sábado, novembro 29, 2014

Crimeia sob ocupação russa

A imprensa internacional dedica a sua atenção a vida dos tártaros da Crimeia que vivem na península sob a constante perseguição e assédio das forças da ocupação russa.

O jornal finlandês Helsigin Sanomat escreve na sua edição do último domingo: o sistema bancário da península é um caos, mais de 15 ativistas foram raptados, alguns encontrados sem vida, com sinais de tortura.

A tártara da Crimeia, Lenie Velieva (77), na primeira foto, já viu de tudo. Estaline, Putin. Ela não se assusta por pouco, mas os seus filhos têm medo. Em 18 de maio de 1944, aos 7 anos de idade ela foi deportada, primeiro aos Urais, depois ao Uzbequistão, onde viveu por quatro décadas.

“Tivemos um quarto de hora para sair (das casas). Fomos levados para a estação (ferroviária) e colocados em uma carruagem de cavalos. Quando saímos, estávamos nos Urais”, recorda Lenie Velieva.


A repressão da Rússia aos muçulmanos da Crimeia

Os tártaros da Crimeia resistiram à anexação da península do Mar Negro por Moscovo em março, e a comunidade muçulmana pagou por isso desde então, informa Al Jazeera.

As imagens (16): os muçulmanos da Crimeia perseguidos
Aldeia dos tártaros da Crimeia
Ao contrário da maioria étnica russa da Crimeia, a maior parte dos tártaros da Crimeia resistiu à anexação da península pela Rússia em março. Moscovo respondeu exilando os líderes comunitários, banindo os comícios, fechando os meios de comunicação tártaros, e paralisando o trabalho do Mejlis, o parlamento informal dos tártaros da Crimeia. Pelo menos 15 tártaros e ativistas pró-ucranianas foram sequestrados ou desapareceram, um foi encontrado morto com marcas de tortura, um outro supostamente se enforcou em um celeiro isolado.
Casamento típico dos tártaros da Crimeia 
Centenas de muçulmanos foram detidos, interrogados e multados por bloquear as estradas durante manifestações de protesto. Houve tentativas de incendiar duas mesquitas, e várias outras foram vandalizadas.
Muitos muçulmanos reclamam que oficiais da polícia, durante as buscas domiciliares, quebram as portas e móveis, assediam e humilham-os na frente de suas esposas e filhos, de acordo com mais de uma dúzia de pessoas entrevistadas pela Al Jazeera.

Fotos@ Denis Sinyakov

4 comentários:

Anónimo disse...

Se possível gostaria que o responsável pelo blog fizesse um resumo dessa matéria:
http://economics.unian.net/agro/1014558-jizn-posle-anneksii-kak-agroholdingam-rabotaetsya-v-kryimu.html

Parece interessante mas eu na sei nem russo e nem ucraniano.

Anónimo disse...

Confirma se derrubaram a estatua de lenin em odessa...

Anónimo disse...

Nesse ultimo domingo se realizaram eleicoes legislativas na Moldavia. Eu sei que vc pode estar se perguntando o que isso tem a ver com a Ucrania e eu te responderei tudo! Infelizmente os ucranianos fazem um papel muito feio nessa questao pois ficam ao lado de Moscou contra o interesse moldavio. Os ucranianos la sao pro-russo! Decepcionante!

Jest nas Wielu disse...

2 Anónimo (sobre a Moldova)
Se ter em conta que a nação ucraniana era russificada durante 350 anos e depois mais de 70 sofreu de repressões, Holodomor e sovietização, não é de estranhar que existem bastantes indivíduos com apelidos que terminam em -enko; -yenko; etc, que são pró-soviéticos ou pró-russos. Entre os terroristas da "ldnr" são bastantes. Acontece e é a vida...