terça-feira, novembro 11, 2014

A revolta no PC da Ucrânia

Cidade de Kherson
Na reunião do Comité Central do PC da Ucrânia (KPU), no último dia 9 de novembro foi anunciada a exigência de uma parte das suas organizações regionais em afastar o atual líder do KPU, Petró Symonenko do posto do 1º Secretário do partido.

A informação partiu do deputado-comunista da última legislatura, Oleksandr Zubchevsky (35):
Cidade de Nikopol
“No último sábado, no plenário do Comité Central do PC, assim como na reunião dos primeiros secretários, decorreu a conversa sobre a necessidade de destituir Petró Symonenko do cargo do chefe do PC da Ucrânia”, – contou Zubchevsky.

“Uma certo número de organizações regionais criticou Symonenko pelos erros grosseiros no trabalho e na derrota eleitoral. A declaração que Symonenko deve tomar a decisão e se demitir foi apoiada pelos comunistas de Kharkiv, Zaporizhia, Donetsk, Luhansk, Kherson. Porém, as regiões do centro e do ocidente da Ucrânia continuam apoiar Symonenko, em número de representantes do Comité Central estes superam os do leste e do sul da Ucrânia”, – explicou Zubchevsky.
Cidade de Kharkiv
O mesmo deputado contou que Symonenko “não quis assumir a responsabilidade por erros apontados e renunciar ao cargo de forma voluntária, afirmando que atrás dos camaradas críticos estão as autoridades ucranianas e o desejo de dividir o KPU, o que não corresponde à verdade”.

Fonte:

Blogueiro

Desde o seu registo na Ucrânia independente em 1993, o PC da Ucrânia não consegui achar o seu lugar no campo ideológico. Por exemplo, no mesmo 1993, na apresentação do partido após o registo no Ministério da Justiça da Ucrânia, o seu líder, Petró Symonenko, respondendo à pergunta do jornalista disse que o partido “seguirá o legado do euro-comunismo e do Gramsci”.

Já nos meados doas anos 2000, o PC se baseou ideologicamente em três grandes pontos: negação do Holodomor, combate mais largo contra a ucrainização da Ucrânia, exortação do Estaline e do passado soviético e russo mais retrógrado, caso da Igreja Ortodoxa – Patriarcado de Moscovo.

O que reflectiu-se diretamente nas urnas, se nas legislativas de 1998 os comunistas elegeram 123 deputados, em 2014 não conseguiram nenhum, não ultrapassando a barreira dos 5%. Além disso, à conta da sua colaboração com os separatistas e terroristas da “rpd” e “rpl” o partido corre o risco de ser proibido judicialmente.

Mas o problema não é recente, desde a absorção do Partido Comunista Ucraniano (1920-1925) pelo PC (bolchevique) da Ucrânia, os quadros comunistas minimamente comprometidos com Ucrânia ou com os interesses ucranianos ou eram vítimas das repressões, ou se tornaram colaborantes dos ocupantes ou se suicidavam, casos do Mykola Skripnik ou Mykola Khvylovy.

1 comentário:

Anónimo disse...

O certo e o novo parlamento da Ucrania, a semelhanca do que ja fizeram outros paises da Europa do Leste, adotar uma legislacao que criminaliza a apologia de ideologias totalitarias como, por exemplo, o comunismo. Proibir tb os simbolos, slogas, palavras de ordem, canticos etc...