Estação de Caminhos-de-ferro de Donetsk, Primavera de 2014. Imagem ilustrativa |
Na primavera e no verão de 2014, tive um problema principal em Donetsk e Luhansk – não mostrar nenhuma identificação. Se mostrar os documentos que sou um jornalista americano residente na região de Kyiv é mau/ruim demais. Poderia ser um jornalista americano de Odessa, de Kharkiv, mas não de Kyiv, pior só seria a cidade de Lviv.
Funcionava a regra da primeira frase.
Junto à administração regional de Donetsk estavam os mais vigilantes – moradores locais, velhotes sob a forte influência da TV [russa]. À vista de qualquer jornalista novo, eles corriam na sua direcção aos gritos: “De onde é? De Kiev? Identificação!” Se você não mostrar-lhes os documentos, eles chamavam os guardas para que essa pessoa seja detida e levada às masmorras.
Donbas é uma região específica, quando os idosos se atiram contra você, em primeiro você os mandava para o caralho, imediatamente, de forma muito rude, à bruta, em russo.
Eles perdem a fala, sentem instantaneamente quem manda aqui, e é você, sem perder o tempo, fala conciliativamente: “Moscovo/u, jornalista”. E eles imediatamente olham para você com respeito.
Eles sentem a humilhação, o entendem claramente como russo. Os humilhou – significa que você é um “deles”, ninguém mais pensará lhe pedir os documentos.
Esta
é uma pequena passagem do livro da fotojornalista ucraniano Efrem Lukatsky, contada, de forma livre, pelo
próprio. No livro ele descreve mais de 30 anos de trabalho em diversos pontos quentes
ao redor do globo (fonte).
A russificação foi muito mais danosa para a Ucrânia do que a polonização.
ResponderEliminarPelo menos, na área controlada e oprimida pelos polacos surgiram os maiores heróis da história ucraniana: Taras Chuprynka, Stepan Bandera e Konovalets.
Estamos com vocês, irmãos ucranianos
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