sábado, fevereiro 04, 2017

Nikki Haley e o primeiro banho de água fria ao Kremlin

Sob a forma de um aviso solene da nova embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, ao Putin e aos seus generais: «Cessem a ocupação da Crimeia!»

O discurso deu-se como condenação das recentes agressões de militantes russo-terroristas na Donbas contra os civis e militares ucranianos. A especulação é a de que, se o ataque continuar, Washington se prepara para fornecer a ajuda militar real a Ucrânia, coisa que nunca aconteceu, apesar das boas palavras da administração anterior.

Eis o discurso integral da nova embaixadora dos EUA na ONU, nas palavras duríssimas para com o Kremlin. Não haverá fim de sanções sem a evacuação militar da Crimeia. É a primeira resposta exemplar aos que suspeitavam de «infiltração» russa em Washington (gratos ao Nuno Rogeiro).

A resposta russa
Desde o dia 6 de fevereiro, a Rússia proíbe toda e qualquer exportação de carne de bovino e os seus derivados da região belarusa de Minsk, informação avançada na página oficial do RosSelkhozNadzor, organismo estatal russo que zela pela segurança alimentar.

A Rússia afirma que a razão da proibição são as dúvidas sobre a origem real da carne, a contraparte russa acredita que Belarus exporta a carne europeia e ucraniana, apenas trocando e substituindo as embalagens dos produtos e os carimbos veterinários.

Anteriormente, o presidente da Belarus, Alexander Lukashenka, deu a ordem aos órgãos da lei e ordem do seu país para abrir o processo-crime contra o chefe do RosSelkhozNadzor, Sergey Dankvert, informa Gazeta.ru.

Blogueiro: é de recordar que nas últimas décadas Rússia por diversas vezes usou a proibição de exportação de determinados produtos alimentares dos países vizinhos como a forma de castiga-los pelas políticas nacionais independentes. Em diversas ocasiões foi proibida a exportação de conservas da Estónia, vinho e água mineral georgiana (desde 2004), tangerinas de Abecásia (quando o território separatista georgiano escolheu um presidente que não foi de agrado ao Kremlin), vinho e frutas da Moldova, toucinho e confeitaria da Ucrânia, frutas e legumes turcas após o abate de Su-24 de 2016, diversos alimentos europeus, para castigar os produtores europeus após a introdução das sanções da União Europeia, originadas pela ocupação russa da Crimeia e abate do Boeing-777 do voo MH17 em 2014.

Sem comentários: