A
senadora russa, membro do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), chefe do Comité da Política
Social e de Saúde, Valentina Petrenko, apresentou publicamente o “seu” cartoon
contra o jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, que por sua vez, caricaturou,
recentemente, a queda do avião russo A321
no Egito.
Desejando
mostrar o cúmulo do patriotismo, e, pelos vistos, sem absolutamente nada de
útil para fazer, a senadora patrioteira deu a ordem aos seus assessores para
encontrarem uma boa e forte imagem do inferno, para os francesinhos jacobinos levarem
com toda a fíria russa...
Não
se sabe se os assessores eram absolutamente estúpidos ou pelo contrário, altamente
inteligentes, mas arranjaram para a sua patroa a imagem la-la-la-la (!) do
Maydan ucraniano, desenhada em 4.02.2014 pelo cartoonista e cantor ucraniano Yuriy
Zhuravel.
A
senadora ou não reparou ou nem tinha a capacidade intelectual para reparar em
absolutamente nada, nem no rapaz com tridente ucraniano (membro do “terrível” e
proibido na Rússia “Setor da Direita”); nem nos pneus à arderem debaixo da
caçarola dos pecadores; nem nas fuças do mesmos: presidente Yanukivych, procurador-geral
Pshonka e Cº.
A
criatividade patrioteira russa se esgotou na colocação de duas frases absolutamente
parvas e escritas com erros de pontuação: «Charlie Hebdo não são pessoas:
aberrações!» e «O inferno saúda Charlie Hebdo», sem esquecer, contudo, de
apagar a assinatura do autor do cartoon.
A
própria senadora diz que, desta maneira, respondeu aos cartoons da “Charlie Hebdo”,
dedicadas à queda do avião russo no Egito e defendeu: «no direito internacional
é necessário um artigo que equipararia os trabalhos dos caricaturistas franceses
à um crime», escreve rbc.ru.
Os participantes na conferência de imprensa também prometeram tomar as medidas
para proibir ao coletivo de “Charlie Hebdo” a entrada na Rússia. “Se eles serão
perseguidos pela Interpol em qualquer país e serão processados, ai então,
haverá ordem. Haverá mais paz e compreensão mútua”, defendeu a senadora Petrenko.
O
jornalista russo, Aleksandr Chernykh, que abordou a senadora e o seu staff na questão do plágio, escreveu no twitter que assessora, autora da “criatividade” se defendeu afirmando: «se a imagem está disponível na
Internet no domínio público, é possível pega-la e usa-la».
Os
cartoons franceses enfureceram os diversos políticos russos (todos muito patrioteiros
e bastante desocupados), que as classificaram desde “cinismo extremo” à “promoção
direta do terrorismo” e “sacrilégio”. O editor da “Charlie Hebdo”, Gérard Briard,
refutou as acusações contra a sua publicação: «Somos um jornal laico,
democrático e ateísta. O conceito de sacrilégio não tem qualquer valor para nós.
Nós comentamos as notícias, tal como todas as outras publicações».
Essa foi demais. rs rs rs rs
ResponderEliminarO que se passou com o cbelo dele
ResponderEliminarEh assim mesmo