sexta-feira, agosto 12, 2016

O liberalismo russo e a questão ucraniana

Uma das ultimas media liberais russas ainda abertas, a rádio moscovita Eco de Moscovo, organizou o inquérito entre os seus ouvintes e leitores, na sequência da campanha de preparação ideológica russa à guerra contra Ucrânia.
  
A pergunta é simples: “Deverá a Rússia, após a tentativa do ataque terrorista na Crimeia, atacar a Ucrânia?” Nenhum ato terrorista aconteceu na realidade, nem sequer é provável que ouve alguma preparação para o tal (e não podemos fiar nas informações avançadas pelo FSB, conhecido pelos seus métodos bastante NKVD-KGB). Mas a pergunta já é uma tentação de manipular a opinião pública.
Os mais interessantes são as respostas. Embora o não claramente ganha, quer na votação online, quer no voto telefónico, uma considerável percentagem dos ouvintes da rádio liberal acha que o seu país deve sim, atacar militarmente Ucrânia. Isso é, atacar de forma aberta, pois de forma não oficial os militares russos sempre estiveram na chefia e na primeira linha da ocupação e anexação da Crimeia e na ocupação do leste da Ucrânia.
Parece que a frase clássica, atribuída aos diversos autores do século XX: “O liberalismo russo acaba onde começa a questão ucraniana”, continua ser a mais atual do que nunca.

A 20ª morte russa confirmada na Síria

O chefe da região federal russa Cabardino-Balcária, Yury Kokov revelou no seu Instagram a 20ª morte confirmada do militar russo, ocorrida na Síria.
No decorrer de uma missão de combate na República Árabe da Síria, morreu heroicamente o residente da cidade de Nartkala do distrito de Urvan, da Kabardino-Balcária, Asker Bizhoev. Pelo decreto do presidente da federação russa, ele foi condecorado com a “Ordem da Coragem”, postumamente. A ordem foi entregue aos seus pais.
Tudo indica que a morte do militar ocorreu ainda em maio de 2016, quando o Daesh reivindicou o ataque de grande envergadura contra a base aérea russa T4, situada na província de Homs, perto da cidade de Palmira. Na altura, na base foram destruídos pelo menos 4 helicópteros de combate Mil Mi-24 e até 20 camiões de transporte de munições (kavkaz-uzel.eu).

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