As vivências do John, o ex-fuzileiro naval dos EUA que defende Ucrânia, combatendo as forças russas de ocupação, inserido na unidade especial da GUR MO da Ucrânia.
John se juntou à Legião Internacional da Ucrânia para combater os invasores russos. John presumiu que as suas capacidades e experiência seriam úteis em combate,
embora a guerra moderna se tenha revelado muito diferente de tudo o que existia antes da invasão em grande escala da rússia.
John participou na libertação da região de Kherson, combateu em Bakhmut e foi ferido. Ele contou como a guerra moderna evoluiu e como a opinião pública dos
EUA sobre a guerra mudou nos últimos dois anos.
As unidades blindadas ucranianas partiram para a ofensiva na região de Kursk. Os canais russos relatam a captura de novos assentamentos e temem que o objetivo da ofensiva das FAU é
a captura da usina/fábrica nuclear de Kursk.
O anúncio foi feito por Andriy Kovalenko, chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia (RNBO). Segundo ele as FAU estão
trabalhando atualmente no desenvolvimento da ofensiva.«Os russos em Kursk estão passando por grande ansiedade porque foram atacados em várias direções, e isso foi uma surpresa para eles. As forças de defesa
estão trabalhando», observou Kovalenko.
Esta informação também é confirmada por autoridades russas e blogueiros militares, que relatam o movimento das FAU do distrito de Sudzha em direção
à vila de Bolshoe Soldatskoe.
Autoridades russas exortam a evacuação dos cidadãos do distrito de Bolshoe Soldatskoe
Os TG canais russos também publicam vídeos de uma coluna de veículos blindados ucranianos se aproximando do assentamento russo de Berdin. Há informação
não confirmada sobre a captura de Berdin pelas FAU.
Os TG canais patrioteiros russos relatam a captura de novos assentamentos na região de Kursk pelas FAU. O objetivo da ofensiva das FAU é capturar a usina nuclear de Kursk, afirmam os russos. Ao mesmo tempo, eles imediatamente escrevem que este não é o alvo principal das FAU, se interrogando se isso é uma manobra de distração por parte dos ucranianos. Mas sem saber para onde esperar o ataque principal.
As tentativas frustradas de drones russos de impedir o avanço ucraniano em Kursk. O sistema ucraniano de guerra eletrônica funciona brilhantemente. Os russos escrevem que apenas
os drones em fibra óptica sobrevivem, outros perdem massivamente o contacto com os seus operadores:
Trabalho de combate da 41ª brigada das FAU em veículos russos na região de Kursk:
Bónus
Um terrorista profissional, o ícone da propaganda russa, sérvio Bratislav «Koma» Živković, comandante da companhia de assalto do 150º regimento do Exército
russo, foi eliminado na região de Kursk.
16 de dezembro de 2024 Živković sobreviveu milagrosamente a chegada de um drone FPV, mas já no início de janeiro de 2025, a justiça finalmente triunfou. Živković
lutou ao lado dos ocupantes russos contra Ucrânia desde 2014 nas fileiras da Unité Continentale, uma unidade de mercenários, composta por cidadãos estrangeiros.
Os separatistas de Donbas, controlados pela rússia torturaram selvagemente e violaram em grupo a ativista ucraniana Natalia Vlasova, ameaçando enviar uma bomba para matar a sua
filha pequena, não ficavam contentes até que ela gritar “alto o suficiente”.
«...à noite me levaram para o «Isolyatsia» – era uma prisão secreta do MGB da «república poular de Donetsk», esse lugar era chamado
de fábrica da morte, seu chefe era Evdokimov. Em algum momento eu pedi para ser executada, [sob o pretexto da minha tentativa da fuga], mas não – respondeu Evdokimov, eu deveria sofrer. Por muito tempo
não soube quem eram [os meus captores] e onde eu estava, para mim eram bandidos implacáveis. Esses bandidos têm uma patologia clara, são sádicos no estrito sentido clínico e literal
da palavra, não havia nada sequer próximo de legalidade ali.
Não consigo chamá-los de outra coisa senão maníacos, porque nem toda a pessoa é capaz de sentir prazer em causar dor a uma mulher nua e amarrada e realizar
todo tipo de perversões, especialmente sendo oficiais e funcionários de agências [supostamente] governamentais.
Evdokimov pessoalmente serrou meus dentes com uma lima, torceu meus mamilos e tentou enfiar uma garrafa na minha vagina. Deixe-me lembrar-vos: ele é a nossa [alegada] vítima.
Enquanto isso, seus comparsas lançaram golpes repentinos, vindos de diferentes lados. Na maioria das vezes, não foram eles que participaram nas torturas, mas sim os funcionários da UBOP [a Unidade anti-banditismo
da polícia de Donetsk], que também não eram menos sofisticados na sua crueldade cínica.
Eles me despiram, me amarraram com fita adesiva, lançavam/jogaram água em mim e ligavam a eletricidade. Se eu não gritasse o suficiente, eles aumentavam os choques elétricos
e os golpes se tornavam mais violentos. Eles precisavam de uma reação, não entendi isso de imediato, e quando gritei alto o suficiente, ouvia vozes satisfeitas. Um médico também estava presente
durante a tortura e, quando perdi a consciência, ele me trouxe de volta à consciência com amônia. Então, durante a próxima tortura, eles nem tiveram tempo de me despir e me colocar nesta
mesa de BDSM, quando ele correu para enfiar uma bola de algodão com amônia no meu nariz. É difícil para respirar quando já há falta de oxigênio.
Depois da tortura, eles me acorrentaram em uma [cela minúscula chamada] «copo» com os braços levantados durante a noite; eu não tinha força alguma e
era difícil ficar de pé sobre meus calcanhares machucados, me movimentando na ponta dos pés. Eles também me mantinham no porão, onde só era possível sentar e ficar de pé
— uma cela/cômodo extremamente pequena/o. Estava incrivelmente frio lá, me gelava até os ossos, me davam água por tempo indeterminado — eu só molhei meus lábios para poder
ter água para molhar pelo menos um pouco os locais estratégicos [íntimos], e também durante a menstruação, essa é uma história à parte — obter absorventes
higiênicos, ou melhor, usar a camiseta.
Não havia absolutamente nenhuma compreensão de que dia e que horas são, perda de espaço, medo terrível ao som de chaves, porque isso não é um
bom presságio.
15 pessoas vieram me violar e, nessa ocasião, até me levaram para o chuveiro. Via de regra, eles estavam em estado de embriaguez alcoólica.
Durante a tortura, quando sua frequência dispara, chega um momento em que um período de indiferença se instala e tudo se torna igual, tanto o que acontece quanto o que vai
acontecer depois. Em todo caso, meu destino não está sob o meu controlo/e, meu corpo não me pertencia. O pior é que eles disseram que sabiam em qual creche minha filha estava e que levariam para
ela um brinquedo com TNT. Eu não tinha dúvidas de que eles eram capazes de qualquer coisa.
Tendo ultrajado minha natureza, tentando destruir tudo o que havia de humano em mim, o mínimo que podiam fazer era me dar pratos sujos com as sobras, e não tirar o balde de excrementos.
Eles me humilharam tanto que é impossível entender como eu aguentei tudo isso. Não causei mal a ninguém e não tinha intenção de fazer isso.
Quanto aos vídeos da Rossiya-1, que são apresentados como evidência, descreverei brevemente um dia de filmagem. Eles me levaram para o escritório, primeiro Zakharov
me puxou pelos cabelos, me bateu e abusou de mim de todas as maneiras possíveis, demonstrando o seu poder. Ele furou o meu tímpano, o sangue estava fluindo e o ar estava saindo pelo ouvido. Quando o camaraman
entrou, eles não ficaram constrangidos ou parados, e uma orgia completa começou a acontecer. O repórter pediu: “Não precisa [fazer isso], ela é uma menina.” O assistente de Zakharov
me cobriu com as mãos, tentando me proteger dos golpes, beijou minha cabeça, disse que com ele ninguém me machucaria, então periodicamente saía correndo e voltava com conhaque para eu beber
e me acalmar — eu tinha que filmar, mas não consegui dizer uma única palavra.
Um dia, eles me tiraram do porão, me levaram até o investigador e registraram esse evento significativo em vídeo: o investigador segurava um pedaço de papel atrás
da câmera, eu o li, e um advogado estava ao fundo. Ele disse que viria me visitar, mas o investigador respondeu que eu estava em um lugar onde era impossível ir».
No dia 24 de dezembro de 2024 o Tribunal Militar Distrital Sul da rússia proferiu sentenças de 18 à 22 anos contra três cidadãos ucranianos, incluindo a mãe de uma criança muito
pequena, Natalia Vlasova (1981); Serhiy Hruzynov (1974) e Victor Shydlovsky (1972), julgados sob a acusação de «terrorismo» na rússia, embora todos tenham sido presos na Donbas ocupada em 2018-19,
enquanto a rússia fingia que os eventos na Donbas eram uma «guerra civil» e que rússia era um mero 'observador' daqueles eventos. A única «prova» para apoiar as alegações
da rússia de que os três ucranianos tinham planeado matar Vasyl Yevdokimov «Lenin», uma figura-chave na prisão secreta russa e local de tortura de «Izolyatsia», tenha vindo de «confissões»
em vídeo que foram extraídas através de tortura.
Mais de uma dúzia de homens ganeses receberam as promessas de empregos agrícolas ou na área de segurança na rússia, mas acabaram na linha de frente da guerra
na Ucrânia. É assim que a rússia usa o engano e a intimidação para recrutar africanos para a sua guerra na Ucrânia.
O jornalista ganense Godwin Asediba segue a história dos 14 ganeses que receberam as promessas de empregos na segurança ou agrícolas na rússia, mas em vez disso
acabaram na linha de frente da guerra na Ucrânia. Apenas três dos 14 permanecem em contato, o paradeiro dos restantes permanece desconhecido. Estes homens contaram os seus medos e fazem apelos desesperados para
retornar para casa.
Bónus
Richard Kanu, de Serra Leoa, é uma das primeiras vítimas do «War & Travel» da rússia, um programa de larga escala para recrutar pessoas de países
pobres da África e da Ásia. Um homem com um destino difícil. O homem pagou ao agente uma quantia enorme de dinheiro para os padrões africanos para obter um visto russo de turismo e chegar a Moscovo/ou,
mas acabou à beira da morte em uma guerra que era estranha para ele:
A 31 de dezembro de 1994, enquanto os russos ouviam o discurso de Ano Novo do presidente Yeltsin, começaram os combates em Grozny, durante os quais dezenas de milhares de pessoas foram
mortas, principalmente entre os civis que, ao que parecia, estavam a ser «libertados».
Foi nesses dias que se tornou claro: a blitzkrieg lançada por Moscovo/ou tinha-se transformado numa guerra prolongada. A 1ª guerra chetchena (1994-96). A primeira das grandes guerras
travadas pela rússia moderna. As semelhanças externas entre aquela “operação militar especial” e a atual invasão e guerra russa na Ucrânia são óbvias para qualquer
pessoa.
Para o início e contexto do conflito, veja a primeira parte do filme «Especial militar chechena» de Konstantin Goldenzweig no canal de YouTube de «Current Time. Doc»:
A história do Edimilson Maurício Santana, o «Cobra», o voluntário brasileiro que serve na infantaria de ataque nas Forças Armadas da Ucrânia e
que pretende ficar na Ucrânia até o fim da guerra.
Maurício Santana tem 27 anos, oito dos quais serviu como sargento no Brasil. Quando a invasão russa em grande escala começou, ele se juntou às FAU. Fê-lo apesar
do Brasil ter assumido uma posição neutra na guerra russo-ucraniana.
Mauricio foi transferido da 124ª Brigada para a Legião Internacional para combater como atacante. Ficou ferido nos combates nos arredores de Chasiv Yar, passando pelo tratamento
médico na região ucraniana de Bucovyna. Mais sobre o percurso de Maurício nesta guerra nas suas próprias palavras.
«Eu queria aproximar-me dos ucranianos»
Eu nasci e fui criado no Brasil. Quando decidi conectar a minha vida ao exército, tinha apenas 16 anos. Eu ainda era jovem na altura, mas o mundo militar fascinava-me verdadeiramente
e decidi que queria fazê-lo. Servi como sargento nas Forças Armadas Brasileiras durante oito anos. E decidi vir para a Ucrânia.
Eu sabia da guerra na Ucrânia mesmo antes da invasão em grande escala da Ucrânia pela rússia. Soube do conflito entre estes países vários anos antes
de se tornar generalizado. Então, assim que começou, foi notícia em todo o mundo, toda a gente sabia e falava sobre isso. Foi por isso que quis ajudar Ucrânia nesta guerra e tornar-me mais próximo
dela. No segundo lugar, quis experimentar como é uma guerra à sério. Nem pensei duas vezes, disse que ia ajudar e que faria tudo o que pudesse.
«A mamã ainda não sabe que estou aqui»
Tenho uma família muito numerosa — 16 irmãos e irmãs. No início não conseguiam compreender a minha escolha. Até hoje, não contei à
minha mãe a verdade de que estou aqui, na Ucrânia. Principalmente porque não lhes contei que estava ferido. Dedois contei aos seus irmãos e irmãs.
Com a mãe no Brasil Foto: Edmilson Maurício Santana
Alguns dos meus amigos disseram que eu era louco. Alguns perguntam: «Posso ir também?» Mas não recomendo isto a ninguém que tenha emprego e família.
A guerra é para aqueles que realmente a vivem, que têm ou querem ter experiência militar, ou que realmente compreendem o que é a guerra. Para aqueles que não têm planos nem perspectivas
para o futuro, porque amanhã mesmo pode morrer.
Muitas pessoas pensam que fui para a guerra porque era o meu sonho. Mas não, considero que é a minha profissão e sinto-me responsável por aquilo que faço.
Nunca pensei voltar para o Brasil e deixar tudo.
Contrato de três anos com as Forças Armadas da Ucrânia
Vim do Brasil para a Ucrânia num programa especial com os meus cinco amigos. Para tal, era necessário obter permissão do comando. Quando o recebi, comprei bilhetes para
a Polónia e de lá vim para a Ucrânia. Já passei por um exame médico e formação aqui. Assinei um contrato de três anos com as Forças Armadas da Ucrânia, mas
isso não significa que vou cumprir esse mandato e regressar. Estou aqui até a guerra acabar.
No início, servi na 124ª Brigada, lutámos na direcção de Kherson. Aí tomei posições quando era necessário defender e proteger-me
das trincheiras. Gostei, mas gosto mais de atacar, queria fazer a parte de infantaria de ataque. Por isso, decidi transferir-me para o 3º Batalhão da Legião Internacional.
Os rapazes e eu servimos na direcção de Donetsk, na zona de Bakhmut. Primeiro, destruímos os inimigos com a ajuda de drones e depois realizamos uma «scan» na
zona. Depois, os nossos militares ocupam essas posições.
Maurício com os seus companheiros da Legião Internacional
O meu comandante é ucraniano, mas fala espanhol, todos os outros são estrangeiros. O nosso batalhão é composto por quase 25 pessoas, mas nunca trabalhámos
todos juntos. Partimos em missões, cada uma das quais não pode ter mais de cinco pessoas.
Como fiquei ferido
Isto aconteceu em fevereiro de 2024 na vila de Chasiv Yar, distrito de Bakhmut. Eu e os meus dois irmãos, um colombiano e um espanhol, posicionámo-nos e fomos na frente. Os russos
já estavam a 200 metros de nós. De alguma forma, os rapazes e eu perdemo-nos. Não conseguia perceber onde estava e então continuei a seguir em frente.
De repente, os drones começaram a voar e ouvi uma explosão perto de mim. Lembro-me de empurrar o drone para trás e, quando tentei levantar-me, senti que o meu braço
estava completamente ferido e partido. Decidi voltar para encontrar os rapazes, mas nesse momento chegou um grupo de brasileiros que andavam atrás de nós todo este tempo e encontraram-me neste estado, estava
quase morto, retiraram-me de lá.
Primeiro, levaram-no para um hospital que ficava a 30 quilómetros de distância. Depois mandaram-me para Kharkiv, onde me prestaram assistência básica. Mais tarde,
fui tratado em Lviv e Chernivtsi.
«Estou preocupado com os meus irmãos e quero voltar»
Quero muito voltar para a frente, porque os meus irmãos estão lá e compreendo que estão a passar por algo difícil agora. Quero voltar o mais rápido
possível, mas os médicos dizem que o meu osso ainda está partido e não cicatrizou. Por isso, será necessário fazer uma cirurgia, colocar algo de titânio no interior para o ligar.
Disseram que levaria mais cinco meses para terminar tudo.
O meu indicativo é «Cobra»
Em 2016, quando era soldado no Brasil, o meu pelotão chamava-se “Cobra” e era um dos melhores pelotões do país. Tivemos muitas e boas missões na luta
contra os traficantes nas favelas. Então tomei esse nome como parte de mim, do Brasil.
Os gatos e as gatas da pintora e desenhadora ucraniana Iryna Potapenko (residente em Portugal) desejam aos ucranianos e amigos da Ucrânia o 2025 feliz com a vitória da Ucrânia na atual batalha épica
contra o mal.
O analista militar dinamarquês Anders Nielsen aborda a questão de novos ataques híbridos russos no Mar Báltico. O resumo dos seus pontos mais importantes:
• Os russos utilizaram recentemente a âncora do petroleiro Eagle S para cortar as comunicações subaquáticas entre a Finlândia e a Estónia. Este
é já o terceiro caso deste tipo de ações em pouco mais de um ano, sendo que o anterior aconteceu apenas um mês antes do último. São atos de guerra híbrida — ações
hostis que se situam abaixo do limiar da guerra aberta. Os russos estão a travar muitos outros actos de guerra híbrida na Europa — incêndios criminosos, ataques cibernéticos, operações
de informação e psicológicas, houve mesmo uma tentativa de homicídio.
• O objetivo dos russos é intimidar os europeus, fazê-los sentir-se vulneráveis e exigir proteção do Estado. Isto poderia reduzir o apoio
à Ucrânia, uma vez que os recursos militares seriam gastos na protecção da população da UE em vez de serem transferidos para Ucrânia. Os governos ocidentais mantiveram-se deliberadamente
em silêncio sobre estes ataques, impedindo os russos de utilizar o efeito dos media para semear o medo.
• Quanto mais próxima a guerra estiver do congelamento e quanto pior se tornar a situação para os russos, mais intensamente se envolverão em sabotagem na Europa.
As roturas de cabos são provavelmente uma expressão desta intensificação. Em geral, é difícil monitorizar o mar — as pessoas comuns exageram frequentemente o grau de controlo
sobre o mar. Os grandes navios mercantes são relativamente fáceis de seguir, mas os navios mais pequenos, como os iates, passam praticamente despercebidos. Os navios de guerra também não ligam os
transponders e devem ser monitorizados diretamente. As comunicações subaquáticas estendem-se por milhares de quilómetros. Mesmo os países com grandes frotas não conseguem monitorizar
toda a sua infraestrutura.
• Assim, é impossível proteger todas as infraestruturas, sendo necessário tomar outros caminhos: dificultar ao máximo a sabotagem dos russos e também
tornar as consequências mínimas. Para minimizar as consequências, Nielsen aconselha a seguir o exemplo dos ucranianos: são muito bons a reparar infraestruturas danificadas, o que permite que a sociedade
continue a funcionar apesar dos poderosos ataques de mísseis russos.
• Ao mesmo tempo, é muito importante que a Finlândia tenha detido o petroleiro e aberto um processo-crime. Os russos estão a recrutar capitães de navios para
interromper as comunicações, provavelmente prometendo-lhes muito dinheiro por tal sabotagem. Se mostrarmos que, em vez de dinheiro, este capitão pode passar um tempo considerável na prisão,
o número de pessoas dispostas a ganhar dinheiro extra desta forma irá diminuir, complicando a procura de agentes para novas sabotagens.
• De uma forma ou de outra, a guerra híbrida dos russos contra a Europa pode muito bem começar a entrar numa nova fase. E, como resultado, a reacção da Europa
pode mudar para uma resposta mais robusta. E de uma forma ou de outra, precisamos de nos preparar para isso.
O drone russo atingiu edifício no centro histórico da cidade de Kyiv no bairro de Pechersk. Vários apartamentos ficaram destruídos, duas pessoas morreram e mais sete
pessoas, incluindo duas mulheres grávidas, ficaram feridas...
Dr. Ihor Zyma, morto no ataque russo
Ucrânia foi atacada com 111 drones, 63 foram abatidos pelas FAU. Entre os feridos estão homens e mulheres com idades entre os 29 e os 79 anos, a maioria dos quais foi diagnosticada pelos médicos com múltiplos ferimentos de estilhaços.
O drone russo tirou a vida ao conceituado neurocientista ucraniano Dr. Igor Zyma, a sua esposa, bióloga Drª Olesya Sokur e o gato do casal.
União dos Escritores da Ucrânia
Como resultado da queda de destroços de um drone o incêndio deflagrou no telhado de um dos edifícios do Banco Nacional da Ucrânia (NBU). Não houve feridos,
mas as janelas dos pisos superiores ficaram danificadas. Todos os sistemas operacionais e serviços do Banco Nacional estão totalmente funcionais, sem alterações, informa o NBU. O edifício da União dos Escritores da Ucrânia também foi danificado no ataque russo no centro de Kyiv.