sábado, dezembro 20, 2014

A moscovita que se apaixonou por um “banderista”

A jovem moscovita, Dária Lesiv, durante seis anos se correspondia com um rapaz da Ucrânia Ocidental, depois se mudou para Ucrânia, onde eles se casaram. Agora, a sua família russa recusa-se comunicar com Dária.

A história deste amor é conhecida quase por toda a gente na pequena cidade de Iziaslav. O amor via-Internet, entre moscovita Dária e o jovem diácono Oleksandr, durou seis anos, mas a decisão de oficializar as suas relacionamentos surgiu no momento em que as relações entre os seus estados chegaram à fase mais quente.
  
Dária: pensei que mais depressa algo iria acontecer na Rússia, existiam lá os requisitos prévios, o movimento da praça Bolotnaya, oposicionistas.., mas o fogo da revolução se acendeu na Ucrânia.

Oleksandr explica que encontrou imediatamente uma linguagem comum com a sua futura esposa, e nenhuma barreira linguística foi obstáculo para eles. Mais tarde, não se transformaram na barreira de comunicação, os eventos que começaram na Ucrânia no outono de 2013, e que dividiram a vida do país em “antes” e “depois”. Já os pais da Dária não entendiam sinceramente,  como ela podia apoiar um país estrangeiro, os inimigos da Rússia e amar um “banderista”.

Dária: Eu fui (para Ucrânia), quando começaram os confrontos principais na Maydan, logo em fevereiro, surgiram as primeiras vítimas e ... desde o início, à eles e à mim diziam que lá estão as pessoas pagas, os sem-abrigo, os toxicodependentes. Até um certo ponto, isso me incentivou de ir para lá, onde está quente e não ficar onde está frio.

O par se casou numa cerimónia religiosa na primavera de 2014. Hoje, ela se acostuma à sua nova vida em uma nova casa, mas infelizmente, sem os seus pais. Eles, até agora, não foram capazes de perdoá-la.

Dária: Com o pai falei pela última vez na altura da ocupação da Crimeia. Ele me colocou a pergunta embaraçosa, “por que vocês, ucranianos, seguidores do Bandera, não gostam da Rússia desta maneira?” Ele próprio é natural de Lviv, eu sou russa que se mudou para Ucrânia. Ele deveria acreditar em mim com muita mais facilidade do que ao que lhe conta um tipo qualquer na TV. Mas não conseguimos conversar...

Não passa um único dia para que Dária não recorde com as lágrimas os seus pais em Moscovo. Mas se recusa à voltar para lá, porque não suporta a ideia de viver na mentira constante.

Oleksandr: Substituímos aqui, na Ucrânia, os pais da Dária, porque ela está na terra ucraniana. Ele se juntou totalmente à nossa família. Ela se tornou ucraniana, não apenas no espírito ou na origem, mas também na cidadania. Por isso, eu sinto a plena responsabilidade pela Dária e pelo nosso futuro.

Dária: o meu pai disse: “Eu não apoio nada disso, não gosto nada disso, mas o seu avô estaria contente”. A jovem também não perca a esperança de um dia se entender com os pais: “Se pelo menos uma vez eles me visitassem, apesar de tudo que dizem na TV, se acreditassem em mim uma só vez e me visitassem...”

A estória do Pavel Veselov
Pavel Veselov nasceu e doze anos viveu em Murmansk, na Rússia, o seu pai é oficial da marinha de guerra na reforma. O jovem manteve as amizades com os seus colegas da escola, eles visitavam-se mutuamente, trocavam a correspondência. Tudo mudou com a guerra russo-ucraniana. Neste momento, a maioria dos seus ex-amigos odeia os ucranianos e considera Pavel como traidor, pois ele, sendo voluntário, apoia ativamente Ucrânia e as suas Forças Armadas, visita os militares na zona da OAT, trazendo lhe coletes prova-de-bala, os medicamentos. Dado que Pavel nada esconde, considerando que está do lado certo da história, por diversas vezes os seus ex-colegas lhe escreveram que “querem cuspir na sua cara”.

Mas os seus pais entendem e apoiam o filho: o pai retirou a bandeira russa que tinha pendurada em casa, num cantinho da “glória militar”. Recentemente, quando Pavel felicitou o pai pelo dia da Marinha de Guerra russa, o pai, oficial de carreira, lhe respondeu: “quero recusar a cidadania russa e receber a nacionalidade ucraniana, quero viver naquele país”...

Fonte:


O cartaz patriótico ucraniano

A TV Hromadske apresenta a colectânea dos cartazes patrióticos ucranianos, que se baseia na temática militar. O autor do projeto chamado O nosso manifesto é o realizador ucraniano Andriy Pryymachenko.






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