“Padre, você, por acaso é da Ucrânia Ocidental?” Um padre de Mozhaisk manifestou-se contra as atuais “tendências patrióticas” (leia-se nacionalistas imperiais e bastante agressivas) na IOR. O patriarca Kirill ridicularizou-o e teceu a ameaça velada:
A gravação da conversa foi publicada pela jornalista Ksenia Luchenko e pelo arcediago Andrei Kuraev; alega-se que o vídeo foi filmado no dia 11 de fevereiro na reunião diocesana da Metrópole de Moscovo/ou. Foi assim que aconteceu.
Padre Alexei Shlyapin: “Não concordo com esta tendência patriótica nas relações internas da Igreja. <…> O dever de um sacerdote é conduzir as pessoas ao Reino dos Céus, e não se envolver em patriotismo.”
Patriarca Kirill: «Isso é ótimo, certo? É a primeira vez que ouço isso! Padre, por acaso é da Ucrânia Ocidental? (gargalhadas e aplausos na sala) Vá sentar-se e pense seriamente sobre tudo o que acabou de entornar aqui.»
Gargalhadas e aplausos na sala:
Depois da primeira frase, Kirill desenvolve mais a sua ideia, que pode ser resumida no seguinte: no momento em que a IOR decidiu apoiar ativamente as autoridades soviéticas, nas décadas 1940-50, a posição da Igreja mudou para melhor, mas se não a tivésse apoiado, a perseguição comunista teria continuado. Vamos apoiar Putin hoje, sugere Kirill, e a nossa situação vai mudar para melhor ainda mais. Enquanto padre Shlyapin conta-lhe sobre salvar a pessoa, Kirill conta-lhe em resposta sobre os interesses corporativos da IOR.
Hoje, como nunca, são verdadeiras palavras do aristocrata francês Marquês de Custine, escritos no seu livro «La Russie en 1839», onde ele classificava o clero da IOR de seguinte forma: «Os clérigos ortodoxos moscovitas nunca eram e nunca será nada mais do que a polícia vestida em uniformes algo diferentes dos fardamentos do exército laico do império. Os popes e os seus bispos formam um regimento clerical sob o comando do imperador. Nada mais».
1 comentário:
Eu não entendo pq a Ucrânia não expulsa de vez essa igreja do seu território. Até quando o governo ucraniano vai tolerar essa pseudoigreja no seu território. Não pensam as autoridades ucranianas que esses “padres” não sejam espiões russos passando pro exército russo informações sobre depósito de armas e munições, posições do exército ucranianos, armamentos recebidos pelas Forças Armadas da Ucrânia. Essa gente tá livre lá dentro.
Enviar um comentário