ainda existem, mas foi muito bom tudo que passei. A experiência de vida foi grande. Procuro sempre absorver o lado bom das dificuldades. Eu não tive outro caminho, tive que aprender errando.
— A comunidade ucraniana no Brasil consegue preservar a sua língua materna, o ucraniano?

Uma coisa que me deixou muito assustado, foi perceber que a minha irmã mais nova, que hoje tem 9 anos de idade e que nasceu apenas 22 anos depois de mim, já não fala ucraniano, absolutamente nada! Imaginei que se isso aconteceu dentro da casa dos meus pais que são muito tradicionalistas, então como estaria no resto da comunidade?
Preservar as tradições ucranianas é o mínimo que podermos fazer em memória dos nossos antepassados, é o mínimo que podemos fazer para honrar o sofrimento da nossa gente!!!
Pessoalmente falo ucraniano, mas é ucraniano um pouco arcaico, que foi trazido pelos meus antepassados a 100 anos atrás e foi passado de geração em geração em forma oral, dentro de casa. Hoje o idioma na Ucrânia já está um pouco diferente, foi actualizado, ou melhor, russificado.
Mas mesmo com o meu ucraniano arcaico, não tive nenhum problema de comunicação na Ucrânia. Algumas pessoas com quem falava, principalmente na região de Kyiv, as vezes tinha dificuldade de entender algumas coisas, porque o meu vocabulário era menor, mas em geral, eles entendiam tudo que eu dizia.

— Em que aspectos a conservação das tradições ucranianas no Brasil é positiva e em que aspectos pode ser negativa?

Acho que não existem aspectos negativos, somente positivos. Me preocupa muito o que já se perdeu e o que está se perdendo. Aqui no Brasil, onde ainda muita coisa é preservada, defendo a ideia de que se não for tomada uma atitude em relação ao futuro da comunidade ucraniana agora, daqui a 20 anos não teremos quase nada do que ainda temos hoje, porque nos últimos 20 anos muita coisa já se perdeu e com a globalização, o processo é muito rápido.
A razão principal pela qual eu resolvi fazer o filme foi justamente a minha preocupação com o futuro da comunidade ucraniana no Brasil. Espero, modestamente, que o filme ajude a despertar nos jovens da nossa comunidade importância de preservarmos tudo o que ainda temos aqui. Espero que o filme ajude a resgatar o orgulho de ser “ucraniano”, porque tem muitos jovens que tem vergonha das suas raízes.
Eu próprio já fui um desses jovens e hoje me envergonho muito disso. Fazer o filme para mim teve um significado muito especial. Mais do que fazer mais um filme, foi um acerto de contas comigo mesmo, com meu próprio passado. Fez bem para minha alma, para o meu espírito, para minha consciência.
Actualmente os jovens não estão mais interessados nas tradições. O trabalho maior tem que ser feito junto a eles. Acredito que os aspectos negativos são deixar a nossa cultura morrer, porque um povo que não respeita as suas origens, suas raízes, é um povo sem valor. Nossa cultura é o nosso “gene”. Tenho alma e coração brasileiro, mas meu sangue é ucraniano também!

— Guto, alguma vez você tentou fazer a análise comparativa entre a vida da comunidade ucraniana no Brasil e outras comunidades (italiana, japonesa, alemã, etc.) que chegaram ao Brasil no mesmo tempo com os ucranianos em termos de:
• Escolas, organizações
• Concertos, manifestações culturais
• Conservação das tradições e da língua
• Resistência à assimilação

Sim, já pensei! Não só pensei, como estou desenvolvendo um projecto de série de documentários para televisão, retratando varias outras etnias presentes no Brasil, principalmente no estado do Paraná onde vivo, o qual é formado por vasta diversidade étnica. O estado do Paraná é conhecido por “terra de todas as gentes”. São mais de 30 grupos étnicos diferentes que vivem no estado. 81% dos cerca de 400 mil ucranianos e seus descendentes no Brasil estão viver no estado do Paraná.
A próxima etnia que pretendo retratar no meu filme é a japonesa, aproveitando o centenário da imigração desta no Brasil, que será comemorado em 2008. No projecto da série também estão os italianos, polacos, alemães, holandeses, portugueses, espanhóis e árabes. A série pretende contemplar todos os tópicos que você descreveu na sua pergunta.

— Guto estudou as tradições do cinema ucraniano? Conhece algum dos cineastas famosos de origem ucraniana? Alguém deles lhe influenciou de alguma maneira?

Infelizmente não, o que me envergonha muito. Aqui no Brasil não temos acesso a quase nada do cinema ucraniano. Já comecei algumas conversas com o Consulado e com a Embaixada da Ucrânia no Brasil, para tentarmos organizar uma mostra de cinema ucraniano aqui. Actualmente sou o presidente da Associação de Vídeo e Cinema do Estado do Paraná, entidade que congrega os profissionais de cinema do estado e também sou Director Nacional da Associação Brasileira de Documentalistas e através destas entidades vou tentar viabilizar junto aos governos dos dois países esta mostra de filmes ucranianos no Brasil.
Maioria das minhas influências, por enquanto, é de cineastas brasileiros, europeus e americanos. Estou avaliando a possibilidade de passar um tempo na Ucrânia estudando cinema, mas isso por enquanto é apenas uma ideia, uma vez que teria que organizar muitas coisas antes da partida.
Único cineasta ucraniano que eu conheço (somente através da sua obra) e gosto bastante é o Hector Babenco (nasceu na Argentina, na cidade Mar del Plata, numa família ucraniana, mas desde 1979 vive no Brasil, naturalizando-se brasileiro). Ele é muito conceituado no Brasil. Ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. O filme que mais gosto dele é "Pixote — a lei do mais fraco" (1981). É um belíssimo filme que retrata a realidade das crianças nas ruas de São Paulo em meio a crimes, drogas e prostituição. “Beijo da Mulher Aranha” também é um bom filme. Recentemente ele lançou “Carandiru”, filme forte que retratou os bastidores do maior massacre ocorrido em uma cadeia do Brasil.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Futebol ucraniano na Austrália 2

Por: Marichka Galaburda – Chyhryn (Austrália)
O torneio de futebol ucraniano “International Ukrainian Football Tournament 08” – IUFT 08, teve lugar entre os dias 13 à 18 de Janeiro na cidade de Adelaide na Austrália. No torneio participaram as equipas da Austrália, Grã – Bretanha e Ucrânia.
No final jogaram a equipa profissional ucraniana FSC Prykarpattya (até 2007 chamava-se FC Fakel) da cidade de Ivano – Frankivsk (joga na 1ª liga do Campeonato Nacional ucraniano) e a equipa amadora ucraniana “Tryzub” da cidade do Sidnei (Austrália). FSC Prykarpattya (o clube ucraniano tem a particularidade especial, de ter entre os seus 24 jogadores apenas um estrangeiro, o húngaro Nod Szolt), ganhou por 1:0. Depois veio a festa ucraniana onde todos tornaram-se amigos de todos.

A Comunidade Ucraniana da Austrália está de parabéns!
Fotos série IUFT – 2008

Cerimónia da abertura:
SIDNEY VS VICTORIA
UCRÂNIA VS Grã – Bretanha
Grã – Bretanha vs VICTORIA
SIDNEY vs ADELAIDE
UCRÂNIA vs SIDNEY
VICTORIA vs ADELAIDE
Grã – Bretanha vs ADELAIDA
UCRÂNIA vs VICTORIA
UCRÂNIA vs ADELAIDE
SIDNEY vs Grã – Bretanha
Visita ao Cleland WILD LIFE PARK
Semi – FinalGrã – Bretanha vs ADELAIDE
UCRÂNIA vs SIDNEY

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Comunidade Ucraniana da Noruega

Até recentemente, os ucranianos que viviam na Noruega, eram muito poucos. A emigração “velha”, do período pós – segunda guerra mundial, estava diminuir drasticamente e a emigração “nova”, dos anos 90, era bastante rara.

Por isso, sempre é muito interessante falar com a líder da Comunidade Ucraniana da Noruega, Sra. Natália Ravn – Hristensen. Sra. Natália é natural da Galiza ucraniana, ela foi graduada pela Academia da Imprensa (especialidade: negócio editorial e correcção). Trabalhou cinco anos na cidade de Lviv na rádio “Lux”, onde era responsável pela publicidade. Casou-se com um dinamarquês e dois anos viveu na Dinamarca, depois o seu marido foi enviado em missão de serviço a Noruega. E desde primeiro dia Sra. Natália apaixonou-se tão fortemente pelo país, que decidiu nunca mais voltar a viver na Dinamarca.

Proponho a entrevista com a Sra. Natália Ravn – Hristensen, publicada no jornal da comunidade ucraniana da Austrália, “The Free Thought” (Вільна Думка), № 2927-28 de 2007, conduzida pelo jornalista Yuriy Atamanyuk.

O que a Noruega tem de especial?

Primeiro, porque na Noruega é muito simples arranjar o emprego. Ainda sem saber falar norueguês, eu perguntei numa creche se eles precisam de pessoal e a directora me disse que com muito gosto e perguntou se eu poderia começar amanha. Eu falava dinamarquês, por isso acharam que sou dinamarquesa. Nunca perguntaram sobre minha nacionalidade e só muito mais tarde souberam que sou ucraniana. Depois trabalhei na rádio, agora tenho uma empresa privada no ramo da óptica.

Alem disso, os noruegueses não dividem as pessoas entre os “seus” e “alheios”, eles gostam dos estrangeiros (na Dinamarca senti muito a divisão entre “nós” e “vocês”). Também descobri que a historia da Noruega é muito parecida com a historia da Ucrânia. Até a situação linguística é muito parecida com a ucraniana. Por isso logo que cheguei, me tornei a nacionalista norueguesa (em qualquer discussão com o meu marido dinamarquês, tomo a parte norueguesa). E as relações entre a Dinamarca e Noruega são muito parecidas com a situação na Ucrânia nos últimos 300 anos. Por exemplo, fiquei chocada, quando soube que o escritor norueguês Henrik Ibsen foi “privatizado” pelos dinamarqueses. Ibsen escrevia em dinamarquês, pois na altura não existia o norueguês escrito, mas ele escrevia sobre a Noruega. Quando os noruegueses me perguntam sobre a Ucrânia, eu respondo que “vosso Ibsen é como o nosso Gogol”. Ele escrevia em russo, embora existia a língua ucraniana escrita, mas as circunstâncias ditaram essa opção. E depois dessa conversa, já o norueguês não pode confundir a Ucrânia com a Rússia.

Como os ucranianos pararam na Noruega?

Primeiro, as mulheres que se casaram com os noruegueses. Ainda 7 – 8 anos atrás, no pais quase não havia ucranianos, alem dos muito poucos da geração da pós – II G. M. Depois veio o programa OPEP (trocas culturais), as mulheres ucranianas trabalham no país dois anos, depois voltam a Ucrânia, algumas se casam ou ficam para estudar. Terceira categoria – os estudantes, hoje não é muito difícil arranjar uma bolsa para estudar na Noruega. Existem também os professores ucranianos nas Universidades, temos as pessoas que trabalham na indústria petrolífera, mas estes vivem num mundo um pouco a parte.

Comunidade Ucraniana. Realidade actual.

A ONG “Comunidade Ucraniana de Noruega” foi oficialmente criada no dia 3 de Outubro de 2004, organização recebe ajuda do estado norueguês; contava com 50 membros em 2006 e 46 em 2007. Na criação da Comunidade ajudou bastante a Embaixada da Ucrânia na Noruega. Comunidade comemora Natal, Páscoa, organiza as tardes poéticas, encontrando-se uma vez por mês, num café na cidade de Oslo, que pertence à uma ucraniana, natural da cidade de Odessa. Entre as visitas constantes temos um companheiro de Symon Petliura (a sua vida foi contada em livro que foi editado em norueguês) e uma senhora que se mudou para o país depois do fim da II G. M. O resto é a juventude, as pessoas com 25 – 30 anos. Também recebemos o apoio moral dos maridos noruegueses, que nos visitam com as suas esposas. É muito gratificante ver que nas famílias mistas, as crianças falam as duas línguas: norueguês e ucraniano. Neste momento nós estamos reunir um grupo de crianças, porque pretendemos criar uma creche ucraniana e a escola sabática. Agora já temos dois grupos de crianças entre 3 a 6 anos e um grupo entre 9 a 12 anos.

Também temos uma mulher – psicólogo, que foi formada na Universidade de Oslo, ela dá consultas para as nossas mulheres. Pois nossa comunidade é basicamente feminina, é normal que nos encontros habituais aparecem 15 mulheres e apenas 2 homens.

E como fica a vida cultural da Comunidade?

Temos entre nós um verdadeiro artista, Sr. Ruslan de Kyiv, que canta em norueguês, sueco e ucraniano. Nos últimos cinco anos ele era o líder da Comunidade Ucraniana na Suécia. Ele nós ajuda em tudo que pode: traz nos músicos e escritores, organiza encontros poéticos. Temos as pessoas que gostam de cantar, mas não temos um grupo organizado. Mas cantamos em todos os nossos encontros, as vezes até levamos a guitarra e cantamos no parque da cidade.

Pessoalmente, sinto me integrada na sociedade norueguesa: falo norueguês, trabalho com os noruegueses, tenho muita gente conhecida e amigos noruegueses.

E a nostalgia pela casa?

Tenho tantos planos e tanto trabalho que não tenho tempo de pensar nisso. Só quando vou visitar a casa. Aparecem tantos sentimentos, principalmente quando oiço as crianças cantar as canções ucranianas. Senti isso no dia do Santo Nicolau (Pai Natal ucraniano, que aparece para dar as prendas na noite de 6 para 7 de Janeiro, correspondente em Portugal & Espanha a noite de Reis Magos), ele pediu que as crianças cantarem ou dançarem. Era lindo de ver, fiquei com umas memórias muito agradáveis.

Olga Kurylenko – cinderela ucraniana

Embora eu próprio não gosto das histórias de cinderalas (quase todas são falsas), a história da Olga Kurylenko, a nova companheira do James Bond no ultimo “Bond-22”, é uma história digna deste nome. Em apenas dez anos, jovem ucraniana de uma cidade ultra – provincial, se transformou (bom, quase), na actriz de calibre mundial.

Encontro no metro

Olga estudava na escola secundária № 16 na cidade ucraniana de Berdyansk. A sua turma era do estudo aprofundado do inglês. Alem disso, ela tocava piano, desenhava muito bem, praticava a dança. Olga fazia parte do núcleo teatral da escola, participou em cerca de 20 mini – espectáculos diferentes. Já naquela altura os rapazes olhavam para ela com muita interesse.

Uma vez, ainda adolescente, viajando com a sua mãe, Marina Alyabusheva (ex – professora de arte visual no Instituto Pedagógico de Berdyansk, hoje directora da agência de modelos “Marian”), Olga foi vista por uma “escuteira” da agência internacional de modelos, “Agência de estrelas”. “Escuteira” era uma pessoa extremamente decente e como prometeu, ligou alguns anos mais tarde, quando Olga já era mais madura. Apesar da sua estatura não era “ideal” para modelo (1.73 naquele momento), Olga foi convidada frequentar um curso de 2 meses, a fim do qual recebeu a proposta de assinar o contracto com a agência de modelos francesa “Madison”.

Os espíritos contentes & muito sacrifício

Olga queria ir, mas a mãe tinha medo de deixar a filha ir sozinha à Paris. Acreditando nos horoscópios, Marina fez um e só depois de ver que as estrelas são favoráveis, concordou com a viagem da Olga. No dia em que Olga Kurylenko deixava a sua cidade natal, choveu muito, como em África, na Ucrânia também se acredita que a chuva traz a sorte.

Primeiramente, Olga teve muitas dificuldades. Ela só falava inglês em França, mas tinha uma vontade de ferro de vencer: corria para qualquer casting onde era chamada. Trabalhava muito, sozinha amealhou o dinheiro necessário para comprar o carro, o apartamento.

Parisiense ucraniana

O seu primeiro papel no cinema Olga recebeu em 2005. Realizadora Diana Bertran procurava o modelo ideal para o seu filme “L´Annulaire”, que sabia estar à frente das câmaras com naturalidade. Olga Kurylenko mostrou-se capaz.

Ela já trabalhou com Elijah Wood (hobbit Frodo no “Senhor dos Anéis”) e no filme “Le Serpent” com lendário Pierre Richard (cómico francês extremamente popular na Ucrânia).

Depois de viver 10 anos em Paris, Olga sente-se como uma parisiense, até pensa como tal. Ela visita a Ucrânia uma, no máximo duas vezes por ano. Mas sempre fica atente aos acontecimentos ucranianos. Assim, durante a Revolução Laranja, ela ligava constantemente aos pais, para saber em primeira mão sobre a situação real na Ucrânia.

O seu primeiro casamento com um francês foi infeliz. Mas no Outono de 2006 ela casou-se com um empresário americano de origem latina, Damien Gabriel. Eles foram apresentados pelos amigos mútuos, quando Olga visitava a Nova Iorque. O bonito casamento organizado pelo Damien teve lugar na cidade espanhola de Barcelona.

Olga em primeira pessoa

— Damien é uma pessoa muito bondosa, inteligente e romântica. Ele gosta andar de mota. Sonha ter um filho. Quer que ele lhe faça a companhia nas andanças da mota.
— Infelizmente, agora temos que viver em dois lares. Eu em Paris e ele nos EUA. Pois ambos temos muito trabalho. Damien tem um negócio familiar, a sua empresa produz e comercializa os acessórios de telemóveis.
— Até não tivemos a nossa lua–de–mel, embora nós sonhamos de ir descansar à Índia. Eu estive lá durante a produção do spot da campanha publicitária do Kenzo e tinha muita vontade de voltar. Naquele país vivem as pessoas tão simpáticas! E muito pobres. Eu gostaria de dar dinheiro a todos eles. Se um dia teremos que adoptar uma criança, vou escolher um pequeno indiano.

Quem é a Olga Kurylenko?

Nasceu aos 14 de Novembro de 1979 na cidade de Berdyansk. Desde 17 anos de idade trabalha para a agência de modelos “Madison”. Foi a capa das revistas: “Madam Figaro”, “Glamour”, “Iza”, “Elle”.

Olga foi a “cara” da “Nivea” no Japão, publicitava a roupa interior da marca “Lejaby”. Fiz papeis nos filmes e seriados como: “L´Annulaire”, “Le Serpent”, “Paris, je t´aime”, “Hitman”, entre outros.

terça-feira, janeiro 22, 2008

22 de Janeiro – Dia de Unificação da Ucrânia

Essa data é comemorada na Ucrânia todo ano, no dia quando em 1919 foi anunciado o Acto de Unificação da Republica Popular da Ucrânia com Republica Popular da Ucrânia Ocidental .

Dividido por séculos povo ucraniano libertou-se da escravidão estrangeira: os territórios do lado esquerdo do rio Dnipro, saído do domínio russo e territórios do lado direito do rio Dnipro, saindo do domínio Austro – Húngaro uniram-se num único Estado ucraniano. O acto de unificação tornou-se um importante acto político, infelizmente não suficientemente estudado e compreendido até hoje. Povo ucraniano não somente libertou-se de seus ocupantes seculares, mas sem muitas delongas uniu-se num único Estado – Ucrânia.
As palavras do 4º Universal são claras e animadoras: “A partir de hoje, unem-se num único corpo, em Grande Ucrânia, as partes que por longos séculos eram separadas entre si: Galícia, Bukovyna, Transcarpâtia e Ucrânia Central. Tornaram-se realidade os sonhos, para os quais viveram e pelos quais lutaram os melhores filhos da Ucrânia. A partir de hoje teremos apenas uma única e independente República Popular da Ucrânia. A partir de hoje e com seus próprios esforços, o povo ucraniano tornou-se o dono do seu próprio território”. Essas palavras foram pronunciadas 22 de Janeiro de 1919 na praça Santa Sofia em Kyiv e foram reconhecidos por 24 países do mundo, inclusive Rússia.
Mas devido às complexas situações políticas reinantes na Europa e especialmente complicada situação interna, a Republica não durou muito. Já duas semanas apôs a proclamação, governo ucraniano teve, sob a pressão do Exercito Vermelho, deixar a capital Kyiv e mais tarde até o território ucraniano. Em alguns meses, os bolcheviques ocuparam Kyiv, os polacos a Galícia Oriental, romenos a Bukovyna e os checos a Transcarpâtia.
Apesar de acto de Unificação caracterizar-se como declarativo, ele ficou enraizado nas mentes e nos corações do povo ucraniano. A principal lição para o povo é que: “A força dum povo esta na união”. Inúmeros erros e derrotas, cometidas no passado, mostram que o maior valor para um povo é a um país independente e unificado. E por esse valor – segundo as palavras do actual presidente Victor Yushchenko – nos devemos desenvolver os ideais do acto de 22 de Janeiro. A nossa força está na União!
Resumo da palestra de Marêna Bondarenko

Viva a unidade do povo ucraniano.

No Brasil é difícil realizar reuniões e encontros nesse período do ano. Por isso a Representação Central Ucraniano Brasileira propõe à comunidade a seguinte forma de comemoração.
Ligue para um amigo ou parente da comunidade que é da parte Oeste se você tem origem no Leste e se você vem da parte Central ou do Oeste ligue para alguém que tem origem na Leste para saudar a unificação da Ucrânia.
A maior parte dos descendentes de ucranianos do Brasil vem da Halychyna (Galícia) mas é grande o número de descendentes da região Central e Oeste.
Como Presidente da Representação Central, cuja origem vem de Ternopil (aldeia de Ditkivtsi), gostaria de saudar o Bohdan Savytski – Presidente do Subras – que vêm bem lá do Oeste; o Padre Nicolas Melus que nasceu em Kharkiv e o Peter Jedyn que tem origem em Poltava.

Vitório Sorotiuk ,
Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira
Fonte:
http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania/unificacao_da_ucrania.html

Presidente Lula recebe Embaixador da Ucrânia

Presidente Lula recebe credenciais do Embaixador da Ucrânia

Luís Inácio “Lula” da Silva recebeu no dia 18 de Janeiro, sexta-feira, as credenciais do novo Embaixador da Ucrânia no Brasil. No encontro, onde estive presente a liderança da Representação Central Ucraniano Brasileira: o seu Presidente Vitorio Sorotiuk e o Vice – Presidente, Deputado Felipe Lucas, o Embaixador Volodymyr Lákomov comunicou que no mês de Março fará uma visita à comunidade ucraniana no Brasil. A Representação Central estará nos próximos dias agendando com as autoridades diplomáticas ucranianas as datas e os municípios onde o Sr. Embaixador Volodymyr Lákomov fará a visita.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Baptismo do Oceano Índico em Maputo

No dia 19 de Janeiro (quando na Ucrânia é celebrada a festa de Epifania), um grupo de cristãos ortodoxos juntou-se para participar na Missa na Igreja Ortodoxa Grega de Arcanjo Gabriel em Maputo. A missa foi celebrada pelo padre ucraniano Georgiy (Zolotenko), que deslocou-se de propósito para o efeito da República da África do Sul (RAS), onde neste momento se encontra em trabalho missionário, para o Moçambique, na ausência temporária do Bispo de Moçambique – Theodoros.

No fim da Missa, os crentes ortodoxos (ucranianos e não só), dirigiram-se às imediações do hotel “Holliday Inn”, para testemunhar a Epifania, a celebração do Baptismo do Oceano Índico – festa do Nascimento de Deus.
Nesta data, no rito ucraniano é realizada a bênção da água, cada família leva um pouco de água benta para casa, e a mesma é utilizada pelo padre durante as visitas para as benções dos lares em Janeiro e Fevereiro, tradicional costume da comunidade ucraniana.
Igreja Ortodoxa Grega de Arcanjo Gabriel em Maputo
Endereço: esquina de Av. Julius Nyerere e rua Ahmed Secou Touré, junto ao Palácio dos Casamentos;
Padre: Georgiy, + 27 767339009 (na RAS)

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Compre a roupa ucraniana

Querido amigo, neste sítio você consegue comprar uns T-shirts muuuuuuuuita giras aos preços muuuuuuito acessíveis (101,00 UAH = 20 USD = 500,00 mt)

Boa sorte!

Em ucraniano
Em inglês

30 anos sem Clarice Lispector

por: Tânia Maria André Tymus,
União da Vitória – Paraná

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia no dia 10 de Dezembro de 1920. Com dois meses de idade Clarice, seu pai, mãe e duas irmãs chegam ao Brasil e passam a residir em Recife e alguns anos mais tarde mudam-se para o Rio de Janeiro. Em 1943 casa-se com o colega da faculdade de Direito Maury Gurgel Valente que, por concurso, ingressa na carreira diplomática.

Em 1944 muda-se para Nápoles onde seu marido vai trabalhar. Quando chega à Itália, depois de um mês de viagem, escreve: “Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar.” Lá termina o seu segundo romance: “O Lustre.” Recebe o prémio Graça Aranha com o seu primeiro romance “Perto do Coração Selvagem”, considerado o melhor romance de 1943. Em função do trabalho do marido, mudam-se para Suíça. Lá nasce seu primeiro filho Pedro em 1948. Mais tarde voltam ao Brasil mas retornam a Europa indo morar na Inglaterra. Escreve o romance “Cidade Sitiada” e a crónica “Lembrança de uma fonte, de uma cidade”.

Em 1953 nasce Paulo, seu segundo filho nos Estados Unidos. A mãe Clarice Lispector divide seu tempo entre os filhos, “A maçã no escuro”, os contos de “Laços de Família” e a literatura infantil. Em 1967 lança o livro infantil “O mistério do coelho pensante”. Nos anos seguintes escreve “Hino ao amor: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres” e “Água Viva”.

Além de escritora, cronista e contista, Clarice também foi colunista, entrevistadora, pintora, jornalista e repórter. Clarice morre no Rio de Janeiro, no dia 9 de Dezembro de 1977, um dia antes de completar 57 anos.
Clarice
veio de um mistério,
partiu para outro.
Ficamos sem saber
a essência do mistério.
Ou o mistério não era essencial,
era Clarice viajando nele.

Carlos Drummond de Andrade

Em 2002, a embaixada do Brasil na Ucrânia e a prefeitura de Tchetchelnik se associam em homenagem à memória da escritora, inaugurando uma placa com dados biográficos gravados em ucraniano e em português, afixada na entrada da sede da administração municipal. Em artigo publicado no jornal “The New York Times”, no dia 11 de março de 2005, a escritora foi descrita como a equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel Garcia Márques, Mario Vargas Llosa e de Clarice.


Caminhos da Fé III

PORTUGAL - REPÚBLICA CHECA - POLÔNIA - UCRÂNIA - ITÁLIA
Roteiro Turístico Religioso
Líder Espiritual – Dom Efraim Basílio Krevey (Brasil)
Saída: 09 de Agosto de 2008 (Brasil)


Santuários Religiosos, Igrejas, Mosteiros, Abadias, Museus, Monumentos Históricos, Castelos, Passeios Turísticos, Shows, Festival do Pierogi (Polônia), Festa da Independência da Ucrânia, Jantares e Almoços Típicos na Polônia, República Checa e Ucrânia.

Portugal
Lisboa, Óbidos, Alcobaça e Fátima - 03 noites – 04 cafés da manhã
Hotel Dom Carlos Park – Lisboa (3*) : http://www.domcarlospark.com/

República Checa
Praga - 02 noites – 02 cafés da manhã – 01 Jantar Típico
Hotel Opera – Praga (4*) : http://www.hotel-opera.cz/

Polônia
Krakóvia, Czestochowa , Wadowice, Auschwitz, Minas de Sal
03 noites – 03 cafés da manhã – 03 almoços – 01 jantar
Hotel Chopin -Krakóvia –(3*) : http://www.chopinhotel.com/

Ucrânia
Lviv e Kyiv
07 noites – 07 cafés da manhã – 01 almoço – 02 jantares
Grand Hotel (Lviv) 3* Superior - http://www.ghgroup.com.ua/
Hotel Radisson SSA – Kiev – (5*) : http://www.kiev.radissonsas.com/

Itália
Cidade do Vaticano e Roma
04 noites - 04 cafés da manhã – 01 jantar
Hotel das Irmãs Ucranianas – Suore di Sant´Anna Roma (3*) –Turista

Mais informação:

Sergey Korolev homenageado na Ucrânia

Um monumento comemorativo em honra ao projectista de foguetes espaciais soviéticos, Sergei Korolev, será construído perto da cidade ucraniana de Zhytomyr. Isto foi declarado por Yuriy Zabela – chefe da Administração Estatal Regional da província de Zhytomyr, durante a celebração do 101º aniversário de nascimento do famoso cientista ucraniano.

Yuriy Zabela, disse que “Sergey Korolev até agora é uma figura excepcional na área de projectos e construção de foguetes. E devemos ter orgulho da pessoa cujas ideias e as pesquisas serão muito tempo postas em prática por seus seguidores que nasceu em Zhytomyr".
Sr. Zabela disse que o monumento comemorativo será feito em forma de foguete com uma inscrição "Zhytomyr – Cidade Espacial". Para esse fim será reconstruído um antigo foguete de combate. Planeia-se que o monumento comemorativo seja inaugurado no Dia Mundial de Astronáutica e Aviação, 12 de Abril 2008.
Os primeiros passos ao espaço foram feitos na Ucrânia. Os especialistas militares de duas brigadas de mísseis deslocados da região de Zhytomyr chegaram à estepe do Kasaquistão perto da estação ferroviária de Tyuratam ("lugar sagrado"). Baikonur foi uma aldeia de montanha localizada a 300 km do futuro centro de lançamento espacial, mencionado como um ponto geográfico mais próximo da linha do equador. Os cidadãos de Zhytomyr começaram a construir Baikonur com as primeiras pedras e prepararam os primeiros lançamentos de foguetes experimentais.

Fonte:
Embaixada da Ucrânia no Brasil.

Ucrânia Lança Satélite Árabe de Plataforma Flutuante.

Um foguete ucraniano Zenit, destinado a pôr em órbita o satélite árabe de comunicações, foi lançado na terça-feira, dia 15, de uma plataforma flutuante no Oceano Pacífico. É o primeiro lançamento do consórcio Sea Launch, com sucesso, após o fracasso de Janeiro de 2007. O lançamento do ano passado fracassou devido à explosão do sistema propulsor da primeira etapa do foguete. Aquele foi apenas quarto fracasso em um total de 24 lançamentos.
O consórcio Sea Launch envolve 5 países e 6 empresas. Criado em 1995 é integrado pelos Estados Unidos, Rússia, Ucrânia, e a sociedade britânico – norueguesa.

Fonte:
http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Filme Made in Ucrânia

Informamos a todos que o DVD do filme Made in Ucrânia já está disponível para aquisição. O DVD tem em seu menu 05 opções de legendas / idiomas: português, ucraniano, inglês, espanhol e italiano.

Valor: R$ 50,00 (cinquenta reais)
Pagamento: À vista ou antecipado via depósito bancário para residentes fora de Curitiba.
Entrega: Imediata ou via postal para pessoas residentes fora de Curitiba.
OBS: Será cobrado o valor da postagem e/ou frete quando o DVD tiver que ser enviado para outra cidade.

A primeira tiragem será limitada. Os interessados já podem efectuar o seu pedido via fones ou e-mail abaixo:
Fones: 41 3362-2525 GP7 Cinema / 41 9152-3206 Guto Pasko / 41 9175-8413 Andréia Kaláboa
e-mail: madeinucrania arroba gp7cinema ponto com

A comunidade e/ou entidade que tiver interesse em ser um ponto de venda local deverá entrar em contacto. Em breve divulgaremos a lista completa dos pontos de venda espalhados pelo Brasil.

A pirataria é crime. Os direitos patrimoniais do filme pertencem a GP7 Cinema. Gostaria de pedir a todos para combaterem esta prática. Infelizmente já existem cópias do filme sendo pirateadas, mesmo antes do DVD ter sido oficialmente lançado.
Atenciosamente;
Guto Pasko,
Director e Produtor

Ucranianos pedem reconhecimento do Holodomor

Os ucranianos pedem o reconhecimento da “Grande Fome” (Holodomor)

“Bem-aventurados os que têm fome e sede
de justiça, porque serão saciados”
Evangelho segundo S. Mateus

“Foi mais fácil acreditar que essas inúmeras
vítimas tinham sido sacrificadas em nome de uma causa superior”
Andrei Sakharov
(Memórias: Andrey Sakharov, Londres, 1990, p.164)

Os setenta e quatro anos da dominação soviética foram verdadeiramente trágicos para o povo da Ucrânia – três Holodomores* (dos anos 1921-1923, 1932-1933 e 1946-1947), múltiplas deportações, o terror físico e moral… “A ditadura do proletariado” experimentou todas as modalidades de repressão no nosso país.
Há duas nuvens particularmente negras que obscurecem o mito das “conquistas do socialismo soviético”. Uma é representada pelas repressões sangrentas dos anos 30, a outra é constituída pelo Holodomor, que devastou a Ucrânia Soviética em 1932-1933, o qual, segundo os dados actuais, causou entre 3 a 7 milhões de vítimas.
A causa inicial desta fome reside na decisão de Stalin em aumentar a quota de fornecimento de cereais, em 44%, para a Ucrânia, em 1932. Importa também destacar a circunstância do grupo social dos camponeses mais desafogados (os “kulaks”), que Stalin pretendia exterminar, estar, em grande medida, concentrado na Ucrânia.
A fome era terrível: desapareciam aldeias inteiras; as pessoas comiam animais de estimação e as próprias sementes destinadas à futura sementeira (o que foi interpretado pelas autoridades como “furto da propriedade socialista”, tendo sido reprimido de forma violenta, com recurso à pena capital); o canibalismo generalizou-se. Para travar a fuga em massa de camponeses, dos territórios atingidos pela fome, foram introduzidos os passaportes internos. Por outro lado, destacamentos de guardas armados foram colocados ao longo da fronteira ucraniana, impedindo o êxodo dos camponeses famintos.
No quadro “O Homem em Fuga” (1934) do pintor Kazimir Malevich, está representado um camponês que corre através de uma paisagem desolada. Esta obra, plena de simbolismo, é considerada um dos mais significativos testemunhos artísticos daqueles horríveis acontecimentos.
O Holodomor teve consequências traumatizantes, cujos efeitos ainda se fazem sentir, nomeadamente a sua quase ausência na nossa memória colectiva. Ficaram profundamente debilitadas as “reservas” sociais e culturais da identidade ucraniana, assentes no mundo rural. Aumentou o fluxo migratório dos campos para as cidades, onde os camponeses recém-chegados adoptaram os valores oficiais da cultura soviética; por sua vez, os intelectuais ucranianos, que eram mais sensíveis às raízes culturais do seu povo, foram silenciados, esquecidos ou eliminados.
Durante a década de 30, os meios intelectuais da URSS foram vítimas, de uma repressão particularmente feroz, que constitui mais um capítulo “esquecido” da era soviética. Na Ucrânia, essas perseguições foram especialmente dramáticas, destacando-se, em relação às outras repúblicas soviéticas, pelo seu número de vítimas e pela sua extensão temporal. Segundo várias estimativas, 80% dos intelectuais ucranianos foram fuzilados ou enviados para os campos de concentração, enquanto o Partido Comunista da Ucrânia foi sujeito a violentas purgas, em 1932-1934 e 1937-1938.
Em resultado de uma dupla eficácia – propagandística e repressiva - o regime soviético não ficou descredibilizado até ao momento em que se começaram a revelar as “páginas em branco” da História Soviética, nos finais dos anos 80.
Por fim, gostaria de fazer algumas considerações sobre a questão do reconhecimento do Holodomor como genocídio, tendo em consideração os princípios do Direito Internacional. Segundo a definição consagrada na Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio, aprovada pela ONU, em 1948: “ (…) entende-se por genocídio qualquer dos seguintes actos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: matar membros do grupo; causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; adoptar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; efectuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.”
Actualmente, já não existem dúvidas de que o Holodomor foi uma fome artificial, tendo sido provocada e instrumentalizada por razões políticas e ideológicas
Para a Ucrânia, este crime do regime comunista representa uma verdadeira tragédia nacional, um golpe violentíssimo contra o património vital da Nação. No entanto, há quem insista em perguntar: “O extermínio dos camponeses, enquanto ucranianos, foi o objectivo final do Holodomor, ou a sua morte é apenas uma consequência da política do regime comunista contra os camponeses, enquanto classe?” Tais interrogações, são, no mínimo, pouco éticas.
Um dia saberemos, através da abertura de alguns arquivos ainda mantidos secretos, o que é que Stalin e os seus cúmplices planearam efectivamente. Mas, quanto às consequências da política desenvolvida pelo regime estalinista, essas já são amplamente conhecidas, sendo, assim, possível fazer a sua avaliação histórica e jurídica. E são precisamente essas consequências, que conferem ao Holodomor o carácter de genocídio, de acordo com as normas do Direito Internacional.
Quando os parlamentos de 15 países, incluindo alguns da Europa, já reconheceram o Holodomor como um acto de genocídio, deixa de fazer qualquer sentido discutir terminologias; trata-se simplesmente de um acto simbólico.

Infelizmente, a “racionalidade” política e económica vigente nas relações internacionais, é muitas vezes contrária à voz da consciência e ao princípio da justiça. Se em alguns momentos da História do Século XX, essa mesma “racionalidade”, sob a capa da “Realpolitik”, não tivesse pactuado com os crimes cometidos por impérios totalitários, o mundo de hoje poderia ser bem diferente.
Por tudo isto, os ucranianos esperam que os países democráticos e civilizados reconheçam o Holodomor como um acto de genocídio, bem como a importância desse acto de justiça histórica. Tal reconhecimento, seria excepcionalmente importante para a Ucrânia, com vista à sua plena integração na comunidade das nações livres e democráticas.
No dia 24 de Novembro de 2007, no âmbito das comemorações do “Dia Nacional em Memória das Vítimas da Fome”, por toda a Ucrânia foram acesas velas. O mesmo gesto foi feito, em Portugal, pela terceira maior comunidade imigrante, bem como por meio milhão de ucranianos e seus descendentes, no estado brasileiro do Paraná, ou na cidade de São Paulo; pelos ucranianos que residem em Angola e em Moçambique.
Acreditamos que não existem outros valores civilizacionais, além dos de natureza ética. A dor de cada povo deverá ser partilhada por toda a Humanidade, condição fundamental para a construção de um mundo mais tolerante.
Por isso, convidamos todos que não são indiferentes a essa partilha, para que se solidarizem, participando!

Mariya Dets,
Presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Actriz ucraniana Diana Pavlovská

Infelizmente, o nome de Diana Pavlovská não diz muito aos amantes da “sétima arte”, mas acredito que essa actriz ucraniano – canadense é muito interessante, quer como intérprete do cinema, quer como professora de arte de representar.

Diana Pavlovská é reconhecida pelo seu trabalho cinematográfico, ele foi duas vezes nomeada ao Prémio Leo (melhor televisão e cinema do Estado de Colúmbia Britânica, Canada), uma vez ao Prémio Gemini (melhor televisão em inglês, Canada) e uma vez ao Prémio do Mérito Artístico Feminino em Cinema e Vídeo do Festival Internacional do Cinema do Vancouver.

Diana Pavlovská foi formada em arte de representar em classes dos mestres Warren Robertson e Kate McGregor – Stewart. A sua preparação clássica ajudou lhe a representar vários papeis em cinema e séries de TV como: Sanctuary (Jagna); Passion's Web (Detective Sims); The Robber Bride (Alice Reno); Saved (Trish Bannister); Dirty Dog (2006); The Collector (Rebecca), entre outros.

Mas a verdadeira fama chegou à Diana Pavlovska depois da sua actuação na comedia canadense The Delicate Art of Parking (2003), onde Diana fez o papel de uma emigrante russa, Olena Polapov, que ajuda ao protagonista do filme a desvendar os meados do obscuro e burocrático mundo do estacionamento de carros (imensa dor de cabaça para os automobilistas, em primeiríssimo lugar no mundo industrializado, mas cada vez mais também em Moçambique, nomeadamente na cidade de Maputo).

Sra. Pavlovská vive na cidade de Vancouver, Canada, onde ela é professora de arte de representar, dando aulas públicas e privadas de actuação, movimento corporal e voz. Cada sua aula privada custa ao utente a simpática quantia de 75 dólares canadenses (74,89 USD).

Veja o trailer do filme The delicate art of parking

Futebol ucraniano na Austrália

Por: Marichka Galaburda – Chyhryn (Austrália)

O torneio de futebol ucraniano “International Ukrainian Football Tournament 08” – IUFT 08, terá lugar entre os dias 13 à 18 de Janeiro na cidade de Adelaide na Austrália. No torneio participarão as equipas da Austrália, Ucrânia e Grã – Bretanha. Se vive na Austrália, venha conhecer a Comunidade Ucraniana daquele continente!

13-18 January 2008
Grange Reserve
Corner Military Road & Trimmer Parade, Grange, SA.

13 January (Sunday) – Opening Ceremony starting at 3pm

Free entry & children’s amusements
Drink, food & merchandise stalls
Induction of “Wall of Fame” members
Live Ukrainian dancing by Yevshan & Volya
Ukrainian music by Adelaide’s newest hit - SOV
Live international Ukrainian football action under lights

14-17 January (Monday to Thursday) – Round robin matches continue

Game 1 (each night): 6.30pm kick off
Game 2 (each night): 8.15pm kick off

18 January (Friday) – Finals

3rd & 4th Play Off: 6.30pm kick off
Grand Final: 8.15pm kick off

19 January (Saturday) – Presentation Night (Zabava) starting at 7.30pm

The Ballroom Function Centre (66 Orsmond Street, Hindmarsh)
Live band – Psychotic Reaction
Live entertainment by the spectacular Ukrainian Dancers – “Volya”
Supper provided
Tickets available through Hoverla Ukrainian Credit Coop on 83466174

Match Schedule:

Sunday 6.30pm Sydney Trident vs USC Lions Victoria
13 Jan 8.15pm Ukraine vs Team Great Britain
Bye: USC Lion Adelaide

Monday 6.30pm Team Great Britain vs USC Lions Victoria
14 Jan 8.15pm Sydney Trident vs USC Lion Adelaide
Bye: Ukraine

Tuesday 6.30pm Sydney Trident vs Ukraine
15 Jan 8.15pm USC Lions Victoria vs USC Lion Adelaide
Bye: Team Great Britain

Wednesday 6.30pm Team Great Britain vs USC Lion Adelaide
16 Jan 8.15pm Ukraine vs USC Lions Victoria
Bye: Sydney Trident

Thursday 6.30pm Ukraine vs USC Lion Adelaide
17 Jan 8.15pm Sydney Trident vs Team Great Britain
Bye: USC Lions Victoria

Friday 6.30pm 3rd & 4th Play Off
18 Jan 8.15pm Grand Final

terça-feira, janeiro 08, 2008

Nova Bond girl é ucraniana

A nova companheira do James Bond será a actriz e modelo ucraniana Olga Kurylenko, informa a agência de notícias Reuters, citando o estúdio do cinema Columbia Pictures.

Olga Kurylenko de 28 anos já participou em vários filmes de prestígio, como: Paris, je t´aime (2006) ou Hitman (2007).

O novo filme de James Bond ainda não tem o titulo, neste momento é conhecido provisoriamente como Bond 22 (2008), mas sabe-se que o James Bond será Daniel Craig e o filme será realizado por Marc Forster (Monster´s Ball e Finding Neverland).

O mau da fita desta vez será Mathieu Amarilic, as filmagens vão começar em Janeiro de 2008.

Olga Kurylenko nasceu aos 14 de Novembro de 1979 na cidade de Berdyansk. Aos 17 anos começou trabalhar na agência parisiense de “Madison”. Já foi a capa das revistas como: Madam Figaro, Glamour, Iza, Elle. Trabalhou como a cara da marca “Nivea” no Japão. Vive permanentemente em Paris, casada pela segunda vez com um empresário americano Damien Gabriel.

Olga Kurylenko na IMDB

Portal da Comunidade Ucraniana no Brasil

Está no ar o Portal da Comunidade Ucraniana no Brasil - O Jornal Online Trembita. Um portal que visa integrar cada vez mais à comunidade ucraniana, por meio da informação, utilizando a tecnologia a favor da manutenção e divulgação da cultura Ucraniana. O nosso objectivo é cadastrar colunistas de grupos folclóricos, de comunidades Ucranianas, de entidades etc., para que cada um possa inserir suas matérias como por exemplo: eventos da sua comunidade, apresentações de seu grupo folclórico, com possibilidade de fotos e texto. Será também um arquivo online.

Se cada um de nós fizer aquilo que está ao seu alcance pela nossa cultura, pela nossa comunidade, teremos uma bela revolução em tudo o que se refere ao povo ucraniano – brasileiro.

E pensando em fazer a nossa parte, estamos dando início ao Jornal Online Trembita, um portal que visa integrar cada vez mais a nossa comunidade, por meio da informação, utilizando a tecnologia a favor da manutenção da cultura ucraniana.

Trembita é um instrumento tradicional da região da Hutzultchena, nos Montes Cârpatos, utilizado em cerimónias como festas, casamentos, velórios, etc., assim como pelos pastores para chamar seus rebanhos; e este meio de informação que estamos lançando, tem essa ideologia: anunciação, chamamento, levar informações positivas à toda a comunidade assim como o som das trembitas atravessa as montanhas, expressando o espírito dos hutzules na sua mais pura essência.

A todos, nosso agradecimento pelo acesso, e esperamos que as informações aqui publicadas sejam úteis para toda a nossa comunidade ucraniana no Brasil.

Em breve retornarei com informações, de como fazer a inscrição para criar canais e colunistas.
Acesse o site: http://www.trembita.com.br/

Daniel Sliwinski – União da Vitória – PR

Orquestra de Kyiv actua em Portugal

Évora, 04 Janeiro (Lusa) – A Orquestra Sinfónica do Palácio da Música de Kyiv (Ucrânia), dirigida pelo maestro Evhen Voronko, apresentou-se sábado à noite na Arena d`Évora para um concerto de Ano Novo, divulgou o município local.

A Orquestra trouxe a Évora uma soprano convidada, Olga Fomichova, assim como bailarinos de Valsa Vienense, para interpretar o programa habitual do célebre Concerto de Ano Novo de Viena de Áustria, que incluirá o conhecido “Danúbio Azul”.

Fundada há vinte anos por professores da Academia de Música de Kyiv, a Orquestra apresenta um repertório composto por obras, entre outros, de Tchaikovski, Ravel, Beethoven, Karl Oit Mallior alem das valsas e polkas de Johann Strauss (1825-1899).

Reconhecida pelo virtuosismo dos seus componentes, muitos deles brilhantes solistas, bem como por uma sonoridade instrumental perfeita, a Orquestra, realizou digressões com grande aplauso da crítica e do público em países como Japão, Coreia, Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Itália, Grã-Bretanha e França.

No dia 6 de Janeiro às 22h00 a Orquestra actuou no Auditório Jorge Sampaio na cidade de Sintra.

© 2008 LUSA – Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-01-04, 11:35:02

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Feliz Natal Ortodoxo!

Comunidade Ucraniana de Moçambique deseja Feliz Natal Ortodoxo à todos os cristãos do rito Oriental do Mundo inteiro, à todos os crentes ortodoxos em Moçambique e claro, sem esquecer os crentes da Igreja Grego – Católica Ucraniana!