sábado, novembro 25, 2017

Venezuela: sem remédios e comida, mas com “Kalashnikov”

A União Soviética era conhecida como oAlto Volta com mísseis balísticos”, a Coreia do Norte fabrica mísseis, mas não os sapatos certos e Venezuela adquiriu 100 mil novos espingardas/fuzis AK-103 e assinou um acordo com a Rússia para a construção de duas fábricas desta arma.
Míssil balístico soviético na parada de 1 de maio em Moscovo | foto @arquivo
Venezuela pretende abrir sua primeira fábrica de produção de espingardas de assalto/fuzis Kalashnikov em 2018, afirmou nesta sexta-feira (24 de novembro) Wilmar Castro Soteldo, vice-presidente da Área Econômica do país sul-americano, após a reunião de uma comissão intergovernamental russo-venezuelana: “Um dos principais projetos entre os nossos países é a construção de uma fábrica para produzir o fuzil mundialmente conhecido Kalashnikov. Esperamos que a fábrica comece a funcionar no ano que vem”, disse Soteldo aos veículos de imprensa russos. O político venezuelano destacou que, precisamente, na reunião de Sochi “foram alcançados grandes progressos em matéria de cooperação militar”.
A parada militar norte-coreana e sapatos amarrados do destacamento feminino da elite
A Venezuela adquiriu 100 mil novos fuzis AK-103 e assinou um acordo com a Rússia para a construção de duas fábricas desta arma e também de munição com o objetivo de atender ao mercado latino-americano.
Mercearia saqueada pelos cidadãos venezuelanos esfomeados (2017)
Este projeto foi de iniciativa do falecido presidente Hugo Chávez, que chegou inclusive a visitar em 2006 o homem que projetou o fuzil, Mikhail Kalashnikov [conhecido como o serralheiro do Hugo Schmeisser]. Chavéz também foi o responsável por promover o início da cooperação militar entre os dois países.
Sargento Kalashnikov e Eng. Hugo Schmeisser
Essa cooperação, no entanto, acabou se reduzindo pelos problemas económicos venezuelanos causados pela queda nos preços do petróleo, o que obrigou Moscovo a conceder um crédito a Caracas para a compra de armamento e, recentemente, para reestruturar parte de sua dívida.
Mais uma mercearia saqueada em Caracas (2017)
O vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, destacou que Moscovo e Caracas tinham alcançado hoje uma “linguagem comum” praticamente em todos os casos, seja em matéria comercial ou técnico-militar: “A Venezuela não precisa que lhe deem o peixe, mas a vara de pescar. Hoje, falamos precisamente sobre essa vara”, afirmou o político russo. Rogozin previu um aumento do comércio bilateral por meio da compra dos aviões Sukhoi Superjet S-100 e os MC-21-300 por parte da Venezuela.
Rogozin à ficar preso na escotilha do blindado russo T90A (2016) | hronika.info
O governo russo anunciou que ambos os países assinarão em breve um acordo de cooperação energética que incluirá projetos já estabelecidos entre a companhia petrolífera russa Rosneft e a venezuelana PDVSA, escreve Época Negocios.globo.com
A nova e maior nota venezuelana de 100.000 bolívares, vale menos de 2 Euros...

1 comentário:

Anónimo disse...

Infelizmente, para o governo da Venezuela, é mais importante fabricar armas do que prover os cidadãos com remédios e alimentos de qualidade.