terça-feira, dezembro 11, 2012

O procurador-pária escreve ao Obama


O 1º vice-procurador-geral da Ucrânia, Renat Kuzmin, foi recentemente incluído pelo Senado americano na lista negra dos responsáveis ucranianos culpados da perseguição política da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

Em resposta, Kuzmin escreveu a carta aberta ao Congresso dos EUA, propondo discursar perante os congressistas e imprensa americana. Em resultado, no dia 19 de outubro, Kuzmin viu anulado o seu visto múltiplo americano. Em vez de ficar quieto e calado, homem decidiu escreveu ao Obama. Não se sabe o que ele perderá desta vez…

Na carta, Kuzmin, faz múltiplas afirmações controversas que dificilmente lhe granjearão o apreço ou apoio do Obama.

Kuzmin denuncia um “plano elaborado pelo Departamento da Justiça dos EUA, iniciado por alguns políticos americanos e ucranianos” para “desacreditar o grupo de investigação da PGR da Ucrânia” e pessoalmente Renat Kuzmin. Na sua visão, os alegados iniciadores do plano alegadamente pretendiam prender Kuzmin nos EUA pela alegada coerção que este alegadamente pretendia exercer sobre uma alegada testemunha indireta de um assassinado datado de 1996 e outros alegados crimes em que é acusada Yulia Tymoshenko.

De acordo com Kuzmin, o grupo dos conspiradores é composto pelos lobistas Joe Williamson e Ralph Caccia da “Wiley Rein, LLP”, pelo congressista reformado Jim Slattery, que alegadamente faz lobby pró-Tymoshenko “usando as relações pessoais com a chefe do Departamento do Estado, Sra. Hillary Clinton” e pelo advogado Steve Bunnell, ex-funcionário do Procurador-geral dos EUA.

Kuzmin queixa-se ao Obama dos “funcionários do Departamento de Estado e do Departamento de Justiça dos EUA que não reconhecem os regulamentos legais internacionais e … mostram o exemplo do abuso da sua posição. … iludem o presidente dos EUA, o Congresso e a nação americana”.

No fim da missiva, Kuzmin pede Obama “para usar os poderes de seu cargo para incentivar o Senado dos EUA a reconsiderar a sua recentemente aprovada resolução № 466”, ou seja, exatamente aquela que colocou Kuzmin e seus comparsas na lista negra dos culpados em abuso da posição privilegiada no sistema judicial ucraniano.

Texto integral da carta:

O mesmo Renat Kuzmin, a tocar no piano uma das canções criminosas mais famosas do espaço da ex-URSS, a preferida do mundo criminal soviético e pós-soviético, chamada “Murka”...

   

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