sábado, abril 14, 2018

Síria: os primeiros resultados conhecidos dos bombardeamentos aliados

As forças aliadas atingiram 15 alvos do regime sírio: aeródromos, centros de pesquisa química, bases militares da Guarda Nacional e das forças especiais. No total, os aliados usaram cerca de 120 mísseis Tomahawk (105 à partir dos navios e submarinos e as restantes à partir dos meios aéreos).
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Como explicou o tenente-general McKenzie, o chefe do Estado-maior do exército dos EUA, nenhum míssil americano foi atingido e todos os aviões usados na ação regressaram às suas bases em segurança. No entanto, foram detetados cerca de 40 lançamentos de mísseis antiaéreos pelas forças do regime sírio, na sua maioria, já após o fim da operação aliada.

Como explica a primeira-ministra britânica Theresa May, os aliados não pretendem derrubar o regime do Bashar al-Assad e esperam que agora este se comportará de forma mais civilizada, deixando de usar as armas químicas como armas de guerra, caso contrário, os ataques irão continuar.

A posição síria
Locais atingidos pelos bombardeamentos aliados em Damasco
Os meios de propaganda síria reportaram 13 mísseis Tomahawk abatidos, a TV síria mostrou al-Assad, alegadamente, no seu gabinete de trabalho e a populaça síria nas ruas, à festejar a suposta “vitória moral” sobre ação aliada.

A posição russa     
O centro de produção de armas químicas de Barzeh (Barza), a NE de Damasco
Os sistemas da defesa antiaérea russa não participaram na defesa do território sírio e como tal, não foram alvos de bombardeamentos aliados. Os militares russos falam em 103 mísseis disparados e 71 alegadamente abatidos pelos sírios, números bastante otimistas, tendo em conta os 40 disparos detetados pelos americanos e 13 mísseis alegadamente abatidos, reclamados pelos próprios sírios.
Locais atingidos pelos bombardeamentos aliados em toda Síria
As declarações anteriores russas sobre a “mosca que não passará” foram completamente esquecidas, os analistas/propagandistas russos passaram usar a formula “os mísseis americanos não entraram na zona de responsabilidade dos sistemas antiaéreos russos”.
Também foi esquecida a promessa russa de abater os “meios”. Agora se fala da condição, que foi prudentemente apresentada: “caso haja uma ameaça à vida dos militares russos”. Isto é, se o comando militar russo considerar que não há essa ameaça, os “meios” aliados podem voar perfeitamente seguros para qualquer lugar do território sírio e bombardear todo e qualquer local necessário.
Xeque e mate, americanos! Os sírios mostraram Tomahawk abatidos!
Na ação militar participaram os militares dos EUA, Grã-Bretanha e França, apoio foi manifestado pela Alemanha, Japão, Turquia e Portugal.

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