sábado, julho 09, 2016

NATO reforça a sua presença na Europa face a Rússia agressiva

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou em Varsóvia, o reforço da presença militar da NATO, através de quatro batalhões, na Polónia, Letónia, Estónia e Lituânia, a partir do próximo ano, numa base de rotatividade de forças multinacionais.

No final do primeiro de dois dias da cimeira bienal da organização, Jens Stoltenberg anunciou que haverá quatro nações líderes: Canadá fará deslocar forças para a Letónia, enquanto a Alemanha o fará para a Lituânia, o Reino Unido para a Estónia e os Estados Unidos para a Polónia. Portugal tem desde 1 de julho, e durante quatro meses, na Lituânia uma bateria de artilharia ligeira composta por 120 militares.

“Muito outros aliados, outros países manifestaram-se disponíveis para contribuir. Quase todos os países fizeram anúncios, na reunião, sobre algum tipo de colaboração”, disse o responsável, admitindo que este plano nunca foi colocado antes da crise na Ucrânia. “Esta é uma resposta defensiva e proporcionada às ações da Rússia na Ucrânia, ao anexar ilegalmente a Crimeia (em 2014)”, explicou o secretário-geral da Aliança.

Em conferência de imprensa, Stoltenberg sublinhou que estes quatro batalhões são a prova de um elo transatlântico e que um “ataque a um aliado, é considerado como um ataque a toda a Aliança”. Stoltenberg não revelou a data final da operação, dizendo que “os batalhões estarão no terreno até quando serão necessários”. Stoltenberg disse também que este será o aumento mais maciço na NATO “em toda uma geração”, ele explicou que a força de reacção rápida será aumentada para 40 mil efetivos.

A Aliança também reforçou as defesas em redor da Turquia com a ajuda de aviões de reconhecimento e começou a desenvolver a estratégia de combate às ameaças híbridas. “Hoje decidimos revelar os dados sobre as forças operacionais pessoais e meios de sistema de proteção balística, ou seja, os navios estacionados na Espanha, radares na Turquia e interceptadores na Roménia serão capazes de funcionar em conjunto no âmbito dos sistemas de comando e controlo da NATO”, – disse Stoltenberg. Ele acrescentou que o fortalecimento das forças da NATO está associado com a intenção de “proteger os países da NATO de ameaça nuclear possível que pode vir da Rússia”.

Já hoje, o Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a deslocação de mil soldados dos Estados Unidos para a Polónia, no âmbito do projeto da NATO, que inclui a instalação de três outros batalhões para os países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) perante o que é definido como uma Rússia mais agressiva.

A criação dos quatro batalhões é um dos principais anúncios da cimeira da NATO que decorre até sábado, face às interrogações suscitadas pelas ambições russas após a crise ucraniana.

Fontes @PL // EL / Lusa / 24.sapo.pt / TVrain.ru  

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