sexta-feira, novembro 30, 2012

Indoutrinação neo-comunista nos EUA


O professor americano Grover Furr (docente de inglês que insiste em ensinar a história) na Universidade Estadual de Montclair nos EUA defende a ideia do que Estaline e regime comunista da URSS não são responsáveis pelos milhões de mortes ocorridas na União Soviética durante a ditadura estalinista.


Sugiro que os nossos leitores dedicam alguns minutos do seu rico tempo para se manifestar sobre o assunto, escrevendo no perfil da Universidade no Facebook ou na forma de contato da própria Universidade:

quarta-feira, novembro 28, 2012

Governo ucraniano negoceia com desconhecidos


O Governo ucraniano assinou o contrato no valor de 1 bilião de dólares com um alegado cidadão espanhol, representante alegado da empresa espanholaGas Natural Fenosa(alias “Gas Natural SDG, SA”; alias ENAGÁS SA”).

No dia 26 de novembro, em Kyiv, na presença do primeiro-ministro da Ucrânia Mykola Azarov e do ministro da Energia e da Indústria de Carvão Yuriy Boyko, foi assinado o Acordo de Gestão do Consórcio para construção do terminal de gás líquido no valor de 1,1 bilhões de USD. Da parte ucraniana o Acordo foi assinado pelo diretor da Agência Estatal de Investimento e Gestão dos Projetos Nacionais, Vladyslav Kaskiv e pela parte espanhola por Jordi Sarda Bovehi (nome desconhecido pelo Google), alegadamente, atuando em nome da “Gas Natural Fenosa”. Os problemas começaram quando a empresa espanhola declarou oficialmente que não conhece Jordi Sarda Bovehi, não lhe passou nenhuma procuração para agir em seu nome ou em nome das suas subsidiárias, escreve Pravda.com.ua.

O jornalista do Financial Times, Roman Olearchyk, escreve no seu blogue que o alegado representante da contraparte espanhola se expressava em espanhol durante a cerimónia da assinatura do contrato e que ele foi identificado pelos governantes ucranianos como Jordi Sarda Bovehi. Abordado na cerimónia da assinatura do Acordo, o próprio Jordi Sarda Bovehi recusou-se a falar com jornalistas.

A parte ucraniana insiste na ideia do que o Acordo foi oficialmente assinado com “Gas Natural Fenosa”, representada pelo Jordi Sarda Bovehi. Na opinião do Vladyslav Kaskiv “Gas Natural Fenosa” nega o seu envolvimento no negócio apenas por causa das “tecnicalidades por resolver”. Kaskiv também informa que os estudos da viabilidade económica do projeto foram efetuadas pela “Gas Natural Fenosa Engineering (ex-Socoin)”, a subsidiária da casa-mãe. Vladyslav Kaskiv também desvaloriza a posição da “Gas Natural Fenosa” e explica que prioridade para Ucrânia está no transporte da plataforma marítima até a costa ucraniana do Mar Negro e que está operação é assegurada pela empresa americana “Excelerate Energy LLC”.

Na página oficial do Governo ucraniano está escrito que o Acordo foi assinado pelo diretor-geral das relações exteriores da empresa “Gas Natural Fenosa” Jordi Garcia Tabernero (pessoa real, mas em nada parecida com o assinante do Acordo) e pelo vice-presidente sénior da “Excelerate Energy”, Edward ScottNa página da Agência Estatal de Investimento e Gestão dos Projetos Nacionais está escrito que pela parte espanhola o Acordo foi assinado pelo Jordi Sarda Bovehi.

Diversos órgãos da imprensa ucraniana informam que uma delegação conjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Agência Estatal de Investimento e Gestão dos Projetos Nacionais deslocou-se de urgência para Espanha para tentar minimizar os danos desta história verdadeiramente caricata.

No dia 17 de dezembro de 2010 Ucrânia criou a empresa “Projeto Nacional do Terminal de Gás Liquido”, que deveria assegurar a construção de um terminal marítimo com a capacidade de receber 10 biliões de m³ de gás natural em 2014. No dia 30 de janeiro de 2012 a empresa “Socoin” concluiu os estudos da viabilidade económica do projeto. Segundo o estudo, o projeto poderá ser concluído em 49 meses e as primeiras remessas do gás podem ser recebidas em 2016. O custo aproximado do projeto é de 846 milhões de Euros, a parte ucraniana é de 25% + 1 ação.

Fonte:

Blogueiro

Num país normal o caso poderia terminar com a demissão do chefe da Agência Estatal de Investimento e Gestão dos Projetos Nacionais e até do primeiro-ministro. Na Ucrânia, cujo presidente, Viktor Yanukovych é “académico” de uma academia virtual existente apenas no papel, isso não deverá acontecer tão já… 

Apocalipse vermelho: diários do Holodomor



Todo e qualquer crime, todos os genocídios, tiveram as suas vítimas e os seus carrascos. Uma das caraterísticas universais dos perpetuadores é o desejo de permanecer na sombra, alegação de “simplesmente seguir as ordens” e até a negação dos próprios genocídios. O Holodomor ucraniano não é uma exceção...

O funcionário do partido-Estado soviético, Dmytro Hoichenko (1903-1993), conheceu o sistema por dentro e teve a coragem de contar o que fez e o que presenciou. No seu livro “Apocalipse vermelho: pela deskulakização e Holodomor” (ISBN 9786175850398, editora «A-ba-ba-ha-la-ma-ha»), ele conta sobre os acontecimentos assustadores da coletivização soviética e do Holodomor ucraniano.

Membro da nomenclatura partidária e estatal soviética, Dmytro Hoichenko escreveu o seu livro nos finais dos anos 1940 – início dos 1950. A sua posição privilegiada permitia que autor possuísse a diversa informação social e política. O que transformou as suas memórias na verdadeira enciclopédia da vida da sociedade ucraniana durante o Holodomor.

A segunda parte da sua vida Dmytro Hoichenko passou no mosteiro católico de São-Francisco, onde vivia sozinho, sem amigos e sem o seu próprio nome. Querendo confessar-se escreveu uma longa carta ao metropolitano. Não a enviou. Decidiu escrever o testemunho sobre a sua própria vida e sobre a maneira como o comunismo deformava as almas das pessoas que apenas desejavam fazer o bem e alcançar a verdade. O manuscrito das suas memórias foi achado nos arquivos de mosteiro em 1994, um ano após a morte do autor.

O historiador ucraniano Volodymyr Vyatrovych conta que gravou dezenas de depoimentos das vítimas do regime comunista e nenhum dos seus perpetuadores. Embora estes últimos possuem a melhor forma física, o seu silêncio significa a perceção pessoal que serviram a força maligna. Pouquíssimos deles tiveram a corregem e nobreza de confessar os seus crimes. Dmytro Hoichenko, o lutador contra os “kurkuls ucranianos” e caçador incansável do “trigo escondido ao Estado” conseguiu essa façanha.

O editor-chefe da casa editorial “A-ba-ba-ha-la-ma-ha”, Ivan Malkovych, explicou que o livro foi propositadamente publicado em russo para poder ser lido por todos os adeptos da “escolha comunista” para Ucrânia.


Comprar a edição russa do livro do Dmytro Hoichenko:
“Сквозь раскулачивание и голодомор” (2006), ISBN 5858872441;
http://www.ozon.ru/context/detail/id/2997939

segunda-feira, novembro 26, 2012

O borsch verde do Holodomor


Entre as coisas que a minha mãe não gostava, estavam o borsch verde de urtica, águas-neves e os alemães. Porquê os alemães, eu entendia desde pequeno. Sobre o borsch e águas-neves mãe explicou quando eu comecei a ganhar o cabelo grisalho e ela deixou de ter medo.

De borsch de urtica ela ficou saciada desde 1933. As águas-neves faziam ninhos na estepe, os ninhos tinham muitos ovos que eram tão amargos, que a mãe, os lembrando muitos anos depois, cuspia à maneira masculina. Tantos ovos que ela bebeu.

E mais algumas coisas, vindas daqueles tempos, que a mãe não gostava e não sabia explicar porquê. Um deles era Demyd, o nosso vizinho. Vivíamos apertadinhos, as nossas janelas olhavam para as janelas dele. Numa das janelas eles tinham um brinquedo – comboio com as rodas vermelhas. E as nossas crianças invejavam os deles.

Quando os nossos comiam borsch de urtica, Demyd não quis. Ele levou a sua família, nove almas, para o quintal e lhes disse que sabia onde existia uma maquina-maravilha: bastava se deitar debaixo dela que os ravioli cairão na sua boca. O brinquedinho – comboiozinho levaram consigo. Chegaram à aldeia vizinha, se deitaram uns ao lado dos outros no campo pastorício e morreram lá mesmo, todos os nove.

Naquele ano na aldeia morreram duas mil pessoas.

A mãe contava sobre isso de uma maneira zangada. Como se fosse uma morte errada, inalcançável, como se fosse aquele brinquedo na janela do vizinho. A mãe dizia: “Estúpido Demyd!” – muito diferentemente de todos os outro. Embora sabia os nomes de todos os aqueles que morreram naquela ano. Eram dois mil, dez vezes mais dos que desapareceram mais tarde na II G.M. E ai eu perguntava:

— Mamã, porquê você não gosta dos alemães, se os nossos mataram dez vezes mais?
— Mas foram os nossos! – respondia a mãe candidamente.

Eu dizia que estes “nossos” deveriam ser enforcados e ai ela chorava. Agora não a pergunto sobre isso. Ela me visita nos sonhos raramente e eu não quero ver ela a chorar.

por: Valeriy Zhezhera   

Fonte: Gazeta.ua

Bónus

Este vídeo faz parte do drama “Grande Deus”, abordando a história da criação do hino religioso “Quão Grande Tu És”. O texto foi retirado do diário e das anotações do jornalista britânico Gareth Jones, que denunciou Holodomor ao mundo.

sexta-feira, novembro 23, 2012

Como Holodomor modificou os ucranianos

Tal como Holocausto e Genocídio arménio mudaram as respetivas nações, o Holodomor moldou e tipificou para sempre o arquétipo da nação ucraniana.

Holodomor bruscamente mudou as normas incorporadas da ética social. Primeiramente disseminou-se o clima de delação, apoiado e fomentado pelo poder Estatal. O que antes era vergonhoso, foi apresentado como um ato da consciência social. Os delatores eram pagos, quem mostrava onde o vizinho escondia o trigo recebia 10-15% do achado como prémio. Os quem não tinham nada para comer, quebravam o tabu e denunciavam o vizinho. Isso desmoralizou tanto os camponeses, que no inverno de 1933 o simples facto de ter algum alimento em casa era visto como sinal de prémio pela delação.

Nas aldeias se enraizou a desconfiança e inimizade. Parecia que o mundo ficou de avesso: um delatava para sobreviver, outro para ajustar as contas. Atmosfera tornou-se tão carregada, que os camponeses ficavam com medo do poder Estatal e dos vizinhos, tentando antecipar-se na denúncia. Um camponês da província de Kyiv contou que abateu o vitelo e entregou metade ao vizinho para não ser denunciado. O vizinho aceitou, mas na mesma tarde foi denunciar o caso.

A escola usava as crianças para delatar os seus próprios pais. Os professores formulavam as perguntas disseminados nos testes para saber se alguém tinha trigo escondido. Perguntavam aos alunos se as suas famílias têm algo para comer ou como os seus pais conseguiam os alimentos. Os professores recebiam 10% dos alimentos achados na base da denúncia. Praticava-se a seguinte forma de delação: após as férias, os alunos deveriam escrever uma redação “Como os meus pais celebraram o feriado kulakiano/kurkuliano” (o Natal e a Páscoa eram considerados “invenções dos popes” e eram proibidos).

Mudanças na cultura alimentar dos ucranianos

Antes do Holodomor não era possível comer a carne dos cavalos, rás, cegonhas, pombos, corvos. Comer as cegonhas era visto quase como sacrilégio, pois a lenda dizia que eles traziam as crianças. No fim de 1932 já não fazia a diferença o que comer. Não havia pequeno-almoço, almoço ou jantar, desapareceram alimentos tradicionais dos casamentos ou enterros. Embora até as últimas as pessoas se agarravam às tradições ucranianas. Uma mulher conta que a sua mãe guardou dois ovos para os pintar na Pascoa, preparou um pequeno pão pascoal para celebrar a festa de Ressureição. Os ucranianos acreditavam que iriam sobreviver até o ano seguinte se conseguissem comer a tradicional ementa pascoal.

Comiam coisas não comestíveis: faziam a farinha dos ossos e peles de animais, comiam as solas dos sapatos. Moíam a palha, misturavam a com restos de milho-miúdo e trigo-mouro, cascas das árvores, cascas de batata e disso coziam o “pão”. Faziam a “sopa” de folhas de beterraba. Preparavam as “panquecas” da comida de porcos, que retiravam do kolkhoz.

Antes da década de 1930, nas aldeias as casas se fechavam. As portas eram afixadas com uma pedra ou vassoura, se os donos não estavam em casa, ninguém entrava. A comunidade era intolerante com o roubo, por mais insignificante que fosse. O ladrão era levado durante um dia inteiro pela aldeia com o produto do seu roubo ao pescoço. Durante Holodomor o roubo deixou de ser visto como pecado, como vergonha. Sem roubar, não irás sobreviver. As mulheres camponesas escondiam nas botas a beterraba ou algum cereal. Com passar dos anos, o roubo no kolkhoz foi encarado como uma compensação pelos dias-horas não pagos.

Holodomor e sua influência na cultura e tradições

Apesar do Holodomor, os casamentos continuavam a celebrar-se, mas sem seguir as tradições. Testemunhas contam que na província de Vinnytsya numa cerimónia de casamento os convidados comiam beterraba com leite. Antes, o casamento era celebrado durante uma semana, a aldeia inteira era convidada para a cerimónia. Antes, o matrimónio era impensável sem o casamento religioso, depois, simplesmente impossível. No arquivo do Instituto de Estudos de Arte, folclore e etnologia da Academia de Ciências da Ucrânia podemos encontrar o folclore da época:

Pararam todos de rezar,
Foram sem os padres se casar,
Sem os padres se morrer,
Padres foram desprezados.

Os casamentos fartos eram dos serviçais do poder. Mas facilmente se transformavam nas bebedeiras com o acompanhamento musical. Quando, após o fim do Holodomor, as tradições matrimoniais foram ressuscitando nas aldeias, vários dos seus elementos se perderam. Uma mulher conta que em 1934 no seu kolkhoz foi organizada a festa do fim da safra. As pessoas já tinham o que comer, mas todos estavam calados à mesa. Finalmente, alguém começou a cantar e as pessoas simplesmente choraram.

As tradições ligadas ao enterro

Tradicionalmente, nas aldeias ucranianas um morto era sepultado no terceiro dia, com a presença do padre e era feita a missa em memória do defunto. Durante Holodomor, os mortos eram atirados numa vala comum ou na melhor das hipóteses eram colocados numa espécie de caixão, se a família ainda tivesse algum homem vivo. As mulheres levavam os seus defuntos em sacos, embrulhados em panos. Colocavam vários mortos na mesma campa, as pessoas não tinham as forças de abrir a campa própria. No inverno de 1933, quando a situação se tornou especialmente terrível, as pessoas eram enterradas na neve. Na primavera do mesmo ano estes corpos foram profanados pelos animais vadios…

Quase todos os kolkhozes criavam o posto de recolhedor de cadáveres. Os mortos eram procurados nos quintais, colocados na carroça e levados até o cemitério. Sepultavam 10-20 pessoas em valas comuns. Os recolhedores recebiam 300-500 gramas de pão por dia, era uma maneira de sobreviver a fome. Por vezes eles despiam os mortos e ficavam com as suas roupas. Existe o testemunho do caso na província de Mykolaiv quando um aluno desenterrou o seu professor para levar o fato dele e trocar pelo pão. Quando todos os moradores de uma aldeia morriam, aldeia era marcada, todas as suas casas passavam pela “limpeza”. Depois aldeia era repovoada com os colonos da Rússia e da Belarus. Eles recebiam alojamento e emprego. Mas as casas, onde morreram as pessoas, emitiam um cheiro específico. Vários recém-chegados fugiam. Eram capturados e devolvidos à força.

Mito de canibalismo

Os arquivos do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) mostram que em toda Ucrânia foram registados cerca de 2.000 casos. Por isso, dizer que durante Holodomor o canibalismo era massificado e usual é absoluta inverdade. Casos de canibalismo e necrofagia, na sua maioria, tinham lugar na primeira metade de 1933 e estavam claramente ligados aos distúrbios psíquicos. As pessoas já não sabiam o que estavam a fazer. Houve casos em que os canibais eram linchados pela população, pois as suas vítimas eram, geralmente, as crianças. Na aldeia de Samhorodok, uma mulher que comeu os filhos foi enforcada. As pessoas percebiam que os culpados estavam totalmente transformados, existia até um ditado: “O nosso vizinho já ficou louco e comeu os seus filhos”.

Em 1933 também houve uma onda dos suicídios, um pecado mortal na ética cristã. Geralmente pessoas se enforcavam. Uma mulher da aldeia de Voskresenske na província de Kyiv não aguentou ver os seus filhos a pedirem-lhe a comida. Um homem na província de Vinnytsya contou que ficou tão fraco, que já não conseguiu rasgar a sua camisa para fazer a corda. Houve casos em que se suicidavam até os ativistas pró-poder, eles não aguentavam o assédio das chefias distritais que os obrigavam a retirar os alimentos dos seus conterrâneos.

Sobre a autora-investigadora:
Desde março de 2016 Olesya Stasyuk (no meio) é a nova Diretora do Museu Nacional
«Memorial das vítimas dos Holodomores da Ucrânia»
Olesya Stasyuk, chefe do Departamento Científico-Organizativo do Centro ucraniano do desenvolvimento da museologia. Formada pela Universidade Pedagógica de Vinnytsya. Em 2007 defendeu a tese “Deformação da cultura tradicional ucraniana no fim dos anos 1920 – início dos anos 1930 do século XX”. Autora da monografia: “Genocídio dos ucranianos: deformação da cultura popular”. Casada, mãe de um filho.

Ler original em ucraniano | russo

Assistir a intervenção do Prefessor Dr. Andrea Graziosi da Universidade de Nápoles: “Estaline e a fome como uma ferramenta para dominar o campesinato ucraniano”:

quinta-feira, novembro 22, 2012

“Vistos? Qual é a razão?”: discussão no Parlamento Europeu


Visas? What’s the Reason? foi o título de uma discussão e apresentação fotográfica, organizada recentemente no Parlamento Europeu pelo grupo cívico ucraniano “Europa sem Barreiras”.

A exibição, previamente mostrada em diversas capitais europeias, mostra as fotografias e histórias de ucranianos famosos: artistas, académicos, representantes da sociedade civil que tiveram o seu visto Schengen recusado.

O eurodeputado polaco Pawel Zalewski, presente na discussão em representação do grupo dos partidos populares, disse que defende a abolição dos vistos Schengen aos ucranianos. Ele também chamou a atenção ao facto do que atualmente a Polônia é o país que emite maior número de vistos Schengen destinados aos cidadãos da Ucrânia, o que ao seu ver significa que Polônia não tem dúvidas sobre idoneidade dos ucranianos.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Oliferov, disse não entender as razões reais de continuação da atual política europeia de vistos em relação aos ucranianos. “Se alguém acha que 20 milhões de Euros por ano é uma razão desta política, eu tenho dúvidas nisso”, - afirmou o vice-ministro. Por sua vez, a coordenadora da iniciativa “Europa sem Barreiras”, Irina Sushko, informou que a maioria das recusas dos vistos acontece nos consulados da Itália e Holanda.

É de lembrar que Ucrânia aboliu os vistos de entrada aos cidadãos da UE em 2005, em resultado da política da abertura à Europa, motivada pela Revolução Laranja.    

Fonte:
http://www.pravda.com.ua/news/2012/11/15/6977527

quarta-feira, novembro 21, 2012

Cinema brasileiro na Ucrânia


Nos dias 22-25 de novembro em Kyiv, no cineteatro Zhovten, são organizadas “Dias do cinema brasileiro” na Ucrânia.

Em cartaz serão exibidas três comédias românticas: “Caramuru. A Invenção do Brasil” (2001) de Guel Arraes, “A mulher invisível” (2009) de Cláudio Torres, “A Dona da História” (2004) do Daniel Filho e o drama social “Central do Brasil” (1998) de Walter Salles. Todos os filmes terão a trilha sonora original em português e legendas ucranianas.

E claro, sugerimos dois filmes documentais da autoria dos ucraniano-brasileiros Guto Pasko e Andreia Boatchuck Kalaboa, nomeadamente "Made in Ucrânia" (2005):


Ivan, de volta para o passado” (2011)

O despertar cubano


A blogueira dissidente cubana Yoani Sánchez em defesa dos dissidentes cubanos arbitrariamente detidos: http://www.desdecuba.com/generaciony_pt/?p=2044

segunda-feira, novembro 19, 2012

Ucranianos na Argentina recordaram Holodomor


El acto se llevó a cabo en la plaza Ucrania, ubicada en la avenida Mitre casi López Torres de Posadas (Missiones – Argentina).

Bajo el lema “Luz a la memoria”, la sociedad ucraniana de Posadas conmemoró un aniversario más del genocidio (Holodomor) donde murieron millones de ucranianos a principios de la década de 1930 en manos del régimen comunista de Stalin. La ceremonia estuvo presidida por miembros de la colectividad ucraniana y la asociación 27 de Agosto, encabezada por su presidente, Luis Ricardo Hardaman, y el vice Jorge Bryski.

Fuente:
La colectividad ucraniana de misiones recordo el Holodomor

Ver o filme documental sobre extermínio dos ucranianos pelo regime comunista da URSS:

domingo, novembro 18, 2012

Nova Iorque recorda Holodomor


Neste sábado em Nova Iorque (Manhattan), foi organizada a marcha popular em memória do 80º aniversário do Holodomor ucraniano de 1932-1933.

A marcha começou na igreja grego-católica ucraniana São Jorge e terminou na catedral de São Patrick, onde foi celebrada a missa solene. Na marcha que se estendeu por 5 quarteirões de Nova Iorque participou uma considerável quantidade de pessoas, muitos deles jovens. Nas comemorações solenes participaram os mandatários da ONU, representantes estatais dos EUA e da Ucrânia, o embaixador da Ucrânia nos EUA.

Lembramos, que em Washington D.C. brevemente irá começar a construção do monumento em memória das vítimas do Holodomor.  

Fonte:

Ver o filme documentário “Holodomor. Genocídio da Ucrânia” do realizador Bobby Leigh:

sexta-feira, novembro 16, 2012

Resultados das legislativas ucranianas


A Comissão Central Eleitoral (CCE) da Ucrânia divulgou os dados (ainda incompletos) das legislativas ucranianas, que permitem antever a composição do próximo parlamento ucraniano.

O Partido das Regiões (no Poder) obteve 30% e elegeu 72 deputados, mais 115 nos círculos uninominais e contará com o grupo parlamentar de 187 deputados; VO “Batkivshyna” (“Pátria”, da Yulia Tymoshenko) consegui 25,53%: 62 + 40 = 102 no total, UDAR (do ex-pugilista Vitaly Klitschko) obteve 13,95%: 34 + 6 = 40 no total, comunistas – 13,18%: 32 + 0 = 32; VO Svoboda (Liberdade) alcançou 10,44%: 25 + 13 = 38 no total. Para eleger um deputado pelas listas partidárias a força política deveria obter 84.404 votos, escreve Pravda.com.ua.

As legislativas ucranianas foram bastante caras, pelas declarações oficiais o Partido das Regiões gastou 120 milhões de USD, VO “Batkivshyna” 60 milhões, UDAR – 30 milhões, comunistas 50 milhões e VO Svoboda apenas 2,9 milhões.

Outro dado importante é a votação que VO Svoboda obteve no leste e no sul da Ucrânia: na província de Dnipropetrovsk partido obteve 5,19%, na cidade de Dnipropetrovsk entre 5,59% e 8,3%. Na cidade de Odessa VO Svovoda alcançou 5,94%, em Zapororizhia 5,57-6,00%.

As eleições destruíram o mito sobre o eleitorado da VO Svoboda como eleitorado rural e de pouca escolarização. Os sociólogos mostram que os eleitores da VO Svoboda possuem um dos maiores níveis de formação: 48% superior, 6% superior incompleto, 30% nível médio especial, 12% secundário e apenas 3% secundário incompleto. Os eleitores do VO Svoboda vivem nas capitais provinciais – 47,5%, 29% nas cidades menores e apenas 24% nas zonas rurais.

A agência francesa AFP dedicou uma reportagem à vitória da VO Svoboda, chamada “Svoboda, première formation nationaliste au parlement ukrainien”:

Retratos da resistência ucraniana

com esposa Halyna em 1942 (?)

O comandante do kúrin (batalhão) do UPA Oleksiy Brys hoje tem 87 anos, 10 passou nos campos de concentração soviéticos, outros quarenta, já em liberdade, trabalhou nas minas de Inta e Vorkuta. Ele se move com ajuda da cadeira de rodas, mas conta com assistência de uma enfermeira e não está esquecido.

O seu nome é citado várias vezes no livro de memórias do guionista soviético, judeu Valeri Frid, “58 e meio ou as notas do abobalhado dos campos de concentração”, sempre com uma grande simpatia.

Oleksiy Brys terminou o secundário já durante a ocupação soviética (1939-1941), matriculando-se em seguida na faculdade paramédica do Instituto Médico de Lviv. Mas com início da guerra entre URSS e Alemanha, incumbido pela OUN, se tornou o funcionário da bolsa de trabalho (Arbeitsamt), onde ajudava à evitar a saída dos jovens ucranianos para os trabalhos forçados na Alemanha.

No dia 21 de março de 1943 participou no ataque da clandestinidade ucraniana contra a gendarmaria alemã na vila de Horokhiv (região de Volyn), com intuito de libertar os prisioneiros e obter o armamento. O ataque revelou-se um sucesso.

Mais tarde Oleksiy Brys fez parte do estado-maior UPA-Norte, onde continuou a lutar contra alemães e partisanes pró-soviéticos. Foi preso juntamente com esposa Halyna e toda a sua família. Seu pai morreu de fome no degredo em Cazaquistão, mãe Pelagia morreu em Vorkuta, irmão mais velho Pavló foi morto pelos alemães, o mais novo, Anatoliy pelos soviéticos, combatendo nas fileiras do UPA. A sua esposa Halyna também passou 10 anos nos campos de concentração de Norilsk. Hoje, todos eles vivem na Ucrânia.

Foto:

quarta-feira, novembro 14, 2012

Legislativas ucranianas vistas pela Europa


O Gabinete das Instituições Democráticas e Direitos Humanos (OSCE / ODIHR), a Assembleia Parlamentar da OSCE (AP da OSCE), a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE), o Parlamento Europeu (PE) e a Assembleia Parlamentar da NATO (AP da NATO), emitiram uma declaração preliminar conjunta sobre os resultados e conclusões do processo eleitoral ucraniano (segue o trecho).

As eleições parlamentares de 28 de Outubro foram caracterizadas pela ausência do mesmo nível de jogo, causado principalmente pelo abuso do recurso administrativo, a falta de transparência na campanha e no financiamento dos partidos, a falta de cobertura equilibrada da imprensa. Certos aspetos do período pré-eleitoral constituíram um passo para trás em comparação com as recentes eleições nacionais. (…) A tabulação de dados foi avaliada negativamente pela falta de transparência.

Poderosos grupos econômicos influenciaram o ambiente político prejudicando o processo eleitoral. Isso manifestou-se, nomeadamente, na falta de diversidade de propriedade nos meios de comunicação social e na (falta) do pluralismo, bem como na falta de transparência na campanha e no financiamento dos partidos.

A maioria dos cargos em comissões eleitorais distritais (DEC) e comissões eleitorais descentralizadas (PECs) foram preenchidos por lotaria, como resultado, alguns partidos técnicos obtiveram a totalidade de representação em DEC’s, enquanto outros partidos com candidatos em todo o país não foram representadas no DEC’s de todo. Quase metade do pessoal de PEC e 60% dos membros dos DEC foram posteriormente substituídos. Existem as denúncias, alguns dos quais foram verificados pela Missão Eleitoral da OSCE / ODIHR, que os comissários eleitorais nomeados pelos partidos técnicos foram, de fato, afiliados com outros partidos, especialmente com o Partido das Regiões, no Poder.

Ler texto integral:

terça-feira, novembro 13, 2012

Os bordados do GULAG (2)

Maria Zasimenko-Bonatska tem 84 anos (em 2017), ela passou 7 anos nos campos de concentração soviéticos pela sua militância no Exército Insurgente Ucraniano (UPA). É autora de 8 livros poéticos e de ensaios, na prisão aprendeu a bordar.
Na sua casa senhora Maria tem retratos do Stepan Bandera e Roman Shukhevych, muitos livros e bordados ucranianos (vyshyvanky). Foi presa em 1948 aos 15 anos, condenada à 10 anos de “trabalhos laborais corretivos com o confisco dos bens”: os nazis queimaram a nossa aldeia por ajudarmos ao UPA. Escondíamo-nos no bosque, pessoas e o gado: duas vacas, alguns porcos, ovelhas. Desde 6 anos ajudava na safra.”
Maria Zasimenko-Bonatska em setembro de 2012
Senhora Maria, que cumpriu o seu termo em Mordóvia conta que aprendeu a bordar com uma mulher idosa, natural da Polisya. Os bordados feitos nos campos de concentração guarda como relíquias.
As linhas eram retiradas dos lenços coloridos ou panos. Bordávamos as toalhas de mesa. As agulhas eram fabricadas do arame farpado. Para bordar na cadeia tínhamos que sentar de maneira que o guarda não ver através da mira na porta. Bordávamos até as camisas”.
Maria Zasimenko-Bonatska em novembro de 2017
Após a libertação do GULAG soviético não consegui se formar em jornalismo, a “má” biografia não permitiu. Vários anos trabalhou como bibliotecária, agora reformada, escreve livros de memórias e poesia. Visita a sua aldeia natal, mas quase ninguém dos seus conhecidos está lá, uns morreram, outros não voltaram da Sibéria.  

Fonte

segunda-feira, novembro 12, 2012

A perda da URSS prometida


A morte do Leonid Brejnev novamente trouxe à superfície da Internet a polémica sobre o “país que foi perdido”, URSS, “primeiro estado dos camponeses e operários”. O texto que se segue tenta refletir sobre o assunto. As fotos são do fotógrafo Ian Berry e foram tirados em Odessa (sul da Ucrânia) nas décadas 1970-1980.

Então, eis a lista incompleta de tudo que foi perdido com a morte da URSS…  

As filas nas lojas para comprar as coisas mais elementares por vezes se estendiam aos quilómetros. 300 pessoas na fila para comprar leite. Dizem que URSS venceu o fascismo, tinha armas mais modernas e mandou o homem para o espaço. Mas o que isso vale se o país não conseguia produzir sapatos e roupas decentes em quantidade suficiente para os seus próprios cidadãos?

Dizem que na URSS não faltava nada. O café instantâneo era extremamente raro, o papel higiênico e os pensos higiênicos surgiram apenas na década de 1980, antes disso se usava o papel do jornal e algodão, antes disso os panos. As filas enormes se formavam para comprar o papel higiénico, pessoas compravam dezenas de rolos de cada vez e os levavam amarrados ao pescoço até a casa.

Nas lojas, os produtos não eram vendidos, mas “distribuídos”, pois o vendedor na hierarquia soviética era mais importante que o comprador. Vendedor possuía a Sua Excelência Mortadela e o comprador apenas apresentava os papelinhos sem o poder de compra. Os jovens construíam BAM para poder ganhar mais, quando em casa uma lata de sardinhas era uma compra de culto, duas – três por cada comprador e só no Ano Novo.

Bónus

Depois de ficar duas horas na fila enorme para comprar leite (no inverno a fila terminava fora da loja no frio terrível), o vendedor muito mal-humorado com bata suja gritava contigo: “Acabou o leite, ficou o peixe congelado, vai comprar ou saia!” Você leva o peixe num papel sujo e cinzento até a sua cozinha mal projetada em uma Khrushovka e pensa: “Mas com caneco, vivo no melhor país do mundo, na URSS!”      

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sábado, novembro 10, 2012

Estaline: a vítima de atropelamento


A nova campanha de segurança rodoviária, encomendada pelo Centro de Consultoria para as Vítimas de Tráfego Rodoviário (Centre of Consultancy for The Road Victims) e criada pela agência Publicis Bucharest, conseguiu captar a atenção da sociedade romena e até mundial.

Usando o humor mordaz as imagens mostram Hitler, Estaline e Saddam Hussein atropelados na estrada. Cada imagem é acompanhada pelo texto: “Bem, não é assim. Normalmente, a vítima é um inocente” (Well, it's not like that. Usually, the victim is an innocent).

A campanha é assinada pelo diretor de arte Vali Petridean; diretor criativo Razvan Capanescu; as imagens foram digitalmente retocadas pelo Upstairs Studio.

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quarta-feira, novembro 07, 2012

Obama vs Yanukovych


Durante anos os melhores cérebros do Partido das Regiões da Ucrânia produziam as ideias criativas que permitiriam ao seu chefão melhorar a imagem perante a elite ocidental. Tudo em vão. A imagem do pequeno criminoso agarrado ao poder persistia. Até que o seu lugar-tenente, o vice-primeiro-ministro Boris Kolesnikov teve uma ideia brilhante…

Antes disso, Yanukovych tentou de tudo: aparecia em Bruxelas com sapatos de pele de avestruz, tipo não é um saloio qualquer, curte as marcas, construiu uma mansão, plagiou um livro, o publicou em inglês, não resultou.

Os Estados Unidos é outra coisa. Chicago, os gângsteres. Yanukovych começou gostar dos EUA e do Obama: ora lhe oferecia urânio, ora pedia para tirar uma foto, ora mandava construir um gabinete imitando a Sala oval, mais chique, claro.

Obama curtia mas visitar não convidava, parecia um puto. Tipo os EUA ficavam embaraçados com a imagem criminosa do poder ucraniano. Quando durante o seu faroeste despachavam os saloios dos índios, arrancavam propriedades aos proprietários, usavam as pistolas nos encontros comerciais: quem desparrou primeiro fica com os direitos, isso tipo foi esquecido?..

Mas hoje em dia Ucrânia já não está no faroeste, os membros do Partido das Regiões esconderam as pistolas nos bolos e os negócios arrancam aos “índios” civilizadamente, através da Procuradoria da República. Por isso Kolesnikov decidiu usar o amor dos americanos pelas histórias dos gângsteres da época da lei seca. Pois, como eles explicam aos estrangeiros curiosos, Donetsk é o Chicago da Ucrânia.

É a lei da vida. Obama é do Chicago e por isso toda a sua equipa é do Chicago”, - explica Kolesnikov ao jornalista do «Time Magazine». É claro, os americanos cultos sabem que Obama não é do Chicago, é do Havai, mas enfim, durante 20 anos viveu e trabalhou em Chicago. Nessa “igualdade das circunstâncias” decidiu jogar Kolesnikov.

Pois como iremos ver, há muita coisa parecida entre os do Chicago e os do Donetsk, entre Obama e Yanukovych.

Obama se tornou o primeiro afro-americano membro do Clube dos juristas de Harvard. Yanukovych foi o primeiro akadémico de Donetsk da Academia Internacional das Ciências, Educação, Indústria e Arte (do tipo: "como se tornar acadêmico online por apenas 300 dólares"). Em 2004 Obama venceu 6 adversários nas primárias da Illinois nas eleições para o Senado. No mesmo ano Yanukovych também venceu as primárias do seu partido, dizem até que foi às fuças de um dos oponentes.

Obama se tornou senador em janeiro de 2005, Yanukovych podia se tornar o presidente em 2005, se não for a Revolução Laranja. Assim, ambos e ao mesmo tempo não se tornaram presidentes dos respetivos países.

Obama visitou a Rússia no âmbito da cooperação no domínio de não proliferação das armas de destruição em massa e Yanukovych visitou a Rússia várias vezes, sem muito proveito. Contra estas armas Yanukovych lutou como um leão, livrou Ucrânia de todo urânio e informou Obama, tudo à troca da fotografia conjunta.
Em 2007 Obama foi acusado de não ser natural dos EUA. Yanukovych na sua juventude duas vezes viu o céu aos quadradinhos, as mesmas acusações reapareceram em 2004, mais tarde os processos criminais desapareceram, mas para sempre marcaram negativamente a sua imagem.

Criticando a política do Bush sobre Iraque, Obama uma vez disse que as vidas dos militares americanos foram “gastos em vão”. Depois pediu desculpa e explicou que foi mal-entendido. Yanukovcyh nunca se desculpa nos casos semelhantes, mas produz os mal-entendidos de uma maneira tal regular que na Ucrânia já deixaram de rir-se dele.

E o principal. Nos EUA foi organizada a campanha de angariação de fundos a favor do Obama. Amealharam 1,3 bilhões de USD. Yanukovych durante três últimos anos amealha os fundos ao seu próprio favor e não planeia parar este passatempo divertido. Obama com os seus 1,3 biliões é um pobretão.

Mas isso não é de estranhar. Os de Donetsk são muito mais machos que os do Chicago.

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