Símbolos da «Legião da Águia Branca» polaca
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| A propaganda alemã de recrutamento de voluntários polacos às suas unidades auxiliares, conhecidas como Hiwi |
«Podemos supor que entre 2 à 3 milhões de polacos/polonese têm um familiar que serviu na Wehrmacht. Quantos deles sabem o que lhes aconteceu? Provavelmente nem todos. Os alunos procuram-me constantemente e perguntam como descobrir o que aconteceu ao seu tio, o seu avô. Os seus familiares silenciaram sobre isso, limitando-se à frase de que o seu avô morreu na guerra. Mas para a terceira geração do pós-guerra, isto já não é suficiente», escreve o professor Ryszard Kaczmarek no seu livro “Polen in der Wehrmacht” (Os polacos na Wehrmacht).
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Segundo Ryszard Kaczmarek, os polacos lutaram por Hitler: “nas frentes ocidental e oriental, com Rommel em África e nos Balcãs. No cemitério na ilha de Creta, onde jazem os soldados mortos do desembarque alemão de 1941, também encontrei apelidos/sobrenomes polacos. Encontrei os mesmos apelidos/sobrenomes em cemitérios militares na Finlândia, onde foram sepultados soldados da Wehrmacht que apoiaram os finlandeses na guerra com a URSS.”
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No seu livro o autor examina o fenómeno da «deutschen Volksliste» (a lista étnica alemã) na Polónia, numa população, registada de acordo com as categorias nazis, por ser de ascendência alemã real ou presumida, possuindo um sentimento de pertença à cultura alemã ou presumir afinidade com ela. A filiação na Volksliste era um pré-requisito para o alistamento na Wehrmacht.
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| Os polacos/poloneses na Wehrmacht |
O livro também examina a formação e o serviço nas Frentes Ocidental e Oriental, bem como no interior. Além disso, são analisadas as atitudes dos soldados da Wehrmacht de ascendência polaca, que vão desde a deserção e rejeição do sistema nazi à adaptação e zelo pelo serviço. Com base em relatos de testemunhas contemporâneas, emerge um quadro detalhado desta existência em grande parte involuntária na Wehrmacht, complementado por ligações familiares, políticas e contexto geracional. O livro ilumina também com propriedade a estigmatização, com que estes soldados da Wehrmacht foram recebidos na Polónia, desencadeando conflitos até mesmo no seio das famílias dos afectados.
Em abril de 1945, grande parte do «Legião da Águia Branca» foi lançado de paraquedas nas proximidades de Kielce, onde iria realizar operações ofensivas de guerrilha. O destino dos militares desde o momento do desembarque permanece desconhecido. Algumas fontes afirmam que alguns dos voluntários podem ter participado na derradeira defesa de Berlim. Pelo menos um membro da unidade conseguiu escapar até Argentina com ajuda da organização ODESSA.
Na Polónia: os nossos rapazes ou não?
Recentemente, na cidade polaca/polonesa de Gdansk, foi inaugurada a exposição que causou um escândalo. Houve indignação justificada, protestos de rua e uma série de comentários tolos. Muitos daqueles que comentaram a exposição, intitulada «Os Nossos Rapazes: Moradores da Pomerânia de Gdansk no Exército do Terceiro Reich», organizada pelo Museu de Gdansk, nem sequer a tinham visto. O tema e o título, por si só, bastavam-lhes.
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Quanto ao tema, o assunto é amplamente conhecido, mas vergonhosamente ocultado durante décadas. Os historiadores estimam que mais de 400.000 polacos da região de Pomerânia, da Polónia em geral e da Alta Silésia serviram no exército de Hitler. Após a invasão alemã da Polónia, em setembro de 1939, estes territórios foram tomados à Polónia e incorporados no Reich. Os jovens polacos que viviam na Pomerânia e na Alta Silésia eram submetidos ao recrutamento forçado ao Wehrmacht. A recusa em fazê-lo era punível com a morte.








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