Yulia Latynina: «vovó zieg» e a crise do liberalismo russo anti-putin

Imagem meramente ilustrativa

A propagandista liberal russa Yulia Latynina foi retirada, à socapa, dos membros do Comité russo anti-guerra, após apoiar, publicamente e abertamente, a guerra agressiva russa de conquista total contra Ucrânia. 

Nos recentes debates públicos, online, com o conhecido estalinista russo Maxim Shevchenko, dedicados ao Israel, Latynina disse que não está pedindo as negociações de paz entre a rússia e Ucrânia, mas acredita que a rússia de putin deve vencer a guerra e que «a guerra deve chegar ao seu fim lógico», isso é, a destruição e desmantelamento do Estado ucraniano. 

Latynina disse que «Ucrânia representa um desafio histórico extraordinário à existência da rússia histórica» ​​e «representa um perigo estratégico para a rússia». 

É de recordar que o próprio Comité russo anti-guerra é um organismo criado pela emigração russa liberal e democrática, as figuras públicas fugitivos dos regime russo, residentes e cidadãos dos diversos países europeus, que estão, se opondo, categoricamente (com a excepção do Garry Kasparov), ao apoio militar à Ucrânia e às formações russas ou formadas pelos cidadãos russos do exército ucraniano (FAU), que estão defender Ucrânia com as armas nas mãos, casos de RDK, Liberdade de Rússia, Companhia Bashkort ou Batalhão Siberiana. 

Estes são os tipos de «russos bons» que se declaram anti-guerra, mas de forma à não perturbar o bem-estar nem dos russos, nem das fábricas e unidades fabris ligadas à guerra, nem dos ocupantes russos, «os nossos meninos», nem o seu direito de viajar livremente advogando o fim do apoio militar à Ucrânia e exigir (Sic!) à Ucrânia o empenho na libertação dos presos políticos russos. Uma espécia da resistência anti-nazi que se preocupa com bem-estar dos soldados do Wehrmacht e exige que as fábricas do 3º Reich não sejam bombardeadas. Um absurdo.