sábado, julho 02, 2016

A libertação dos territórios na região de Debaltseve

Nos combates na região de Debaltseve, na província de Luhansk, que decorrem desde 29 de junho de 2016, as forças ucranianas liquidaram 20 terroristas da dita “7ª brigada da lnr”, juntamente com o seu comandante, o tenente russo Ayrat Kalimullin, capturando alguns bandidos armados.

No dia 29 de junho as forças ucranianas (54ª Brigada mecanizada das FAU; 25º Batalhão de infantaria móvel “Rus de Kyiv” e a unidade de batedores do DUK PS) efetuaram duas incursões curtas contra as colinas 216 e 220, da onde os bandos russo-terroristas da dita “7ª brigada de infantaria do 2º corpo do exército da lnr” estavam alvejando as posições ucranianas. Nestas pequenas colinas os terroristas montaram os morteiros automáticos e metralhadoras de grande calibre, no local também estavam os corretores de fogo que coordenavam o fogo de artilharia russa. Os contactos com a missão da OSCE se mostraram absolutamente infrutíferas, as lideranças militares russas apostavam nas contínuas provocações armadas na área.

Foi nesta unidade terrorista que o conhecido neonazi russo, Anton Raevsky, desempenhava as funções de “tenente da lnr”, contando na recente entrevista como funciona o “exército” das ditas “repúblicas populares”:   
O "antifascista" russo Anton Raevsky ao serviço dos separatistas na Ucrânia
Os conselheiros russos são comandantes imediatos no terreno, definem o ritmo de toda a máquina militar. Os milicianos propriamente ditos não são os comandantes. Talvez, em conflitos locais, eles estão envolvidos diretamente, dão as ordens, mas em geral, no decurso das batalhas militares, o monitoramento, controlo, as ordens são dadas pelos conselheiros militares russos, que, por sua vez, recebem as ordens, claramente, de Moscovo (fonte).

Assim, no decorrer da Batalha de Debaltseve (janeiro-fevereiro de 2015), a 7ª brigada dos terroristas era comandada pelo oficial das Forças Armadas russas, tenente Anatoliy Khromov, o vice-chefe da Direção do treino de combate das tropas terrestres da federação russa.

No dia 28 de junho corrente, sob a cobertura de fogo, vindo das colinas, vários grupos de infantaria terrorista tomaram as posições na zona neutra de demarcação, perigosamente perto das posições ucranianas, efetuando o fogo de franco-atiradores. Os militares ucranianos foram forçados à tomar as medidas de retaliação, mesmo assim, cumprindo a letra dos acordos Minsk, sem usar o armamento proibido pesado.

Na manhã de 29 de junho, dois grupos conjuntos de militares ucranianos entraram na zona neutra à procura e deteção dos franco-atiradores terroristas. O inimigo detetou o movimento ucraniano e abriu o fogo à partir de uma das colinas superiores. As forças ucranianas estavam prontas para este cenário, usando o relevo do terreno aproximando-se às posições inimigas, atacando o ponto avançado dos terroristas.
A "caderneta militar da lnr" do terrorista russo Ayrat Kalimullin
Neste combate foi liquidado o comandante do ponto avançado. Depois disso, as fileiras dos terroristas vacilaram e eles começaram a recuar. Naquele momento a artilharia russa de longo alcance abriu fogo sobre a colina, atingindo as suas próprias posições. Os militares ucranianos tomaram o local, apesar do bombardeio. Na posse do comandante liquidado estavam os documentos em nome do tenente Kalimullin Ayrat Natikovich, cidadão da Federação Russa, natural do Tartaristão. De acordo com um dos participantes de combate, na colina foram liquidados entre 20 à 30 terroristas e outros 6 mercenários foram capturados. Os militares ucranianos dinamitaram a munição, os morteiros e metralhadoras pesadas e voltaram às suas posições. A artilharia russa continuou um bombardeamento feroz da “sua” colina e das fortificações ucranianas nos arredores de aldeia Luhanska, usando os calibres proibidos pelos acordos de Minsk. Os prisioneiros capturados também foram alvos da artilharia russa; de momento, não se sabe eles sobreviveram este “fogo amigo”.
Adeus popular ao Vasyl "Mif" Slipak na cidade de Dnipro
Infelizmente, essa pequena vitória veio com um preço alto. As forças ucranianas perderam o voluntário do “Setor da Direita”, cantor ucraniano Wassyl “Mif” Slipak e um soldado do 25º Batalhão de infantaria móvel “Rus de Kyiv”, Anatoliy Koval (1985), natural da região de Kyiv. Cerca de 10 militares ucranianos foram feridos, embora sem a gravidade.
RIP Anatoliy Koval (1985)
As chefias dos terroristas da dita “ldnr” divulgaram as mensagens de pânico sobre a “ofensiva das FAU”, sobre a alegada morte dos “200 ucranianos”, informando que as forças ucranianas “já tomaram 5 quilómetros”. Para a área em questão foram transferidos as unidades da reserva do dito “1º corpo da dnr – guarda republicana”.
  
Actualmente, a situação na área de Debaltseve permanece estável – o inimigo continua os bombardeios. Mas da colina aniquilada não se ouvem disparos. Estão lá apenas os cadáveres, escreve o jornalista ucraniano Yuriy Butusov.

Estónia extradita um terrorista à Ucrânia
A foto do terrorista é apenas ilustrativa
No dia 30 de junho corrente, as autoridades da Estónia extraditaram à Ucrânia o seu cidadão, Vladimir Poliakov, pela participação deste nas atividades terroristas na província de Luhansk. Como informou a porta-voz do Ministério da Justiça da Estónia, Maria-Elisa Tuulik, Poliakov já se encontra na Ucrânia. 

A Procuradoria-geral da Ucrânia pediu a sua extradição em 2015, a contraparte estónia tomou a decisão em satisfazer o pedido ucraniano em 17 de junho de 2016. O terrorista de origem russa participou nas atividades do “gabinete do comandante militar do ministério da defesa” do grupo terrorista “lnr”. Ele realizou as tarefas do “ministério”, guarnecia os locais e era carcereiro das pessoas detidas ilegalmente. De acordo com os meios de comunicação, Poliakov poderia testemunhar à captura de Nadiya Savchenko. Conforme avançou o jornal estónio “Postimees”, Polyakov estava no ponto de controlo da vila Metalist em 17 de junho de 2014 e lá foi ferido, provavelmente no mesmo bombardeio em que morreram os dois jornalistas russos.

Pela sua participação na organização terrorista, Polyakov poderá ser condenado na Ucrânia à uma pena de prisão efetiva entre 8 à 15 anos, informa a página Newsru.ua

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece eu o conflito reascendeu mesmo. E uma pena! Mas pra mim não eh por culpa dos ucranianos. E claro que a ucrania tem interesse de resolver logo o conflito pq isso eh bom para sua economia. Acontece que as forcas de ocupação rejeitam eleições livres nos territórios ocupados. Eles querem eleições de "cartas marcadas".

Fico feliz de ver que o exercito ucraniano e as forcas voluntarias avancam! Espero que recuperem toda a região de Debaltsev tomadas pelos terroristas em pleno andamento das negociações de cessar fogo em Minsk. Seria bem interessante e estratégico se as forcas nacionais pudessem tomar Horlivka e Makiivka. Isso acabaria de vez com todas a possibilidades dos terrorista. Por sua vez eh preciso preservar o que já se tem. O terrorista bêbedo colocado nos territórios ocupados prometeu retomar Mariupol.