Os
mapas mostram as áreas de distribuição de diversos apelidos / sobrenomes
ucranianos pelo território da Ucrânia (é de notar que os dados são de 1966). O
que os torna mais interessantes ainda, pois mostra o mosáico étnico da Ucrânia
cerca de 50 anos atrás.
Os
apelidos/sobrenomes com sufixo – enk-(o)
O
sufixo –enk-(o) é usado para criar os apelidos/sobrenomes somente no idioma
ucraniano, embora tenha formações relacionadas com funções semelhantes ou próximas
em muitas línguas eslavas. É uma característica excepcional da língua
ucraniana, porque fora deste formato não há correspondência exata em qualquer outro
idioma eslavo [5:67]. A formação deste sufixo aconteceu através da combinação
do sufixo –en-(t) e o sufixo –(ъ)k-(o),
iniciando na segunda metade dos séculos XII-XIII. O desenvolvimento semântico
de apelidos/sobrenomes ucranianos respetivos, com este sufixo acontece nos
séculos XIV-XV [10:50-53]. O sufixo -enk(o) nos apelidos/sobrenomes indica a
relação entre o portador do antropónimo e uma pessoa que não tinha essa forma
no nome. As fontes do século XVIII refletem a continuação da imutabilidade
deste antropónimos na transição de geração para a geração.
Os
apelidos/sobrenomes com sufixo -k-(о)
O
sufixo -k-(o) nas línguas eslavas orientais cria substantivos diminuídos e/ou diminuitivos
[5:31]. Ele poderia ser adicionado ao nome próprio canónico completo: Ivanko –
Ivan. Casos de atualização da forma interna “mais pobre” e “mais simples”
apontam para o status social da pessoa nomeada. O conceito de “mais novo/júnior”
revela o conceito “representante da próxima geração, descendente”: Mikhaylo Shkurko,
Ivan Nosko.
Sufixo
-k-(o) nos apelidos/sobrenomes do século XVIII aponta ao desenvolvimento de
categoria antropónimos oficiais / não oficiais. As fontes do século XVIII indicam
que o portador de antropónimo era um representante da classe mais baixa ou estava
fora da lei. No final do século XVII a forma oficial é reivindicada pela forma
eclesiástica, bem como as formas populares mais próximas. [...] Assim, as formas
Ivan, Ivashko são vistos na documentação como mais aceitáveis e Ivanko,
Ivanets, Ivanys, Ivanta, Vanya e outros – como “menos documentais” [1:45]. [A
investigadora] O.V. Superanska reparou [...] no seguinte padrão [dos séculos XVI-XVIII]:
se uma pessoa tornava-se um fora da lei, mesmo pertencente à elite social,
todos os documentos mencionavam o seu nome em uma forma diminuída [8:34].
Fonte das citações [...]: Korzun, O., Modelos da formação de apelidos/sobrenomes ucranianos no século XVIII (baseado nos «Registros do Exército [dos cossacos] Zaporizhianos»), Kropyvnytskyi (ex-Kirovohrad), 2009 (fonte).
Fonte das citações [...]: Korzun, O., Modelos da formação de apelidos/sobrenomes ucranianos no século XVIII (baseado nos «Registros do Exército [dos cossacos] Zaporizhianos»), Kropyvnytskyi (ex-Kirovohrad), 2009 (fonte).
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