segunda-feira, abril 04, 2005

As mulheres da Revolução Laranja I

Dedicado ao dia 7 de Abril, o Dia da Mulher Moçambicana

2400 anos atras, o pai da comedia grega, Aristófanes mostrou na sua famosa peça “Lisistrata”, que as esposas dos homens do Estado, não são suas sombras e muitas vezes possuem personalidades muito fortes. Em português, nos dissemos, que: “Atras de um grande homem, há sempre uma grande mulher”.
Aproxima-se o dia 7 de Abril, o Dia da Mulher Moçambicana. E nos queremos vós apresentar os retratos das mulheres ucranianas, as esposas dos políticos da primeira linha, que venceram a Revolução Laranja.
É muito interessante, comparar as realidades dos países tão diferentes e distantes como Moçambique e Ucrânia (as nossas capitais distam entre si em aproximadamente, 8600 km). Para verificar no fim, que afinal, apesar de todas as diferenças, existem muitas semelhanças e isso prova mais uma vez, que sendo diferentes, somos IGUAIS!

As perguntas, que o semanário ucraniano “Dzerkalo tijnia” (Espelho da semana), fiz às esposas dos ministros do novo Governo da Ucrânia.

1. Em que circunstâncias você conheceu o seu marido?
2. Quem é o chefe da vossa família?
3. Que tipo de tradições familiares são respeitados na sua família?
4. Qual é o motivo de zangas na família e quanto tempo vocês levam para fazer as pazes?
5. Qual foi a prenda mais valiosa, oferecida pelo seu marido?

Ludmila Bezsmertna
(esposa do Roman Bezsmertniy - Vice – Ministro da Reforma Administrativa e Territorial)
Licenciada pelo Instituto Pedagógico de Kyiv Myhaylo Dragomanov, faculdade da História.

1. Estudei na mesma faculdade e no mesmo curso com o meu futuro marido. Namoro durou alguns anos, depois foi o casamento pago pelos pais, pois ambos éramos estudantes. Registo civil foi celebrado no Palácio Central de Casamentos de Kyiv, conhecido na gíria como “Triângulo de Bermudas”.

2. O chefe da família é a pessoa que no momento está em casa. Eu tento defender o meu marido dos problemas de dia – a – dia, tento resolver as coisas caseiras sozinha.

3. Família não possui as tradições especiais, mas celebra Natal e Ano Novo em casa, sob a luz de velas. Essas festas são sempre envolvidas num clima de surpresa e segredo, se sair da casa, o segredo desaparece. Sagrados também são os aniversários, que são mais calorosos, quando celebrados na família.

4. Família praticamente não conhece as zangas, o meu marido é tão calmo, que as minhas “explosões”, não conseguem nem tão pouco o irritar. Por isso zangar-se e fazer pazes eu posso apenas comigo mesma.

5. Dar prendas é uma ciência muito pessoal. Oferecer as flores sem ser o feriado, isso não acontece. Mas nos feriados, marido traz sempre uns arranjos lindíssimos e enormes. Melhor prenda do meu marido, eu recebi durante a Revolução Laranja, não quero dizer o que, mas foi muito lindo e muito sentido.

Irina Ignatenko
(esposa do Pavlo Ignatenko, Ministro do Meio Ambiente)
Graduada pelo Instituto da Medicina de Kyiv, faculdade de estomatologia, é medica – estomatologista.

1. Nos se conhecemos quando éramos estudantes, em Kyiv. Foi o amor da primeira vista (por parte dele). Pavlo arranjou o telefone através dos amigos, marcou um encontro e apareceu com ramo de rosas e cerejas. Embora foi o fim de Inverno e ambos eram caríssimos! Ele soube me impressionar, mas eu namorava com outro, por isso relacionamento não aconteceu. Dois anos mais tarde, nos encontramo-nos outra vez em Kyiv. Depois ele ligava, as vezes vários vezes por dia. O nosso primeiro encontro aconteceu no dia 29 de Fevereiro. Nos celebramos este dia uma vez em quatro anos. Namoramos muito bonito, durante quatro anos, depois ele pediu em casamento e casamos.

2. As decisões finais são tomados pelo marido. Mas nunca acontece ele não escutar a minha opinião, não pedir o conselho. Posso dizer que decidimos sempre juntos.

3. Tradições? Natal, Ano Novo e Páscoa, que celebram-se dentro da família mais próxima. Mas recebemos as visitas dos familiares e amigos. No Natal eu sempre faço o pato. Férias de verão tentamos passar com os familiares, nos fins de semana costumamos sair fora da cidade, junto com os amigos.

4. Zangamo-nos muito raramente. Geralmente discutimos sobre as questões da vida familiar. Logo tentamos resolver estes questões, porque acreditamos que não existem pessoas certas e erradas nesta mateira. É a máxima da nossa família. Nos cultivamos entendimento e o respeito mútuo. Logo façamos as pazes.

5. A melhor prenda foi muito fofa: no quinto aniversario do nosso casamento, eu acordei e vi no chão um enorme ramo de rosas brancas. Rosas ocupavam metade do nosso quarto, eram 153 ao todo, muito longas, bonitas, absolutamente incríveis. Eu fiquei impressionada para o resto da vida.

Marina Kinakh
(esposa de Anatoliy Kinakh – Primeiro – Vice Primeiro – Ministro)
Possui duas licenciaturas: foi graduada no Instituto Rodoviário de Kyiv e pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, faculdade de jornalismo. Era a secretaria de imprensa da União Ucraniana dos Industriais e Empresários (USPP). Neste momento, está de licença pós – parto, dedica-se ao educação da filha. Chefia a ONG “Cultura e Universo – 2004”.

1. Desde 1993 eu trabalhava como secretária de imprensa da União Ucraniana dos Industriais e Empresários. Escrevia para os jornais centrais e regionais, estava muito ocupada. Em 1996, a União foi encabeçada pelo novo chefe – Anatoliy Kinakh. Uma vez me ligaram para a casa: “Corre lá, o chefe chama”. Estava chover torrencialmente, entrei no gabinete do chefe toda encharcada e perguntei: “o Chefe chamou?” Depois tomamos o chá juntos, depois começou tudo...

2. Chefe da família é o marido. Ele é um líder natural sempre e em tudo. Sempre ajudava às nossas filhas nos estudos, nas questões pessoais. A filha mais pequena, Sofia adora o pai, um dia começou chorar, quando ele ausentou-se da casa por uns minutos: “Tenho medo que ele se perca!” Desde quatro anos, a nossa filha sabe ler, conhece nomes de todas as plantas, flores, animais. Agora estuda a geografia. Eles vão pescar juntos, visitam os “seus” animais no zoo, vão aos teatros...
Ao lado do marido, eu me sinto fraca, indefesa. Isso difícil de explicar, eu acho que o meu marido é um ideal: do homem, político, marido e pai.

3. Nenhuma casa pode viver sem tradições. Minha mãe, estudou em Kyiv na escola № 100, eu, a minha irmã Irina e as minhas filhas Natalia e Zoia também. Sofia irá estudar lá. Celebramos aniversários, mas existe um feriado especial: 9 de Maio (vitoria da URSS sobre a Alemanha nazi). É o feriado do meu pai, que combateu cinco longos anos: desde 1941 à 1945.

4. Não é possível zangar-se com o meu marido. Ele é muito bom e brando, mas tem uma espinha dorsal que obriga toda a gente concentrar-se, controlar as suas emoções.

5. Temos o nosso feriado, o dia quando decidimos ficar juntos. Neste dia, marido me traz sempre 25 cravos brancos. Fresquíssimos, altos. Eles não murcham durante meses. Eu também tento oferecer algo especial, no quinquagésimo aniversario do meu marido, eu junto com as filhas cantei romances, até escrevemos umas músicas próprias.

Kateryna Kyrylenko
(esposa de Viacheslav Kyrylenko – Ministro do Trabalho e da Política Social)
Graduada pelo Universidade de Cherkassy, faculdade de filologia, Phd de filologia, professora na Universidade Nacional de Kyiv da Cultura e Artes.

1. Conhecem-nos no exame da admissão ao Mestrado na Universidade Nacional de Kyiv. Foi dez anos atras e continuamos juntos. Mas o mais engraçado, que eu vi o meu marido pela primeira vez na televisão. Era 1991, Praça de Independência (ainda não se chamava assim, a URSS vivia os últimos momentos) e os estudantes ucranianos entraram em greve de fome, montando as suas tendas. (A Revolução Laranja já tinha antecedentes na Ucrânia!). Adorei o moço e pensei: “gostaria de conhecer um rapaz assim”. Por isso quando o conheci, foi um sentimento místico, parece eu já conhecia a pessoa há muito. Namoramos apenas meio ano: conhecemo-nos no Outono e casamo-nos na Primavera.

2. Nossa família tem uma hierarquia dos relacionamentos. Existem temas controlados e executados por apenas um de nos, mas sempre tomando em atenção a opinião do outro. Não é possível dizer quem domina, somos parceiros.

3. No Natal vamos à igreja. No verão vamos descansar juntos: montes Cárpatos, motas, simplesmente passeamos à pé. Tradição – estar juntos, é o mais importante que temos.

4. Nos não se zangamos. A vida é muito curta, nunca chega o tempo suficiente para ficar juntos. Nos não somos maldosos, por isso sempre procuramos os compromissos. Todos os desentendimentos depois parecem tão parvos. Os nossos filhos são a garantia de harmonia na nossa família. E talvez a única possibilidade de se zangar: eu sou mais séria e o marido mais democrático. Mas tudo começa e termina com o riso.

5. Maior prenda é o nascimento da nossa filhinha. Isso tem maior valor.

Irina Lutsenko
(esposa do Yuriy Lutsenko - Ministro do Interior)
Possui duas graduações: no Instituto Politécnico de Lviv, faculdade de física eléctrica, especialização em matemática aplicada e na Academia da Economia Aquática de Rivne, especialidade de “Finanças e Auditoria”. Trabalha na companhia de seguros “Oranta”.

1. Conheci o marido no instituto. Futuro marido era um rapaz de companhias barulhentas, eu era moça de interior, melhor aluna da turma, “betinha”. Até tinha um certo medo do meio dele.
Durante as festas do Ano Novo, existe a “Segunda Feira molhada” – meninas molham os rapazes com água e vice – versa. No lar dos estudantes, as meninas atacaram os amigos do meu marido e molharam todos, então ele pegou um extintor e começou repostar. Todas as raparigas fugiam, mas todas apanharam.
Depois apareceu o director do lar e disse: “é o trabalho de Lutsenko? Amanha vocês todos serão expulsos do lar”. Até seis da manha, nos lavávamos as paredes. Lutsenko carregava os baldes de água do quintal ao sexto andar, de manha fazia o pequeno almoço para nos todos, ninguém dormiu. Assim foi o meu primeiro encontro com Yuriy. Mais tarde, nos encontramo-nos no quarto do vizinho, onde toda a gente assistia o festival da música italiana de São Remo, transmitido pela televisão da Polónia. Toda a gente assistia a televisão, enquanto nos falamos durante toda a noite. Depois começou o semestre e nos encontramo-nos outra vez. Outra vez falamos muito, andamos pela cidade de Lviv. Namoramos dois anos, duas semanas depois de terminar a faculdade nos casamos na cidade natal de Yuriy, Rivne.

2. Chefe da família? Penso que marido é a cabeça e eu sou o pescoço.

3. Não temos tradições especiais. Meia – noite na noite do Ano Novo, temos que estar com os país. Para que no próximo ano, eles estiverem connosco. Depois podemos sair com os amigos.

4. Não temos razoes especiais para zangar-se. Mas as vezes defendemos a primazia, posição. Geralmente eu faço cessações, sou mais irritadiça, mas rapidamente fico mansa.
Gosto da maneira dele fazer as prendas – coisas pequenas – sem as datas especiais. Amo o meu marido por ser muito aberto, ter o sentido de humor, capacidade de resistir às pressões. Ele como o nosso campeão de boxe, Volodymyr Klichko, só que não usa as luvas. Ele é um pai excepcional. O nosso filho mais velho tenta copiar o pai em tudo. Meu marido é a copia do pai dele: revolucionário que tem pressa de viver.

5. Prenda que lembro mais... Quando nos ainda vivemos em Rivne, fazíamos viagens pela Europa. Dormíamos nos motéis ou nas tendas. Passamos pela França e visitamos o Paris. Isso é inesquecível, se você não estive em Paris, você não viveu. Eu depois dizia muitas vezes: “Yurko, quero ir à Paris”. Um dia ele disse: “Vamos amanha”. Subimos a torre Eifel, eu tenho medo das alturas, marido praticamente me arrastou até o topo e disse: “Paris está debaixo dos teus pés. Eu o ti ofereço”. Ele poucas vezes fala do amor, mas eu sinto. Também tenho muitas ciúmes, ele é a pessoa mais querida para mi.

Yulia Mostowa
(esposa de Anatoliy Grytsenko – Ministro da Defesa)
Graduada pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, faculdade de jornalismo, Vice – Editora do semanário “Dzerkalo Tijnia”.

1. Em 1997 eu precisava um especialista em questões militares para me ajudar na entrevista com o Ministro da Defesa. Assim conheci o coronel Anatoliy Grytsenko: profissional duro, lacónico, convencido.
Outra vez encontramo-nos em 1999, quando Anatoliy deixou o exército e chefiava um Centro de Pesquisa Político – Militar, que tornou-se logo parceiro do nosso semanário. Trocávamos de telefonemas varias vezes por dia, em muitos aspectos pensávamos da maneira igual, ficamos parceiros e amigos. O trabalho era uma prioridade para ambos, por isso nunca falava-mos das questões pessoais. Alguns anos mais tarde, ele perguntou: “Yulia, porque você não se casa?” Eu respondi a primeira coisa que veio à cabeça: “Porque pessoas como você, estão casados”. Falei e saí do gabinete. Ele ficou em choque durante dez minutos (contou me mais tarde), avaliava se ouviu bem ou não.
Eu não sabia que a minha viagem para os EUA em Outubro de 2002, mudará toda a minha vida. Ele sabia, porque planeou tudo: no avião sentou-se ao meu lado, preparou a conversa. Resumindo, Anatoliy Grytsenko, apaixonado, foi um choque completo para mi. Eu nem tinha essa ideia, não planeava a vida pessoal nenhuma. Apenas no caminho de volta, eu deixei de dizer-lhe “Você”, mas ainda muito tempo não conseguia lhe chamar de Anatoliy.
Ele nem recebeu a minha resposta, disse: “Pensa, tanto tempo, quando precisares. Eu vou esperar”. Geralmente, eu preciso muito tempo para aproximar-me de uma pessoa. Os meus familiares não conseguiam perceber, porque nos logo ficamos juntos e nunca mais se separamos. Tudo é simples. Tradicionalmente, as relações passam pela: paixão, desejo, interesses conjuntos, entendimentos e consideração mútua. Nossa pirâmide ficou invertida. Eu nem fazia a ideia, que este homem, que uns apelidaram de “eurointegrador sombrio”, possui tanto carinho, calor, amor e paciência. As feridas que ele conseguiu sarar e gelo que quebrou dentro de mi – apenas nos é que sabemos! No dia 23 de Março o nosso casamento fiz dois anos...

2. Quem é o chefe da família? Dois anos atras eu poderia dizer com convicção – ninguém. Mas o meu marido me “corrompeu”, oferecendo a possibilidade de delegar a tomada de decisões. Isso parece um droga, eu sempre vivi com dezenas de questões que necessitavam de resolução, agora ele decida, cortando-os. Embora eu sempre posso defender a minha posição nas questões de dia – a – dia, de educação das crianças e muitas outras. Se tiver a vontade...
Único tabu: embora conversamos sobre a nossa vida profissional, ele não manda no meu jornal e eu não me meto nas questões da Defesa.

3. Temos muitas tradições. Nas Sextas Feiras, à tarde fazíamos uma festinha no jornal, os sábados dedicávamos às crianças, nos domingos íamos para a nossa machamba, geralmente levávamos toda a família alargada. Contávamos os contos mágicos para o nosso filho mais pequeno. Depois do meu marido se tornar o ministro, quase tudo isso desapareceu...

4. Nos já não se zangamos por causa de ninharias. Talvez ainda não se zangamos por coisas graúdas. Nos sentimo-nos confortavelmente, juntos. Ligamos um a outro, dez vezes por dia. Sem razão, sem necessidade, apenas para escutar a voz do outro...
Mas mesmo, se existe uma razão para me zangar, mais fácil é de me controlar, do que depois fazer as pazes com o marido. Ele não ficará quieto, até que examinar o problema de lês a lês. Nos passamos algumas vezes por isso, e eu não quero repetir a doze.

5. Flores “sem o motivo” eu recebo toda a hora. Prendas “por motivo”, escolha a minha mãe, combinando tudo com o genro. Mas das suas viagens de serviço, Anatoliy sempre traz uns souvenirs muito bonitos para a casa. Sempre com muito gosto e eles sempre ficam no lugar certo.
Mas melhor prenda foram as baleias, que fomos ver no México. Foi o meu sonho, ver uma baleia. Agora os conheço “na cara”: cinzentos, brancos, corcovados. Depois, ele prometeu me levar ao rio Amazonas. Mas mentiu: ofereceu a nossa filha Ania. Mas eu perdoei “a falha”, Amazonas pode esperar. Vamos passea-la todos juntos...

Galina Nikolaenko
(Esposa de Sviatoslav Nikolaenko – Ministro de Educação)
Graduada pelo Instituto Pedagógico de Kirovograd, especialidade – professora de escola primária. Muitos anos trabalhou na escola, agora é Acessora – Consultora do deputado no Parlamento ucraniano (Verhovna Rada).

1. Eu e meu marido, conhecemo-nos à muito tempo. Nascemos na mesma aldeia, frequentamos a mesma escola. Mas eu reparei nele antes, a mãe dele trabalhava na escola e ele visitava a, quando eu estudava no secundário. Temos a diferença de seis anos, eu terminava e escola, quando ele terminava a Academia Ucraniana de Agro – Pecuária. Ele namorava muito bonito, digo mais, continua a faze-lo. O nosso casamento foi um casamento de aldeia – durou uma semana...
Flores e comprimentos – são coisas mais naturais, que me acompanham toda a nossa vida em conjunto. Para me, ele continua a ser o homem mais bonito e charmoso do Mundo. Dizem, que amor, com o tempo transforma-se no habito. Eu agradeço o destino por isso não acontecer na nossa família. Apesar de estarmos juntos a 27 anos.

2. Chefe da família é e sempre será apenas o marido. Embora ele pede a minha opinião em tudo. Eu não me lembro de ouvir, ele a dizer: “Eu disse, eu decidi, será assim”. Ele pede a opinião, mas ele suporta o peso da decisão. Mas como a esposa, se eu quiser, posso fazer com que ele apoie a minha decisão, pensando que é inteiramente sua. Eu consigo o “contaminar” com o meu desejo.

3. Entre as nossas tradições familiares, em primeiro lugar é amar, defender e respeitar um a outro. Isso também é valido para todos os familiares e amigos. O meu irmão, também casou-se com a mulher da nossa aldeia. Eles vivem na capital, mas nos encontramo-nos mais na aldeia. Todos os feriados, todos os aniversários vamos para lá. Temos relacionamentos muito calorosos com nossos sogros e nossas sogras. Eu até poderia dizer que preservação dos relacionamentos calorosos e de confiança é outra tradição importante da nossa família.

4. Nos não temos o tempo de zangar-se. Nos encontramo-nos muito a tarde, quando não temos nem as forças nem a vontade de nos zangar. Mas sempre acontecem os pequenos atritos. Mas o primeiro passo para reconciliação, sempre faz o meu marido. Ele é muito delicado e muito responsável. Não importa, se a culpa foi minha, ele fará os pazes primeiro.

5. Essa, é apenas uma, das muitas razões, porque eu posso dizer: melhor prenda que o meu marido me fez, é ele próprio. Penso que tive uma sorte bem grande com o meu marido. Falando das coisas materiais, posso dizer francamente: não importa o tamanho ou preço da prenda, importante que a surpresa que o meu marido me faz, é a manifestação dos seus sentimentos, da sua atenção. Testemunho, que os nossos relacionamentos, foram postos a prova por alegria e tristeza e continuam muito fortes. Outra prenda do destino é o nosso neto, que tem a cara do nosso filho (tragicamente falecido) e o carácter do avo. O nosso filho mais pequeno, ele tem agora apenas 12 anos é o nosso suporte e a nossa esperança. Nossos filhos recebem muito amor, isso também é a nossa tradição.

Yulia Pavlenko
(esposa do Yuriy Pavlenko, Ministro da Família e Juventude)
Possui duas graduações: pela Universidade Europeia de Kyiv, faculdade de economia e Academia Diplomática do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, especialização: Magistrada das relações externas.

1. Estudei quatro anos nos Estados Unidos, quando voltei para a Ucrânia, fiquei algo desenquadrada da realidade. A minha amiga, cantora Maria Burmaca é prima do meu marido. Foi ela que nos apresentou. Eu pensei que podíamos ficar amigos, mas Yuriy logo decidiu que queria casar comigo. Depois do nosso terceiro encontro, ele contava à todos os familiares e amigos, que sou a namorada dele. Depois ele me conquistava durante um ano, depois nos casamos e já estamos juntos quatro anos e meia.

2. Quem é o chefe da família – nunca colocamos essa questão. Nos somos iguais, cada um de nos é uma personalidade autónoma. Nos ambos conseguimos algo na vida. Eu resolvo as minhas questões, Yuriy – os dele. Em principio, nos nunca discutimos sobre isso. Respeito mútuo está em primeiro lugar. Com certeza, nos trocamos os conselhos, mas cada um de nos, tem o direito de tomar as decisões sozinho e outro respeitará a tal decisão.

3. Ainda não temos tradições familiares, para isso temos que viver 10 – 20 anos juntos. Passamos os feriados juntos. Visitamos a igreja na Páscoa, benzemos os ovos e o “Pão de Páscoa”, depois juntamo-nos as nossas famílias: minha e do meu marido. Nos tentamos alegrar um a outro todos os dias, porque a vida é muito complicada, existe muita rotina, todos ficamos cansados no serviço. Por isso acredito, que temos que dar as pequenas e gostosas surpresas ao outro, quanto mais vezes, melhor.

4. Zangamos e fazemos pazes muito rapidamente. Eu sou uma pessoa altamente não rancorosa. Mas o Yuriy sempre faz o primeiro passo. Sobre as questões principais, nos não temos diferenças. O nosso maior problema – falta do tempo, Yuriy praticamente não tem fins – de – semana. Eu entendo, mas mesmo assim, gostaria de ver o meu marido mais vezes.

5. Eu adoro as prendas. Yuriy sabe disso e faz as muitas vezes. Isso levanta o meu austral, e ajuda resolver as nossas pequenas brigas. Meu marido faz tudo de coração, eu gosto qualquer das bugigangas dele e ele sempre oferece algo muito original e muito pessoal. Tal pessoal, que tenho a vergonha de vos contar...

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