sexta-feira, outubro 21, 2016

Myrotvorets pretende criar o sistema de reconhecimento facial em tempo real

A página ucraniana Myrotvorets (Pacificador) possui atualmente mais de 500.000 imagens e dezenas de milhares de vídeos, criados e postados online, pelos apoiantes e simpatizantes da causa terrorista e/ou pró-russa.

Uma das principais prioridades para a continuação do desenvolvimento do centro Myrotvorets é a aquisição e colocação em funcionamento do sistema profissional de reconhecimento de imagens gráficas e criação do seu próprio servidor com o banco de dados de imagens dos que foram o objeto do estudo do Myrotvorets nos últimos anos.

O sistema deve permitir:

– Escolher automaticamente a imagem óptima de reconhecimento facial em tempo real, salva-la e reconhecê-la, comparando com as imagens de referência, disponíveis no banco de dados.
– Reconhecer as faces das pessoas em movimento, determinando o sexo, grupo étnico e idade aproximada da pessoa.
– Correlacionar as imagens dos rostos detectados com as fotos de referência do banco de dados, mesmo nos casos de mudanças externas dos rostos analisados: envelhecimento, aparecimento e desaparecimento de barba e bigode, penteados e tons da pele diferentes, etc.

Myrotvorets não pretende divulgar os seus planos detalhados e para já não divulga as prioridades, após a colocação do sistema de funcionamento. O que é certo que uso de um sistema deste tipo permitira aumentar imensamente a eficiência das agências de aplicação da lei e ordem da Ucrânia na captura dos terroristas e dos seus cúmplices, dos mercenários russos e dos criminosos de guerra. Os inimigos da paz na Ucrânia terão uma surpresa bastante desagradável.

O custo de um sistema deste tipo (na sua configuração ideal) neste momento ronda os 55.000- 60.000 dólares. Myrotvorets não possui este tipo de valores, por isso anuncia a recolha de fundos via crowdsourcing. A maneira exata da organização da recolha e de acumulação de fundos para a compra do sistema será anunciada oportunamente.
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Ajudar ainda hoje via PayPal: erfarot@hotmail.com

quinta-feira, outubro 20, 2016

Alexander Hug: “Temos visto combatentes que tinham insígnias do exército russo”

Nas vésperas da Cimeira de Berlim sobre a paz na Ucrânia, encontramos o vice-chefe da missão de observadores da OSCE, implantado no terreno. A missão tenta acalmar as tensões e recolheu amplas evidências da presença do exército russo do lado ucraniano da fronteira.


Os líderes russos, alemães, franceses e ucranianos se encontraram na quarta-feira, dia 19 em Berlim, para tentar avançar o processo de paz na Ucrânia, agora em dificuldades. Esta é a primeira vez em um ano que Vladimir Putin, Angela Merkel, François Hollande e Petró Poroshenko foram reunidos no chamado “formato de Normandia”.

Na Ucrânia, a linha de frente se estabilizou. As entidades rebeldes de Donetsk e Luhansk aguentam e sobrevivem apenas graças à Rússia. Os combates pararam, mas os confrontos localizados continuam regularmente, fazendo baixas entre militares ou civis.

No terreno foi implantada uma missão de observação da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa). Conta com 700 observadores distribuídos pela Ucrânia, dos quais 600 estão no leste. São provenientes de 45 países (incluindo a Rússia). Enquanto em Paris, Alexander Hug, vice-chefe da missão, nos concedeu a entrevista na qual ele relata a fragilidade contínua do cessar-fogo.

– O presidente russo cancelou recentemente a sua visita à França. Vocês acreditam que isso representa um risco de uma maior deterioração da situação na Donbas?
– O mais importante que diálogo continua, independentemente do nível ao qual ocorre. Nossa missão fornece uma visão sobre o que está acontecendo no terreno, facilitando a comunicação. Este é um papel fundamental, pois em caso de deterioração repentina, é necessário ter alguém para tentar encontrar uma maneira de restaurar a calma. Os resultados do nosso trabalho não são, talvez, muito visíveis. Mas nós participamos na manutenção de um canal de comunicação, e isso por si só é um resultado.

– Os observadores da OSCE enfrentam muitos obstáculos no seu trabalho diário?
– Sim, nós sofremos regularmente com os obstáculos e os relatamos. Temos usado as formas diferentes [de vigilância]: as câmaras fixas, drones e patrulhas. Muitos dos nossos drones foram abatidos. Às vezes acontece que os nossos observadores sofrem ataques de intimidação, ou as nossas viaturas ficam bloqueadas nos postos de controlo.

Os combatentes presentes nos dizem que não podem nos deixar passar, pela nossa própria segurança, porque o lugar está minado. Isso também é uma violação dos acordos. Estas restrições são sempre uma maneira de nos impedir de ver algo que eles não querem, de forma, relutante, que seja visto, isto é perfeitamente claro.

No entanto, este tipo de interferências não ocorre todos os dias, nem nunca no mesmo lugar. Em todos os casos, primeiro nos reportámos os casos destes entraves ao Centro Conjunto de Controlo e Coordenação (CMCA), que é responsável para ajudar-nos. Esta organização é baseada na área sob controlo da Ucrânia. Abriga oficiais ucranianos e russos, cerca de 75 pessoas, não armados, que são trocados à cada três meses.

Quando uma das nossas patrulhas é alvejada à tiro, nós imediatamente notificamos o CMCA, que deve garantir a nossa segurança. É também este organismo tem a responsabilidade de investigar todas as violações de acordos e deve assegurar a vigência do cessar-fogo.

– Como você avalia a situação no terreno?
– A situação na área da linha da frente é muito instável e imprevisível, longe de ser apaziguada. Existem muitas áreas onde as posições entre as partes em conflito são muito próximas, distam pouco mais que cinquenta metros. Este é o caso, por exemplo, da vizinhança do aeroporto em Donetsk. A tensão é permanente e o menor incidente resulta imediatamente em tiros. Por isso, tentamos fazer recuar as forças, não apenas as armas pesadas, mas também a infantaria, de modo que essas forças não entrem em provocações constantes.

No dia 21 de setembro [de 2016], chegamos a uma decisão que, em três áreas acordadas, ambas as partes recuem fora da linha de frente, de modo a ter uma zona tampão maior. Esta retirada é eficaz em duas dessas áreas. Na terceira, a retirada não ocorreu. O objetivo é poupar os civis, que são muitas vezes as primeiras vítimas, e encorajar um retorno ao normal. Mas isso requer confiança entre as forças presentes, e um nível de segurança para, assim, garantir que o terreno evacuado não é reocupado imediatamente por uma das partes.

No setembro passado houve uma calmaria quase completa por alguns dias. Isso mostra que quando há vontade política, ambos os lados podem controlar as suas forças e conseguir um cessar-fogo total. Achamos que devem existir as retiradas semelhantes ao longo dos 500 quilómetros de linha de frente, e que isso poderá permitir uma trégua sustentável.

– No início da guerra, do lado ucraniano, existiam vários batalhões de voluntários que não estavam sob o controlo direto da liderança ucraniana. Onde estamos hoje? Todos estes batalhões foram integrados no exército?
– Sim, todas as tropas que lutam no lado ucraniano estão agora, por decreto, legalizados e trazidos sob o controlo do comando do exército. Eles estão sob controlo. Fomos capazes de fazer a verificação em setembro, durante o período de calma da qual falei. O governo ucraniano deu ordens claras. E estas são aplicadas. Esta é a prova de que todos os batalhões estão sob o comando unificado.

– Rússia garante que não está diretamente envolvida na Donbas. A missão de observação reuniu provas de uma presença directa do exército russo do lado ucraniano da fronteira?
– Nos vimos os combatentes que tinham insígnias do exército russo. Fomos capazes de entrevistar os prisioneiros que nos disseram que são membros das forças regulares russas. Nos vimos também o armamento sofisticado que o exército ucraniano não utiliza e que está disponível unicamente no exército russo. Documentamos tudo isso nos nossos relatórios.

Estes são os factos que temos visto. O nosso trabalho é precisamente este: relatar esses factos. No entanto, não nos cabe tirar as conclusões e eu não posso fazê-lo (fonte).

Blogueiro

As limitações do mandato da OSCE são bem conhecidas, no entanto, algumas ações dos membros desta organização são muito mais que simples limitações...
OSCE: amiga dos terroristas
OSCE: ocasionalmente amiga dos terroristas

quarta-feira, outubro 19, 2016

Assange fica sem a Internet e Rússia perde um hacker

No início desta semana tornou-se público que o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, que nos últimos 4 anos habita na embaixada de Equador em Londres ficou sem a Internet. Num caso separado, a polícia checa, numa operação conjunta com o FBI, prendeu em Praga um cidadão russo suspeito de lançar os ataques cibernéticos contra os Estados Unidos.

Assange, que ficou com a Internet cortada na tarde deste sábado, dia 15 de outubro, apressou-se à culpar os EUA de exercerem a pressão sobre Equador, alegadamente após a publicação pela WikiLeaks de um novo pacote de correspondência do John Podesta (o chefe da campanha eleitoral da Hillary Clinton). Apesar de que a correspondência não revela nada de especial, os analistas admitem que a campanha da Hillary Clinton não ficou feliz com o sucedido. É de notar que na tentativa de influenciar o sentido do voto do eleitorado americano, WikiLeaks lança semanalmente os e-mails hackeados do partido democrata (apenas as «cartas do Podesta» já mereceram 11 publicações).

Desde a segunda-feira, dia 17 de outubro, na Internet apareceram diversas versões do sucedido, desde o envio pelo Assange as mensagens sexualmente explícitas à uma menina de 8 anos até a morte do fundador do WikiLeaks. No entanto, nenhuma deles se confirmou até agora, escreve Meduza.io
No entanto, no dia 18 de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador reconheceu que cortou a Internet ao Assange, por causa das publicações de WikiLeaks «que têm um impacto sobre a campanha eleitoral nos Estados Unidos». Como se pode ler no comunicado, “o Equador, no exercício do seu direito soberano, restringiu temporariamente o acesso à uma parte do seu sistema de comunicações na sua embaixada no Reino Unido”. Pois, “nas últimas semanas, o WikiLeaks tem publicado um grande número de documentos que têm um impacto sobre a campanha eleitoral nos Estados Unidos. A decisão de tornar públicas essas informações é da exclusiva responsabilidade da organização Wikileaks. O Governo do Equador respeita o princípio da não-intervenção nos assuntos de outros países, não interfere nos processos eleitorais em curso, nem apoia um candidato em particular”.

A polícia checa e FBI prendem um hacker russo
A imagem meramente ilustrativa
A polícia checa disse nesta quarta-feira que numa operação conjunta com o FBI, prendeu em Praga, um cidadão russo suspeito de lançar os ataques cibernéticos contra os Estados Unidos. A prisão aconteceu 12 horas após a emissão, pela Interpol, do mandato “vermelho” de detenção do suspeito.

O porta-voz do Comando da Polícia checa, tenente David Schön informou que o suspeito veio à República Checa numa viatura de luxo, acompanhado pela namorada. A prisão ocorreu num hotel no centro de Praga, onde o detido não ofereceu qualquer resistência. Imediatamente após a sua prisão ele entrou em [ou simulou] o colapso e a polícia imediatamente lhe prestou os primeiros socorros e o hospitalizou. O Tribunal Municipal de Praga decidiu prisão preventiva do estrangeiro sob custódia – a sua extradição para os EUA será decidido pelas autoridades judiciais (policie.cz).
Blogueiro: na semana passada, os EUA acusaram formalmente o governo russo de tentar interferir nas eleições presidenciais de 2016, hackeando as instituições políticas americanas (ler mais em Estado fora-da-lei de Vladimir Putin). As atividades dos hackers russos nos EUA até já mereceu a atenção do último episódio dos The Simpsons. No entanto, não há nenhuma indicação da polícia checa do que a prisão em Praga está relacionada com as recentes acusações dos Estados Unidos.

terça-feira, outubro 18, 2016

“Corpo Nacional”: o novo partido ucraniano da direita não centrista

O Congresso fundador do “Corpo Nacional”, o novo partido ucraniano da direita não centrista, decorreu recentemente em Kyiv, elegendo o seu líder, o deputado do parlamento ucraniano Andriy Biletskiy, mais conhecido como o ex-chefe do regimento especial da Guarda Nacional da Ucrânia, “Azov”, escreve a Novynarnia.com.
O Congresso, que segundo o comunicado de imprensa do “Azov Press” contou com 292 delegados de todas as regiões da Ucrânia, foi saudado pelo dissidente ucraniano da época soviética e primeiro embaixador da Ucrânia no Canadá, Levko Lukyanenko, e pelo lendário comandante do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), Myroslav Symchych,  que passou 32 anos, 6 meses e 3 dias nas cadeias e campos de concentração soviéticos.

O novo partido é formado através da fusão de duas pequenas organizações cívicas, “Movimento social “Ações Honestas” e Patriota da Ucrânia, além do contar com apoio das estruturas do “Corpo civil do Azov”, a o movimento cívico afiliado com o regimento “Azov”.  

Segundo os documentos divulgados, o novo partido se posiciona como “centrado na Ucrânia”. Entre as suas propostas mais sonantes está a reinstalação da pena capital pelos crimes de abuso do poder e de corrupção, desenvolvimento e recuperação do potencial nuclear da Ucrânia, nacionalização das empresas estratégicas, a legalização das armas de defesa pessoal e a criação da Legião Estrangeira ucraniana.  

O partido também propõe a introdução do direito dos cidadãos de não servirem no exército nacional, à troco do pagamento de uma espécie de imposto e da perca do direito do voto.

Em termos da política externa o “Corpo Nacional” defende o aprofundamento da cooperação multissetorial como os países do bloco GUAM e com os países Bálticos. Ao mesmo tempo o partido advoga o rompimento das relações diplomáticas e do acordo de amizade com a federação russa. O restabelecimento destas relações só se prevê após a desocupação da Crimeia e do Donbas e do pagamento das devidas reparações.

Quem é Andriy Biletskiy?
Andriy Y. Biletskiy nasceu em 1979 na cidade de Kharkiv, é historiador de formação. Foi graduado em 2001, com a distinção, pela Faculdade de História da Universidade de Karazin. Desde 2002 é líder da organização “Tryzub”, colaborava com a representação regional do Partido Social-Nacional da Ucrânia (futuro VO Svoboda). Biletskiy se opôs à liberalização do VO Svoboda, formando e chefiando duas organizações da direita radical, “Patriota da Ucrânia” e Assembleia Social-Nacional.

No decorrer do movimento Maydan, os membros do “Patriota da Ucrânia”, juntamente com ativistas das outras organizações da direita, formaram o “Setor da Direita” e Biletskiy se tornou o líder da sua ala paramilitar: “Setor da Direita – Leste”. Com início da guerra russo-ucraniana na Donbas, Andriy Biletskiy se tornou o comandante e fundador do batalhão voluntário “Azov” (o regimento, desde 20 de novembro de 2014). 
No dia 15 de agosto Biletskiy, na qualidade do chefe do Regimento Especial de Polícia “Azov” recebeu os galões de tenente-coronel da polícia ucraniana. No outono de 2014 ele se elegeu ao parlamento da Ucrânia, concorrendo, como independente no circuito uninominal №217 em Kyiv. O seu oponente mais próximo ficou à 15.000 votos.

Blogueiro: imaginamos que o passado radical do Biletskiy será novamente usado para acusar o seu novo partido de vários –ismos nada simpáticos. No entanto, também é verdade, que em 2,5 anos de guerra real, em que o regimento “Azov” participa mais que ativamente, os que constantemente acusam Ucrânia, “Azov” e Biletskiy, não conseguiram apresentar nada ligeiramente procedente, ficando-se pelas tatuagens de alguns membros da sua unidade ou pelo uso da runa Wolfsangel, presente, igualmente, em brasões de armas de pelo menos 15 cidades da Alemanha Federal.

Também é interessante comparar a forma de se vestir e de se apresentar do Biletskiy, o tenente-coronel real da polícia ucraniana e o “coronel” fake “Motorola”, que à semelhança dos chefes tribais, adorava ostentar as diversas “medalhas” atribuídas pelas autoridades juridicamente inexistentes.

“The Simpsons”: Homer bate no Putin que vota Trump

No 600º capítulo da 28ª temporada da série de animação “The Simpsons”, exibido na Fox no passado dia 16 de outubro, Homer Simpson desmascara presidente Putin que se infiltra nos EUA para votar no Trump no dia das presidenciais americanas, informa a página ucraniana Novynarnia.com   

Tudo acontece na assembleia do voto em Springfield no dia 8 de novembro de 2016. Na fila dos eleitores, em frente do Homer Simpson, está um típico redneck barbudo com a camisola e boné de baseball dos “Boston Red Sox” (na semana passada Trump disse que apoiava a equipa).

Na conversa, o barbudo diz que irá votar no Trump, pois este é “um bom empresário, nunca dorme e nunca paga os impostos”. Além disso, o desconhecido afirma que Trump tem o plano de “novamente fazer a Rússia grande”.
Homer, salta por cima do desconhecido, arranca a sua máscara facial e descobre que este, na realidade é o presidente russo Vladimir Putin.

O pai do Homer (presidente da mesa de votação) diz que Putin pode votar, pois está inscrito na lista dos eleitores. Já Homer é impedido de exercer o seu dever cívico, pois não está na lista. De saída, à cavalo, Putin diz ao Homer para não se preocupar, pois os seus hackers irão garantir a vitória do Trump por “102 por cento”.
O teaser acaba mostrando as máquinas de construção civil à destruírem a catedral de São Basílio na praça Vermelha de Moscovo, para no seu lugar construir o “Casino do Trump de Kremlin”. A placa diz: “espera-se em janeiro de 2017”.  
As eleições presidenciais irão decorrer nos EUA no dia 8 de novembro de 2016. As últimas sondagens dão a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, como a grande favorita, com 8 pontos percentuais de vantagem sobre o candidato republicano.

A liquidação do terrorista “Motorola”. Cui prodest?

A liquidação em Donetsk de um dos mais famosos líderes dos terroristas russos afetos à “dnr”, suscitou diversas teorias que pretendem explicar quem executou a operação, efetuada com muitíssimo profissionalismo e quem poderá lucrar com a situação, a pergunta clássica que deve ser feita nos casos semelhantes: cui prodest?  


Toda a operação foi organizada de forma muitíssimo profissional. A mina (ou explosivo de plastídio) foi colocada no telhado do elevador, junto aos (ou nos) cabos. Significa que os operativos penetraram no prédio onde vivia o terrorista e de seguida no poço do elevador. “Motorola” era, provavelmente, o comandante do campo mais conhecido entre os terroristas. Anteriormente ele sobreviveu pelos menos duas tentativas da sua liquidação. Dado que o prédio onde vivia possuía vários anéis de segurança, seguramente, estes também controlavam os serviços comunais, são as alicerces do ofício.
Faça click para ver vídeo não aconselhável aos mais sensíveis
O primeiro anel de segurança controlava a situação em redor do prédio, verificava as pessoas e viaturas que se aproximavam, prestando atenção especial aos desconhecidos. O segundo anel estava na entrada do prédio, o terceiro – no andar ocupado ilegalmente pelo “Motorola” e pela sua concubina (dado que “Motorola” era legalmente casado na Rússia). Todos os guardas pertenciam ao seu bando – “Sparta”. Mesmo assim, os desconhecidos controlavam todos os movimentos do terrorista, a explosão era guiada, aconteceu no exacto momento em que Pavlov, juntamente com um guarda-costas (que também morreu na explosão) entrou no elevador e as portas do mesmo se fecharam.  
Um atentado com auxílio de uma viatura armadilhada e parqueada algures no espaço público seria muito mais fácil de executar. Este esquema foi usado na tentativa anterior de liquidação do terrorista junto ao hospital de Donetsk. Mas o risco de falhar aumentaria em demasia, de última vez “Motorola” sobreviveu, provavelmente perdendo um olho. Desta vez os desconhecidos decidiram jogar pelo seguro, escolheram a tática de efetuar um ataque pontual, mas muito bem calculado e executado.

O desconhecido recebeu acesso ao poço de elevador para a colocação da mina. O fusível de banda rádio era poderoso o suficiente para ser ativado à uma grande distância, para além do perímetro de segurança. A coisa mais interessante é saber como os desconhecidos obtiveram os dados sobre o exato momento de entrada do “Motorola” no elevador. Para isso, eles precisariam acionar o explosivo observando directamente o terrorista, ou teriam que instalar o sistema de vídeo monitoramento e vídeo vigilância, para saber o momento exacto da sua entrada.
Os olheiros, poderiam à qualquer momento, serem detetados e capturados pela contra-inteligência russo-terrorista que poderia controlar a rota habitual do “Motorola”. O risco era enorme, pois tudo indica que o terrorista era observado constantemente e esperado no momento exacto.

A Operação era muito complexa e ousada, que seria preparada por um grupo considerável de especialistas, durante várias semanas. A julgar pelo facto de que toda esta operação complexa não foi detetada e nenhuma detenção foi feita, significa que os autores reais desta ação tiveram o tempo de abandonar o local em segurança. Qualquer força ou agência que executou a operação fez isso de forma absolutamente profissional.

Quem é responsável?
A versão dos terroristas sobre o “grupo de sabotagem ucraniano” até agora só foi confirmada pelo anúncio num fórum de emprego da Ucrânia. A Direção-geral de inteligência militar da Ucrânia (GUR) procurava um especialista em elevadores com salário de 22.000 UAH (850 dólares). À primeira vista parece coisa demais, seguramente haveria na Ucrânia gente que pagaria à GUR para participar numa operação destas.  

O voluntário ucraniano da cidade de Kharkiv, Roman “Skitalec” Donik, avançou com a informação do que “Motorola” foi abatido pela ordem do terrorista russo Akhra “Abkhaz” Avidzba, o líder do bando “Pyatnashka” (“15ª brigada internacional”), a unidade terrorista, dominada pelos militantes originários do Cáucaso.
O casal de "motorolas" na viagem pela Abecásia
A razão da forte inimizade é o comportamento da concubina do “Motorola”, Yelena “Canistra” (Bidão) Kolenkina que durante a sua recente estadia na Abecásia chamou os moradores locais de “f0dilhões de cabras”. Pela informação do voluntário, a operação foi financiada pelo outro terrorista russo de origem abecasa, Stavros Bagatelia, responsável pela “gestão” da rede dos supermercados “ATB”, que foram “nacionalizados” pelos terroristas.

“Abkhaz durante muito tempo pedia a gente do Kremlin a permissão para liquidação. Só agora a permissão foi dada. Após o retorno do “Motorola” de Luhansk, onde participou na limpeza dos alegados golpistas locais”, – escreveu Donik.

Em junho de 2016, a concubina do Pavlov, Elena “Canistra” Kolenkina escreveu na sua página na rede social VK que Abecásia, onde os “Motorolas” passaram as férias era dominada pela “ruína e merd@”, disse também que nem todos os habitantes da região “poderiam ser chamados de gente”. Embora depois apagou a postagem.

Em resposta, os moradores de Abecásia, alguns dos quais participaram nas atividades terroristas no leste da Ucrânia lembram à Elena o seu passado de prostituta barata, a origem da sua alcunha, o seu casamento ilegal, e desejaram ao Donbas a mesma sorte que à Abecásia foi trazida pelo “mundo russo”.
As ferramentas da "Canistra"
“Canistra” recebeu várias ameaças e conselhos nunca mais aparecer no Cáucaso, olhar atrás das costas na rua, pois “o castigo te achará”, como escreveu um usuário. O arménio Ashot Atayan disse à Elena que o seu assim chamado “marido” é um assassino que “veio ao país alheio para matar e saquear”, prometendo que a ex-garota do programa iria responder pelas suas palavras (fonte).

A fuga da “Canistra”

Após a liquidação do “Motorola”, a sua concubina, acompanhada pelos guarda-costas fugiu do prédio, levando consigo apenas algumas pastas e as crianças, escreveu a página ucraniana Dialog.ua
A inscrição popular no "memorial popular": babaca
[Elena] Pavlova trabalhou na brigada Sparta, por ela passavam documentos importantes, ela sabia dos fluxos de caixa dos terroristas, [sabia] quem financia os bandos e assim por diante. Mesmo que ele não seja abatida agora, tal como o marido, de seguida vão limpa-la em silêncio, ou alguém irá atropela-la acidentalmente, explodirá ou abaterá”, – se comenta nas redes sociais.

A versão Lusvarghi

segunda-feira, outubro 17, 2016

Como denunciar um terrorista e o levar à prisão. Guia prático

Desde a detenção na Ucrânia do terrorista brasileiro Rafael Lusvarghi, o nosso blogue já recebeu dezenas de denúncias contra outros terroristas, os angariadores e simplesmente retardados, que no entanto, poderão se tornar terroristas, em determinadas circunstâncias favoráveis.

Daí surge a necessidade de arrumar o assunto, oferecendo a sociedade a ferramenta prática e universal que permitiria denunciar os criminosos e os levar à justiça. Pois, embora somos profundamente indignados pelas suas ações criminosas e até bárbaras, somos cidadãos do bem, não podemos e nem devemos fazer a justiça com as próprias mãos.

1. Quem é e quem não é um terrorista?

Para os ucranianos e amigos da Ucrânia o “terrorista” é qualquer cidadão não ucraniano (estes são separatistas) que participa ativamente nas atividades dos grupos armados ilegais, ditas “dnr” / “lnr” e/ou nas suas estruturas afiliadas (“cossacos”; “exército ortodoxo russo” / grupo neonazi russo RNE, companhias militares privadas, como “Vagner”; diversos grupos neonazis russos como “Kuban-88”, etc).

Neste aspeto a posição ucraniana é absolutamente juridicamente blindada pela legislação brasileira, nomeadamente, pelo Decreto da Presidência da República do Brasil № 5.938, de 19 de outubro de 2006 que promulgou o Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e Ucrânia, celebrado em Brasília, em 21 de outubro de 2003, e que estabelece a seguinte definição do terrorismo: “o atentado contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas, granadas, foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares” (artigo № 3, alínea 5, ponto c) III).

É importante salientar que os indivíduos que fazem apologia ao terrorismo na Internet (nas páginas, redes sociais, blogues) não fazem, de momento, parte do nosso interesse direto, pois embora eles contribuem para o clima geral, na sua maioria são criaturas meramente simbólicas e não merecem a dispersão dos esforços. Um destes casos é do Eduardo Lima de Medeiros (1982), cujo antiamericanismo primário, aparentemente, advém do facto de ter alguma mágoa pessoal com a empresa McDonalds, após a experiência laboral desagradável.

2. Como denunciar os terroristas e os angariadores?
Cristiano Alves na Rússia, travestido à vendedor ambulante russo do século XIX
Os casos mais sérios são os angariadores, os cidadãos que usam a sua influência e as diversas artimanhas para levar os cidadãos brasileiros à cometerem os crimes de terrorismo e/ou mercenarismo no exterior. São casos do estalinista e tradutor Cristiano Ricelle Alves de Lima (1985) e do advogado e duginista Raphael Machado Silva (1988).
Raphael Machado Silva numa festinha temática
O melhor lugar para denunciar os cidadãos brasileiros que podem / estão cometer o crime de auxílio de mercenarismo no exterior é na sala de atendimento ao cidadão do Ministério Publico Federal: http://www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/sac , se a denuncia é procedente, o MPF encaminha o ofício para a Polícia Federal e está procede uma investigação real do(s) facto(s) e caso(s).
Além disso, se o sujeito é militar (no ativo, em licença não paga, etc), ele pode ser denunciado junto Ministério Público Militar: https://www.mpm.mp.br
Caíque Teles D'Angelo
Mais, uma parte dos terroristas brasileiros, tive alguma ligação real ou emocional com a Polícia Militar do Brasil: Rafael Marques Lusvarghi (1984) era soldado da PM em São Paulo (2006-2007) e tentou ingressar na carreira do oficial no estado do Pará em 2009; Caíque Teles D'Angelo (1996) passou pela Escola da PM de Amazonas; Ronnan Soares Passos (nascido numa data politicamente suspeita de 14/09/1988) era polícia militar em Marabá; Luiz Davi da Silva (1993) sonhava em ingressar na PM do Paraná.
Ronan Soares Passos
Obviamente, neste momento Luiz Davi só poderá voltar a sonhar em ingressar na PM no caso em que PC do B governar o Brasil. Que nas circunstâncias atuais não deve acontecer tão já. O mesmo se aplica aos outros integrantes do grupo, a sua passagem pelas organizações terroristas no exterior fechou-lhes, espera-se que para sempre, as portas às corporações militares e policiais do Brasil. 
Luiz Davi da Silva
O objetivo de cada denúncia concreta é impedir que os terroristas se infiltram neste tipo de corporações, onde as suas ações poderão se revelar bastante nefastas para a sociedade brasileira. Nestes casos as denúncias podem e devem ser feitas junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública, nos estados onde residem os respetivos sujeitos, no caso do estado do Paraná, a denúncia deve ser feita via SIGO – o Sistema de Ouvidoria da SESP (ouvidoria@ouvidoria.pr.gov.br) 
  
3. Os dados relevantes (o seu formato preferencial)

Nome completo do sujeito:
Naturalidade / local de moradia no Brasil (cidade/estado/rua/prédio/apartamento):
Numero do tel/whatsup/skype, etc.:
e-mail(s):
Página(s) nas redes sociais:
Informação na imprensa: (artigos sobre o sujeito, etc.):
Participação nos grupos terroristas: (os nomes das unidades ilegais armados onde é/era filiado e/ou as cidades no exterior onde este foi visto):
Fotos: (de boa qualidade, de preferência que provam a sua participação nas atividades terroristas, a informação postada por ele nas redes sociais, salva em forma dos printscrean, etc):

Os dados relativos aos cidadãos brasileiros (outros lusófonos, ainda bem que os não há até agora), podem ser deixados nos comentários da nossa página, de onde, sem serem divulgados ao público, serão retirados para a sua análise e encaminhamento. Em relação aos delinquentes dos outros países e nacionalidades, as denúncias fundadas podem ser feitas junto à página Myrotvorets (Pacificador) da onde são encaminhadas ao SBU e às agências homólogas estrangeiras: 

4. Como investigar?

Para investigar os terroristas, os voluntários podem fazer-se passar por amigos da causa terrorista, estabelecendo os contactos nas redes sociais, blogues, etc. Devem ter em atenção que são atividades potencialmente perigosas e que a gente com qual lidamos pode parecer inofensiva, mas muitas vezes é desequilibrada mentalmente, provêm das famílias disfuncionais, alguns destes sujeitos são filhos de pais incógnitos, o que claramente os marcou e criou diversos complexos de inferioridade que eles tentam compensar com as suas atividades militares, militaristas, paramilitares e no fim terroristas.

No entanto, os terroristas costumam facilitar as coisas para os investigadores OSINT, divulgando, eles próprios, as fotos, vídeos e/ou textos que revelam os seus propósitos e as suas ações. Quase todos eles usam a sua participação nos grupos terroristas “dnr” & “lnr” e afiliados, para ganhar novas amizades, aumentar a sua visibilidade na sociedade, elevar o seu estatuto social dentro e fora dos determinados grupos sociais. Como tal, um investigador atento, cuidadoso e paciente poderá reunir bastante material de alto valor factual, nas simples conversas e relacionamentos mantidos online (sem, de preferência, nunca se encontrar fisicamente).   

5. O nosso objetivo

O objetivo da nossa campanha é defender a sociedade brasileira e ucraniana dos cidadãos perigosos e potencialmente perigosos que adquiriram na Ucrânia alguma experiência militar (ou pretendem faze-lo), e que mais tarde, seguramente, tentarão usar no Brasil, para, influenciados pelas ideologias extremistas de nazismo e/ou comunismo, semear o caos no seu país de origem. Para que isso não acontece, é importante parar de vez as suas atividades, contribuindo, dessa maneira, para o ambiente mais seguro e mais tranquilo, quer no Brasil, quer na Ucrânia.

@Ucrânia em África & Pacificador (Myrotvorets) Brasil (é permitida a divulgação livre deste texto e do material anexo para os fins não comerciais, desde a menção da fonte. Em desenvolvimento).

Detetada uma grande acumulação de armamento russo na Donbas

Foi detetada uma grande acumulação de armamento das forças armadas russas na Donbas: tanques, blindados ligeiros BMP, sistemas de desminagem UR-77, canhões autopropulsados, blindados BTR-80, sistemas de mísseis antiaéreos (fotos aéreas, vídeo).

O grupo voluntário de reconhecimento aéreo colocou à disposição da comunidade internacional de inteligência InformNapalm as imagens frescas de uma grande acumulação de armamento e equipamentos de tropas de ocupação russas na Donbas. Os peritos OSINT de InformNapalm efectuaram a identificação de todos os armamentos e equipamentos. Nas fotos e vídeos aéreos foi apanhado o grupo inteiro de batalhão tático de tropas russas de ocupação. Alguns equipamentos militares apontam claramente a origem russa do seu fornecimento.

Ver vídeo (legendas em português nas próximas horas)


[A imagem original em resolução 1843-1417 px, acessível ao click]

Local de avistamento: região de Donetsk, a periferia sudoeste da cidade de Chistyakovo (ex-Torez). Coordenadas: 47°59'26.1"N 38°36'17.0"E

Na foto estão 20 blindados T-64BV e T-72B de modificações antigas (com armamento principal de calibre 125 mm), 25 blindados ligeiros (BMP-1/BMP-2), 4 canhões autopropulsados 2S1 «Gvozdika» (calibre 122 mm), 5 blindados ligeiros BTR-80, complexo de mísseis antiaéreos 9K35 «Strela-10» e outros equipamentos.
Também na foto foi avistada a estação médica russa (AP-2), que em agosto de 2016 foi detetada, no decorrer de investigação OSINT da InformNapalm, à 3 km de zona industrial de Avdiivka. Mas a maior surpresa é a presença na foto de dois sistemas russos de desminagem «Meteorit», exclusivas às forças armadas russas. Além de seu propósito primordial – a desminagem dos locais, as estações UR-77 são frequentemente usadas para a aniquilação de infantaria inimiga entrincheirada nas ruínas fortificadas dos edifícios. Foi documentada a utilização destes equipamentos neste tipo de missões secundárias no decorrer da 2ª guerra chechena (1999), no assalto à aeroporto de Donetsk na Donbas (2015). Observa-se também o uso dos complexos UR-77 na Síria nos ataques contra as áreas reforçadas em Jobar, nos arredores de Damasco.
A comunidade InformNapalm efetuou não apenas a identificação dos equipamentos e detalização da fotografia aérea original, mas também encontrou as provas e confirmações documentais, em fotos e vídeos, tudo no decorrer de monitoramento das páginas sociais dos militantes terroristas que se encontram na área de localização dos referidos armamentos, num polígono militar nos arredores de Chistyakovo.

A foto mostra a coluna de 20 tanques, avistados na referida área.
A foto é clickável
As fotos aéreas apresentadas mostram que nenhum acordo de Minsk e outros acordos internacionais são capazes de apaziguar o agressor. A Rússia continua a acumular os armamentos e equipamentos nos territórios ocupados ucranianos de Luhansk e Donetsk. Apenas uma posição dura e consolidada de toda a comunidade internacional, a pressão económica e anulamento do direito de veto da Federação Russa na ONU são capazes de influenciar a situação.

Recordamos que na última sessão da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), que decorreu entre 10 à 14 de Outubro, foi apresentado o relatório da comunidade de inteligência internacional InformNapalm «Armamento russo na Donbas».  O referido relatório ofereceu uma clara imagem e uma lista de evidências de que a Federação Russa sistematicamente fornecia e continua a fornecer às forças terroristas na Donbas não apenas os armamentos obsoletos da época soviética, mas também os equipamentos militares modernos, além de enviar os seus militares que dirigem e exploram estes mesmos equipamentos.

Tendo em conta toda essa situação, Ucrânia precisa urgentemente, não apenas da ajuda económica, mas também da assistência militar da comunidade internacional. Os tipos letais e não-letais de armamento moderno, fornecidos às Forças Armadas e à Guarda Nacional da Ucrânia, poderiam ser um fator significativo do impedimento das ambições do Kremlin de realizar a ocupação rastejante do território ucraniano, desestabilizando a situação nas fronteiras orientais da União Europeia e da NATO.