quinta-feira, dezembro 15, 2016

Cuba, comunismo, propaganda, marasmo e terrorismo

Em 1962, o jovem cantor soviético, Iosif Kobzon (1937), cantou a canção popular “Cuba – o meu amor” dedicado aos ainda românticos “barbudos”; em 2016, o mesmo cancionista dedicou uma música ao terrorista russo Motorola, liquidado recentemente em Donetsk. Pouca coisa mudou em Moscovo passando estes 54 anos...  

A canção original tinha estas linhas:
Cuba – o meu amor.
Ilha do amanhecer carmim.
Canção voa sobre o planeta, zumbindo..
Cuba é o meu amor!

Na altura, os sarcásticos cidadãos soviéticos, altamente desgostados com o alto custo do “socialismo proletário” inventaram a canção alternativa, infinitamente mais popular e baseada na melodia sobre Cuba, mas com a letra mais malandra:

Cuba, me devolve o pão.
Cuba, leve o seu açúcar!
Você não receberá mais mísseis!
Cuba, vá mas é pr´o c@ralho!

Em 2002, o mesmo Kobzon foi ao teatro de Dubrovka no intuito de pedir aos terroristas que libertem as crianças mantidas como reféns. Se passaram mais 14 anos e o nosso “herói da dnr” (desde 2015), com muito menos saúde física e mental, canta as aleluias pela alma do terrorista russo Motorola, responsável por matar os militares ucranianos aprisionados no Aeroporto de Donetsk (RIP ciborgue Ihor Branovytskiy).

O “cantor com a boca” disse: «Nome Terrorista. Eu quero que hoje lembrássemos dele, nos – os conterrâneos». Os presentes na sala, os velhos caducos da assim chamada «Fraternidade de Donbas» se levantaram e escutaram a canção de pé, embora na realidade o terrorista russo nasceu bem longe da sua região natal...
Em 1962 na URSS não havia nem Internet, nem a imprensa independente, pouca gente no mundo conhecia os crimes dos barbudos, os fuzilamentos em massa e os seus campos de concentração. Os crimes do terrorista russo são do domínio público, o lava-carros semianalfabeto os cometia em frente das câmaras da TV, se gabando publicamente de matar os ucranianos indefesos em seu poder.

É mais uma resposta a questão já bem antiga: os ucranianos e russos não são irmãos, pois irmãos não comemoram o legado das pessoas que matam aqueles que supostamente consideram como parte da família, pelo menos não na tradição ucraniana...  

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu acho que a fala do terrorista fiaria melhor traduzida para o português do Brasil, tomando como base o texto em inglês, assim:

"Eu não dou a mínima sobre o que estão me acusando! Acredite ou não eu fuzilei 15 prisioneiros! Quero que se foda! Sem comentários! Mato quem eu quero! Quero - mato, não quero - não mato!"

A parte a isso, percebe-se a mentalidade de um frio psicopata!