quarta-feira, novembro 28, 2007

Liberdade para a Gillian Gibbons!


Cinema luso – ucraniano

Entre vários filmes apresentados na edição de 2007 do COMMFFEST, Festival do Cinema Comunitário (Canada), na série I, Programas juvenis, foi exibida a curta metragem “My Brother” (Meu irmão), realizado por Pavlo Marques – Vandiak, jovem canadiano de apenas 13 anos, filho de mãe portuguesa e pai ucraniano.

Filme “My brother” é uma narrativa de uma menina de 11 anos (a irmã do herói e do realizador), preocupada com os comportamentos destrutivos do seu irmão mais velho. O filme demorou cerca de uma semana para ser produzido, mais três dias levou o Pavlo Marques – Vandiak a montagem do produto final.

COMMFFEST, Festival do Cinema Comunitário (Canada) é uma organização da caridade registada, que combina as exibições públicas com os fóruns para que os indivíduos e as comunidades pudessem praticar o diálogo sobre os assuntos sociais e do intercâmbio cultural, através da poderosa linguagem do cinema em todos os géneros.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Turistas ucranianos em Moçambique

Depois de longos anos de ausência (bom, mais honestamente será dizer: pela primeira vez desde sempre), os turistas ucranianos começam aparecer em Moçambique, apreciando as suas lindas praias e oportunidades de fazer o eco – turismo ou pesca desportiva.

Semana passada um grupo de turistas ucranianos pertencente à classe económica alta e média – alta, escalou o Moçambique (nomeadamente a Ilha de Inhaca, onde foram hospedados no hotel Pestana Inhaca), para fazer a pesca desportiva e eco – turismo (grupo chegou a apreciar as baleias!)

Tratava-se de um grupo de amigos de longa data, que sempre viaja juntos e já fiz o turismo em vários continentes. Moçambique foi escolhido por eles em detrimento da Quénia, valendo à pena quer pelas belezas naturais do país, quer pela hospitalidade das pessoas, quer pelo facto de poderem encontrar aqui uma pequena, mas orgulhosa comunidade ucraniana, implantada maioritariamente na capital moçambicana, cidade de Maputo.

Gostando de estar em Moçambique, esperamos que pelo menos alguns dos elementos do grupo voltam cá mais vezes, e mais importante, passam a palavra carinhosa sobre o Moçambique aos seus amigos & familiares ou simplesmente companheiros de negócios na Ucrânia e no resto da Europa.

Ukraine commemorates 75th anniversary of Holodomor

KIYV (AFP) – Ukraine mourned Saturday the millions who died in the Soviet-era Great Famine (Holodomor) of 1932 – 1933 which remains a bone of contention between Kyiv and Moscow, with flags at half-mast and a solemn religious service.

"It was a genocide, an attempt to subjugate the nation, deliberately planned and put into effect," charged pro-Western President Viktor Yuschenko in a speech to thousands gathered in the centre of the capital.
"Its organizer and executor was the communist totalitarian regime," he said, adding that "the crimes of bolshevism and communism are identical to those of Nazism."
Some four to 10 million people are estimated to have starved to death as a result of a Soviet programme of forced collectivization launched by dictator Josef Stalin in 1932.
Ukrainian farmers had their produce confiscated and the Soviet authorities also blocked food supplies into Ukraine in what some historians have argued was a deliberate attempt by Stalin to crush a drive for independence.
For years Kyiv has been trying to get the United Nations to recognize the famine as "an act of genocide" committed against the Ukrainian people, though pro-Russian Ukrainians say it resulted from ideological error.
A law officially calling the famine Genocide was passed only last year by the Ukrainian parliament, and by a slim majority.
Saturday's commemorations began in the 11th century St Sophia's cathedral in central Kyiv in a service televised live and attended by Yushchenko and his family. They were flanked by interim Prime Minister Viktor Yanukovich, a pro-Russian, and ministers representing the gamut of the country's political parties.
"We pray for the peace of God's servants killed by the famine in Ukraine," a priest wearing a gold chasuble chanted, and a choir responded, "Eternal memory."
The president then led several thousand people bearing flags adorned with black ribbons to a monument to the victims of the famine, followed by a minute of silence across the country.
The gathering, including Yushchenko, then began lighting thousands of candles on central Saint Michael's Square.
In his speech the president called the famine the "greatest catastrophe" to have struck Ukraine, and urged "world condemnation of communist terror" that had killed innocent people, including Russians, Belarusian and Tatars as well as Ukrainians.
Sr. Vasyl Kavun canta Holodomor http://www.nashholos.com/uploads.htm
Música do Andrij Bohomolnyj, letras do poeta/autor Vasyl Vasylashko.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Aniversário da Revolução Laranja

Revolução Laranja celebra estes dias o seu terceiro aniversário

A Revolução Laranja (em ucraniano: Помаранчева революція) foi uma série de protestos e eventos políticos, ocorridos entre 2004 e 2005, que tomou diversos lugares de toda a Ucrânia, em resposta à fraude e corrupção eleitoral directa e intimidação por votos, durante a eleição presidencial ucraniana de 2004.

Os protestos começaram depois de amplo conhecimento público de que os resultados da votação de 21 de Novembro de 2004 entre os principais candidatos, Viktor Yushchenko e Viktor Yanukovych, foram manipulados em favor do último. A eleição foi mantida pela lei ucraniana devido aos resultados oficiais da eleição presidencial ocorridas em 31 de Outubro de 2004, na qual não houve candidato que obtivesse mais de 50% dos votos totais. O vencedor das eleições se tornou o terceiro presidente da Ucrânia desde sua independência, em 1991, após a queda da União Soviética.

A cor laranja foi adoptada pelos protestantes como a cor oficial do movimento por ter sido a cor da campanha eleitoral do principal candidato da oposição, Yushchenko. O símbolo da solidariedade com o movimento de Yushchenko na Ucrânia foi uma fita laranja ou uma bandeira com o slogan "Так! Ющенко!" ("Sim! Yushchenko!").

Enquanto milhões de ucranianos manifestavam diariamente em Kiyv, capital da Ucrânia e centro da Revolução, onde militantes e simpatizantes de Yushchenko ficaram acampados em tempo integral, a acção foi destacada por uma série de protestos por todo o país, com protestos pacíficos e uma greve geral organizada pela oposição, seguida de disputas pelo resultado das eleições presidenciais.

Em grande parte devidos aos efeitos do movimento da oposição, os resultados da corrida eleitoral foram anulados e uma segunda eleição foi ordenada pela Suprema Corte da Ucrânia para 26 de Dezembro de 2004. Sob uma intensa fiscalização na contagem de votos, a segunda votação foi aceite por observadores locais e internacionais como livre e justa. Os resultados finais mostraram uma clara vitória de Viktor Yushchenko, que recebeu 52% dos votos, enquanto Yanukovych recebeu cerca de 44%. Viktor Yushchenko foi declarado o vencedor oficial e, com sua posse em 23 de Janeiro de 2005, em Kyiv, a Revolução Laranja obteve pleno êxito.

Estudantes brasileiros e Holodomor

Com a marca da comemoração das vitimas do Holodomor, cuja memória dos 75 anos é lembrada por todos os ucranianos do mundo, no dia 19 de Novembro, com o apoio da Embaixada da Ucrânia no Brasil, a faculdade jurídica da Universidade Católica de Brasília organizou conferência cientifica, dedicada a este tema trágico.
Os participantes da conferencia, relacionaram o Holodomor com o sistema político, notaram a sua natureza artificial e expressaram uma grande preocupação sobre possibilidade de expansão do sistema totalitário comunista no continente da América do Sul.
Nestas conferência participou o Segundo Secretário da Embaixada da Ucrânia Yuliy Tatarchenko que fez uma palestra o com tema “Actas jurídicas de 1932-1933 como reflexão do sistema soviético”.
Os participantes assistiram um filme documental sobre o tema de Holodomor, com um minuto de silêncio em memória das numerosas vitimas.
Na foto: professores e estudantes da Universidade Católica – participantes da conferência “Holodomor 1932 - 1933”.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Convocatoria del Presidente de Ucrania

Convocatoria del Presidente de Ucrania a los ucranios del Mundo con motivo del recordatorio del 75º aniversario del Holodomor de los años 1932 -1933

¡Queridos ucranios del mundo!
¡Hermanos y hermanas!

En estos días Ucrania comienza el recordatorio del 75º aniversario del Holodomor de los años 1932-1933.
El Holodomor – es una de las catástrofes más terribles padecidas por el hombre en la historia de la humanidad. A merced de una conciente y perfectamente planeada política del régimen totalitario comunista, fueron aniquilados millones de nuestros compatriotas. Por su dimensión impactante, el Holodomor superó en cantidad las pérdidas sufridas por nuestro pueblo durante la Segunda Guerra Mundial. Aún hoy padecemos las consecuencias de este terror despiadado, conducente a un metódico exterminio de la nación Ucrania.
Las acciones del régimen totalitario exigen una condena mundial. La diplomacia ucrania y los ucranios en el exterior aportaron grandes esfuerzos para lograr, por parte de la comunidad mundial y de las organizaciones internacionales, el reconocimiento del Holodomor como genocidio del pueblo ucraniano. Es preciso continuar esta tarea, con ahínco y constancia, para demostrar al mundo en su total magnitud la verdad sobre los funestos tiempos pasados.
En todo lugar donde esté representada nuestra comunidad, debe ser recordada y dignamente homenajeada la memoria de las inocentes victimas del Holodomor. Convoco a todos ustedes a participar activamente en la organización de centros de divulgación, programas de enseñanza y exposiciones sobre los trágicos acontecimientos de los años 1932 -1933.
Un llamado especial a los jóvenes ucranios en todo el mundo. Les pido respondan a mis palabras con el máximo ahínco y constituyan una base ferviente para forjar la tarea de desvelar al mundo la verdad sobre el Holodomor.
Formulo un llamado respetuoso a los ucranios del mundo y a todas las personas de buena voluntad, con prescindencia de su origen, para que el 24 de noviembre, enciendan velas por todo el planeta en memoria de las víctimas del Holodomor.
Extiendan esta luz de la verdad en cada pueblo, en cada país y, en noviembre del año 2008 concéntrenla en una sola vela en Ucrania, para que sea un eterno y perenne símbolo de congoja por los millones de hermanos y hermanas desaparecidos, de nuestra unidad y nuestra fe en la inquebrantable fuerza del pueblo ucranio.
Nuestro deber: unificar los esfuerzos y realizar todo lo posible para que estas trágicas páginas de la historia jamás sean olvidadas.
¡Ucrania recuerda! ¡El Mundo reconoce!


Victor YUSHCHENKO, 19 de Noviembre de 2007

Tradução: ACh

Mensagem do Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko

Mensagem do Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko à comunidade ucraniana do Mundo por motivo da comemoração dos 75 anos do Holodomor de 1932 – 1933

Queridos representantes da comunidade ucraniana no Mundo!

Irmãos e Irmãs!

Nestes dias a Ucrânia começa a comemorar o 75º aniversario do Holodomor de 1932 – 1933.
O Holodomor é uma das mais horríveis tragédias na historia da Humanidade. A consequência de uma política bem planificada e conscientemente realizada pelo regime totalitário comunista foi a aniquilação de milhões de nossos compatriotas. Segundo sua escala horrorosa o Holodomor superou as perdas do nosso povo durante a Segunda Guerra Mundial. Até agora nós sentimos as consequências daquele impiedoso e brutal terror, dirigido a um extermínio planificado da Nação ucraniana.
As acções do regime totalitário precisam ser julgadas pela comunidade internacional. Os diplomatas ucranianos, junto com a comunidade ucraniana mundial contribuíram muito pelo reconhecimento do Holodomor como genocídio da Nação ucraniana pela comunidade internacional e as suas instituições.
Por todas as partes, onde há nossa comunidade, deve ser preservada e dignamente comemorada a memória das vitimas inocentes do Holodomor. Clamo a todos à ajudarem na instalação dos centros de informação, programas educativos e exposições, dedicadas àqueles anos trágicos de 1932 – 1933.
Uma palavra especial aos jovens ucranianos no mundo. Peço responder as minhas palavras e com maior dedicação revelar um trabalho para apresentar ao mundo a verdade sobre o Holodomor.
Com todo respeito apelo a comunidade mundial e a gente de boa vontade, independentemente da descendência, no dia 24 de Novembro por todo mundo acender uma vela em memória às vitimas do Holodomor.
Entreguem este testemunho de verdade a cada povo e estado no mundo, para que no mês de Novembro de 2008 elas voltem como uma vela única à Ucrânia como um símbolo eterno e não perecível de nosso luto pelos milhões de irmãos caídos, símbolo de nossa unidade e fé da força inquebrantável do Povo ucraniano.
O nosso dever é unir as forças e fazer todo o possível para que estas páginas trágicas da História nunca sejam esquecidas!

A Ucrânia lembra! O Mundo reconhece!

Filme Made in Ucrânia em DVD

Informamos a todos que o DVD do filme “Made in Ucrânia” estará disponível para aquisição a partir do dia 05 de Dezembro de 2007. O DVD terá em seu menu 05 opções de legendas / idiomas: português, ucraniano, inglês, espanhol e italiano.

Valor: R$ 50,00 (cinquenta reais) – cerca de 30 USD
Pagamento: À vista ou antecipado via depósito bancário para residentes fora de Curitiba.
Entrega: Imediata ou via postal para pessoas residentes fora de Curitiba.
OBS: Será cobrado o valor do envio quando o DVD tiver que ser enviado para outra cidade.
A primeira tiragem será limitada. Os interessados já podem efectuar o seu pedido:
Tel: + 55 41 3362-2525 GP7 Cinema
Tel: + 55 41 9152-3206 Guto Pasko
Tel: +55 41 9175-8413 Andréia Kaláboa
E-mail: madeinucrania arroba gp7cinema ponto com

A comunidade e/ou entidade que tiver interesse em ser um ponto de venda local deverá entrar em contacto. Em breve divulgaremos a lista completa dos pontos de venda espalhados pelo Brasil.

A pirataria é crime! Os direitos patrimoniais do filme pertencem a GP7 Cinema. Gostaria de pedir a todos para combaterem esta prática. Infelizmente já existem cópias do filme sendo pirateadas, mesmo antes do DVD ter sido oficialmente lançado.

Atenciosamente,
Guto Pasko
Director e Produtor

terça-feira, novembro 20, 2007

OE em Munique

O famoso grupo rock ucraniano, Okean Elzy vai dar o concerto na Alemanha, na cidade de Munique, no dia 23 de Novembro de 2007. O concerto faz parte da digressão, que o grupo esta fazer pela Europa, promovendo o seu álbum “Ya idu dodomu“ (Eu vou para casa). O concerto terá lugar no clube “Backstage“, com início às 21h00.
Vídeos no YouTube:
Ne pitay & Bez boyu & Veseli chasy

МGOU "Chetverta hvylya"
Rede Mundial de Informação Ucraniana
Notícias, 19.11 .2007

quinta-feira, novembro 15, 2007

Conselho da União Européia e Holodomor

O Presidente do Partido Popular Europeu, Joseph Daul, convidou o Conselho da União Européia a reconhecer o Holodomor na Ucrânia de 1932 – 1933

BRUXELAS, BÉLGICA, 14 de Novembro. O presidente da força política mais importante e influente no Parlamento Europeu – Partido Popular Europeu – Democratas EuropeusJoseph Daul, convidou o Conselho da União Européia a reconhecer o Holodomor 1932 – 1933 na Ucrânia como o genocídio contra a nação ucraniana. O político solidarizou-se com o povo ucraniano que sofreu as perdas humanas maciças em 1932 – 1933. “Eu gostaria de pagar o tributo da homenagem a ucranianos mortos e gostaria que a minha força política expedisse uma Recomendação sobre o Holodomor na Ucrânia ao Conselho da União Européia, - disse Joseph Daul. As recomendações esboçadas pelos democratas Europeus recomendarão ao Conselho da UE reconhecer o genocídio contra a nação ucraniana e condenar a atividade do regime soviético contra a nação ucraniana, que veio junto com assassinato maciço dos ucranianos e violação de direitos humanos. Joseph Daul lembrou que a Ucrânia marcará o 75º aniversário do Holodomor, que ceifou a vida de cerca de 10 milhões de ucranianos.

Embaixada da Ucrânia no Brasil

quarta-feira, novembro 14, 2007

Viktor Yushchenko em Israel

Presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko e a Primeira Dama, Sra. Kateryna Yushchenko - Chumachenko deslocaram-se ao Israel, onde visitaram a cidade de Jerusalém, o Murro de Lamentações (Presidente deixou nele um bilhete) e o sistema de caminhos subterrâneos debaixo deste.

Alem disso o casal presidencial visitou a Igreja de Todas as Nações, onde Presidente ucraniano prestou a homenagem à pedra, onde pela última vez Jesus Cristo fez a sua oração. Viktor e Kateryna Yushchenko também visitaram o Jardim do Getsêmani e acenderam as velas junto a ícone de Virgem Maria na tumba de Maria, Mãe de Deus.

No encontro com os representantes da União Israelita de Retornados da Ucrânia e da Comunidade Ucraniana de Israel, Viktor Yushchenko apelou à abolição do regime de vistos entre os dois países.

Neste encontro, Viktor Yushchenko também chamou a atenção ao facto do que OUNUPA não são responsáveis por nenhum acto anti-semita, que o seu programa e estatuto não tinha nenhum ponto anti-semita e lembrou o facto, do que vários judeus combateram nazismo e comunismo nas fileiras da guerrilha ucraniana.

Espanhol apaixonado pela Ucrânia

Espanhol Igor Barrios deixou a Espanha para morar na Ucrânia, depois de conhecer e se apaixonar por uma ucraniana. Ele também acabou por se apaixonar pela história e a cultura ucraniana. E, até criou um site, em espanhol, onde ajuda a divulgar a Ucrânia na Espanha e nos países que falam o castelhano, já que o povo espanhol, infelizmente, sabe muito pouco sobre a Ucrânia. Segundo Igor, Kyiv é uma cidade atraente, tem muitos zonas verdes e é a casa das mulheres mais bonitas do mundo.

Igor Barrios é um empresário, ele é dono do salão de beleza: Delicia
Entrevista do Igor em espanhol

O sítio do Igor: www.ucrania.es.tl

terça-feira, novembro 13, 2007

Holodomor: 75º aniversário da tragédia

Holodomor (em ucraniano: Голодомор) é o nome atribuído à fome de carácter genocidário, que devastou o território da República Socialista Soviética da Ucrânia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 – 1933. Este acontecimento — também conhecido por Grande Fome da Ucrânia — representou um dos mais trágicos capítulos da História da Ucrânia, devido ao enorme custo em vidas humanas.
Apesar desta fome ter igualmente afectado outras regiões da URSS, o termo Holodomor é aplicado especificamente aos factos ocorridos nos territórios com população de etnia ucraniana: a Ucrânia e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte.
Em 2007 estamos lembrar o 75º aniversário desta tragédia que não pode ficar esquecida para não se repetir nunca mais.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Advogado da causa ucraniana

Na sua generalidade, a sociedade portuguesa conhece bastante pouco sobre a Ucrânia. Por duas simples razões: antes do 25 de Abril de 1974, Portugal era dominado pelo regime autoritário do Estado Novo. Intelectualmente obscurantistas, o regime e a sociedade portuguesas acreditavam que na URSS viviam os russos; na Jugoslávia, os jugoslavos; na Ásia, os asiáticos e na África “portuguesa”, os portugueses.
Depois de 1974, os meios culturais portugueses passaram a ser dominados pela esquerda mais ou menos militante. Essa “esquerda de caviar” só se interessava pelas liberdades alheias, quando essas liberdades não chocavam com os ditames de Moscovo, Pequim ou Tirana. O resto não interessava para quase nada.

Subitamente, em 1989, cai o Muro de Berlim e, em 1991, desaparece a União Soviética. A Europa, afinal, estava repleta de povos completamente “estranhos”: os arménios (o primeiro país cristão do mundo, quem diria!), os belarusos (da Belarus, que no início até se traduzia como Rússia Branca) ou os ucranianos (esses são do Chornobyl e do Dínamo de Kiév).

Até há pouco tempo, nas minhas conversas com portugueses – mesmo com aqueles que tinham um nível cultural acima da média – eu ouvia frases do género: “Agora vocês são da Ucrânia, mas até pouco tempo atrás eram da Rússia, não eram?” Portanto, essa ideia mais ou menos generalizada do que os ucranianos são na realidade russos № 2, que por alguma razão estranha e misteriosa decidiram, em 1991, passar a chamar-se ucranianos, prevalece na TV, na imprensa escrita e nas mentalidades.

Por isso, podem imaginar o meu espanto, quando pesquisando a Internet na procura de informações sobre o Holodomor em português, encontrei na Wikipédia portuguesa uma página extremamente bem elaborada, em termos de conteúdo científico e de conhecimentos, sobre a Ucrânia.

Como é óbvio, procurei imediatamente identificar a pessoa que elaborava essa página. Trata-se de um português licenciado em História, chamado Luís Miguel de Matos Ribeiro, que sem dúvida “salva a honra do convento”, em matéria de conhecimento da História da Ucrânia pelos portugueses.

O Dr. Luís Ribeiro nasceu em 1964, na cidade de Lisboa, residindo actualmente em Grândola. Em termos académicos e profissionais, é licenciado em História pela Universidade de Lisboa, sendo professor de História de Portugal e História Universal em Grândola.
Relativamente ao Holodomor, o seu interesse começou há cerca de dez anos, quando leu o livro de Robert ConquestHarvest of Sorrow” (“Colheita do Sofrimento”). Desejoso de aprofundar o conhecimento do público português sobro o Holodomor, o Dr. Luís Ribeiro começou a coordenar os seguintes artigos em língua portuguesa, na Internet:

* Holodomor, http://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor
* Holodomor, http://pt.wikiquote.org/wiki/Holodomor
* Holodomor, http://pt.wikisource.org/wiki/Holodomor

Desde 2006, o Dr. Luís Ribeiro tem vindo a desenvolver várias acções de divulgação sobre o tema do Holodomor, tendo como objectivo o reconhecimento oficial deste genocídio pelo Estado Português.
Contando com a colaboração da Embaixada da Ucrânia e da Associação dos Ucranianos em Portugal, correspondeu-se com diversos partidos políticos e com os deputados portugueses do Parlamento Europeu, apelando ao reconhecimento do genocídio pela Assembleia da República e pelo Parlamento Europeu.
Participou nas comemorações do “Dia em Memória das Vítimas da Fome e das Repressões Políticas” (Lisboa, 26/11/06) e foi autor da petição à Assembleia da República para o reconhecimento oficial do genocídio (24/01/2007).
Também participou em duas reuniões com os membros da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Assembleia da República (juntamente com o Embaixador da Ucrânia em Portugal, Sr. Rostyslav Tronenko), a propósito da petição sobre o Holodomor (15/02/07 – 01/03/07) e colaborou nos colóquios sobre o Holodomor, realizados na Biblioteca Museu República e Resistência (Lisboa, 29/09/07) e na Biblioteca Municipal António Botto (Abrantes, 02/11/07).

Por fim, enquanto historiador, pretende fazer uma investigação sobre as notícias que a imprensa portuguesa publicou, em 1932-1933, sobre a Grande Fome da Ucrânia.

O que foi conseguido até agora em Portugal?
Infelizmente, continua a existir em Portugal um enorme desconhecimento sobre este terrível crime, e a comunidade académica portuguesa ainda não lhe dá a devida importância. Mas a comunidade ucraniana em Portugal também tem as suas responsabilidades nessa situação, tendo a obrigação moral, e o dever cívico, de desenvolver um maior esforço para sensibilizar o povo português para a importância histórica do genocídio organizado por Stalin contra a Ucrânia.

Para mudar essa situação, a Comunidade Ucraniana em Portugal e a Embaixada da Ucrânia em Portugal enviaram uma carta a todos os deputados da Assembleia da República, fazendo um apelo ao reconhecimento do genocídio.
Por sua vez, a Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros da Assembleia da República solicitou a opinião do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, tendo a resposta sido dada em 30 de Março de 2007 (o conteúdo da resposta ainda não foi tornado público).
Devido à presidência portuguesa da União Europeia – que decorre até ao final deste ano – não é de prever qualquer tomada de decisão pela Assembleia da República, em 2007. As novidades só deverão surgir nos primeiros meses do próximo ano, sendo previsível que o Dr. Luís Ribeiro, juntamente com o Embaixador da Ucrânia em Portugal, seja convocado à Assembleia da República para prestar alguns esclarecimentos sobre o tema do Holodomor.

Petição do Dr. Luís Ribeiro sobre o reconhecimento do Holodomor pela Assembleia da República:
http://www.assembleiadarepublica.pt/plc/Peticao.aspx?Pet_ID=11580

sexta-feira, novembro 09, 2007

As memórias do Grande Terror

O PRESIDENTE DA UCRÂNIA VIKTOR YUSHCHENKO PARTICIPOU EM REUNIÃO DE LUTO DO 70º ANIVERSÁRIO DE EXECUÇÕES DOS UCRANIANOS EM CAMPOS DE STALIN
O presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko e os membros do governo ucraniano no dia 2 de Novembro participaram numa comemoração de luto, realizada ao lado do monumento ao famoso director do teatro Oles (Les) Kurbas em Kyiv, que foi executado no dia 3 de Novembro de 1937 na Carélia. A reunião foi dedicada ao 70º aniversário de execuções de ucranianos nos campos de Stalin e também à memória das vítimas do Grande Terror 1937 – 1938, especialmente da elite de ciência, de arte e política da Ucrânia (de assim chamado a Etapa Solovets), na área de Sandarmokh, Carélia Sudeste.
Em 1937, lá foram fuzilados 1.111 presos, inclusive 290 ucranianos.
Dirigindo a reunião, Viktor Yushchenko observou que neste dia comemoram nomes de milhares de ucranianos enterrados em Sandromakh de Carélia, a Floresta de Bykivnya da região Kyiv e outros campos de Stalin.
O Chefe de estado realçou que os crimes do regime comunista totalitário com o Holodomor de 1932 – 1933 e Grande Terror dos anos 30 não podem ser desculpados e devem ser totalmente condenados por todos os países, forças políticas públicas que professam os valores democráticos. Segundo ele, deve haver um forte protesto contra as tentativas de desculpar ideólogos e organizadores das repressões políticas na Ucrânia.
Viktor Yushchenko realçou também a necessidade de limpar a Ucrânia dos monumentos a criminosos culpáveis em execução de milhões de ucranianos. O Presidente informou que ele tinha assinado um decreto para apoiar aqueles cidadãos que conseguiram sobreviver das repressões comunistas.
Embaixada da Ucrânia no Brasil

África e Holodomor



Ano 2007 é o ano em que se comemora em todo o mundo o 75º aniversário da tragédia que atingiu a Nação ucraniana em 1932 – 1933, a Grande Fome artificial, o Holodomor, acção deliberada e orquestrada pelo Kremlin, que ceifou a vida de cerca de 7 à 10 milhões de ucranianos.

Quer em África em geral, quer nos países de CPLP, existe pouco conhecimento sobre esta matéria. Para preencher a lacuna deste conhecimento, esperamos que todas as organizações ucranianas, todos os amigos e simpatizantes da Ucrânia dediquem uma porção do seu precioso tempo para divulgar o tema do Holodomor.

Para o efeito, o Congresso Mundial Ucraniano criou dois banners dedicados ao Holodomor, especialmente para Angola e Moçambique. Exortamos todos os interessados de usar estes banners em todas as acções de divulgação do Holodomor ao nível das respectivas nações.

Comunidade Ucraniana de Moçambique
p.s.
A artista que preparou os banners não queria ver divulgado o seu nome por achar que não merecia essa atenção. Mas depois de muita insistência nossa, ele concordou que nós divulgamos uma pequena biografia sua.

Sonja Van de Camp Moravski nasceu na Austrália, seu pai é holandês e a mãe ucraniana (nascida na Jugoslávia), o seu marido, Taras, é ucraniano, o pai dele, Dmytro também nasceu na Jugoslávia e a mãe nasceu na Alemanha (sem nunca esquecer, que nos anos 1650 um dos seus bisavós holandeses casou-se com uma espanhola).

Sonja Moravski trabalha para a Cooperativa Ucraniana de Crédito Dnister em Melbourne, já desempenhou as funções de directora artística do Rancho Folclórico Ucraniano Verchovyna (Melbourne), gosta de cantar as músicas ucranianas e toca o acordeão. Na meninice estudou na escola sabática ucraniana e na escola Católica Ucraniana em Melburne do Norte.

Paraguai reconhece Holodomor

A Câmara de Senadores do Congresso Nacional de Paraguai acaba de reconhecer (Declaração № 43) o Holodomor ucraniano como o genocídio contra o povo ucraniano e solidariza-se com as suas vítimas.

Via: Alejandro Cham

quarta-feira, novembro 07, 2007

Outubro, nunca mais

por: DEMÉTRIO MAGNOLI

Não foi principalmente a Internacional, hino socialista, mas a Marselhesa, que acompanhou as jornadas revolucionárias da Rússia de 1917. Quando, há 90 anos, no 7 de novembro (25 de outubro, pelo antigo calendário juliano), os bolcheviques tomaram o poder em Petrogrado, narrou-se o evento como a sequência inevitável da Revolução Francesa de 1789. A nossa era histórica afigurava-se como uma longa transição entre o poder dos homens de 'sangue azul' e a sociedade sem Estado ou classes sociais prometida pelos comunistas.

A modernidade, definida em 1789, ergueu-se sobre o tenso compromisso entre os princípios da liberdade e da igualdade. A Revolução de Outubro, em nome da igualdade, aboliu completamente a liberdade. Ela não foi moderna e seu arcaísmo reflectiu-se no culto ao Líder. Karl Marx ofereceu ao proletariado a chave da História. Lenin transferiu-a para um Partido. Stalin concluiu o movimento, guardando-a em seu próprio bolso. O corpo embalsamado de Lenin repousa, até hoje, num mausoléu de mármore na Praça Vermelha.

Intelectuais de esquerda justificam o 'socialismo real' sob o argumento de que o sistema totalitário acelerou a modernização industrial e, no fim, propiciou a vitória na guerra contra o nazismo. Nas sete décadas da URSS, o PIB do país cresceu menos que o dos EUA ou o do Brasil. A crise de fome que acompanhou a colectivização rural soviética só foi superada pelas tragédias incomensuráveis da China maoísta. Uma falsa narrativa da Segunda Guerra Mundial contamina manuais de história e livros didácticos escritos pelos órfãos de Outubro. A URSS fez a guerra ao nazismo apenas depois que a aliança com a Alemanha foi rompida, por iniciativa de Hitler.

Marx imaginou o socialismo como uma transição para o comunismo, o 'reino de abundância' no qual trabalho e prazer se tornariam faces inextricáveis da plenitude da experiência humana. A URSS flertou com a militarização do trabalho, proibiu a organização sindical independente e ergueu o sistema de campos de concentração do Gulag para promover a conquista da Sibéria. Walt Rostow estava certo quando qualificou o socialismo como uma 'doença da modernização do capitalismo'. As suas manifestações atuais, especialmente na China, continuam a fascinar uma esquerda que se recusa a aprender com a história.

É um equívoco traduzir a oposição entre capitalismo e socialismo como uma alternativa entre mercado e Estado. Não existe mercado sem Estado, a não ser na forma primitiva do escambo. Estado sem mercado é o que existiu, e fracassou, na URSS. A abolição do mercado gerou uma desastrosa alocação de investimentos e destruiu os impulsos de criatividade e inovação. A economia soviética ruiu sob o peso de uma imensa massa inútil de cimento, aço e máquinas. O segredo da eficiência do capitalismo está na teia de empresas pequenas e médias que não podem ser replicadas pelo Estado – Leviatão. A esquerda que não entendeu isso procura no capitalismo de Estado um sucedâneo para o socialismo.

A liberdade é indivisível. No poder, os bolcheviques esmagaram primeiro a liberdade da 'burguesia' e, em seguida, a do 'proletariado'. A URSS converteu-se numa prisão de seus cidadãos, enquanto os comunistas, no mundo inteiro, proclamavam o carácter 'burguês' da democracia. No Ocidente, em contraste, a democracia propiciou o desenvolvimento dos movimentos sociais, que transformaram por dentro o capitalismo. É por isso que, com a universalização dos direitos políticos e sociais, desapareceram tanto o Estado liberal do século XIX como o impulso da revolução socialista.

A utopia comunista percorreu um ciclo completo. Depois da queda do Muro de Berlim, os partidos comunistas extirparam o marxismo – leninismo de seus programas e trocaram seus nomes de baptismo, na esperança de rescrever a própria história. Essa operação de linguagem remete a Revolução de Outubro, de uma vez por todas, para o passado. Outubro, agora, é só um mês no calendário.

DEMÉTRIO MAGNOLI é sociólogo e doutor em geografia humana pela USP

terça-feira, novembro 06, 2007

Generation Kill, foto




Dois trailers promocionais do Generation Kill: YouTube & YouTube

Mila Jovovich tornou-se mãe

Estrela de Hollywood da origem ucraniana, Mila Jovovich (Militza Natasha Jovović, 31), tornou-se a mãe de uma menina chamada Eve Gabo.

O parto cesariano ocorreu no dia 4 de Novembro de 2007, no centro médico de “Cedars – Sinai” em Los Angeles. Mãe e filha estão de boa saúde e brevemente vão para casa.
Quer para a Mila Jovovich, quer para o seu marido, Paul W. S. Anderson, é a primeira criança. Eles estão juntos já cinco anos, conhecendo-se em 2002 nas filmagens do Resident Evil (2002), onde Mila tive o papel principal e Anderson era produtor e realizador.

Casamento

Nos planos imediatos da Mila está a necessidade de perder cerca de 40 quilos de peso e organizar o casamento, que talvez será realizado por altura do Ano Novo – feriado preferido da actriz ucraniana.
Mila Jovovich anteriormente era casada com actor norte – americano Shawn Andrews (casamento anulado pela mãe, bailarina e actriz ucraniana Galina Loginova) e com o realizador francês Luc Besson.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Operação Triunfo na Ucrânia

O programa televisivo, conhecido como “Operação Triunfo” em Portugal e “Operacion Triunfo” na Espanha, foi inventada pelos holandeses da Endemol sob o nome de "Star Academy" é já é um sucesso em mais de 50 países.

Como não podia de ser, a Ucrânia também aderiu a este show, que é uma grande oportunidade para as pessoas simples, chegarem ao reconhecimento do público mais amplo. No caso ucraniano, é possível citar o nome de uma estrela afro – ucraniana.

Elizabete Anum – Dorhuso é da cidade de Odessa. Tem 19 anos e estuda na Universidade Nacional de Cultura e Arte de Kyiv. Gosta de cantar jazz, soul e disco. Trabalha como MC na noite de Kyiv. Gosta de Jennifer Lopez, Beyonce e Tupac Shakur (Lesane Parish Crooks).

Sítio oficial da Fábrica
Sítio não oficial da Fábrica

sexta-feira, novembro 02, 2007

Equador reconhece Holodomor

O Equador declarou o Holodomor de 1932-1933 na Ucrânia como o Genocídio contra a Nação ucraniana.

No dia 30 de Outubro, na ocasião do 75º aniversário da Grande fome artificial (Holodomor), o Congresso Nacional do Equador aprovou uma resolução declarando o Holodomor de 1932 – 1933 na Ucrânia como o genocídio contra a nação ucraniana.
O Equador é o segundo país da América Latina, depois do Peru, que reconheceu o Holodomor.
Notavelmente, o Presidente Viktor Yushchenko declarou 2008 o ano da memória de vítimas do Holodomor.
Em 2006 o Parlamento da Ucrânia declarou o Holodomor como Genocídio. Segundo alguns dados, o Holodomor, provocado pelo regime comunista totalitário, resultou na morte de 7 a 10 milhões de pessoas, 4 milhões das quais foram crianças.
O Holodomor na Ucrânia foi oficialmente reconhecido por Austrália, a Hungria, o Vaticano, a Lituânia, a Estônia, a Espanha, a Itália, a Argentina, o Canadá, a Geórgia, a Polônia e os EUA.
A Ucrânia exige da ONU a reconhecer o Holodomor como o Genocídio contra a Nação ucraniana.

Fonte: Embaixada da Ucrânia no Brasil

quinta-feira, novembro 01, 2007

Aniversário da Ucrânia Ocidental

República Popular de Ucrânia Ocidental (ZUNR), foi estabelecida no dia 1 de Novembro em 1918 e durou até o Julho de 1919 na Galicia Ucraniana, Bucobina e Transcarpatia, com capital na cidade de Lviv.

A República foi primeiramente proclamada em 19 de Outubro de 1918, mas face aos planos da Polónia em ocupar os territórios ucranianos, até aquela data pertencentes ao Império austrohúngaro, exército ucraniano entrou em Lviv parra assegurar a soberania ucraniana. Mais tarde, depois do início da ofensiva polaca contra a jovem República, no dia de 22 de Janeiro de 1919, a República Popular de Ucrânia Ocidental uniu-se a República Popular da Ucrânia, conservando o seu Governo e as forças armadas.

Em Julho de 1919, Polónia invadiu e ocupou a Ucrânia Ocidental, uma parte do exército ucraniano retirou-se para a Checoslováquia, onde formou a Brigada Ucraniana (Ukrajinská brigáda), o resto do exército passou para o território da República Popular da Ucrânia e continuo a luta pela independência ucraniana. Em 1920 a Polónia e URSS estabeleceram a fronteira entre eles pelo rio Zbruch. Apesar disso, o Governo da República Popular de Ucrânia Ocidental funcionava no exílio em Viena até 14 de Março de 1923.

Governo da ZUNR

Poder legislativo: Conselho Nacional Ucraniano, 150 deputados. Quase 50 lugares estavam reservados às minorias étnicas (polacos, judeus, alemães), mas eleições foram boicotados pelos polacos. (Pelo censo de 1910, na Galicia Ucraniana viveram 5,4 milhões de habitantes, entre eles: 3.291.000 ucranianos, 1.351.000 polacos, 660.000 judeus, alem dos alemães e checos).

Poder executivo: Presidente da República Yevhen Petrushevych. Apesar da instabilidade provocada pela guerra com a Polónia, a República Popular de Ucrânia Ocidental manteve a estabilidade interior que gozara nos tempos de Império austrohúngaro.
O Governo aprovou as nacionalizações de terras a grandes proprietários e as repartiu entre os camponeses mais desfavorecidos. O Estado ucraniano de fendia em absoluto o directo da propriedade privada das fábricas, comércio, património edificado.

Exército: Na primavera de 1919 foram mobilizados 100.000 soldados, mas só 40.000 entraram em combate.

Reconhecimento internacional: A República Popular de Ucrânia Ocidental abriu as suas embaixadas na Áustria, Hungria e Alemanha e as representações diplomáticas na Checoslováquia, Canada, EUA, Brasil, Itália, entre outros.