No
dia 23 de maio de 2017 os 269 deputados do parlamento da Ucrânia votaram favoravelmente
as importantes emendas legislativas, relativas aos meios de comunicação social
(digital) em defesa da língua ucraniana no seu espaço nacional.
A
nova legislação prevê a quota obrigatória da língua ucraniana nos canais
nacionais – 75 por cento, e nos canais regionais – não inferior ao 60 por
cento. A medida permitira, já no futuro próximo, alavancar a maior criação de
programas televisivos, filmes e desenhos animados ucranianos.
Efetivamente,
no decorrer de uma guerra de Independência, a questão da língua nacional é uma
questão de segurança nacional. Anteriormente, o parlamento ucraniano já tenha
aprovado uma lei semelhante, destinada às estações de rádio, em resultado
aumentou significativamente a quantidade da música ucraniana difundida pelas
rádios FM. A medida contribuiu bastante para o renascimento da moderna canção ucraniana.
Esta é uma resposta aos apóstolos da desgraça que previam a “catástrofe
cultural” após a adopção da lei.
A
questão ultrapassa a simples preferência ligústica dos cidadãos, tal como
escreveu no seu Facebook o chefe do Parlamento ucraniano, Andriy
Parubiy: “No decorrer de uma guerra híbrida contra Ucrânia, a língua não é
apenas o meio de comunicação. Língua hoje se transformou numa arma. E não se
entregam as armas ao inimigo!”
Blogueiro:
nos próximos dias voltaremos ao tem com mais profundidade. Certo é que a língua
ucraniana precisa do apoio do estado ucraniano para se desenvolver e servir aos
ucranianos dentro e fora da Ucrânia. Uma situação semelhante aos muitos outros
países do mundo, em que a língua e cultura nacionais contam com as medidas
proteccionistas, no bom sentido, dos seus governos nacionais. Basta recordar as
quotas de música francesa nas rádios da França ou apoio à literatura
australiana ou cinema canadense, por parte dos seus governos nacionais.
As
culturas fortes e dominantes usam e abusam da sua posição dominante para
estrangular as culturas com menores recursos financeiros ou de menor mercado consumidor.
O dumping cultural de ditos grandes terá que receber as respostas criativas à
altura, senão a diversidade cultural desaparece para dar lugar à ausência
global da cultura.
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