domingo, maio 29, 2011

Aline Gallasch-Hall em defesa do poder autárquico

A candidata luso – ucraniana do Partido Popular Monárquico por Lisboa, Aline Gallasch-Hall manifestou recentemente à Associação Nacional de Freguesias a sua preocupação com o “assalto ao poder autárquico” que surgirá com a eventual extinção de freguesias, prevista no acordo entre o governo português e a troika formada pelo FMI, BCE e UE.
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O presidente da ANAFRE, Armando Vieira, garantiu que o organismo “opõe-se frontalmente à extinção das freguesias”, admitindo, no entanto, que “possa haver agregação sem perda de identidade”.
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“A reorganização não tem que ter a marca da extinção”, afirmou Armando Vieira, acrescentando: “a reforma não pode ser feita com um modelo matemático, mas sim caso a caso”.


O presidente da ANAFRE manifestou também aos monárquicos a disponibilidade do organismo para “discutir as competências próprias das freguesias, que têm um peso de 0,10 por cento no Orçamento de Estado, são o parente pobre das autarquias”.

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O acordo entre o Governo e a 'troika' (FMI, BCE e UE) refere que Portugal terá de reduzir a partir de Julho de 2012 o número de autarquias e juntas de freguesias, actualmente 308 e 4.259 respectivamente, até às próximas eleições autárquicas de 2013, escreve na sua edição on-line o jornal Publico.
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Blogueiro

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Esperamos que PPM consiga eleger Aline Gallasch-Hall em Lisboa, solicitamos o seu voto pelo PPM e pela Aline Gallasch-Hall!

Mais uma vitória da Geórgia!

O Ministério do Interior da Geórgia publicou a conversa gravada entre a “oposicionista” georgiana Nino Burjanadze (N.B.) e o seu filho Anzor Bitsadze (A. B.). A seguir, trechos da tradução da conversa mantida em georgiano.

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A. B. Apesar de tudo, nós podemos conseguir. Se você assumir a responsabilidade, então vale a pena optar pela guerra civil.

(...)
A. B. Com a morte de 100 pessoas e até 500.

N. B. Sim, é isso.

A. B. Todas as pessoas que conseguiram alguma coisa, a sua terra está encharcada de sangue.

N. B. Este (terra) também é amplamente (encharcada).

A. B. Que bastante, isso não é bem assim. 200 anos o sangue não foi derramado. Então você deve saber que se você iniciar o processo, haverá uma pessoa que partirá a perna e duas cabeças serão cortadas, isto é tudo (diz em russo)... Lá você não deve dar a marcha atrás.

(...)
A. B. Quantos nós apoiam?

N. B. Nós quem?

A. B. Revolucionários.

N. B. 35 (%) dos insatisfeitos e 15 (%) apoiam directamente.

A. B. O que você quer então? Cinquenta por cinquenta (50 x 50 diz em russo).

(...)
A. B. 30.000 pessoas vão sair (à rua)?

N. B. Eu acho que mais, ohm, como nós precisamos disso.

A. B. Essa (quantidade) irá preencher a Praça da Liberdade? E depois que (alguém) vá e diz, 30 (estão) lá ou 70.

N. B. Ohm, como precisamos disso...

(...)
A. B. Será a variante egípcia, o governo interino terá de existir de qualquer maneira. Para que você (necessita) dessa Reunião? Poder ao Comitê – recolher obrigatório (diz em russo) e o estado de emergência. Mas no Egipto em três meses tudo foi regulamentado e (de novo) vieram os turistas, mas lá o exército é forte.

(...)
N. B. A polícia não poderá nós vencer. Como você acha, o batalhão de Kodjori irá atirar contra nós?

A. B. Não, isso é um absurdo. O batalhão de Kodjori pode barrar o caminho com o tanque, com o BTR, mas não abrirá o fogo.

N. B. Porque você esta tão seguro?

A. B. Quer saber? Se o batalhão de Kodjori vai atirar em mim, vou repelir o primeiro ataque, depois que resolverão as relações com as tropas especiais da GRU.

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Fonte:

http://georgiaonline.livejournal.com/115246.html

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A autenticidade dessa conversa já foi confirmada pela própria Nino Burjanadze, ela apenas diz que as frases estão “fora do contexto”. Espero que a tradução responde a questão colocada recentemente por um dos nossos leitores:


O que vc acha dos últimos acontecimentos na Geórgia? Kremilin estaria patrocinando as revoltas contra o presidente georgeano? E sobre a prisão do criminoso de guerra na Sérvia?

Eu acho que Nino Burjanadze e o seu filho deveriam ser presos e julgados como traidores, de preferência enforcados em alguma bétula. Estou feliz por assistir a prisão do “carniceiro dos Balcãs”, espero que o povo sérvio mudará a sua mentalidade, tal como muda a sua mentalidade o povo georgiano.

quinta-feira, maio 26, 2011

Canção francesa sobre Makhno

O lendário anarquista ucraniano Nestor Makhno que tem todas as qualidades para se tornar a ícone de esquerda europeia esclarecida, teve o direito à uma canção em francês Makhnovtchina, Makhnovtchina, que possui o seguinte refrão:
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Makhnovtchina, Makhnovtchina

Armée noire de nos partisans

Qui combattait en Ukraine

contre les rouges et les blancs

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Makhnovtchina, Makhnovtchina

Armée noire de nos partisans

qui voulait chasser d'Ukraine

à jamais tous les tyrans.


***
Makhnovshchina, Makhnovshchina

Exército negro dos insurgentes

Que lutou na Ucrânia

contra vermelhos e brancos

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Makhnovshchina, Makhnovshchina

Exército negro dos insurgentes

que queriam expulsar da Ucrânia

Todos os tiranos para sempre.


Escutar a canção no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=ahNHixtVI1g&feature=related





segunda-feira, maio 23, 2011

Mikheil Saakashvili na Ucrânia

O Presidente georgiano Mikheil Saakshvili em entrevista exclusiva ao canal ucraniano de TV 1plus1.

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Na Segunda-Feira, 23 de Maio, o canal de TV ucraniano 1plus1 lança um novo projecto do jornalista Olexander Tkachenko. No primeiro programa os espectadores vão ver o presidente da Geórgia Mikheil Saakashvili. O convidado vai falar sobre o sucesso, a realização, as regras e as circunstâncias da sua vida. O canal “1 +1” neste momento ocupa o segundo lugar no ranking das televisões ucranianas. Os autores do um novo projecto pretendem convidar ao seu programa muitas personalidades mundialmente famosas.

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On-line o canal 1+1 pode ser visto aqui:

http://www.piranya.com/video-ukraine.php?from=1plus12


Fonte:

http://cyxymu.livejournal.com/957842.html

domingo, maio 22, 2011

Entre Hitler e Stalin: Ucrânia na II G. M.

O filme “Entre Hitler e Stalin: Ucrânia na II G. M.” é dedicado à memória de todos aqueles que lutaram pela liberdade da Ucrânia
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O documentário "Entre Hitler e Stalin: Ucrânia na Segunda Guerra Mundial" foi produzido pelo Centro Canadense – Ucraniano de Pesquisa e Documentação e filmado pelo famoso director de cinema americano de origem ucraniana Slavko Nowytski; narrado pelo Jack Palance e é a primeira tentativa de analisar a história da sangrenta guerra do ponto de vista ucraniano.

O filme é baseado em novos materiais de arquivo, documentos secretos, filmagens inéditas e depoimentos de testemunhas. As filmagens foram precedidos por vários anos de trabalho nos arquivos da Ucrânia. Os eventos e o papel da Ucrânia na Segunda Guerra Mundial são analisados e comentados pelos estudiosos ocidentais – Zbigniew Brzeziński, Norman Davis, Robert Conquest e John Armstrong.

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Ver filme no YouTube:
Faça click para ver o filme
Página oficial do filme:

http://www.ucrdc.org/Film-Hitler.html

terça-feira, maio 17, 2011

Votem no Ihor Kozak!

O ucraniano – canadense Ihor KOZAK se tornou um dos finalistas da competição de prestígio no Canadá “Top dos 25 Imigrantes”.

Por favor, dedique alguns minutos para votar no Ihor, visitando a página www.canadianimmigrant.ca/top25

Quem é Ihor Kozak?

O primeiro ucraniano da nova emigração a graduar-se na instituição acadêmica de elite, o Real Colégio Militar do Canadá;

Oficial militar condecorado que actuou em todo o mundo, incluindo o Golfo Pérsico e no Afeganistão;

Empresário bem sucedido e consultor internacional de negócios;

O líder comunitário, que trabalha duro para reforçar a comunidade ucraniana na América do Norte e apoiar a nossa pátria Ucrânia.

Fonte:

segunda-feira, maio 16, 2011

Exposição Hutsuly na Itália

O fotografo franco-ucraniano Cyril Horiszny apresenta a sua exposição “HUTSULY – o povo dos Cárpatos” no Festival della fotografia etica. Além disso, no mesmo espaço poderá ser vista a exposição fotográfica “Chernobyl, my love”, dedicada ao 25° aniversário da catástrofe na estação nuclear ucraniana de Chornobyl.



Itália, cidade de Lodi (arredores de Milão)


Dia 19 de Maio, às 21h00


Sala Carlo Rivolta, Via Cavour 66.


Saber mais:


http://festivaldellafotografiaetica.it/wordpress/?page_id=1072

domingo, maio 08, 2011

Chernokids: os putos do Chornobyl

Apresento o filme futurista francês de animação “Chernokids” que conta a história das crianças do Chornobyl.
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Tudo indica que a realidade das crianças ucranianas nunca será tão violenta como é apresentado nesta distopia de ficção científica. Mas isso não invalida a necessidade de reflectir sobre os perigos e benefícios do desenvolvimento da energia nuclear.

O filme foi realizado como trabalho de graduação de um grupo de jovens animadores franceses: Marion Petegnief, Matthieu Bernadat, Nils Boussuge, Florence Ciuccoli e Clément Deltour.

Ver o filme com as legendas em inglês, francês e espanhol.

Ver no YouTube:



Página oficial: http://www.chernokids.fr

quinta-feira, maio 05, 2011

Stefan Dąmbski: as memórias de um carrasco

A editora polaca “Ośrodеk Karta” publicou em 2010 o livro das memórias do Stefan Dąmbski chamado “Egzekutor” (O Carrasco). O seu autor nasceu em Lviv, em 1942 juntou-se à Armia Krajowa (AK), pertencendo ao Direcção de Sabotagem (Kierownictwo dywersjami) que se especializava em assassinatos dos alemães e dos colaboracionistas polacos.
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Após o fim da II G. M., AK começou assassinar os activistas comunistas e os ucranianos étnicos. Os ucranianos eram exterminados pela guerrilha polaca única e exclusivamente por serem ucranianos, sem nenhuma culpa adicional...

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O livro provocou a indignação no país, pois na Polónia actual a brutalidade e a violência da Armia Krajowa fazem parte do tabu largamente aceite pela sociedade polaca.

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O autor reconhece que gostou do papel do carrasco que desempenhou durante a guerra: “Eu não precisava de ir à escola, que não gostava desde novo, não precisava de trabalhar fisicamente, não tinha nenhumas obrigações, não me preocupava com aquilo que amanha terei na cozinha”. Resumindo a sua história, Dąmbski escreve: “Os meus sonhos se tornaram a realidade: eu me tornei a pessoa sem duvidas sobre a minha própria justeza. Era pior que o animal mais vil. Me encontrava no mais profundo lamaçal humano. Mas eu era um típico combatente da AK. Era um herói que ostentava no peito a Cruz dos Combatentes...”

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Stefan Dąmbski se suicidou no dia 13 de Janeiro de 1993 em Miami nos EUA...

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Contra os ucranianos

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[...] O meu colega “Twardy” [Wilhel­m Ćwiokowy] que possuía o segundo pseudónimo de “Wiluśko” [...] depois da minha chegada à Laskówka foi designado pelo próprio “Drażę” juntamente comigo, com “Sło­wik” e “Luis”, ao Departamento de Castigos (Oddział Karny), criado para o extermínio dos ucranianos. Era o nosso trabalho regular. Para os trabalhos grandes também eram chamados “Szofer” e “Muszka”.

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[...] Nós escolhíamos as aldeias onde a predominava a população polaca, porque eles nos ajudavam exterminar os ucranianos.

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Não houve nestas acções nenhuma piedade, nenhumas desculpas. Eu não podia reclamar com os meus camaradas de armas. Apenas “Twardy” que tinha contas pessoais com ucranianos se superava a si mesmo.

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Quando entravamos nas casas dos ucranianos, o nosso “Wiluśko” literalmente se tornava raivoso. Com a estatura do gorila bem desenvolvido quando ele via os ucranianos, os seus olhos saíam das órbitas, a sua saliva escorria da boca aberta e ele começava fazer a forte impressão de que era louco.
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Eu e “Louis” ficávamos nas portas e janelas, mas o semi-lúcido “Twardy”, antigo faqueiro de Lviv, corria aos ucranianos petrificados e os cortava em pedaços. Com mestria sem precedentes, ele abria as barrigas ou cortava as gargantas, a sangue jorrava às paredes. Incrivelmente forte, muitas vezes em vez da faca usava os bancos da madeira rachando os crânios (das vítimas) como as cabeças de papoilas.

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Uma vez reunindo três famílias ucranianas em uma única casa “Twardy” decidiu os matar na “diversão”. Colocou um chapéu, tocou o violino e obrigou os ucranianos, divididos em quatro grupos, a cantar “Aqui as colinas, lá os vales, na bunda ficará a Ucrânia...” Sob a ameaça da minha pistola os pobres cantavam. Foi a sua última canção. Após o concerto “Twardy” teve tanta vontade de “trabalhar”, que eu e “Luis” tínhamos fugir para a varanda, para que ele não nos matasse por engano [...]

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A polícia civil (da Polónia socialista) nós ajudava a exterminar os ucranianos. Tivemos uma unidade “nossa” situada nos arredores de Dynow mas margens do rio Sjan, que após a prisão dos ucranianos suspeitos de incendiar as aldeias polacas, os entregava à nós.
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Em vez de os transportar aos tribunais ou até ao comandante da cidade, éramos avisados através dos informantes que o ucraniano tal e tal nos espera na polícia e pode ser levado. Então este era o trabalho apenas para mim e para “Twardy”.

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Chegávamos lá principalmente à noite e em seguida se dirigíamos às margens do rio. Colocávamos a pessoa no local alto e para ter a certeza o furávamos com as balas de metralhadora, assim já o cadáver caia na água [...] Estes corpos apareciam à superfície após uma semana. Flutuando rio abaixo, inchados, como se estivessem grávidos, azuis, cheios de buracos [...]
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[...] Um dia, caminhando pela vila com “Twardy” e “Luis”, entramos na casa onde viviam três moças. Durante a conversa, ficou claro que uma deles era ucraniana. Como ela era jovem e muito bonita, “Twardy” decidiu que a melhor punição pela sua origem ucraniana seria o seu estupro por nós três.

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Eu estava desagradavelmente surpreendido com esta ideia, mas fez uma cara de pedra, porque não há nada pior para um garoto de 19 anos de idade do que a confessar que tem “o medo do rabo”. Ninguém protestou. Mulher foi levado para um quarto separado, o primeiro, na qualidade de iniciador, ficou com ela o corporal “Twardy”. Saiu após dez minutos todo suado e “Luis” tomou o seu lugar. Finalmente chegou a minha vez.

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Entrando no quarto, encontrei a pobre garota deitada nua na cama a se sacudir histericamente. Senti-me estupidamente, comecei me arrepender e não sabia o que fazer. Finalmente, eu me sentei na beira da cama e comecei acariciar delicadamente os seus cabelos longos e pretos como veludo. Eu comecei pedir que ela pare de chorar, e até tentei convencê-la do que tudo ainda podia acabar bem, embora no fundo do coração conhecendo bem “Twardy” sabia que fim ela terá. No entanto, eu estava muito triste.

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Ela era tão linda e ainda tão jovem, provavelmente não prejudicou ninguém e tinha o mesmo direito à vida, tal como cada um de nós. O único azar é nascer ucraniana – por isso o seu destino já estava determinado.

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Eu estava demasiadamente preocupado com a minha carreira “insurgente” e com meu “patriotismo” para logo sair e dizer ao “Twardy” directamente nos olhos que nós fizemos uma grande bestialidade e que a moça deve ser poupada. Eu tinha o mesmo patente (militar) que “Twardy”, por isso não se tratava de possibilidade de lhe dar uma ordem.

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[...] Eu não a estuprei em terceiro, mas na realidade, principalmente porque o estupro não me excitava emocionante e o choro histérico da menina me deprimia bastante. Mexi o meu cabelo, limpando o “suor seco” da testa, entrei no quarto onde os colegas se divertiam com duas polacas.
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Confirmei que tudo foi feito e estou a entregar à menina ao critério do “Twardy”, porém com a ligeira dica para poupar a sua vida. “Twardy”, embora olhou para mim como para um louco, de repente, concordou facilmente, mas disse: “Você, “Zsbik” sempre tem as ideias idiotas.”
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No entanto, o caso não acabou com estupro, embora “
Twardy” poupou a sua vida, mas antes ele puxou a menina para a cozinha, aqueceu um ferro até este ficar vermelho, o colocou no corpo da menina, até que apareceram as listras vermelhas. E neste estado, completamente nua, jogou a pobre moça lá fora. Salvando a vida, com a neve que chegava até os joelhos, no frio de rachar, ela correu aos vizinhos.

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Depois do caso com a garota eu mais uma vez fiquei convencido do de que “Twardy” tem um faro excepcional para com os ucranianos. Ele reconheceu imediatamente a jovem, embora ela vivia com duas polacas. Mais uma vez fiquei convencido do seu talento em uma ocasião que aconteceu dois dias depois.

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Quando voltávamos à noite para nossa casa em Laskówka, [“Twardy”] agarrou um estranho que caminhava calmamente e o perguntou se ele por acaso não era ucraniano. Embora ele tinha uma pronúncia (da língua polaca) algo estranha, disse com absoluta confiança: “Eu, meus senhores, sou grego – católico, eu não sou ucraniano”.

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Twardy”, no entanto, pediu-me para lhe apontar a pistola, ele pegou o cinto da calça e começou a espancá-lo impiedosamente no rosto. Primeiramente, o pobre homem protestou e gritou que ordens são estes, porque nós o atacamos, quando ele não era ucraniano, mas apenas grego – católico. Mas “Twardy” batia-lhe cada vez mais fortemente.


A dor de resto era insuportável, até que o transeunte concordou com a gente em tudo: “Sim, eu sou ucraniano...” Neste ponto, o interrogatório terminou e o veredicto foi executado pelo “Twardy” que com um movimento habitual cortou garganta ao condenado [...]
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Stefan Dąmbski, Egzekutor: Na Ukraińców (http://forum.karta.org.pl/?page_id=373)
Seguir as novidades sobre o livro na Facekook: egzekutor

Blogueiro

Também não podemos esquecer o caso da aldeia ucraniana de Pawlokoma (actual território da Polónia) onde nos dias 1 – 3 de Março de 1945 a unidade da Armia Krajowa assassinou 365 (!) ucranianos (apenas os rapazes até 5 anos e as meninas até 7 anos eram poupados). O massacre, alegadamente, aconteceu em retaliação contra o desaparecimento de 8 (ou 11) polacos, levados, alegadamente, pela unidade do Exército Insurgente Ucraniano (UPA). Embora o historiador contemporâneo polaco Eugeniusz Misiło argumenta que os polacos foram raptados pelo grupo de extermínio do NKVD soviético, exactamente para provocar uma série de ataques retaliatórios entre os polacos e ucranianos. Em 2006, quando na aldeia de Pawlokoma finalmente foi construído o monumento em memória dos ucranianos assassinados, o texto da pedra memorial a) não mencionava que as vítimas eram ucranianas; b) texto dizia que eles “morreram tragicamente” e não menciona nem os autores, nem os motivos do assassinato colectivo.

segunda-feira, maio 02, 2011

Varsóvia, a cidade das sombras

O fotografo franco-ucraniano Cyril Horiszny é o autor da exposição fotográfica "Flexi-in-Security", dedicada a vida dos imigrantes ucranianos em Varsóvia durante a última crise económica.
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Por: Daiva Tereščenko Fotos: Cyril Horiszny (versão curta)
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A capital polaca é o destino para um grande número de trabalhadores ucranianos. Para poder trabalhar legalmente na Polónia, os ucranianos são obrigados a ter um visto e uma autorização de trabalho. No entanto, na realidade, muitos migrantes contornam esses regulamentos por viajar com um visto de turista e trabalhar sem os documentos apropriados. Paradoxalmente, trabalhando ilegalmente eles melhoram a sua situação económica, pois trabalhando legalmente não seriam capazes de sustentar suas famílias, obrigado a pagar todos os impostos dos seus baixos salários. No entanto, a situação irregular representa um obstáculo fundamental para uma maior integração. Trabalhar ilegalmente as torna vulneráveis ​​à exploração e não lhes permite encontrar empregos que correspondam às suas competências e qualificações. Assim, especialmente aqueles que estão em Varsóvia por um longo período esperam uma amnistia para imigrantes ilegais. Também é verdade que muitos trabalhadores migrantes ucranianos nem sequer consideram a possibilidade de viver na Polónia, o país é apenas um ponto de ganhar dinheiro para viver em casa na Ucrânia.



A viagem de autocarro de Lviv a Varsóvia custa 234,86 UAH (cerca de 22 euros) e leva cerca de onze horas. Migrantes experientes como Olga, que começou a trabalhar em Varsóvia, antes mesmo de a Polónia aderir à União Europeia, lembre-se as diversas políticas e regulamentos que foram introduzidas para controlar o fluxo de migrantes entre os dois países vizinhos. Em reacção às exigências da UE, a Polónia apresentou a exigência de visto para os cidadãos da Ucrânia, no final de 2003. Os procedimentos para atravessar a fronteira foram ainda mais complicados com a adesão da Polónia ao sistema de Schengen em 2007. Desde então, o visto turístico polaco é válido para a livre circulação no espaço Schengen. No entanto, esta vantagem é desequilibrada pelo facto de que os procedimentos para a obtenação de vistos se tornaram mais complicados.



Volodymyr, um trabalhador migrante em Varsóvia, observa: "Você pode comprar um convite. Custa-lhe 2000-3000 UAH (190-280 €) para entrar na Polónia. Mas não é certo que você vai conseguir um emprego". Ele acrescenta: "Nem a Polónia ganha com este sistema, nem os imigrantes ucranianos, apenas os agentes, que levam o dinheiro para a preparação de documentos". Lyudmila, uma ucraniana de meia-idade acusa: "Cada vez que você tem que pagar por um visto, se preocupe se você vai ter o visto, e se preocupa o que vai acontecer na alfândega".

Sem muitos conhecimentos da cidade e dos seus direitos como imigrantes, os imigrantes ucranianos recém-chegados tendem a estar em uma posição de dependência em relação aos empregadores. No entanto, como demonstrado a história de Svetlana, uma enfermeira profissional, existem as relações trabalhador-empregador harmoniosas e nem todos são caracterizadas pela exploração: "Eu lembro daquele dia como hoje, Quinta – Feira 11 de Outubro de 2001 – quando veio a Varsóvia à convite. Desde o início eu era tratada como um membro da família. Eu nunca vou esquecer estas palavras: "Minha casa é a sua casa. Seus filhos são os nossos filhos. E assim foi durante três anos".



As redes sociais (redes de relações interpessoais, não redes na Internet) são muito importantes, se não determinantes para os trabalhadores migrantes na cidade. A jovem ucraniana Ivanka, que tem uma educação universitária e vive em Varsóvia, ressaltou a importância das redes sociais: “Meus amigos sabiam que eu estava à procura de trabalho e que alguém na Universidade de Varsóvia tinha a oferta de emprego para qual eu enviei o meu currículo. Antes eu já havia enviado o meu currículo, mas não tive muitas respostas. Assim, a minha rede de amigos me ajudou. Os apartamentos que aluguei eu também achei com ajuda dos meus contactos e colegas".



Outro elemento crucial na topografia de imigrantes de Varsóvia são ONG’s, que desempenham um importante papel como mediadores das redes sociais para trabalhadores migrantes. Obviamente, eles são mais importantes para os migrantes que não têm outras relações sociais na cidade. Uma instituição particular interessante é o "Welcome Center", que oferece ajuda aos imigrantes que buscam aconselhamento ou têm problemas com a habitação, o centro lida com as violações dos direitos dos trabalhadores ou com a obtenção dos documentos legais.



A segunda geração de imigrantes tem outras perspectivas sobre a cidade e os lugares urbanos. Durante o tempo em que seus pais ocupados e de trabalho parentes, os filhos de segunda geração e os jovens facilmente usam a língua polaca e exploram a cidade. Além disso, eles sintetizam o estilo de vida local com a experiência dos seus pais, acabando por criar uma experiência híbrida própria.



Provavelmente o lugar mais importante para a comunidade ucraniana é a igreja ucraniana. Aqui, um grande número de trabalhadores migrantes se reúne a cada domingo: "Na igreja você pode obviamente ver as pessoas indo e vindo. Anteriormente havia alguns lugares vazios para se sentar. Na missa das 9 horas vinham apenas algumas pessoas. Agora, existem três serviços às 9, 11, e em três horas e já não há espaço para ficar".



Dentro da geografia dos migrantes em Varsóvia, a igreja ucraniana tem uma função muito mais ampla do que apenas um centro religioso. A igreja é o lugar onde os migrantes são visíveis. Como o aumento da migração laboral, o centro religioso começou a servir toda a comunidade migrante, como sendo um local para reuniões informais e de comunicação, da partilha de experiências, apresentação de informações sobre os regulamentos que afectam o estatuto dos migrantes legais.

A opinião pública sugere que os imigrantes tiram os empregos pouco qualificados da população local e aumentam o desemprego. No entanto, pesquisas acadêmicas mostram que o impacto real da imigração nas perspectivas de emprego dos trabalhadores locais de baixa qualificação é menos importante do que muitas pessoas acreditam.



No caso dos ucranianos na Polónia, seria enganoso falar de uma concorrência directa pelo emprego. A razão para isto é o nível salarial muito baixo. Enquanto os trabalhadores desempregados polacos não recusam a fazer os trabalhos de baixa renda, por si só, os salários são muitas vezes demasiado baixos para sustentar as suas famílias na Polônia. Assim, polacos vão ao exterior para fazer esses trabalhos e ganhar mais dinheiro. No entanto, por que tais empregos mal pagos ainda atraem os ucranianos? Para responder a esta questão, é importante considerar três factos que explicam as estratégias de migração que economicamente fazem sentido para os ucranianos.



O primeiro desses factos é o movimento limitado de ucranianos. Devido aos regimes de vistos e à protecção dos mercados de trabalho europeus dos cidadãos de países chamados de terceiro mundo, ao contrário dos seus congéneres polacos, ucranianos não podem simplesmente reagir aos incentivos económicos movendo-se para Inglaterra ou Irlanda. Existem alternativas mais populares de trabalhar na Polónia ou em Portugal, Espanha ou Itália, onde os salários são mais elevados. No entanto, mesmo nos tempos de Schengen, o caminho para cada um destes países tem seus desafios específicos. Graças à sua proximidade geográfica e a similaridade das línguas poloca e ucraniana, a Polónia parece especialmente atraente para aqueles que querem ir para um curto período de tempo (ou, alternativamente, para sair para uma quantidade significativa de tempo, enquanto ainda permanecem em contato constante com seu país de origem).

O segundo facto, um tanto paradoxal é que os ucranianos são capazes de oferecer seu trabalho a um preço inferior devido ao seu status ilegal. Larissa, que vive em Varsóvia por mais de oito anos, explica: "Com um salário muito pequeno, como 150 €, é muito difícil viver aqui. Eu trabalho de forma ilegal, seria difícil para mim agir de outra forma. Por que é difícil? Um monte de pessoas trabalham por um salário mínimo. Ninguém quer pagar impostos. Trabalhadores recebem um salário de 1.200 zlotys (cerca de 300 €) – este é o mínimo – mas eles ainda precisam de pagar 40% deste valor em impostos. Eles têm um contrato de aluguer e nisso também pagam impostos. As pessoas simplesmente não querem fazer isso. O pior é uma posição a tempo parcial. Nesse caso, nem vale a pena trabalhar, pois você não será capaz de ajudar a sua família (na Ucrânia)."

O terceiro facto é a diferença do custo de vida na Polónia e na Ucrânia. Os imigrantes ucranianos fazem uso dessa diferença, especialmente se podem trabalhar na Polónia e viver na Ucrânia.