quarta-feira, agosto 02, 2017

Mortes de russos na Síria disparam em 2017, revela Reuters

Desde início de 2017 os 40 militares e mercenários russos morreram, combatendo na Síria, segundo a estimativa da Reuters, baseada nos relatos de familiares e amigos dos mortos e de autoridades locais. O Ministério da Defesa da Rússia confirma a morte de apenas 10 militares.

Este número em apenas sete meses ultrapassa os 36 efetivos militares e mercenários afetos às empresas militares privadas (EMP) que a Reuters estima terem sido mortos na Síria durante os 15 meses anteriores, indicando um aumento considerável no índice de baixas nos campos de batalha à medida que aumenta o envolvimento russo no conflito sírio.

A maioria das mortes relatadas pela Reuters foi confirmada por mais de uma fonte, incluindo pessoas que conheciam o morto ou autoridades locais. Em nove casos, a Reuters corroborou a morte noticiada na imprensa local ou em redes sociais com outra fonte.
Helicóptero Mi-8 russo abatido em Idlib em 2016
Os dados ainda assim podem ser conservadores, já que os comandantes incentivam as famílias dos mortos a manterem silêncio, disseram parentes e amigos de vários combatentes mortos, tanto militares quanto mercenários contratados, sob condição de anonimato.

O nível real das baixas no conflito sírio é um assunto delicado em um país no qual a cobertura positiva da guerra tem destaque na imprensa, e tendo em vista a eleição presidencial em 2018.

A escala das baixas militares russas em tempos de paz é um segredo de Estado desde que presidente Putin emitiu um decreto três meses antes de a Rússia iniciar sua operação na Síria. Embora Moscovo não informe o total de baixas, de fato admite algumas mortes.

As discrepâncias nos dados podem ser explicadas em parte pelo facto de que a Rússia não reconhece abertamente que combatentes pertencentes às EMP lutam ao lado do exército – a sua presença em solo sírio pareceria desconsiderar uma proibição legal à participação de civis em combates no exterior como mercenários.

Indagado sobre as descobertas mais recentes da Reuters, o Ministério da Defesa russo não respondeu.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres nesta quarta-feira (2/08/2017) que os cidadãos russos lutando ao lado de exército [sírio?/russo?] são voluntários e que o Ministério da Defesa russo não os enviou à Síria.
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Se houver cidadãos russos na Síria como voluntários e tudo o mais, eles não têm nada a ver com o Estado [russo], afirmou Peskov em resposta a uma pergunta sobre a reportagem da Reuters durante uma teleconferência diária com a imprensa.

O governo russo já havia negado diminuir o número de baixas na Síria. Meses depois de soldados morrerem, a Rússia admite discretamente algumas baixas, inclusive de mercenários das EMP, prestadores de serviços aos militares.

Dos 40 mortos, a Reuters tem indícios de que 21 eram mercenários; 17 militares e a condição dos dois restantes não foi apurada.

Os russos feridos na Abecásia
Na Abcásia, região da Geórgia, sob ocupação russa, em resultado de explosões em um depósito de munições foram feridos cerca de 35 cidadãos russos.

A notícia foi confirmada pela Embaixada da Rússia, com referência ao “ministério da saúde” de Abecásia. No total foram feridas 60 e internadas 27 pessoas, informa agência russa Interfax. As fontes separatistas afirmam que os russos eram turistas que estavam se banhar nas nascentes de água sulfúrica perto do depósito de explosivos, pertencente ao “ministério da defesa” da região separatista. Interfax também relata que estes turistas foram feridos por estilhaços.
Depósito de munição se situa na aldeia de Primorskoe no distrito de Gudauta. Em 2 de agosto, cerca às 16h30 locais houve uma explosão, seguida pelo incêndio. Devido às explosões de munições, os bombeiros não conseguem à fonte de fogo; a origem da explosão é desconhecida.
Por sua vez, os usuários da Internet contam, nos seus comentários, que toda a zona ribeirinha foi atingida, os residentes perderam os vidros nas suas residências. A primeira explosão foi tão forte que muitos viram os seus telhados perfurados!!! Todos os banhistas foram levados das praias na direção de Gudauta. As explosões podem ser ouvidos até agora!!!

Todos estão com muito medo!!!! Os idosos ficaram em suas casas porque eles têm medo dos saqueadores!!!! Os militares estão colocar as tendas na praia. Gostaria de saber quem pagará os prejuízos às vítimas!!!!??? [...] Afinal, lá está aquartelada a base russa de mísseis!

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