quarta-feira, março 27, 2024

Atentado de Moscovo: terroristas islâmicos vs terroristas russos do FSB

Do lado russo, a propaganda estatal recebeu as ordens expressas de acusar Ucrânia, custe o que custar, e tentando, de todas as maneiras imaginárias, ligar o atentado do Daesh aos ucranianos: os mais esforçados nessa tarefa inglória são os chefes do FSB Bortnikov e do SVR, Naryshkin.
Os presumíveis oficiais do FSB no momento do atentado

Na Rússia, em Moscovo/ou, no Crocus Mall, os civis são baleados em um show, depois há um incêndio, a Guarda Russa e outros serviços de resgate, como sempre, não vêm à tempo. Umas pessoas foram baleadas, outras morrem queimadas e asfixiadas como resultado das ações estúpidas das equipes de resgate. O número de mortos chega a quase 200 no dia seguinte. 

Presumível oficial do FSB no momento do ataque e no momento da detenção do alegado terrorista

Os agressores fogem em um carro branco. A organização terrorista Daesh assume a responsabilidade pelo ataque terrorista. Muitos países ocidentais expressam as suas condolências à rússia. É claro, ninguém gosta dos terroristas islâmicos em lugar nenhum. 

O Daesh divulga vídeos horríveis do tiroteio dos civis em Crocus Mall. Os serviços russos detêm alegados terroristas. Os serviços russos estão a publicar vídeos de detidos - um teve a orelha cortada durante a detenção, outro foi torturado com electricidade no interrogatório, ligando corrente aos seus órgãos genitais. No terceiro - “um olho caiu”. 

Estamos aqui.

A pergunta que não se cala: onde está o humanismo e a civilização de pelo menos uma das partes desta história? Terroristas islâmicos contra os terroristas russos. Os métodos e ações são os mesmos. Vamos apostar que os policiais russos que cortaram a orelha e torturaram com eletricidade serão condecorrados? 

Blogueiro 

Na própria rússia testemunha-se uma bastante forte onda de xenofobia. A populaça recusa aceitar os taxistas do Tadjiquistão, os skinheads perseguem os russos «não arianos», a polícia nada faz e uma menina explica a essência de todos os seus medos para não acompanhar os pais na ida ao centro comercial: «vejam, quantos pr@tos são, pr@tos, pr@tos, pr@tos, fiquei com medo e fiquei no carro».



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