sexta-feira, outubro 10, 2025

❗️ Os mercenários tajiques mortos aos serviço do neocolialismo russo

O projeto ucraniano «Quero Viver» divulga a lista dos mercenários tadjiques que morreram na atual guerra colonial russa contra Ucrânia. A lista, bastante incompleta, apresenta mais nomes do que Tadjiquistão perdeu em 10 anos na guerra colonial soviética no Afeganistão. 

Faça click para consultar a lista completa

A lista inclui os nomes de 446 cidadãos tajiques que morreram na guerra contra Ucrânia nas fileiras do exército russo. Esta lista não está completa e inclui apenas aqueles cujas mortes foram confirmadas de uma forma fiável. O número real de cidadãos tajiques mortos e desaparecidos já ultrapassou alguns milhares. Anteriormente já foram publicadas as listas de mercenários identificados do Tajiquistão: Lista 1 de 931 mercenários dos quais 196 já morreram e Lista 2 de 628 mercenários que se alistaram nos primeiros 6 meses de 2025. 

Recentemente putin chegou ao Tajiquistão, onde foi calorosamente recebido à entrada do seu avião pelo presidente Emomali Rahmon. O Tajiquistão não cumpriu o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional contra o presidente russo, acusado de crimes de guerra. Claramente, não faz sentido alimentar ilusões de que Rahmon sequer dirá uma palavra sobre os seus concidadãos, tanto os mortos como os capturados, serem enviados pela rússia, em massa para a morte certa. O número de cidadãos tadjiques em campos de POW na Ucrânia é de algumas dezenas e continua a crescer. Nem a rússia, nem o Tajiquistão demonstraram qualquer interesse no seu regresso. 

O povo do Tajiquistão está entre a espada e a parede. Obrigados a fugir do seu país para escapar à pobreza extrema, os tadjiques encontram-se na rússia, onde são tratados como semi-escravos — a mão-de-obra barata. Os nacionalistas russos, juntamente com a polícia russa, organizam efectivamente uma caça aos migrantes: os detidos são obrigados a assinar contratos para combater na guerra sob ameaça de deportação ou da prisão. Dushanbe oficial continua a ignorar essa realidade. 

Lembramos mais uma vez: não importa como se encontre na guerra de agressão da rússia contra Ucrânia, pode salvar a sua vida rendendo-se voluntariamente através do projeto «Quero Viver». Basta enviar-nos uma mensagem através do Messenger ou enviar um pedido no chatbot. 

Salve a sua vida e renda-se às FAU: t.me/spasisebyabot

Ligue para +38 044 350 89 17 e 688 (somente de números ucranianos)

Escreva para o Telegram ou WhatsApp:

  • +38 095 688 68 88
  • +38 093 688 68 88
  • +38 097 688 66 88

As autoridades tajiques não comentaram oficialmente estes dados. Em agosto de 2025, o Procurador-Geral do país, Khabibullo Vohidzoda, reconheceu que ninguém no Tajiquistão tinha sido responsabilizado pela participação na guerra da Ucrânia nos últimos três anos. Explicou isto dizendo que alguns destes indivíduos têm dupla cidadania e, nas suas palavras, «ao aceitar a cidadania de outro país, uma pessoa é obrigada a obedecer às suas leis e a cumprir as suas obrigações». 

A rússia está a utilizar métodos primitivos para recrutar os cidadãos centro-asiáticos para combater na Ucrânia. Muitos são recrutados em prisões, outros são vítimas de rusgas da polícia russa nos locais de construção civil e nos mercados, aliciados com promessas de libertação, pagamentos altos ou obtenção da cidadania russa, outras vezes com ameaças de processos criminais e deportação.

É de recordar que segundo os dados oficiais, mais de 15.000 tadjiques foram convocados para servir no exército soviético no Afeganistão. Em 10 anos da guerra 366 deles morreram. Tendo em conta que quase todos os regimentos e unidades de informações soviéticas tinham tadjiques a servirem de tradutores, dado que uma parte dos afegãos são tadjiques pela origem étnica.  

Bónus. A 63ª Brigada Mecanizada «Leões de Aço» do exército ucraniano capturou o cidadão indiano Majoti Sahil Mohamed Hussain, de 22 anos, natural do Gujarat, que combateu no exército russo. A sua história é bastante típica. Veio à rússia para estudar, foi apanhado no consumo/trâfico de droga, condenado à 7 anos de cadeia. Não queria cumprir pena na cadeia russa, por isso assinou o contrato com exército russo. Colocado na linha da frente, apenas 3 dias depois se entregou às forças ucranianas:

Sem comentários: