quinta-feira, dezembro 13, 2012

Parlamento marcado pela VO Liberdade


O 1º dia do trabalho do novo parlamento ucraniano começou com ação do grupo parlamentar da VO Svoboda (Liberdade) que fisicamente impediu dois deputados da oposição de entrar no plenário.

Os deputados, Olexander Tabalov (pai) e Andriy Tabalov (filho) foram eleitos pela coligação afeta à Yulia Tymoshenko. Donos de uma fortuna considerável, eles foram o alvo fácil da coerção económica por parte do partido do poder, dai a sua recusa de fazer parte do grupo parlamentar pelo qual foram eleitos.

No entanto, o líder da VO Svoboda, Oleh Tiahnybok já avisou que o seu grupo parlamentar irá impedir aos “desistentes” de participar nos trabalhos do parlamento. Na Internet foram publicadas as imagens do texto do juramento formal assinado por ambos, onde estes juravam “perante o Senhor Deus e o povo da Ucrânia cumprir as obrigações listadas”.

No plenário, a maioria dos deputados da VO Liberdade vestia as camisas bordadas ucranianas e os da “Batkivshyna” (Pátria) vestiam camisetas com retrato da Yulia Tymoshenko e inscrição “Liberdade para os prisioneiros políticos”, ver as fotos AQUI.

Os deputados da VO Liberdade colocam os “desistentes” fora do plenário:


Mas VO Svoboda não parou por ai, no mesmo dia à tarde, os deputados do partido cortaram o murro metálico que ilegalmente cercava o parlamento ucraniano, impedindo o contacto entre os deputados do povo e o povo. Como explica o partido, parlamento ucraniano é o órgão supremo do povo ucraniano e o povo tem o direito de o contactar. Ver fotos: AQUI e AQUI

No entanto, um dos deputados do Partido das Regiões, Ministro da Defesa em funções, Dmitri Salamatin, também mostrou o seu caráter. Dentro do plenário, na entrada da bancada governamental, ele se recusou a mostrar o crachá do deputado à uma oficial de segurança, rejeitando o seu pedido legítimo em seguintes termos:

Mas que fod@! Que documentos pro car@lho”, e foi embora, informa a página ucraniana LB.ua

Parlamento ucraniano também escolheu a mesa do presídio temporária com cinco membros, um por cada força partidária que elegeu os deputados nestas legislativas. Embora o representante comunista não poderia legalmente estar lá presente, pois o artigo 38º do regulamento diz claramente: “só pode formar o seu grupo parlamentar o partido que terá elegido pelo menos um deputado pelo círculo majoritário” e o PC ucraniano não conseguiu eleger nenhum.

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