sábado, setembro 13, 2014

Rússia persegue os objetores de consciência da era soviética

A Rússia decidiu processar os cidadãs da Lituânia que se recusaram à servir nas forças armadas soviéticas em 1990-1991 (!) E exige a sua extradição para Rússia (!)

A Rússia achou um novo pretexto para piorar as suas relações com a Lituânia. Desta vez por causa dos jovens que 25 anos atrás se recusaram de servir no exército soviético. A Procuradoria-Geral da Lituânia recebeu o pedido da Rússia exigindo a extradição de três cidadãos lituanos à federação russa, informa a agência BNS. Ministério Público lituano já informou não irá proceder nenhuma extradição, porque a recusa de servir no exército soviético não é considerada na Lituânia como um crime.

“Recebemos esse pedido de assistência jurídica. À medida que as atividades que a Rússia lista entre os actos criminosos não são criminalizados na Lituânia, o pedido de assistência jurídica não será processado​”, explicou Vilma Mažonė, do Gabinete do Procurador-Geral, na entrevista a agência BNS. O Gabinete do Procurador-Geral se recusou a revelar mais detalhes sobre o caso.

A Rússia apresenta ou poderá apresentar as acusações criminais contra os cidadãos da Lituânia, que deixaram o exército soviético ou se recusaram a servir lá após a Lituânia declarar a sua independência em 11 de março de 1990.

Alguns dos jovens foram raptados e transportados às unidades do exército soviético pela força, outros foram enviados para a prisão, alguns morreram durante a perseguição por oficiais do exército soviético, enquanto outros retornam às unidades militares soviéticas com o medo pela sua própria segurança ou da sua família, alguns escaparam do exército soviético, escondendo-se.

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Defesa Nacional da Lituânia, 1.562 jovens se recusaram ao serviço forçado no exército soviético depois de 11 de março de 1990. Destes, 67 foram levados para as unidades militares soviéticas pela força; por exemplo, na noite de 27 de março de 1990, 21 deles foram raptados e levados à província russa de Magadão; 46 foram “capturados” individualmente e levados à outras unidades do exército soviético; 20 jovens foram condenados às penas de prisão; três enfrentaram as acusações criminais e três outros morreram.

Outros 1.465 jovens foram forçados a se esconder, mudar o seu local de residência e deixar as famílias para evitar o serviço forçado ou repressões do exército soviético ou das autoridades soviéticas.

Aconselhados a não viajar para fora da União Europeia e da NATO

O Departamento de Segurança do Estado lituano recomendou fortemente aos cidadãos que se recusaram a servir no exército soviético em 1990-1991 à não viajar para a Rússia, Belarus e outros países fora da União Europeia (UE) e da NATO, por enquanto.

“O Departamento de Segurança do Estado exorta os cidadãos da República da Lituânia que seguiram os apelos do governo da Lituânia e se recusaram à servir no exército soviético que se abstenham de viagens para a Rússia, Belarus e outros países que não são membros da União Europeia ou da NATO. Na atual situação internacional viajar para esses países pode comprometer a segurança pessoal dos cidadãos”, foi dito no comunicado de imprensa, emitido na segunda-feira.

Fonte:

As falsificações da propaganda estatal russa

O canal televisivo russo NTV mostra a alemã Margaret Seidler no filme, alegadamente documental, «Outros 17 amigos da junta» e diz que é uma «jornalista alemã». A mesma mulher participa no programa diário «Anatomia do Dia», do mesmo canal, onde Seidler já é apresentada como uma «freira alemã». Na realidade, a rapariga colabora no departamento da propaganda do “exército” da organização terrorista “rp de Donetsk”. Possivelmente é uma personagem criada pelo e ligada ao FSB russo...

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