quarta-feira, abril 30, 2008

Filme “The Soviet Story”

“The Soviet Story” é uma história sobre o esforço da URSS em ajudar a Alemanha nazi em exterminar o povo judaico, também exterminando o seu próprio povo numa escala industrial. Assistido pelo Ocidente, este esforço triunfou no dia 9 de Maio de 1945. Os seus crimes foram tabu e a história completa do regime que mais contribuiu para os assassinatos em massa na Europa nunca foi contado. Até agora…

Sinopse
O filme conta a história do regime soviético:
- Holodomor (Grande Fome) na Ucrânia, 1932 – 1933
- Massacre de Katyn (1940)
- A parceria SSNKVD
- Deportações em massa na URSS
- Experiências médicas no GULAG .

“The Soviet Story” também discute o impacto da herança soviética na Europa moderna. Oiça as discussões dos especialistas e deputados do Parlamento Europeu, debatendo a implicação da atitude selectiva perante os assassinatos em massa e conheça a mulher que descreve como o seu filho recém – nascido foi queimado num campo de concentração do GULAG.
"The Soviet Story" é uma história do sofrimento, injustiça e “realpolitik”.

segunda-feira, abril 28, 2008

Meditação sobre Armas

Pintor ucraniano Anton P. Skorubsky Kandinsky (1960), apresenta a sua mostra de pintura “Meditation of Weapons”, nos dias 29 de Março – 11 de Maio, no Instituto Ucraniano da Arte Moderna (Ukrainian Institute of Modern Art), EUA, 2320 West Chicago Avenue Chicago, IL 60622 (Tel) (773) 227-5522.

Visite a exibição “Meditation of Weapons” no Instituto Ucraniano da Arte Moderna e você encontrará retratos iconográficos dos arcanjos em uniforme militar, carregando M16s como halos. O artista Anton S. Kandinsky é mestre do estilo “realismo socialista” da pintura. O seu maior trabalho na exposição é intitulado “Kalashnikov para sempre” (Forever Kalashnikov).
Você vê o perfil de duas armas AK-47. A versão mais antiga tem a bandeira da URSS. A versão moderna tem a bandeira da Rússia actual; destacando a ideia do que as armas são mais permanentes que os regimes políticos que os controlam.

Sr. Roman Petruniak é o curador da amostra:

- O seu trabalho pede nós para meditar sobre a natureza do significado de ter muitos armas, o significado [...] do jogo internacional.

Exibição "Mediation of Weapons”, por Anton Skorubsky Kandinsky no Instituto Ucraniano da Arte Moderna, EUA, 2320 West Chicago Avenue Chicago, IL 60622 (Tel) (773) 227-5522 até o dia 11 de Maio.

Sítio do Artista

Comprar arte do Anton S. Kandinsky

Ucranianos de Portugal

sexta-feira, abril 25, 2008

Recordar o Chornobyl

26 de Abril de 2008 é o 22º aniversário da tragédia de Chornobyl (em ucraniano Чорнобиль) é uma cidade no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Belarus. O nome da localidade significa absinto, a erva natural da Europa.

Em meados da década de 70, foi construída pela União Soviética uma central nuclear a vinte quilómetros da cidade de Chornobyl. Em 26 de Abril de 1986 ocorreu o acidente nuclear de Chornobyl. Explodiu um reactor que libertou uma imensa nuvem radioactiva contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa. As causas do acidente foram falhas humanas e falhas no projecto do reactor que explodiu.
Foi quando na Dinamarca detectaram uma elevação nos níveis radioactivos e então o governo da URSS se propôs a ajudar nas soluções que deveriam ser tomadas. Carregada pelos ventos, a nuvem radioactiva rapidamente se espalhou pela Ucrânia, Belarus, Federação Russa, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.
Em seguida contaminou a Europa Central principalmente a Áustria e regiões dos Bálcãs, Itália, França, Reino Unido e Irlanda. Foram aproximadamente 200 mil quilómetros quadrados de solo europeu contaminado.
Sabe-se que quando ocorreu o acidente foram mortos os dois técnicos. Rapidamente, chegaram bombeiros e o resgate. Nos primeiros três meses, 28 deles morreram vítimas da exposição nuclear e um por problemas cardíacos.
O total de mortos até hoje ainda é motivo de discussão. Para a ONU foram quatro mil mortos, para a organização ambientalista Greenpeace foram cerca de cem mil e um estudo científico britânico avaliou entre trinta e sessenta mil.
Os sobreviventes do acidente enfrentam graves doenças sendo que a mais surgida é o câncer de tireóide que apresentou mais de quatro mil casos. A doença foi causada pela grande quantidade de iodo 131 liberado na explosão que ao ser ingerido ou inalado fica concentrado na glândula tireóide.
Uma espécie de sarcófago de concreto e aço foi construída sobre o reactor que explodiu a fim de isolar o material radioactivo que ali se concentra. O combustível nuclear chega a 200 toneladas de núcleo do reactor e uma espécie de magma radioactivo. O acidente fez com que fosse questionado o uso da energia nuclear e alguns países reduziram e outros quase extinguiram seus projectos.
Apenas 5 trabalhadores da usina sobreviveram ao acidente, sendo que alguns estão vivos até hoje...

El Chango Spasiuk

Horacio “Chango” Spasiuk, nascido aos 23 de Setembro de 1968 em Apóstoles, província de Misiones, é um aclamado músico ucraniano – argentino, especialista em World Music (folclore) e acordeão.

El Chango, como é conhecido, é fortemente influenciado pela musica polka, assim como a música tradicional ucraniana da sua região. Obtendo o seu primeiro acordeão aos 12, Horacio Spasiuk tocava nas festa, casamentos e outros eventos, inserido no conjunto «Ritmos ukranios», juntamente com o seu pai Lucas (violino), tio Honorio (bateria), tio Dmytro (Demetrio) no acordeão, tio Marcos (cantor), entre outros.

Descoberto pelo pessoal caça – talentos do programa popular de televisão “Expresión Regional Chamamecera”, Spasiuk começou tocar nos festivais provinciais, como: Festival del Docente en Campo Grande, Festival del Tarefero en Concepción de la Sierra, Festival del Durazno en Cerro Azul e Festival de la Madera en San Vicente.
Depois da concluir a escola secundária, ele muda-se para Posadas, a capital da província de Misiones, para estudar antropologia, curso que não concluiu. Mais tarde ele conheceu o pianista Norberto Ramos, que convidou Spasiuk viver em Buenos Aires. Na capital da Argentina, Horacio Spasiuk tocava nos pequenos palcos, e em alguns festivais, ele chegou a receber o convite para tocar no festival Eurolatina nos Países Baixos.

Em 1989 El Chango é convidado para tocar no Cosquín, um dos mais importantes festivais folclóricos da Argentina, onde recebeu o “Prémio de Consagração”. Depois do Cosquín, Spasiuk grava o seu primeiro álbum, chamado “Chango Spasiuk”.

Em 27 de Janeiro de 1989 acontece a sua estreia no palco “Próspero Molina” no Festival de Cosquín na província de Córdoba.
Em 1997 ele participa em Festival Internacional de Jazz de Montreal em Canada, contracenando com os músicos como Pat Metheny ou John McLaughlin.
No dia 6 de Março de 1998, ele sofre um acidente de viação, na qual morre o guitarrista Gabriel Villalba e um dos seus assistentes.

No ano 2000, seu disco “Polcas de mi tierra” é galardoando com o prémio Carlos Gardel. Parte do material era gravado ao vivo nas festas e casamentos da sua província natal – Missiones.

Em 2007, Spasiuk participou na gravação do programa “Pequeños Universos” do canal por cabo Encuentro, do Ministério de Educação argentino. O programa se centra em a busca, compreensão e difusão da música dos diferentes tipos na Argentina.

Prémios
2006 Melhor Artista do Folclore, Prémio “Carlos Gardel” (Argentina)
2006 Tarefero de mis Pagos, Melhor Álbum do Folclore no 7º Festival Latin Grammy Awards
2005 prémio Konex Award do melhor cantor do folclore masculino da década
2005 vencedor do BBC World Music Awards, na categoria de “Revelação”

Discografia
Chango Spasiuk (1989)
Contrastes (1990)
Bailemos y... (1992)
La ponzoña (1996)
Polcas de mi tierra (1999)
Chamamé crudo (2001)
The Charm of chamamé (2003, recompilação, Alemanha)
Tarefero de mis Pagos (2004)

Links úteis
Sítio oficial
Biografia (Espanhol)
Entrevista à revista La Nación (Espanhol)
Charme do estilo Chamamé

Foto:

quinta-feira, abril 24, 2008

Shevchenko e Ira Aldridge

Ira Frederick Aldridge, nascido em Nova Iorque aos 24 de Julho de 1807 e falecido durante a digressão artística, na cidade polaca de Łódź aos 7 de Agosto de 1867, é um talentoso actor afro — americano, que inesperadamente tornou-se amigo do maior poeta ucraniano – Taras Shevchenko.

Em 1825 Ira Aldridge emigrou para a Inglaterra, no Outono de 1858 tinha visitado a cidade russa de São Petersburgo. A sua primeira peça, Otelo de William Shakespeare foi estreada naquela cidade aos 10 de Novembro de 1858. Taras Shevchenko criou uma forte amizade com Ira Aldridge, muitas vezes poeta ucraniano assistia os seus espectáculos, encontrava-se com ele nos salões da cidade, assim como pintou um retracto do actor, terminado aos 25 de Dezembro de 1858.

Existia muita coisa parecida entre estes duas pessoas: a parecença das suas vidas, Shevchenko nasceu um servo, Aldridge era vitima do racismo, ambos eram vítimas da discriminação e injustiças da sociedade daquela época, ambos amaram muito o seu povo que ansiava a liberdade. Para entrar no teatro que amava tanto, mas onde a entrada era proibida aos “negros e cães”, Aldridge tornou-se criado de um actor, na juventude, Shevchenko uma vez foi severamente castigado por causa de um bocadinho da vela, que gastou, desenhando a noite...

Aldridge tinha dificuldade de pronunciar os nomes eslavos, por isso ele chamava Shevchenko de «the artist». Mas gostava das musicas ucranianas, embora só falava inglês, quando Shevchenko não sabia de inglês nenhuma palavra.

Retracto

Para desenhar o retracto de Aldridge, Shevchenko precisava que este fique imóvel, mas actor tinha dificuldade de ficar quieto, por isso pedia licença para cantar. Aldridge cantava as canções típicas afro – americanas, que subiam de tom, até que se transformavam em dança. Depois, actor representava cenas inteiras de humor quotidiano, Shevchenko cantava as canções ucranianas, falava-se sobre as diferenças e similaridades dos diferentes povos, sobre as semelhanças do folclore, etc.

Fonte:
http://litopys.org.ua/shevchenko/shev10033.htm http://litopys.org.ua/shevchenko/spog60.htm

quarta-feira, abril 23, 2008

Ucranianos nos Açores

Os filhos de ucranianos residentes no Arquipélago dos Açores (Portugal), reavivam a sua língua e cultura

Ao fim de sete anos a vivendo em Açores, a jovem Maryana dedica parte dos sábados a (re)aprender a língua e tradições da sua terra natal. Numa iniciativa que permite aos jovens imigrantes praticar a escrita e a leitura, a pedido de muitos pais, a jovem de 16 anos frequenta desde Janeiro as aulas de ucraniano organizadas pela Associação dos Imigrantes dos Açores.

Semanalmente, aos sábados, um grupo de seis jovens entre oito e 16 anos recorda aspectos gramaticais, exercita a escrita, mas também fala de literatura, arte, música, trajes típicos e artesanato. Com o objectivo de manter viva a cultura e a língua, a Associação dos Imigrantes acolheu a iniciativa inédita, cedendo um espaço da sua sede na cidade de Ponta Delgada.
"Gostava de voltar para a Ucrânia quando acabar os estudos e vou precisar desta língua", confessou à agência Lusa a jovem, que além do ucraniano e do português também fala inglês.
Embora reconheça "não ter sido muito fácil" aprender inicialmente o português - "andava sempre com o dicionário ao lado" – Maryana garante agora está à vontade para conjugar dois idiomas e até juntar o inglês, uma língua leccionada pela mãe numa escola privada em Ponta Delgada.

Durante quatro horas, a professora Svitlana Reshko, que reside em São Miguel há seis anos, reaviva os tempos de docência na Ucrânia e ajuda outros imigrantes a não deixarem cair no esquecimento a língua da sua terra natal.
"Estes jovens nasceram todos na Ucrânia. Vieram muito novos para os Açores. Falam ucraniano em casa, mas já lhes começa a faltar vocabulário", contou à Lusa a professora, que durante 14 anos leccionou numa escola primária da Ucrânia.
Estimulado pelas aulas da mãe, Yury admite que actualmente já sabe mais português do que ucraniano e estas aulas vão ajudá-lo a relembrar certas palavras."Comecei a escola aqui (Açores)", afirmou o jovem de 13 anos.
Também Yuliya confessa estar mais à vontade a falar português, uma vez que quando chegou a São Miguel tinha 10 anos.
"Ucraniano só falo em casa e esqueço já algumas palavras. Agora acho que até já sei mais português", confessou à Lusa Yuliya, 14 anos, que frequenta com a irmã as aulas na Associação dos Imigrantes.
Entusiasmada com o projecto, a professora Svitlana Reshko explicou que as aulas não têm avaliação: "Corrigem-se os erros e tiram-se dúvidas"."Reunimos os livros que trouxemos da Ucrânia e usamo-los nas aulas", disse a professora admitindo que fazem falta mais manuais.
Os jovens trazem também material para não esquecerem a cultura da sua terra natal, disse a professora, ao contar que uma das alunas trouxe para a Associação um traje tradicional, enquanto Svitlana Reshko também já levou para as aulas bordados típicos da Ucrânia.
As aulas decorrem até finais de Julho, mas Svitlana Reshko espera que o projecto, que arrancou este ano, tenha continuidade no futuro.
Fonte:

terça-feira, abril 22, 2008

Os Grandes Ucranianos

Na Ucrânia, como em vários outros países do Mundo, está a decorrer o concurso televisivo “Os Grandes Ucranianos”.

Depois de várias votações intermediárias, onde ucranianos tinham proposto 14.000 mil candidatos, que obtiveram mais de 800.000 votos (27 vezes mais do que no mesmo concurso na Grã – Bretanha), foi finalmente escolhida a primeira dezena, aqui exposta em ordem alfabética:

Nikolai (Mykola) Amosov (cirurgião cardíaco, 1913 – 2002)
Stepan Bandera (político nacionalista ucraniano, líder da ala revolucionária do movimento nacionalista OUN, 1909 – 1959)
Valeriy Lobanovskiy (treinador do futebol, treinou Dynamo Kyiv e Selecção da Ucrânia, 1939 – 2002)
Hryhorii Skovoroda (poeta, compositor, maior filósofo da Ucrânia, 1722 – 1794)
Lesya Ukrainka (feminista, maior poetisa da Ucrânia, 1871 – 1913)
Ivan Franko (poeta, escritor, crítico, jornalista, tradutor e político, tem várias poesias dedicadas à emigração ucraniana no Brasil, 1856 – 1916)
Bohdan Khmelnytsky (Hetman dos Cossacos Ucranianos, político e militar, 1595 – 1657)
Vyacheslav Chornovil (jornalista, activista dos direitos humanos na URSS, membro do grupo UHG, político e deputado na Ucrânia independente, 1937 – 1999)
Taras Shevchenko (pintor, artista, humanista, maior poeta ucraniano de todos os tempos, 1814 – 1861)
Yaroslav I, Mydry (O Sábio) (soberano do Estado proto – ucraniano Kievan Rus (Rus de Kyiv).

Neste momento, o líder da votação é Stepan Bandera, para apoiar a sua candidatura basta ligar para o número 8-900-451-10-02, ou então pode mandar uma SMS com letra 2 para o número 10310 (apenas para os clientes de Kyivstar, Djuice, МТС, Джинс, life:) ).

“Advogado” da Bandera - Vahtang Kipiani
Sítio do Concurso

Em memória do Ihor Kinal

“Aqui estudou Ihor Kinal, cavalheiro da ordem “Pela Bravura”, detentor da medalha do Ministério do Interior da Ucrânia “Cruz da Glória”, soldado da paz da ONU, que morreu em Kosovo no dia 17.03.2008” – está escrito na tela memorial...

Segunda Feira, dia 21 de Abril, o Ministro do Interior da Ucrânia, Sr. Yuri Lutsenko, durante a sua visita de trabalho na Província de Ternopil, inaugurou a tela memorial na Escola №3 da cidade de Ternopil, homenageando o soldado da paz da ONU, Ihor Kinal, que morreu em Kosovo, vítima dos extremistas sérvios.

Durante a cerimónia, Yuri Lutsenko entregou a mãe do falecido a ordem “Pela Bravura”, com qual Ihor Kinal foi condecorado ao titulo póstumo e também entregou o estilhaço, que ceifou a vida do seu filho. O estilhaço sérvio que ainda contém a sangue do ucraniano...

Fonte:
http://a-ingwar.blogspot.com/2008/04/blog-post_4156.html http://frausieg.blogspot.com/2008/04/blog-post_21.html

segunda-feira, abril 21, 2008

Limousine ucraniana: BIL-2005

Esta viatura foi construída por um ucraniano, amante dos carros, que vive na aldeia de Kornyn, na província de Rivne.

A transmissão e motor é de Audi8, além disso, a limousine ucraniana é um 4x4! Os interiores, parte da frente e bagageira é a fantasia do seu autor. O carro lhe custou 35.000 dólares americanos.

Ao todo, o construtor fabricou duas viaturas destes, o seu maior sonho, é conseguir convencer a quem do direito, para fabricar mais carros deste tipo...

Fonte e fotos:
http://eagle-x.livejournal.com/452583.html



Quantum of Solace

Nome original: "Quantum of Solace"
Estreia Mundial: 7 de Novembro de 2008


Daniel Craig, depois de uma estreia feliz no papel do novo James Bond em Casino Royale (2006), continua a merecer confiança dos produtores da bondiana. O 22º capítulo da saga, é realizado por Marc Forster. Nos papeis principais: Judi Dench (M), Jeffrey Wright (Felix Leiter), Giancarlo Giannini, entre outros.

A “menina do Bond” é ucraniana Olga Kurylenko (Camille).

Enredo:
Depois da traição da Vesper Lynd, mulher que amava, Bond quer transformar a sua missão em vingança pessoal. Durante o inquérito, Bond descobre a ligação entre um traidor do MI-6 e a conta bancária no Haiti. Naquele país, Bond se encontra com implacável negociante Dominique Green, chefe de uma organização secreta...

Página do filme na IMDB:
Quantum of Solace

Zimbabweanos na Ucrânia

Neste preciso momento o regime do Robert Mugabe prepara-se para, eventualmente, falsificar os resultados eleitorais no país (através da recontagem dos votos em 23 dos 210 distritos eleitorais, onde a ZANU-PF, tinha perdido frente ao Movimento para a Mudança Democrática (MDC); recorde-se que a ZANU-PF tinha perdido 16 dos 26 distritos em que se repetiu o escrutínio).

Os seus “amigos” chineses lhe tentaram mandar um cargueiro “An Yue Jiang”, cheio de armamento: 77 toneladas do material bélico, entre balas para AK-47, e armas ligeiras, 1,500 foguetes (calibre 40mm), 2,500 escudos para morteiros (calibre 60mm e 81mm).

Primeiramente, como escrevia o jornal britânico The Guardian, cargueiro “An Yue Jiang” tentava ir para Moçambique, no entanto, face à posição firme do Governo moçambicano, acabou por dirigir-se à Angola. Ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Eng.º. Paulo Zucula:
- Sabemos que o seu próximo destino é Luanda, porque não autorizamos a sua entrada em águas moçambicanas sem que, previamente, sejam tomadas algumas providências, - afirmou o ministro moçambicano.

Enquanto dura tudo isso, os cidadãos do Zimbabwe deixam o país, procurando uma vida melhor. Uns “saltam” a fronteira com a RAS, outros fogem muito mais longe, como a família do pequeno Darell, que vive na Ucrânia.

Darell é um zimbabweano que nasceu na Ucrânia (ambos os seus pais são cidadãos do Zimbabwe, que têm um pequeno negócio na capital ucraniana – Kyiv). Ele estuda na pré – primária, onde entre as crianças de várias origens étnicos, estuda menino Sasha, cuja avo sempre gaba-se do que “no futuro Sasha estudará na Rússia, pois não precisa nem da Ucrânia, nem da sua língua”... Um dia aconteceu pequeno incidente, na brincadeira das crianças, Darell bateu Sasha. Avo do Sasha, feita uma peixeira, começou a gritaria infernal, onde entre outras coisas, prometia fazer maltratar o Darell.

Todos os meninos ucranianos e os seus pais primeiramente ficaram boquiabertos, para depois os adultos passarem encher o menino afro – ucraniano de bolachas, chocolate e mimos.

Resumindo, a vida é assim mesmo, alguém vai estudar fora, pois “não precisa nem da Ucrânia, nem da sua língua”, alguém vem cá dentro, pois a Ucrânia tenta ser cada vez mais um país tolerante e europeu...
Fonte:

sexta-feira, abril 18, 2008

Filme Holodomor 1932 – 1933

Acto em memória do Holodomor em Curitiba, Paraná, Brasil

Filme: Holodomor 1932 – 1933 – (com legendas em português)
Sábado – dia 19 de Abril – às 19:30 Horas – Curitiba
Local: Pavilhão da Igreja São João Baptista
Rua Maranhão com Goiás.

Associação Poltava
Representação Central Ucraniano Brasileira


Lembrando o Holodomor

Por: Presidente da Ucrânia Viktor A. Yushchenko

Setenta e cinco anos atrás, o povo ucraniano foi vítima de um crime bárbaro. No Ocidente, foi denominado de "A Grande Fome". Em nosso país, a Ucrânia, é conhecido como Holodomor. Trata-se de uma campanha organizada de fome colectiva que, nos anos de 1932 e 1933, exterminou, de acordo com diversas estimativas, entre sete e dez milhões de cidadãos, incluindo um terço de todas as crianças da Ucrânia. Através de uma forma hedionda de mitigar a dimensão do acontecimento, o Estado soviético denominou o facto como uma mera “frustração de safra”. Dirigentes soviéticos pretendiam evitar responsabilidade e esconder a real intencionalidade, as causas e as consequências dessa tragédia humana. Apenas isso seria o bastante para fazer uma pausa e honrar a memória das vítimas.
Durante as longas décadas de Estado soviético, para os ucranianos era perigoso discutir seu maior trauma nacional. Qualquer comentário sobre Holodomor era considerado um crime contra o Estado. As memórias das testemunhas e artigos de historiadores como Robert Conquest e James Mayes (já falecido), foram proibidos, pois eram considerados propaganda anti – soviética. No entanto, cada família ucraniana, através de suas memórias, sabia sobre a magnitude do acontecido. Os ucranianos sabiam que tudo isso foi perpetrado intencionalmente para punir a Ucrânia e destruir a sua base nacional. Em memória das vítimas e para restabelecer a verdade histórica, a Ucrânia independente luta actualmente por uma melhor compreensão e reconhecimento do Holodomor, tanto dentro do paí­s como em todo o mundo.
As nossas acções não são ditadas por um desejo de vingança ou tendenciosas opiniões políticas. Sabemos que os próprios russos foram as principais vítimas de Stalin. A última coisa que passa por nossa cabeça é atribuir culpa aos actuais herdeiros do Estado Soviético. Nosso único desejo é, apenas, conseguir compreender o que realmente aconteceu. É por isso que o parlamento ucraniano aprovou no ano passado uma lei sobre o reconhecimento do Holodomor como acto de genocídio. Por isso, peço a nossos amigos e aliados para apoiar este ponto de vista. Quando o mundo é indiferente por causa da amnésia histórica, ou da falsificação da história, está condenado a repetir seus piores erros.
"Genocídio" é um termo muito pesado e alguns ainda contestam sua aplicabilidade para o que aconteceu na Ucrânia. Por isso, deve-se voltar à definição legal desse crime, consagrada na Convenção das Nações Unidas sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, datada de 1948. Assim, considera-se como genocí­dio “quaisquer actos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, a nível nacional, étnico, racial ou religioso”, qualquer desses grupos, incluindo “ deliberadamente infligir sobre o grupo condições de vida calculadas para trazer a sua destruição fí­sica, total ou parcial”. Holodomor é inteiramente coerente com esta definição. É digno de nota que isso se enquadra ao pensamento de Raphael Lemkin, um advogado cientista, que detém a autoria da Convenção sobre Genocídio.
Hoje em dia, existem muitos materiais históricos especificando os pormenores da política de colectivização forçada de Stalin e do terror de fome dirigido contra a Ucrânia. Outras regiões da União Soviética também foram fortemente afectadas. Mas a liderança soviética tinha uma finalidade velada para a perseguição e tortura de fome contra o campesinato ucraniano. Isto foi parte de uma campanha para reprimir a identidade nacional ucraniana e o desejo de soberania nacional. Como comentou alguns anos antes o próprio Stalin “não se tem um movimento nacional poderoso sem o exército camponês <...> essencialmente, a questão nacional é a questão camponesa”. Na tentativa de reverter a política de “ucrainização”, o que contribuiu para a limitada autonomia cultural e política, ao longo da década de 1920, Stalin decidiu derrubar o campesinato, que compunha 80% da nação. A resolução para a questão nacional da Ucrânia foi realizar um massacre por meio da fome.
Os métodos de Stalin incluíam uma determinação astronómica de recolhimento de produção agrícola para os estoques do Estado, que eram impossíveis de cumprir e que não deixava nada para alimentar a população local. Quando o plano não se concretizava, tropas eram enviadas à região. Até ao final de 1932, aldeias e regiões inteiras foram isoladas, transformadas em guetos de fome, cujos nomes foram registrados nas listas negras do Regime. Todo esse tempo, a União Soviética continuou a exportação de cereais para o Ocidente e até mesmo a produzir álcool. No início 1933, a liderança soviética decidiu reforçar radicalmente o bloqueio das aldeias ucranianas. Como resultado, todo o território da Ucrânia foi cercado por tropas e todo o país se transformou em um enorme campo da morte.
Um claro direccionamento anti – nacional de Stalin estava em curso de acção e percebia-se nitidamente uma campanha contra as instituições e os indivíduos que tinham contribuído para o desenvolvimento da vida cultural e social do povo ucraniano. Entre as vítimas destacamos: a Academia de Ciências da Ucrânia, a Editora da Enciclopédia Ucraniano – Soviética, a Igreja Ortodoxa Ucraniana e, no fim, o próprio Partido Comunista da Ucrânia. Foi uma campanha sistemática contra o povo ucraniano, a sua história, cultura, linguagem e estilo de vida.
O Holodomor foi um acto de genocí­dio, que foi concebido para esmagar o povo ucraniano. O facto de que a tentativa fracassou e agora a Ucrânia vive como uma nação independente e soberana, não dá o direito de diminuir a gravidade do crime. Também não nos isenta da responsabilidade moral de reconhecer o que ocorreu. No septuagésimo quinto aniversário, devemos, perante as vítimas do Holodomor e de outros genocí­dios ser justos em relação ao nosso passado.
Tradução: WSJ, 26.11.2007

terça-feira, abril 15, 2008

Se Shukhevych fosse judeu

Roman Shukhevych em outubro de 1943
O jornalista ucraniano Vakhtang Kipiani escreveu em 2008 um interessantíssimo artigo intitulado: “Se Shukhevych fosse judeu”. O artigo foi traduzido ao inglês pelo Stepan Bandera Neto.

Os trechos mais importantes do texto:

“Roman Shukhevych não era único nos métodos que usou na batalha. Mas os combatentes da liberdade de outras nações comportaram-se na mesma maneira, basta comparar as biografias de Shukhevych e Menachem Begin (chefe da organização para – militar judaica Irgun e primeiro – ministro de Israel em 1977 – 1983), ambos considerados fundadores do país por seus compatriotas”.
Menachem Begin após a sua prisão pelo NKVD como "agente britânico" em 1940
“Será que a história de Israel não tem seus próprios Banderas e Shukhevyches, os heróis fanáticos que sacrificaram as suas próprias vidas e as vidas de outros, colocando-os no altar da pátria? Naturalmente que sim. Do fato, a declaração de Independência de 14 de Maio de 1948 (de Israel), é escrita com o sangue dos centenas de soldados e de oficiais britânicos, para não mencionar milhares de palestinianos árabes (só durante a ataque bombista contra Hotel King David em Jerusalém, perpetuado pelo grupo Irgun, morreram 91 pessoas: 28 britânicos, 41 árabes, 17 judeus e 5 de outras nacionalidades). Contudo Israel não nega aos seus pais – fundadores um lugar no livro dos santos.”

“Compare duas biografias. Na sua juventude, general do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), Roman Shukhevych era membro da associação para – militar dos escuteiros ucranianos Plast, Menachem Begin era uma activista do grupo armado juvenil judaico Betar. O primeiro sonhava com a Ucrânia independente “do rio Syan até o Cáucaso”, na visão do escritor nacionalista ucraniano Mykola Mikhnovsky. O segundo sonhava sobre Eretz Israel na visão do seu mentor Vladimir Jabotinsky, ideólogo sionista de Odessa, que exortava a sua juventude “governar com o punho, marchar e ganhar a forja, serem laboriosos, renegar a delinquência; respeitar mulheres, as pessoas idosas, a oração e a democracia”. Soa como uma ordem para escuteiros de Plast!”

“Por ser membro da OUN, Shukhevych passou pelas prisões polacas, quando Begin foi enviado aos campos de concentração do GULAG. Ambos eram libertos graças à II G.M. Ucraniano entrou na clandestinidade da OUN, quando o companheiro judeu se alistou no Exército do general Anders, que era formado no território da URSS. O destino deu-lhe um presente: sua unidade foi destacada para o Jordânia no Oriente Médio. Em 1942 ele estava na terra prometida, como comandante do grupo armado Irgun (Etzel), cujo objectivo era libertar a Palestina da administração colonial britânica, “limpando-a” da população árabe abertamente hostil. No mesmo ano, Roman Shukhevych tomou o comando do UPA e também empreendeu uma guerra em dois frentes: contra os invasores soviéticos e alemães. Ambos os heróis eram procurados pelo inimigo, escondiam-se sob falsos nomes e documentos, mudando a aparência física.”

“Nos seus últimos anos como general do UPA, Shukhevych participou na democratização de OUN e na criação de um protó – Parlamento multi – partidário: Conselho Supremo Ucraniano de Libertação (UHVR). Continuou a comandar a resistência armada, enraizada na sua floresta nativa dos Cárpatos e morreu, tentando não cair no mão dos inimigos (NKVD), em 5 de Março de 1950”.

“Após a proclamação do estado de Israel, “o terrorista” e “assassino de soldados ingleses”, Begin transformou-se num político influente no Knesset. Demorou 17 anos da Independência, para que o Estado ucraniano honre a memória de Shukhevych”.

Ler o artigo em russo:
http://www.lab.org.ua/article/1423

Ler em inglês na tradução do Stepan Bandera Neto:
http://kyivscoop.blogspot.com/2008/04/last-month-vakhtang-kipiani-chief.html

segunda-feira, abril 14, 2008

Ucrânia a uma garfada

Uma pousada em Roncador, no interior do Paraná, Brasil, serve iguarias tradicionais da Ucrânia, “encurtando” a viagem à Europa


Foi na pequena vila de Peabiru, a 480 quilómetros da capital paranaense, que Marlene de Abreu nasceu e se criou. Mas o destino a levaria a estreitar laços com uma cultura vinda de muito, muito longe. No final da década de 1970, ela se casou com um filho de imigrantes ucranianos, que, saudoso da comida materna, cobrava que a jovem esposa também aprendesse as delícias da culinária daquele país.
Os primeiros contactos com as receitas ucranianas aconteceram através das mãos da sogra e da comunidade de origem ucraniana no município de Roncador, também no Paraná, onde o casal foi viver. "Na Festa de Santos Reis, por exemplo, eles fazem um jantar comemorativo e só há pratos típicos. Eu aproveitava para experimentar um pouco de cada coisa e ver o que eu gostava", lembra. Foi assim que se encantou pelo kutiá, uma sobremesa feita com grãos de trigo e frutas cristalizadas, consumida em diversas festas da comunidade.
Há seis anos, Marlene se separou do marido, mas não abriu mão das tradições da Ucrânia. "Meus três filhos passaram a apreciar a comida dos antepassados, e eu continuei a prepará-las", diz. Divorciada, lançou-se ao mercado de trabalho e acabou na cozinha da pousada Parque das Gabirobas, também em Roncador.
À época, os proprietários da pousada, dona Diva e seu Mariano, compravam de uma fornecedora da cidade o também ucraniano perohê (varenyky), uma espécie de pastel cozido. Mas logo Marlene tomou para si a responsabilidade de produzi-los. "Eu costumava fazer uns 60 deles por vez na minha casa, mas aqui preciso fazer 400", espanta-se.
Não foi apenas a quantidade que mudou. Como é preciso agradar ao paladar variado dos hóspedes, Marlene substituiu no perohê a ricota - que, por ser meio azedinha, não é uma unanimidade – pelo requeijão cremoso. Já nas primeiras investidas, o prato conquistou admiradores, que se deleitaram com seu sabor suave, geralmente acompanhado de polenta e frango caipira. "Quem fica dois, três dias hospedado aqui engorda mesmo", adverte, aos risos, a cozinheira.
A princípio, Marlene chegou à pousada apenas para auxiliar dona Diva nas lidas da cozinha. Aos poucos, entretanto, conquistou o reinado absoluto entre as panelas - ou quase. De vez em quando ela recebe um "puxão de orelhas" dos patrões, por carregar no sal. Nada que a desencoraje. "Aos pouquinhos, e com algumas broncas, vou aprendendo. Daqui a algum tempo, talvez eu possa me tornar uma cozinheira de verdade". Modéstia, Marlene.

Fonte:
http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1671263-1488-1,00.html
http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania

Ucranianos entre Brasil e Paraguai

Recentemente, o Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr. Volodymyr Lákomov, visitou a Central Hidroeléctrica de Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Durante a sua visita, Embaixador “descobriu” vários trabalhadores de descendência ucraniana, dos dois lados da fronteira.

Resgatando suas raízes e exercitando orgulhosamente o idioma dos ancestrais há décadas conservado, os empregados da Itaipu descendentes de ucranianos receberam com entusiasmo, no Centro de Recepção de Visitantes (CRV), o Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr. Volodymyr Lákomov, quando este visitou Itaipu, recentemente. Miguel Zydan Sória, da Assessoria de Planeamento Empresarial, Pedro Prybicz, da Divisão de Manutenção Electrónica, e Pedro Lylyk, que trabalha da Divisão de Operação do Sistema.

Miguel Z. Sória fez um levantamento e constatou a existência de nove descendentes de ucranianos no quadro de empregados da Itaipu. Mas reconhece que esse número pode ser maior. "Se alguém ficou de fora pode me avisar", disse.

O paraguaio Lylyk domina o idioma ucraniano e levou ao CRV a relíquia que o ajuda a enriquecer seu vocabulário: um dicionário ucraniano – espanhol editado há mais de 70 anos. Vindos da Ucrânia, seus pais chegam em Encarnación, no Paraguai, em 1937. Para Sória, a presença do embaixador na hidroeléctrica teve um significado especial. "Ela valoriza a nossa cultura e ajuda a reforçar a binacionalidade da Itaipu, que tem descendentes de ucranianos em ambas as margens", ressaltou.

Brasil
- Eron Marcio Nyznyk
- Eugenia Hanchuk
- Florence Serpa Antoniuk Paganini
- Miguel Augusto Zydan Sória
- Pedro Prybicz
- Vera Lucia Graniska Ingeinczaki

Paraguai
- Andres Ivasiuten Havrelechen
- Pablo Gorejko Dmitruk
- Pedro Chudyk Lylyk

Fonte:
http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania/descendentes_ucranianos.html

sexta-feira, abril 11, 2008

Blog do Bandera

Proponho vós o blog do Stepan Bandera, neto do líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), Stepan Bandera, assassinado pela KGB em 1959 em Munique.

Foto da cortesia da avo Oksana (última da direita), que vive na cidade de Striy (província de Lviv). O rapaz loiro no centro, é Bohdan, o irmão mais novo da família Bandera, a sua sorte exacta é desconhecida até os dias de hoje...

http://kyivscoop.blogspot.com/

Exposição do Holodomor em Portugal

Exposição "Holodomor (Fome) de 1932-1933 na Ucrânia" entre dia 10 de Abril a 9 de Maio de 2008

A Biblioteca Municipal Dr. Carlos Nunes Ferreira em Alcanena recebe, a partir do próximo dia 10 de Abril, a exposição "Holodomor (Fome) de 1932-1933 na Ucrânia".A inauguração da exposição, que retracta um acto de genocídio contra o povo ucraniano, terá lugar às 19:00h do dia 10 de Abril de 2008 e contará com a presença do Primeiro Secretário do Embaixada da Ucrânia em Portugal.
Visite esta exposição, que estará patente na Biblioteca Municipal de Alcanena até ao próximo dia 9 de Maio.

Ver notícia no sítio do Conselho de Alcanena

Tocha internacional do Holodomor

A sua jornada começou na cidade de Camberra, Austrália, dia 6 de Abril de 2008

Por: Marichka Halaburda

Canberra became the international focus this Sunday April 6, 2008 when the International Torch Relay – Remembrance Flame was lit by Mr Stefan Romaniw, Chairman of the Australian Federation of Ukrainian Organizations and Ukrainian World Congress International Coordinating Committee of the 75 Anniversary of the Holodomor. Stefan Romaniw in his address highlighted the purpose of the Torch activity is to raise awareness of the Famine in Ukraine in 1932-33 on the occasion 75th Anniversary of the Famine and to continue Ukraine’s commitment to have the Famine recognised as an Act of Genocide by the United Nations.
The Torch and Flame will now travel to 33 countries and end its journey in Ukraine in November of this year in memory of the 7-10 million people starved to death as a result of Stalin’s’ forced collectivisation program .

The Flame began its journey in Australia with the historic lighting of the Flame, which was held on Sunday April 6, 2008 at 1.00 pm. at the Holodomor Memorial St Nicholas Ukrainian Autocephalic ( UAOC) Orthodox Church Grounds Mackay Gardens, Turner.
Sunday’s ceremony included a Torch Blessing by the Reverend Mychailo Solomko of the Ukrainian Autocephalic Orthodox Church and the Rev. Oleh Stefanyschyn of the Ukrainian Catholic Church and the official lighting of the Torch by the International Committee Chair Stefan Romaniw and Ambassador of Ukraine Valentyn Adomaytis who passed to the survivors of the Famine – Mrs. Aleksandra Kryvoschyjia and Mrs. Janeczko. Following the lighting of the torch, the survivors passed on the torch to youth representatives of the Ukrainian community and to Senator Gary Humphries of the Australian Parliament, who attended with his son, Owen.

The International Torch is an official initiative of the Ukrainian Government and the Ukrainian World Congress. Internationally Communities which host the Flame will have an opportunity to organize events in conjunction with its arrival.
On 17 April 2008 Ukraine's Ambassador to Australia, Valentyn Adomaytis, and Chairman of the Australian Federation of Ukrainian Organizations and chair of the International Coordinating Committee, Stefan Romaniw will travel to Toronto for the handling over the torch ceremony to the Ukrainian communities in North America.

Fotos:
http://picasaweb.google.com/marichka.halaburda/642008ALBUM1
http://picasaweb.google.com/marichka.halaburda/HOLODOMORINTERNATIONALTORCHRELAYAUSTRALIAALBUM2
http://marichka2.multiply.com/photos/album/139
http://www.flickr.com/photos/85103924@N00/
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quinta-feira, abril 10, 2008

Guto Pasko no Fórum das Entidades Culturais

Guto Pasko é eleito membro do Fórum das Entidades Culturais de Curitiba, Paraná, Brasil

No último dia 28, em Assembleia Geral com regime de voto aberto, os membros do Fórum das Entidades Culturais elegeram nova coordenação para o período 2008/2009. O fórum é formado por sete áreas da Cultura e todas estão representadas na Coordenação.

A nova direcção é a seguinte:

Coordenadora Geral – Waltraud Sekula
Coordenadora Adjunta – Eliane I. Berger
Membros do Colegiado: Yara Sarmento, Giovani Cesconeto, Guto Pasko, Ana Carmen de Oliveira, Mara Sperandio, Loire Nissen, Hellen Carvalho; Oswaldo E. Aranha, Alzeli Basseti, Manoel José de Souza Neto, Julmar Leardini, Salete Cercal.

A Assembleia criou espaço para treinamento e preparação de futuros candidatos, e um cargo de secretária – assistente. E vai trabalhar apor uma série de objectivos:
- Ampliação do seu contacto com as entidades de classe devidamente instituídas e com os artistas, técnicos, produtores e agentes culturais independentes;
- Continuar na defesa dos interesses comuns e colectivos das 7 áreas da cultura;
- Criar um cronograma de prioridades e metas a curto, médio e longo prazo;
- Desenvolvimento de sítio da Internet próprio;
- Reformular o estudo das propostas políticas das 7 áreas para a adequação do Programa Político Cultural para o Município de Curitiba a ser entregue aos pré – candidatos à Prefeitura. Deixar este Programa à disposição de quem por ele se interessar, ou seja, outros municípios poderão utilizá-lo como orientação para suas reivindicações junto ao poder público;
- Continuar as negociações para a instituição do Fundo Estadual de Cultura, do Conselho Estadual de Cultura, de alternativas para a Lei Estadual de Cultura, e da reavaliação do Programa Conta Cultura, já que é do interesse da classe artístico – cultural;
- Levar ao conhecimento do público e do poder instituído as propostas desta gestão à área em pauta.

quarta-feira, abril 09, 2008

Presidente ucraniano em África

Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko, está de visita à Grande Jamahiriyah Socialista Popular da Líbia Árabe (Líbia), onde se encontrou com chefe do estado líbio, coronel Muammar Khadafi.

Durante o encontro entre os líderes de dois países, foram discutidas as questões de cooperação económica e comercial, pesquisas de petróleo, agricultura, cosmos, aeronáutica civil e transportes, nomeadamente a possibilidade da Ucrânia construir no país caminhos de ferro e pontes.

Presidente ucraniano também propôs aumentar o número dos estudantes líbios a formarem-se na Ucrânia nas especialidades ligadas às indústrias do gás, petróleo, aeronáutica civil e agricultura.

Além disso, a Ucrânia está propor introduzir os melhoramentos na legislação de dois países, para garantir a defesa dos direitos dos cidadãos, nomeadamente a extradição mútua nos casos civis e criminais (na Líbia existem casos dos médicos ucranianos que vivem em regime de semi – escravidão, vítimas das acusações absurdas e multas milionárias).

Tendo em conta do que no biénio 2008 – 2009, a Líbia é o membro não permanente do Conselho da Segurança do ONU, durante a visita do líder ucraniano também foram discutidas as questões de segurança internacional; luta contra o terrorismo; contra o comércio ilegal das armas e o crime organizado; reformas da ONU; resolução das crises em Darfur e Kosovo; a questão da Palestina, entre outros.

Viktor Yushchenko levantou a questão do possível reconhecimento pela Líbia do Holodomor, como acto do genocídio contra o povo ucraniano. A delegação da Líbia foi oficialmente convidada para participar nas comemorações do 75º aniversário do Holodomor, que será lembrado em toda a Ucrânia e na Diáspora nos dias 21 – 22 de Novembro de 2008.

Durante a sua visita, Presidente ucraniano visitou as ruínas da cidade Leptis Magna, fundada pelos fenícios e que situa-se à 140 quilómetros da capital da Líbia, Trípoli. Viktor Yushchenko disse que essa cidade lhe lembrou a cidade ucraniana de Quérson e que gostaria de aprender a experiência da Líbia em transformação da sua cidade em Património Mundial da UNESCO. No lado ucraniano, o trabalho árduo de tratar o Quérson dignamente, foi entregue ao Yuriy Yekhanurov, Ministro da Defesa da Ucrânia.

Fontes:
http://www.president.gov.ua/news/9539.html
http://www.president.gov.ua/news/9561.html
http://ledilid.livejournal.com/148081.html

Fotos:
Mykola Lazarenko(с)

Homenagem ao Taras Protsyuk

Ontem, na Ucrânia, tiveram o lugar as homenagens fúnebres em memória de Taras Protsyuk, jornalista da REUTERS (única notícia sobre morte do Taras Protsyuk que encontrei na página da REUTERS), ucraniano de 35 anos, morto em Abril de 2003, em Bagdade, quando tanque americano disparou contra o hotel “Palestine” da capital iraquiana, onde estava hospedada a maior parte da imprensa estrangeira. Junto com Taras Proysyuk morreu José Couso, o operador da câmara da estação televisiva espanhola Telecinco. O comandante do tanque, sargento Shawn Gibson da 3ª Divisão da Infantaria do Exército dos EUA foi absolvido pela justiça espanhola.

Taras Protsyuk deixou mulher e um filho, com oito anos, na época. Até agora os EUA não pagaram qualquer indemnização à viuva e ao filho do jornalista ucraniano, alegando tratar-se de uma “situação normal da guerra”.

Putin ameaça Ucrânia

Putin ameaça integridade territorial da Ucrânia, caso este país adira à NATO

Segundo o jornal russo Kommersant, a Abkházia e a Ossétia do Sul serão reconhecidas como Estados independentes pela Rússia para criar uma "zona – tampão" com a Geórgia, caso este país adira também à Aliança Atlântica.

O Kommersant escreve que Putin, nesse encontro com os dirigentes dos países – membros da NATO, teria confirmado que a aproximação da Aliança das fronteiras da Rússia é uma ameaça à segurança do seu país e prometeu responder com medidas adequadas, tendo deixado no ar, nomeadamente, a ameaça do reconhecimento da independência da Abkházia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia, apoiando-se no precedente do Kosovo.

"O Presidente Putin - afirmou um membro da delegação de um dos países da NATO citado pelo Kommersant - falou calmamente sobre a Geórgia e como que de passagem. Mas, quando se começou a falar da Ucrânia, Putin explodiu".
"Dirigindo-se a Bush, - prosseguiu a fonte -, Putin disse : "George, tu não compreendes que a Ucrânia nem sequer é um Estado! O que é a Ucrânia? Parte do seu território é a Europa de Leste, mas parte, e parte significativa, foi oferecida por nós!". E aqui deu a entender muito claramente que se ousarem aceitar a Ucrânia na NATO, esse Estado simplesmente deixará de existir. Ou seja, de facto, ameaçou que a Rússia pode dar início à separação da Crimeia e do Leste da Ucrânia".

O Kremlin não reagiu a estas revelações, mas o diário chama a atenção para o facto de, no dia seguinte ao do encontro NATO – Rússia, os analistas próximos do poder russo terem começado a falar, nos canais de televisão públicos, de que a entrada da Ucrânia na NATO poderá conduzir à desintegração dessa antiga república da URSS e que, por isso, a Ucrânia jamais ingressará na Aliança Atlântica.

Ao mesmo tempo, alguns especialistas citados pelo Kommersant consideram que o adiamento da adesão da Ucrânia e da Geórgia à Aliança Atlântica se deve à necessidade de Bush precisar do apoio da Rússia para o transporte de material militar e logístico para o Afeganistão, porque a derrota dos taliban é um dos objectivos do Presidente norte-americano a realizar antes das presidenciais no seu país.
Caso este objectivo seja conseguido, continua o jornal, a Rússia perderá uma das alavancas de pressão sobre a NATO e a Aliança poderá anunciar a adesão da Geórgia e Ucrânia em Dezembro.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. 2008-04-07 17:40:01
http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania

terça-feira, abril 08, 2008

Lviv terá café masoquista

No dia 6 de Abril, na cidade ucraniana de Lviv foi inaugurado um café original, dedicado ao masoquismo e ao seu fundador, natural de Lviv, Leopold von Sacher-Masoch.

As portas de vidro no “Masoch-Cafe” terão a forma de buraco de fechadura, pois Leopold von Sacher-Masoch adorava espreitar outros a fazerem amor, os interiores são ornamentados com algemas, correntes e cassetetes. “Os fregueses poderão pega-los e usa-los”, - está rindo-se um dos autores da ideia, Yuri Nazaruk.

Os serventes têm como uniforme vestes de cabedal preto, o menu possui vários pratos afrodisíacos que evocam o desejo sexual: salada “Banho e cassetete”, prato quente “Não apreces o final”, fondue de chocolate “12 princípios da libertinagem”, fruta com nata “Cabeçada da paixão”.

As opiniões dos próprios moradores de Lviv dividem-se: acham que o café vai trazer mais turistas, mas que não está de acordo com o “espírito religioso católico da cidade”. Confessam que vão visitar o café, mas que este não será o seu “ponto de encontro” habitual e querem que o café saia do centro da cidade por causa da ... vergonha. Enfim, quem conhece os ucranianos em geral e os da Galiza em particular, sabe que estas são respostas típicas dos “nashi lyude”...

Daqui a uma semana, na entrada do “Masoch-Cafe” será inaugurado pequeno monumento do Sacher-Masoch. O monumento de bronze com estatura de 1.70, terá uma particularidade, será possível meter a mão no bolso das calças do escritor, para apalpar o seu “BI”, dizem que isso dá sorte... Alem disso, no peito do escritor será montada uma lupa, que permitirá ver os desenhos eróticos. O monumento custou cerca de 15.000 USD.

Leopold von Sacher-Masoch nasceu em Lviv em 1836 na família do Director da Polícia de Lviv (austríaco de origem espanhola) e ucraniana Charlotte von Masoch, filha do reitor da Universidade de Lviv.

Sacher-Masoch faz parte da história da literatura mundial não apenas como “pai” do masoquismo, para os leitores primeiramente alemães e franceses e europeus em geral, ele divulgou a vida popular da Europa do Leste, foi considerado “poeta nacional da Galiza ucraniana”.

Em 1886, durante a sua viagem ao Paris, escritor foi recebido em audiência pelo Presidente francês e condecorado com a Cruz da Legião de Honra. Sacher-Masoch morreu em 1895, mas a urna com os seus restos mortais foi destruída num incêndio em 1929.
Sítio do cafe na Internet:

sexta-feira, abril 04, 2008

Filme erótico ucraniano

Em Kyiv, no cinema “Butterfly – Ultramarin”, teve lugar a pré – mostra do primeiro filme erótico ucraniano “Sappho. Amor sem limites”.

O filme “Sappho. Amor sem limites”, foi produzido na Crimeia, pelo novo estúdio ucraniano “Yalta Film”. É uma história de um triângulo amoroso entre casal americano Sappho (Avalon Barrie), Phil (Todd Soley) na sua lua de mel e a Helene (Lyudmila Shiryaeva), a filha do arqueólogo russo Professor Orlov (actor ucraniano Bohdan Stupka).

A história tem lugar nos anos 1920 na ilha grega de Lesbos e lembra a lenda grega sobre a poetisa Safo (Sappho), que foi a “responsável” pelo termo lésbica. Mas o papel importante cabe à própria natureza da Crimeia, que tem sítios lindíssimos, muitíssimo parecidos com as ilhas gregas. A música no filme é de Mikis Theodorakis e da sua filha Maro Theodorakis.

O filme foi dirigido pelo realizador Robert Crombie, ele próprio também autor do guião. Na conferência de imprensa Robert Crombie contou que filme ucraniano foi o seu primeiro trabalho no cinema “à sério”, pois até agora ele era conhecido por fazer a publicidade nos EUA e Rússia. Sr. Crombie disse que já muito tempo queria fazer um filme deste tipo: “Este não é o filme sobre amor lésbico, isso é filme sobre o amor impossível. Aqui existe a paixão, que é considerada proibida. Amor muitas das vezes é considerado como força destruidora”.

Actriz Avalon Barrie estava ansiosa por filmar na Ucrânia, pois os seus avos nasceram em Kyiv. Ela também adorou a paisagem e a cozinha ucraniana. Ela encaixou-se muito bem no papel da sua heroina: “Eu demorei me tornar a minha heroina, pois não tenho nada parecido com ela no meu caracter. Mas se és obrigado durante quatro meses ser uma outra pessoa, então os elementos do caracter dela fazem marcas em ti. Por exemplo, agora fiquei loira, embora sou morena e antes nunca pintei o cabelo”.

Actor Todd Soley também adorou a Ucrânia: “Acho que Crimeia é uma pérola. Quando estou com amigos, eles já me querem dar um tiro, pois falo muito sobre a Crimeia. Filmar lá era uma maravilha”.

Actriz Lyudmila Shiryaeva que antes deste filme só fazia pequenos papeis nos seriados russos disse que logo depois de ler o cenário, achou que o papel só poderia ser dela: “Trabalhei com muita vontade. Único problema que lembro, era filmar as cenas eróticas numa pedra fria”.

O filme custou 5 milhões de USD (outros dados apontam 6 milhões) e foi lançado nos cinemas ucranianas à partir do dia 5 de Março. Mas o mercado ucraniano sozinho não consegue garantir o retorno de investimento, por isso o filme será dublado em ucraniano, inglês e russo. O estúdio Yalta Film tentará vender o seu produto na Rússia, Grécia e outros países europeus.

Fonte: