quarta-feira, maio 24, 2017

As TV´s ucranianas recebem as quotas ucranianas

No dia 23 de maio de 2017 os 269 deputados do parlamento da Ucrânia votaram favoravelmente as importantes emendas legislativas, relativas aos meios de comunicação social (digital) em defesa da língua ucraniana no seu espaço nacional.

A nova legislação prevê a quota obrigatória da língua ucraniana nos canais nacionais – 75 por cento, e nos canais regionais – não inferior ao 60 por cento. A medida permitira, já no futuro próximo, alavancar a maior criação de programas televisivos, filmes e desenhos animados ucranianos.

Efetivamente, no decorrer de uma guerra de Independência, a questão da língua nacional é uma questão de segurança nacional. Anteriormente, o parlamento ucraniano já tenha aprovado uma lei semelhante, destinada às estações de rádio, em resultado aumentou significativamente a quantidade da música ucraniana difundida pelas rádios FM. A medida contribuiu bastante para o renascimento da moderna canção ucraniana. Esta é uma resposta aos apóstolos da desgraça que previam a “catástrofe cultural” após a adopção da lei.

A questão ultrapassa a simples preferência ligústica dos cidadãos, tal como escreveu no seu Facebook o chefe do Parlamento ucraniano, Andriy Parubiy: “No decorrer de uma guerra híbrida contra Ucrânia, a língua não é apenas o meio de comunicação. Língua hoje se transformou numa arma. E não se entregam as armas ao inimigo!”

Blogueiro: nos próximos dias voltaremos ao tem com mais profundidade. Certo é que a língua ucraniana precisa do apoio do estado ucraniano para se desenvolver e servir aos ucranianos dentro e fora da Ucrânia. Uma situação semelhante aos muitos outros países do mundo, em que a língua e cultura nacionais contam com as medidas proteccionistas, no bom sentido, dos seus governos nacionais. Basta recordar as quotas de música francesa nas rádios da França ou apoio à literatura australiana ou cinema canadense, por parte dos seus governos nacionais.

As culturas fortes e dominantes usam e abusam da sua posição dominante para estrangular as culturas com menores recursos financeiros ou de menor mercado consumidor. O dumping cultural de ditos grandes terá que receber as respostas criativas à altura, senão a diversidade cultural desaparece para dar lugar à ausência global da cultura.      

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