quarta-feira, novembro 08, 2017

O aniversário do golpe bolchevique como uma atração zumbi

foto @Vasily Maximov
Cada novo dia 7 de novembro na Rússia torna-se cada vez mais parecido com o universo do George A. Romero. Em 2017 os zumbis vermelhos russos foram reforçados pelos seus camaradas estrangeiros, geralmente os latino-americanos.
Os camaradas turistas chineses | foto @Vasily Maximov
foto @Vasily Maximov
A blogueira esquerdista brasileira, conhecida como Socialista Morena (Cynara Menezes) escreveu recentemente que Moscovo se transformou numa Disney comunista nos 100 anos do golpe bolchevique russo. Curioso, mas para ilustrar o seu artigo a nossa Morena usa os desenhos e não fotos. 
@fonte
Um dos que não entrou na comitiva algures no Brasil @Direita Amazonas
Eis porque, na realidade cada segundo comunista real parece um zombi de fantasia. Não sabemos porque, isso acontece ao certo, talvez consumiram alguma coisa fora de prazo na sua ideologia preferida...
Possivelmente os camaradas catalães | foto @Vasily Maximov
Os camaradas brasileiros | foto @facebook.com/socialistadeiphone
Por sua vez, a edição brasileira Folha de São Paulo, descreve a viagem à Rússia de um ex-terrorista que participou do sequestro do embaixador americano no Brasil, um político brasileiro com três décadas de mandatos em partidos de esquerda e o dono de um bar comunista do Rio de Janeiro.
Os camaradas, possivelmente ocidentais | foto @Vasily Maximov
Os turistas esquerdistas não escondem a sua frustração com a pouca/nenhuma importância que os cidadãos russos dão ao centenário: “No museu Hermitage, a guia russa era super-reacionária e anticomunista. Ela ficava falando sobre o olhar triste dos filhos da família imperial russa e sobre a tristeza por eles terem sido assassinados”, conta o músico Tiago Prata.
foto @Vasily Maximov
O jornalista Cid Benjamin, também parte do grupo, afirma que já esperava encontrar na Rússia um ambiente hostil às ideias da revolução de 1917. “O atual governo tem controlo absoluto do país”. (Suprise!)
foto @Vasily Maximov
Comunistas e anarquistas de outros países também vieram à Rússia pelo centenário: “Somos 32 pessoas, de várias partes da Argentina. Muitos estão economizando há anos para vir celebrar a revolução”, conta o produtor musical Javier Marín.
foto @Vasily Maximov
Entre o povo russo, a sensação de ver estrangeiros mobilizados pelo centenário da revolução causa estranheza: “Não entendo por que tantos estrangeiros gastam tanto dinheiro vindo até a Rússia para uma comemoração que não existe”, diz a professora Svetlana Solodovnikova.
A dupla dos palhaços russos maus, "Chekista feliz", que aposta na glamorização do NKVD
foto @Vasily Maximov 
Os russos vêem com desconfiança e cautela qualquer mudança. A palavra “revolução” é um tabu ainda não superado. “É como se eles viessem para uma festa na minha casa, mas eu mesma não estou fazendo nenhuma festa”.

Bónus

As fotos das celebrações comunistas russas na cidade siberiana de Tomsk: 
"O aparecimento do Lenine é sinal de sensibilidade do Cosmos..."
"Abaixo os ninhos subversivos dos serviços especiais inimigos!"
"Fundo de solidariedade operária"

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