terça-feira, março 20, 2018

Rússia, após 100 ou 200 anos do comunismo...

Na atual situação internacional, de retorno aos assassinatos e envenenamentos políticos, faz todo o sentido de recordar uma das vítimas dos serviços secretos soviéticos, general russo Yevgeny Miller, que se dedicou a causa anticomunista, caindo na luta desigual contra um inimigo implacável, sinistro e poderoso.

Passarão cem ou duzentos anos. Os bolcheviques cairão. Porque nenhum recurso natural é suficiente, mesmo num país como a nossa Rússia, para alimentar um rebanho louco.

E então virão as pessoas doentes, desfiguradas e tentarão – talvez até mesmo sinceramente – mudar alguma coisa. E nada vai funcionar, porque a carga da impotência secular é demasiadamente forte.

Mas isso, acreditem, não é o pior.

Aqueles descendentes da nobreza, dos cossacos, que, de uma maneira incompreensível, sobreviverão no sangrento moinho de carne do bolchevismo – por acaso, ao custo de traição dos antepassados ​​– quem sabe?

Então assim, eles criarão as “reuniões da nobresa”, as “reuniões de oficiais”, etc... Eles recriarão diplomas e genealogias, títulos e ordens, mas, na sua essência, continuarão sendo lavadeiras e cabeleireiros...

As exceções apenas irão sombreiar a triste regra universal. Infelizmente...”

Nota histórica: o general Yevgeny Miller, foi raptado pelo NKVD em Paris em 1937 e fuzilado em Moscovo em 1939. O companheiro que o traiu, entregando às mãos do NKVD, general Nikolai Skoblin, possivelmente, foi apunhalado, até a morte pelos agentes do NKVD. As circunstâncias da sua morte não foram esclarecidas até hoje. A sua esposa, cantora e também agente do NKVD, Nadezhda Plevitskaya, foi detida pelo Deuxième Bureau francês e morreu na cadeia francesa em 1940...