sábado, março 14, 2015

As novas amazonas da Ucrânia

Será que é possível num país em guerra continuar à ser pacifista? E se você é uma mulher, protetora do lar, a mãe? A correspondente da revista ucraniana Focus visitou uma base do exército ucraniano, onde estava à decorrer a preparação militar das mulheres.

As bravas do coração

No polígono Velikopolovetsky, nos arredores de Kyiv, as mulheres se dedicam aos treinos militares. As soldadas são ensinadas à manejar e usar pistola “Makarov” e espingarda de assalto “Kalashnikov”. O estado civil, a idade, a profissão não importam. A única coisa que realmente importa é o desejo de defender a sua Pátria.

Texto@ Tetiana Selezneva; foto@ Oleksandr Chekmenev

«A guerra decorre na Ucrânia, mas a preparação militar da população civil não ocorre ao nível estatal. Por isso, as pessoas se reúnem e começaram aprender sozinhas. A falta da preparação é o primeiro passo dado para a derrota», – explica Olena Biletska, na primeira foto, a líder da organização Varta Feminina Ucraniana (varta em ucraniano significa patrulha, guarda).

Os depoimentos das voluntárias

Larysa Musienko, 40 anos, empresária:
Sou mãe de três crianças. Quero adquirir os conhecimentos do manuseio prático de armas, para estar psicologicamente preparada ao cenário mais pessimista dos acontecimentos.

Lesya Bekh, 34 anos, cabeleireira:
Tenho duas filhas, quero aprender à defende-las. Lá, no leste, estão os nossos rapazes. E se, de repente, teremos que os ajudar e pegar em armas?! Por vezes já não me sinto a satisfação moral apenas por lhes mandar as encomendas e os alimentos. Deseja-se mais. É impossível apenas esperar, receber os nossos que voltam do cativeiro terrorista, é impossível ficar chateada por causa de toda essa situação, as mortes e a dor. Agora, estou com as armas por causa do meu amor pela Ucrânia, o país é como uma égua indomável— linda, forte e livre. Ninguém tem a permissão de matar ou pisar a minha terra.

Aliona Mileshenko, 32 anos, filólogo:
Sempre tive queda para às armas e ferro, já muito tempo queria praticar o tiro. Penso que agora todos na Ucrânia devem saber fazer isso, homens ou mulheres, não importa. Pois o dever de cada um é defender a sua mãe, pai, os filhos, a sua terra.

Olena Hontaruk, 31 anos, financeira, especialista em contabilidade internacional:
Nunca me interessei pelas armas, mas os acontecimentos correntes obrigaram à pensar: o que farei eu, se a guerra chegará até a minha casa? É óbvio, que ou terei que ir embora ou poderei defender aquilo que amo. Eu decidi que não me vou embora...

Olena Biletska, 32 anos, advogada, a líder da organização social Varta Feminina Ucraniana:
Quando começou a guerra, nasceu o desejo de defender o país, derrotar o inimigo. Entendo que há menos homens na Ucrânia do que as mulheres e mais tarde ou mais cedo as mulheres terão que pegar em armas. Ainda mais que a mulher é mãe, defensora do lar, ela deve saber como defender a sua criança, família, saber apoiar o seu homem. Peguei as armas já faz tempo, isso ma ajuda à não ter medo, manter a responsabilidade, controlar as emoções. É precisa aprender à se defender! O próprio saber é uma arma.

Fonte e fotos:
O treino para-medico e para-militar da Varta Feminina na cidade de Bila Tserkva (FOTOS).

As ucranianas na guerra do leste

Por vezes, parece que as mulheres são as que mais sofrem com as guerras. Pois elas têm que esperar, sepultar os mortos, cuidar e tratar dos feridos, e .. também combater. Diversas ucranianas surpreenderam-nos com a sua coragem e a vontade inquebrável. A reportagem da Kateryna Zinov’eva do canal ICTV.ua é dedicada à todas elas (Faktyweek).

https://www.youtube.com/watch?v=kYezQMYj0oU

1 comentário:

Anónimo disse...

https://br.noticias.yahoo.com/brasil-r%C3%BAssia-rejeitam-pacote-ajuda-fmi-%C3%A0-ucr%C3%A2nia-205649235--business.html

O Brasil e a Russia rejeitaram o pacote de ajuda a Ucrania no conselho do FMI. Bem, quando se ve "brasil", entenda ai, por favor, o atual partido que nos governa. Essa decisao nao representa o povo brasileiro, mas o governo filocomunita que temos e que, em breve, eu espero, caira como caiu aquela tirania submissa a Russia em Kiev - pelo apoio popular.