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| Imagem © blaqsauce_ / Instagram |
Ona conta as suas histórias para o serviço ucraniano da RFI.
Após o início da guerra em grande escala (24.02.2022), Ona deixou Ucrânia e foi para Portugal. Lembra-se de cantar o hino ucraniano com uma camisa bordada. Africanos abordaram-na e perguntaram-lhe porque estava a fazer aquilo e porque estava vestida daquela maneira, se não era ucraniana. E depois acusaram-na de fazer aquilo para chamar a atenção.
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| Imagem © blaqsauce_ / Instagram |
“Um deles até perguntou: ‘Se te oferecessem um visto gratuito para os EUA, ainda escolherias a Ucrânia?’ E a minha resposta foi: ‘Sim’. Já viajei muito, estive em onze países, mas sinto-me sempre atraída pela Ucrânia. Procuro sempre um motivo para voltar, a minha alma precisa disso”, conta Ona.
Depois, após uma curta estadia na Europa, regressou a Kyiv, apesar do perigo.
Ona Uzoma Asompta chegou à capital ucraniana em janeiro de 2018. A menina ingressou na Universidade Médica de Kyiv, estudou ginecologia e só recentemente se licenciou.
No entanto, não trabalha profissionalmente — Ona é modelo e blogueira, ela conta a sua vida na Ucrânia.
«Quando faço um vídeo sobre a Ucrânia, faço-o com respeito. Não me visto apenas como um disfarce, percebe? Não o vejo como um carnaval. Faço vídeos e esforço-me para pesquisar a história do que estou a falar, para que as pessoas vejam que realmente sei do que estou a falar.
| Diversas redes sociais, usadas pela Ona |
Talvez seja também porque sou estrangeira. Por vezes é interessante que um estrangeiro seja tão entusiasta e fale sobre a Ucrânia desta forma», diz ela.
Diz que já se deparou com racismo na Ucrânia, mas não leva isso para o lado pessoal.
«Quando me deparo com comportamentos racistas na rua, penso que as pessoas que o praticam são muito ignorantes e que não é culpa delas. Por isso, não levo isso muito a sério. Já experimentei mais racismo, por exemplo, na Alemanha do que na Ucrânia. É muito estranho, porque há muitos estrangeiros na Alemanha. Mas lá, encontrei isso com mais frequência. O mesmo em Portugal.
Portanto, sim, há pessoas más em todo o lado. Mas isso não muda em nada a minha opinião sobre a Ucrânia», diz ela.


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