quinta-feira, dezembro 01, 2016

A pujante democracia cubana: caso do Leamsy Requejo Lorité

Nesta terça-feira, 29 de novembro, o jovem cubano Leamsy Requejo Lorité (1985), que trabalhava como curador do Museu Nacional de Belas Artes de Havana, foi expulso do seu emprego, após publicar na rede social Facebook um texto irónico sobre a morte de Fidel Castro, acusando o ditador de lhe dever milhares de pesos que nunca pagou pelo trabalho de toda a sua vida.
Segue a tradução portuguesa do texto, a mais fidedigna possível, preservando ao máximo o estilo do texto original (publicado em 26 de novembro de 2016, somando, desde então, 566 curtidas e 88 partilhas).

Eu me sinto tão triste, mas tão triste que faleceu uma pessoa que estava pagando o meu salário mensal desde que trabalho, se foi e não me pagou o que me devia, se foi me devendo milhares de pesos que me pagava mensalmente, não mais de 500 pesos cubanos {20 $} e não menos do que 250 pesos da moeda nacional [10 $], assim mantidos por +50 anos de trabalho, quando o salário básico mensal de um ser humano, é no mínimo de 1.500 dólares por mês ..... assim quando este homem se foi me devendo, espero que me paguem aquilo que me devem ....... Se foi e nunca me pagou o que me deve :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-( :-(

De seguida Leamsy Lorité (filho da Barbara Lorite e pai de uma menina que faz anos em 1 de janeiro próximo) foi censurado pelos colegas de trabalho, foi lhe dito que jovem “mistura os pensamentos com o trabalho” e “não é confiável”, recordando, não poderia faltar essa, de que “Facebook é americano” (Sic!)

No dia 29 de novembro, apenas três dias após a postagem, Leamsy perdeu emprego decisão assumida pelo sub-diretor do Museu (o barbudo na foto em baixo, todas as fotos deste artigo são do Facebook do Leamsy Lorité).
Blogueiro: efetivamente, não é impossível dizer que hoje em dia a Cuba vive uma ditadura, basta lembrar que no decorrer do “PREC cubano” o “progressista” Che ordenava os fuzilamentos dos cidadãos cubanos por delitos tão graves como “a autoria de um verso contra-revolucionário”.

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