sexta-feira, setembro 20, 2024

Os ocupantes russos mataram 147 cientistas ucranianos

FB do IMBG
Desde início da guerra de larga escala as forças russas foram responsáveis pela morte dos 147 cientistas e estudantes de pós-graduação, entre militares na linha da frente e civis mortos nos territórios ocupados e por mísseis russos nas diversas cidades da Ucrânia, escreve a página ucraniana Novynarnia. 

A 8 de março de 2022, Dra. Yuliya Vashchenko, doutorada em ciências técnicas, morreu – os ocupantes russos dispararam sobre ela e o marido num carro perto de Brovary. 

Dra. Natalia Loskutova, professora assistente no Departamento de Filologia Alemã e Francesa da Universidade Estadual de Mariupol, morreu em Mariupol devido a ferimentos causados ​​por estilhaços em março de 2022. Loskutova, era doutorada em filologia, pesquisou a terminologia ucraniana e francesa, morreu enquanto esperava na fila para comprar mantimentos. 

Durante um ataque com mísseis à capital da Ucrânia, no início de 2024, morreu a Dra. Lyudmila Shevtsova, especialista em biologia e até recentemente professora no Departamento de Ecologia da Academia Kiev-Mohyla. 

Nos primeiros dias da guerra, a 1 de Março de 2022, membro da TrO, Dr. Maksym Pavlenko, o engenheiro-chefe do Instituto da Biologia Molecular e Genética (IMBG), foi morto na batalha pelo Kyiv. A 21 de julho de 2022, um jovem cientista, engenheiro líder do Departamento de Química Biomédica Eng. Vasyl Vdovin, que lutou na 72ª Brigada mecanizada separada; Dr. Bizhan Sharopov, biofísico e divulgador da ciência, cientista do Instituto de Fisiologia «Bogomolets» da Academia Nacional de Ciências, que lutou nas fileiras dos Dobrobats em 2014-2015, e voltou a se alistar em 2022, foi condecorado postumamente com o título de Herói da Ucrânia. Bizhan, que morreu nos combates na região de Kharkiv, era dado como desaparecido desde abril de 2022, os seus familiares e colegas esperavam por um milagre, mas em janeiro de 2023, graças a uma série de exames forenses, foi confirmada a morte do soldado. 

O martirológio dos cientistas caídos é formado por um grupo de ativistas que iniciou o projeto «Cientistas ucranianos em guerra. UA Scientists at War» em particular, Khrystyna Semeryn. O participante do projeto Oleksiy Boldyrev, chefe do Departamento de Biotecnologia do Instituto de Aviação de Kyiv, editor científico do portal «My Science», afirma que a recolha de dados sobre os mortos é auxiliada por cientistas e pessoas comuns nas redes sociais. 

“Em primeiro lugar, propusemo-nos avaliar quantitativamente as perdas, comparando-as com as perdas da ciência ucraniana em consequência das guerras e repressões do século XX”, afirma Boldyrev. 

No âmbito da conferência BioGeNext, que está atualmente a decorrer em Kyiv e é co-organizada pelo IMBG, foi apresentado um stand dedicado aos cientistas caídos. Os participantes da conferência honraram a sua memória com um momento de silêncio. 

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Numa contagem paralela, até hoje dezasseis cientistas e professoras ucranianas morreram em consequência da guerra: talentosas estudantes de pós-graduação e conceituadas doutoras em ciências, militares e civis, que tiveram conquistas em diversos campos da ciência e teriam feito muito mais se não fosse a rússia.

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