quinta-feira, dezembro 23, 2004

Anedota sobre Yanukovich, político, que escreve a palavra proffessor com dois ff...

Um dia Yanukovich passava de carro por uma aldeia. De repente um porco saiu à estrada e apesar da manobra de motorista, foi atropelado.
Yanukovich deu 100 dólares ao motorista e disse:
– Vai ter com os donos, entregues lhes o dinheiro e pedes desculpas, pá!
O motorista pega no porco, pega no dinheiro e vai. Não volta durante uma hora, duas horas, três horas, no fim do dia aparece com os copos, cara com as marcas de batom, todo feliz da vida...
– O que te aconteceu, - pergunta Yanukovich irritado.
– Sabe, chefe, - responde o motorista, - eu entrei em casa dos donos de porco e disse:
– Boa tarde, eu sou o motorista de Yanukovich, eu matei este porco...

Anedota sobre o país irmão

O que é uma agressão?
Agressão é quando um pais ataca outro, sem pedir permissão à Rússia!

Os manipuladóres 2

Os especialistas das Relações Públicas que trabalham para o primeiro ministro da Ucrânia Viktor Yanukovich podem ser pessoas completamente sem princípios, podem ser pessoas que trabalham apenas por dinheiro, podem ser pessoas que obtém a satisfação pessoal manipulando as pessoas. 

Gleb Pavlovsky, um dissidente da era soviética que serviu como consultor político do kremlin ajudando a criar e inventar a imagem do presidente putin, morreu aos 71 anos aos 26 de fevereiro de 2022.

Pavlovsky trabalhou como um dos principais conselheiros do Kremlin por 15 anos e foi amplamente visto como um dos principais arquitetos do sistema político pós-soviético da rússia. 

Foi o principal spin-doctor da rússia na Ucrânia em 2004-05, enviado pelo kremlin para garantir a victória do Viktor Yanukovych e esmagamento do movimento Maydan. Foi o criador dos principais mensagens anti-Maydan, tai como a suposta divisão dos ucranianos em pessoas da 1ª, da 2ª e da 3ª classe. Foi o autor moral da proposta de envenenamento do Viktor Yuschenko, argumentando que o povo ucraniano nunca votaria num líder cuja face subitamente será marcada por alguma doença desconhecida.
Propaganda do Partido das Regiões proposta pelo Gleb Pavlovsky

Pavlovsky foi caraterizado pelas pessoas que o conheciam como a personagem «absolutamente imoral», ou seja, que não seguia nenhum tipo de moralidade e praticava e defendia a prática de quaisquer ações desde que estas serviam aos seus propósitos.  

Autor do termo «verticalidade do poder» (sistema de gestão integrado verticalmente, uma espécie de troca de lealdade numa aliança de funcionários do estado, reformados/aposentados e oficiais do estado com os funcionários das forças de segurança: polícia, exército, FSB, etc.). Pavlovsky apostou no 2º mandato do Dmitri Medvedev e à conta disso foi afastado do Kremlin. Nos últimos anos da sua vida estava na oposição ao regime russo, o fruto da sua própria criação ideológica. 

Uma coisa eles não são, não são nada estúpidos e possuem uma escola de lavagem dos cérebros acima de média. Por exemplo, numa outra entrevista, ao jornal, habitualmente lido por Zé povinho russo – “Komsomolskaya pravda”, o politólogo e chefe do Fundo da Política Efectiva, Gleb Pavlovskiy usa uma linguagem mais popular, mais bruta, mais cínica, sem nenhum tipo de reflexões, destinados às pessoas mais cultas. 

Pergunta: Sr. Pavlovskiy, como aconteceu que os especialistas da tecnologia política russos envergonharam-se tanto com as eleições (na Ucrânia) e como consequência temos 1 milhão de manifestantes em Kiev? 
Gleb Pavlovskiy: Envergonharam-se porque? Será que Yanukovich perdeu? Ele ganhou! Desde o inicio do ano, o nível do seu apoio aumentou quatro vezes. Desde o Putin é um fenómeno. <...> Não vejo a nossa derrota. 

Mas será que é uma vitoria? 
GP: Situação é muito difícil, não tenho a certeza que Yanukovich poderá conservar o estatuto do próximo presidente, na ausência de uma posição clara e perceptível do presidente em funções, Leonid Kuchma. 

Mas porque os super consultores russos, não previram esta evolução dos acontecimentos e não propuseram maneiras de preveni-la? 
GP: Nos chamávamos a atenção da parte ucraniana sobre a preparação de tentativa de alcançar o poder da maneira inconstitucional. Mas parece, que o poder ucraniano, entendia isso como uma propaganda eleitoral. Eles também gostavam de falar sobre o cenário da Geórgia, mas não previam que este pode se tornar a realidade, não viam que este é preparado diante dos seus olhos. 

Onde o Sr. vivia em Kiev?
GP: Eu vivia no hotel. Melhor não dever nada à ninguém. 

Então você ressentiu-se e voltou à Moscovo? 
GP: Eu não me ressenti e ainda não voltei. E depois, eu acho, que o poder legítimo na Ucrânia tem todos os chances de se defender da pressão bruta. Além do que este pressão ganha cada vez a cara mais definida, que rapidamente se torna fascista. Não existe a liberdade na praça (Praça de Independência em Kiev, o coração da revolução laranja). Ali temos uma propaganda descomedida. 

Existe uma ameaça para a Rússia? 
GP: Se a Rússia deixar que acabam com a Ucrânia, não passa de um ano, nos (Rússia) vamos ver algo pior. Nos devemos defender-se à sério. A posição do Ocidente não é simplesmente irresponsável para com a Ucrânia. Eles (Ocidente) de modo geral, não se interessam tanto pela Ucrânia, quando pela Rússia. E para isso, estão prontos de sacrificar a estabilidade na Ucrânia. 

O presidente Putin ficou numa situação bastante complicada, relacionada com os acontecimentos na Ucrânia. 
GP: O nosso presidente jogou no ultimo ano na Ucrânia o jogo decididamente duro. A influencia da Rússia aumentou muitíssimo. É um factor real, confirmado até pela oposição. Eles tem medo de mexer com Putin mesmo agora. Pergunto, poderá essa influencia ser usada em situação de crise, de uma maneira correcta? <...> Geralmente, a Rússia acaba mal as partidas que começa excepcionalmente bem. 

Gleb Pavlovskiy também, deu uma entrevista à rádio moscovita “Eho Moscvi” (Eco de Moscovo). As partes mais importantes desta entrevista. 

Pergunta: O seu prognostico da situação? 
GP: Os prognósticos em tempo de revoluções é um género mais que chato. 

Então, isto apesar de tudo, é uma revolução? 
GP: Então, sim. <...> Quer dizer, ela (revolução) pode ser cortada de alguma maneira, esmagada, mas em principio, ela é um facto real. <...> Eu me lembro o ano de 1991 (fim do comunismo), isto é sem duvida, a revolução. 

E quem pode “conduzir” a situação? 
GP: As pessoas (na Ucrânia) estão fartíssimos... Mas isso não quer dizer, que Kuchma (presidente ucraniano cessante) não tem a capacidade de contra-atacar. Outra coisa – não é perceptível o motivo de contra-ataque, por quem, para quem e porquê ele (Kuchma) irá contra-atacar. Porque, claramente, não por causa de Yanukovich. 

Quem lhe pagava os salários? 
GP: Eu trabalho aqui (em Moscovo). Eu digo, os meus clientes estão aqui, em Moscovo. Para que eu quero o poder alheio? <...> Mas nos ajudamos, é claro, ao grupo dos políticos, ligados à Yanukovich, isso não é o grande segredo... 

As pessoas que estão nas ruas, quem eles são? 
GP: Pessoas, que saíram às ruas, <...> do meu ponto de vista, são pessoas reais, ninguém lhes contratou, apesar daquilo que se diz muitas vezes entre nos. <...> Pessoas – são jovens, eu próprio poderia estar entre eles. <...> As pessoas que estão em estado de fervor revolucionário, é absurdo travar as discussões com eles, eles deveriam ser tratados como pessoas fora de si. E claro, eles devem ser contidos, na medida do possível, sem recurso à violência. 

Como você acha, as eleições (na Ucrânia) foram livres, ou então foram falsificados? 
GP: Do meu ponto de vista, isto (movimento popular contra a fraude eleitoral, por uma Ucrânia livre) é um movimento semifascista, que em diante será mais fascista ainda. 

Um minutinho. As eleições foram falsificados ou não? Você reconhece estes eleições? Sim ou não? 
GP: Sim eles são falsificados nos EUA, na França, na Rússia. 

Blogueiro (em Dezembro de 2004)

Como disse no inicio deste artigo, os manipuladores, realmente dominam bastante bem as técnicas de lavagem cerebral. As técnicas anteriores falharam, mas o Yanukovych continua a servir de picareta falante do Pavlovskiy e C°. Simplesmente hoje, para fazer a propaganda eleitoral, Pavlovskiy cria novas tácticas, transformados em slogans eleitorais: 
a) Yanukovych foi traído pelo Presidente Kuchma, ele foi abandonado, ficando a mercê dos seus inimigos. Ideia: O povo tem pena dos perdedores, daqueles que lutaram por aquilo em que acreditam, mas não tiveram a sorte necessária. 
b) As pessoas simples, que pertencem a Revolução Laranja é gente credível e merecedora, simplesmente os seus lideres visíveis e seus alegados «patrões ocidentais» não prestam. Ideia: ninguém gosta de se sentir usado, isto revolta as pessoas. 
c) O Ocidente só ajuda à Ucrânia para enfraquecer a Rússia. Ideia: tentar influenciar, principalmente os eleitores mais idosos, que durante toda a sua vida foram ensinados a acreditar que o único objectivo do Ocidente é destruir a URSS, para usufruir dos seus recursos minerais e da força de trabalho. 
d) Os movimentos populares contra a fraude eleitoral e por uma Ucrânia livre, bem organizados como “Porá!” (É o tempo!), “Rázom” (Juntos) - são movimentos fascistas. Ideia: Dividir a oposição laranja, semear a desconfiança mútua, para tentar aproveitar ao seu favor qualquer que seja o número de votos da base de apoio laranja.

Blogueiro (em março de 2022)

Como podemos ver, as técnicas de propaganda russa pouco evoluíram nestes 19 anos, quando se trata dos discursos sobre Ucrânia ou 2º Maydan, a Revolução da Dignidade de 2013-14:

a) Alegada legitimidade do Yanukovych vs gorpe de Estado (uma das últimas postagens do Elon Musk);
b) Os ucranianos são boa gente, Ocidente/EUA os enganou; a liderança ucraniana é má e influenciada pelos «nazis» (a posição assumida pelo PCP e outros extremistas da esquerda); 
c) Ocidente que «só quer enfraquecer a rússia»;
d) Os ucranianos são boa gente, a culpa é do «Azov», dos «nacionalistas», etc.

Dia 26 é o dia da verdade !

No dia 26 de Dezembro decida-se o futuro da Ucrânia. Será que a Ucrânia volta para a esfera de influência russa ou o país definitivamente romperá com o passado e voltará a grande família europeia.
Não queremos pensar que o retorno ao passado é possivel! A Ucrânia perdeu milhoões de concidadãos seus em consequência de uma decisão tomada em 1654 pelo o Presidente militar de então (Hetman) Bohdan Hmelnitskiy de juntar-se a Rússia.
Achamos que a Ucrânia pagou um preço muito elevado por essa decisão. Mas está na hora de dizer: chega de deixar que outros traçam o destino ucraniano, vamos votar, vamos votar no melhor presidente ucraniano do século XX - XXI Viktor YUSHENKO !
Vamos celebrar o Ano Novo em uma nova Ucrânia: numa Ucrânia livre e independente!

Viva a Ucrânia ! Viva o Moçambique ! Viva a liberdade para todos os povos do mundo !

Feliz Natal e um Ano Novo Próspero de 2005!
E que seja um ano próspero e também laranja !

Comunidade ucraniana residente em Moçambique.

Kateryna Yushchenko´s plans as President’s wife

Upon Victor Yushchenko’s winning the presidential election, his wife Kateryna will proceed with charitable activity, promote the development of Ukrainian museums, theatres and researches into the Genocide Famine subject.
“Of course, jointly with the world charitable organization “Friends of the children” I will support those children who need our help,” she has said in an interview with the “Evening news” paper. According to Victor Yushchenko’s wife, she is engaged in charity since 1995. “Friends of the children” help kids with medicines and clothes, improve their health in the Carpathians and assist them in getting higher education.
“I believe that one of the most important directions in the activity of the President’s wife is to be the development of Ukrainian culture, namely museums and theatres,” has told Kateryna Yushchenko. She has assured she will take great pains to make the Ukrainian people remember the history of the Genocide Famine of 1932-1933, as many relatives of Kateryna Mykhaylivna fell the victims of this tragedy. “Nowadays we are carrying out a program connected with the researches into this subject. We would like to embrace as many witnesses of Famine as possible,” she has reported.
Apart from the public activity, Kateryna Yushchenko will have to spend lots of time with her three little children, as the youngest one, Taras, is only nine months old.

by: Press Service of Viktor Yushchenko

e-adress: http://www.yuschenko.com.ua/eng/present/News/1931/

e-mail: viktor@yuschenko.com.ua

Biography of Viktor Yushenko

Viktor A. Yushchenko was born on February 23, 1954 in Khoruzhivka, Sumy Oblast, Ukraine into a family of teachers. In 1975, Mr. Yushchenko graduated from the Ternopil Finance and Economics Institute and returned in 1976 to Sumy, where he worked as an economist and department chief at the regional affiliate of the USSR State Bank.
In 1984, Mr. Yushchenko obtained his graduate degree in Finance and Credit from the Ukrainian Institute of Economics and Agricultural Management. Shortly thereafter, he moved to Kyiv and was appointed Deputy Director for Agricultural Crediting at the Ukrainian Republican Office of the USSR State Bank, a position he held from 1985-1987. Moving to the Ukrainian Agro-Industrial Bank, Mr. Yushchenko served first as Department Director (1987-1991), and later as Deputy Chairman of the Board of Directors (1991-1993). At that time, he was also First Deputy Chairman of the Board at Bank Ukrayina.
In 1993-1999, Mr. Yushchenko was Governor of the National Bank of Ukraine (NBU). As head of one of Europe’s newest central banks, Mr. Yushchenko played a key role in developing that institution’s monetary, fiscal and credit policies. Mr. Yushchenko helped establish the underpinnings of a solid banking system in newly independent Ukraine. Under his tutelage, an effective system of payments was established, as were the Ukrainian Banknote Factory and the Ukrainian Mint. He also oversaw introduction of the Hryvnia, Ukraine’s national currency, in 1996, and promulgated policies that substantially mitigated the impact of the 1998 Russian Ruble Crash upon the Hryvnia and Ukraine’s economy as a whole.
Mr. Yushchenko is best known within the international community for his record as Prime Minister of Ukraine. Confirmed by Parliament in December 1999, he served through April 2001 and, in 16 months in office, oversaw a series of key economic reforms that brought rudimentary order to help turn around Ukraine’s then-struggling economy. As Prime Minister, Mr. Yushchenko restored a measure of public trust in government by cementing fiscal discipline; paying off enormous pension, wage and other social arrears; eliminating unjustified state subsidies; improving conditions for foreign and domestic investment; and implementing land reform that yielded an impressive rise in output and the beginnings of affordable, market-based agriculture financing. He also brought a welcome measure of openness and forthrightness in governance, and pursued administrative and tax reform throughout his term.
In January 2002 Viktor Yushchenko united a broad range of democratic parties and groups to create “Our Ukraine,” an electoral coalition that was the hands down winner at the Parliament elections that year, gaining a quarter of all votes cast in party list voting and forming the largest parliamentary faction with 99 MPs in the 450-seat legislature.
In 1997, Mr. Yushchenko received the prestigious Global Finance Award as the one of the world top 5 central bankers. He is an Academic at the National Academy of Economic Sciences of Ukraine and the Academy of Economic Cybernetics, in addition to holding honorary doctorates from the National University of Kyiv-Mohyla Academy and the Ostroh Academy.
Married, with three daughters, two sons and two grandsons - Irina and Victor, Mr. Yushchenko is a benefactor of music and the arts. In his spare time he raises bees, collects antiques from Ukrainian village life, skis, paints landscapes, works with wood, and sculpts.

e-mail: viktor@yuschenko.com.ua

e-adress: http://www.yuschenko.com.ua/eng/Private/Biography/

terça-feira, dezembro 21, 2004


Laranja em África Posted by Hello

Kyiv, a capital da Ucrânia (em inglês)

Dan McMinn
http://www.orangeukraine.squarespace.com

"Ukraine is not Russia," is the title of a recent book written in Russian by President Leonid Kuchma of Ukraine. Good for him! It's definitely worthwhile to remind the Russians that this Texas-sized country is, technically, not theirs. That fact tends to slip their minds. Kuchma chose to slap his own picture on the front cover, making a rather more particular claim about whom the country belongs to, but I'm behind him 100% on the not-being-Russia part.
The difficulty lies in defining precisely what Ukraine is and where the boundaries lie. The long-running FSU bitching session covers most of the things Ukraine shares with its neighbors: corruption, alcoholism, bureaucratic absurdity, rampant nostalgia for the USSR and more corruption. But with 48 million people, someone, somewhere must be having fun, uniquely-Ukrainian experiences. Finding them was the goal of a sequence of trips my wife Lesya and I took over the course of the last year.
We traveled mostly between April and September because the winters here are rough. The trees are black, the streets are black, the sky is black and the looks are black; the place is monochrome if you add the snow. But summer is everything that winter is not -- a time when the countryside and the smiling people are dressed in riotously colored clothes.
We started from our home in Kyiv, the capital and center of Ukraine. It's a nice place to live when you've got a little cash because political patronage funds a lot of restaurants, discos, and entertainment complexes. There are 10 sushi places in Kyiv that each charge a pensioner's monthly salary per meal. I should be filled with horror, instead I'm filled with sushi.
In Ukrainian tradition, Lesya and I decided we must "bathe" our trip -- drink a toast to our success. We went to the center of town to do it. In that place is a great wide avenue, wide enough to accommodate an ample street and an even more ample sidewalk. The sidewalk is lined with tall chestnuts, behind which stand buildings old enough to be graced with pre-Soviet beauty. They are now occupied by stores like Adidas, Benetton, and Christian Dior. More big name foreign brands are packed into two separate underground malls at either end of the street. None of this luxury is even remotely affordable, even to a guilty sushi-eater. We walked by the stores, headed for the small amusement park tents and kiosks congregating beneath the chestnuts. There we picked up a couple beers.
But wait, you cry, isn't public consumption of alcohol against the law? Nope, in Ukraine you can freely drink alcohol out in the middle of the street! All my fellow foreigners and I get excited just talking about that. It routinely gets on ex-pat top ten lists of good things in Kyiv, beating out worthy contenders like ancient historical landmarks, warmhearted people, and great locally-farmed fruits and vegetables. Call me petty, but having no fun police to stop me from strolling through the park on a Saturday afternoon with a cold beer in my hand -- that's what makes life enjoyable.
So I was already having a good time from the moment we raised our first toast and looked around. All along the street, conspicuously near the beer kiosks, a half-dozen groups of street musicians were performing. The crowds of Ukrainian young people gathered around them were real Kyiv people, not the graft fund babies entering the luxury stores. It wasn't summer yet, so the clothing wasn't particularly scandalous. Just a handful of girls in ultra-miniskirts and translucent shirts (the bra: no longer just underwear anymore) and a few guys in pants so tight I thought for a moment that the 80's were back. To my relief, I saw no big hair -- crew cuts were the norm.
Lesya and I joined the group around a song leader who was singing an original tune about rock and roll under Communism. He'd apparently popularized it from his street corner, because the kids in the audience knew all the words. The song was about a "planned concert" -- one of the concerts the Soviet authorities ordered rock stars to perform for farmers out in the boondocks. (and AC/DC thought it was tough to be a rock star in the West).
The scene was relaxed and groovy, and it was only with reluctance that we headed home that night. The next day, I was going to need to obey the internalized parental voice telling me to go build character at some churches and historical sites.
I'm weak and uncultured, I admit it, but I can't get in a worshipful attitude on a church tour. I can stand about 10 minutes before I begin thinking, "Maybe if the gargoyles got up and did a little dance or something, then this would be interesting." I could almost hear myself mouthing the standard flattering inanity. "Why look at the gorgeous dome on that building! We don't have those back home. It's very... vegetable looking, don't you think? Not turnip-shaped, not quite radish-shaped, now let me think..."
Then Lesya told me they had dead bodies on show at the Pechersk Lavra (Caves Monastery) and I was sold.
The Lavra has history to spare: before Soviet control, before Tsarist Russian Empire, before occupation by the Poles and by the Lithuanians, Ukraine had its independence. Finding glory years for a country that has been occupied by Lithuania is tough, but a millennium ago Ukraine had some. From 900-1100, during the "Kiev Rus'" period, the city was one of the mightiest in all of Europe.
Ukraine was a powerful trading nation and after wholeheartedly embracing Orthodox Christianity around 1000, it also became a center of scholasticism. At this time, Russia was an insignificant little backwater, a fact that tends to irritate the Russians if you bring it up with them. They just can't seem to resign themselves to changing their nation's moniker from "Mother Russia" to the historically more accurate "Feisty Adolescent Daughter Russia." The Pechersk Lavra is one of the few buildings remaining from Mother Ukraine.
Lesya and I headed directly for the cave full of dead monks. We joined a tour, picked up beeswax candles, and tromped down into the darkness. The low ceilings forced us to stoop, and the smoke from our candles added to the swirling black smudges twisting through the tunnels. We pressed around in these tight quarters, negotiating around tourists to get a look at some 40-50 glass covered coffins. Sadly for my disturbed inner child, the robes completely enveloped all the bodies, save for a single, coyly exposed hand. (it was tiny, walnut-brown and a little flaky if your inner child wants to know) Most of the twenty or thirty bodies were monks, but one pious noblewoman made it in as well. I haven't a clue why; perhaps it was some particular endowment she brought to the Monastery.
The Lavra didn't get through the Communist era unscathed. It once seemed strange to me to think that Soviet officials messed about ancient and sacred places. Surely they would have unleashed wrath like that in Indiana Jones and the Lost Ark! But, if some bureaucrats got melted there were more left over, because the churches were subject to one of two fates: either they became Museums of Atheist Culture or they were destroyed. Happily the churches are back, but I'm disappointed I missed the atheism museums. I wonder what they kept in them: Nietzsche's fingerbone? The shroud of Voltaire?
At the Lavra, some brilliant priest must have worked out how to save the bodies as well as the church by proposing a macabre sort of compromise: the Soviets would let everything be, on the condition that the dead saints be stripped naked and their coffins left open to view. Imagine the tours! "Welcome to the Mausoleum of Non-Holy Naked Guys (And One Woman). Please note the runty little religious nutcases. They're all dead. Thankfully we are now moving towards a glorious Soviet future!"
A harried 3rd grade teacher scampers by: "For Marxist utopia's sake, Sasha! Stop pestering Anya with Pius the Tenth!"

Religious devotion seemed to have won through the humiliations, though. Off to the side of the tour route, in nook almost completely filled with coffins, gilded icons and candleholders, crouched a tearful young woman in a posture of obeisance. The rest of the place was constantly filled with pious grandmothers and stern middle-aged men who kissed each coffin. Somehow those old women had survived and passed their faith to another generation. So much for the glorious Soviet future.
A person actually interested in not-quite-radish domes could visit St. Sophia Cathedral and the reconstructed St. Michael's Monastery, both in the center of town. They are quite stunning.
Amazing, truly. Did I mention that you can drink beer in the streets?

by Dan McMinn, http://www.orangeukraine.squarespace.com

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Os manipuladóres 1

Já é uma tradição, que nenhum processo eleitoral na Rússia passa sem uma forte interferência dos especialistas das Relações Públicas (ou como são mais conhecidos na Rússia, das tecnologias políticas), um eufemismo para designar as pessoas que através das técnicas ultra sofisticadas de RP procedem a manipulação da opinião pública em grande escala. A campanha eleitoral do primeiro ministro da Ucrânia, Viktor Yanukovich, foi feita pelos dois maiores manipuladores russos, o chefe do Fundo da Política Efectiva, Gleb Olegovich PAVLOVSKIY e Marat GELMAN (http://www.guelman.ru/).
Geralmente, este tipo de especialistas, não gosta de falar com a comunicação social. Mas, na necessidade de melhorar a sua imagem, o senhor PAVLOVSKIY, concedeu, ultimamente, uma série de entrevistas à mídia, nomeadamente ao jornal moscovita “Nezavisimaya Gazeta” (http://www.ng.ru/) onde fala sobre o seu envolvimento nas eleições ucranianas.

Pergunta: Muita gente acha que a presença dos políticos e politólogos russos causou estragos no processo eleitoral na Ucrânia.
Gleb Pavlovskiy: Estragos no processo eleitoral foram causados pela Revolução (laranja) que no seu devido tempo não levou um murro na cara. A presença da Rússia foi mínima, acho que nos (Rússia) não interferimos na Ucrânia de maneira suficientemente aceitável. Embora a situação equilibrou-se, tudo começou demasiadamente tarde.

Pergunta: Então, você não acha que a interferência da Rússia nos assuntos da Ucrânia não é aceitável?
Gleb Pavlovskiy: Não houve uma interferência de verdade, e eu tenho a certeza que os nossos amigos ucranianos podem nos recriminar por isso. Rússia, infelizmente, com um enorme atraso, aprende formular a sua política de presença na vida dos países vizinhos. <...> Putin tomou os primeiros passos nesta direcção. Qualquer futura administração russa vai ter uma política activa nos assuntos ucranianos.

Pergunta: Parece que você ficou descontente pela maneira como a Rússia usou a sua influencia?
Gleb Pavlovskiy: Eu fiquei descontente com muita coisa. Por exemplo, com o nível de conhecimento em Moscovo da realidade ucraniana. Contando comigo próprio. Nos se acostumamos de olhar para os países de espaço pós soviético como análogos da Rússia. Mas isso está errado. Na Ucrânia, a Rússia estava atenta com os mecanismos de eleições e deixou escapar a revolução. Provavelmente foi um erro.
Se nos teríamos os plenos poderes de consultar os nossos parceiros ucranianos sobre (as medidas) da contra revolução preventiva e não sobre as eleições, podíamos evitar a desgraça. Mas não tínhamos estes direitos. Infelizmente, os parceiros ucranianos não queriam estudar este assunto, e para dizer a verdade, os circuitos políticos e oficiais da Rússia, também não empenharam-se à fundo.

Pergunta: O Sr. está a dizer que não recebia o dinheiro de nenhuma parte na Ucrânia e que todos os seus contactos estão em Moscovo. Quem são estes contactos?
Gleb Pavlovskiy: O Fundo da Política Efectiva – é uma organização privada e entrevem apenas, sob o contrato. Na Ucrânia eu não tinha contratos. <...> Os meus clientes em Moscovo pediram trabalhar para a coligação do poder, essa apoiava Viktor Yanukovich. É um grupo de políticos que é mais largo do que a “equipe de Yanukovich” e mais representativo do que a sua maioria parlamentar. É um grupo formado à volta do presidente Kuchma (presidente cessante da Ucrânia), ligado pelos acordos complexos, é um certo consenso – temporal e bastante instável, como podemos ver. O seu problema principal está no próprio Kuchma, que não queria nenhum equilíbrio alem do seu próprio.

Pergunta: Você vê a situação na Ucrânia como a tentativa ocidental de destruir a Rússia?
Gleb Pavlovskiy: Aquilo que se passa agora na Ucrânia é a mistura dos processos diferentes. <...> Mas existe uma maquinaria brilhante de iniciação e de exploração de protesto forasteira. <...> É o repacotamento dos elites no poder pela pressão da rua e da embaixada, ao mesmo tempo. Vocês deviam ver a maneira mansa como Kuchma recebe qualquer embaixador ocidental e até simples general na reserva (Javier Solana) à primeira demanda deles. <...> Em Kiev, realmente, trabalharam como consultores, práticos, pessoas que participaram nos acontecimentos em Sérvia e Geórgia. Uma parte deles oficialmente trabalhava com financiamento americano. Mas destruir a Rússia podem especialistas nacionais. A possibilidade de destruição foi demonstrada pelos acontecimentos de 1990 – 1991 e em projecto da Tchetchénia.

Pergunta: Qual é o orçamento russo para promoção do “nosso” candidato nas eleições ucranianas?
Gleb Pavlovskiy: A Rússia apoia com o dinheiro os oligarcas na Ucrânia? Não, nos não tínhamos problemas com o dinheiro. A elite no poder na Ucrânia é mais rica que a nossa. Ela simplesmente, é mais compacta.

Pergunta: Você tenciona voltar à Ucrânia?
Gleb Pavlovskiy: Não tenho essa intenção. Eu estive lá no período de eleições nos termos do meu contracto moscovita, que não tem nada ver com a Ucrânia. Porque a Ucrânia é o aspecto dos nossos problemas políticos internos, não mais que isso.

Pergunta: Que tipo de problemas?
Gleb Pavlovskiy: Agora <...> eu me interesso pelo seguinte – o Estado e a revolução. <...> Olhem hoje (para a praça de Independência de Kiev) lá existem outras caras – dos severos camponeses ucranianos que vieram à Kiev ensinar “amar a nação”. <...> E eles são secundados pelos idiotas de Bruxelas. O topo de nomenclatura hoje, muitas vezes é estrangeira, e eu dizia já muito tempo: os recursos americanos na Ucrânia são os recursos administrativos.

Pergunta: Se Yanukovich perder, quando você fiz tanto para a sua vitoria, os cidadãos russos podem perder a fé nos possibilidades de Kremlin...
Gleb Pavlovskiy: Yanukovich pode perder? Claro. Yanukovich apostou demasiado, na sua fé que Kuchma não o vai trair, ele ignorava muito tempo os factos. Se Kuchma optar pelo arranjo por sua conta, a situação (de Yanukovich) fica apanhada. <...> Isso será a razão para dizer: é pá, outra vez falhamos, outra vez nos ganharam? Na Rússia existe uma minoria activa que aprende com as derrotas. <...> Espero, que da situação ucraniana pode ser retirada uma lição importante. Nos não perdemos para qualquer um, perdemos para a revolução. Perdemos, por sorte, não no nosso território.

A palavra do tradutor.

A entrevista não necessita de comentários na maior. Apenas queria chamar atenção para os seguintes momentos. Primeiro é toda a vontade, com que o manipulador russo, defende o seu (e do seu país) direito(?!) de interferir nos assuntos de um país soberano. Nem ele, nem o país dele parecem querer saber nem da ética, nem da boa vizinhança, nem de qualquer tipo de relações de direito internacional. Os tipos são mais que empenhados de continuar com o legado intelectual de Lénin, que defendia que “ético é tudo que ajuda à causa revolucionaria”. Por isso, não sei como a Rússia vai conseguir viver no futuro, pois, com certeza, que com a continuação de uma política agressiva assim, nos próximos 10 – 15 anos será totalmente rodeada por países, que de certeza, não irão nutrir muita amizade por si.
Parece que Pavlovskiy e outros manipuladores russos perderam o “caso ucraniano”. E têm medo que ninguém os poderá querer contratar no futuro. Por isso, uma parte de linguagem agressiva provem do seu medo profundo de ficar sem o pão já amanha. É por isso Pavlovskiy tenta demonizar o Ocidente, mas principalmente o povo ucraniano. Porque é o povo que derrotou as suas estratégias, é o povo que não foi “suficientemente evoluído” para ir nas cantigas e votar num criminoso de delito comum. Isso realmente dói muito, já que na sua própria casa, os manipulados facilmente conseguem eleger qualquer um, desde que tenha o dinheiro necessário para pagar os serviços, que, diga-se de passagem, não são nada baratos. Essa diferença entre as mentalidades incomoda os manipuladores, porque demonstra de maneira mais clara possível, que os ucranianos não são “o mesmo povo” que os russos. Demonstra, que apesar dos séculos de separação, a Ucrânia continua pertencer à Civilização Ocidental e que o povo ucraniano nunca mais será mantido em cativeiro por uma potência estrangeira.
Os profissionais das Relações Públicas trabalham com os partidos políticos em todo o mundo. Por exemplo, o PSD em Portugal tinha um acessór de imprensa brasileiro, que cuidava da imagem do Durão Barroso durante as eleições de 2004. Por outro lado, os RP’s russos costumam afirmar a superioridade em termos da eficiência de penetração da sua mensagem no público – alvo. Neste contexto, apenas queria dizer o seguinte. Os RP’s russos, pelos vistos, só conseguem funcionar nas sociedades semi – autoritárias, nas sociedades onde existe a censura, onde as televisões estatais interferem fortemente na campanha eleitoral, onde os apoiantes da oposição são perseguidos e ameaçados, onde o Governo exige votos favoráveis dos membros de Forças Armadas e das pessoas que cumprem as penas nas prisões, enfim nos países que ainda estão no processo de aprendizagem democrática. Talvez por isso, que os RP’s russos são um produto de consumo interno e quando tentam intervir fora de casa, falham sem a glória e são vistos como perdedores. Talvez por isso que o mundo inteiro costuma usar os RP’s brasileiros ou americanos: eles também manipulam as opiniões publicas, mas fazem isso dentro das regras de jogo das sociedades democráticas abertas.

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O rosto feminino da revolução laranja na Ucrânia

Yulia TIMOSHENKO, um dos lideres da oposição ucraniana é amada por uns e odiada por outros. Nascida em Dnipropetrovsk (Ucrania Oriental), ela representa milhões de ucranianos que muitos anos da sua vida viviam como estrangeiros dentro do seu próprio país: sem creches ou escolas ucranianas, sem a possibilidade de fazer a carreira na sua própria língua. A independência do país em 1991 acordou muitos deles, eles lembraram-se dos seus raízes, recordaram que eles são ucranianos e são donos do seu próprio destino e do seu próprio futuro. Nem todos eles dominam a língua ucraniana na perfeição, mas todos eles tem a maior certeza: nunca mais eles vão ser colonizados ou maltratados por nenhuma entidade forasteira.
Yulia TIMOSHENKO deu essa entrevista, onde fala sobre a situação vivida na Ucrânia, à Radio “Eho Moskvi” (Eco de Moscovo), no final de mês de Novembro de 2004. Proponho vós os fragmentos mais interessantes.

Pergunta: Potencial técnico e científico da Ucrânia Oriental (que fala o russo e apoia o Yanukovich) é o factor do desenvolvimento do país. Seis províncias do Leste garantem a metade do orçamento do Estado na Ucrânia. O que a Ucrânia Central e Ocidental tem para contrapor?
Yulia TIMOSHENKO: Acho que discutir o assunto desta maneira não é muito inteligente. Na realidade, a ferida entre as civilização Ortodoxa e civilização Ocidental na Ucrânia já cicatrizou à muito tempo. A Ucrânia foi, é, e sempre será una e indivisível. Não só a Ucrânia Ocidental apoia o YUSHENKO, mas todos os regiões do país: Ucrânia Ocidental, Centro e parte considerável do Leste.
Os canais televisivos russos, que tentam passar a ideia que YUSHENKO é os Estados Unidos e Yanukovich é a Rússia, “esquecem” que o meu próprio partido, apoiando o YUSHENKO, era ao mesmo tempo, contra o envio do contingente ucraniano para o Iraque. YUSHENKO também é apoiado pelo Partido Socialista, que sempre em primeiro lugar ponha o bem estar da Ucrânia e cooperação com a Rússia.

Pergunta: Se o YUSHENKO ganhar as eleições do dia 26 de Dezembro o que ele fará com as províncias que mostraram as tendências separatistas (principalmente Donetsk e Lugansk)?
Yulia TIMOSHENKO: Todas essas iniciativas, os referendos (separatistas) não passam de lamurias daqueles que gostariam de ver a Ucrânia como sua propriedade privada e hoje aceitam ficar satisfeitos quebrando, pelo menos, um bocadinho do nosso país.

Pergunta: O que a Rússia deve fazer neste momento do seu ponto de vista? Qual é o seu papel?
Yulia TIMOSHENKO: Penso que nenhum, nos ficamos muito contentes, vendo o presidente Putin felicitar Yanukovich pela quarta vez. Penso que, se Putin o felicitar pela quinta vez, toda a gente vai entender que a Rússia vive a crise das tecnologias políticas. Eu, no lugar da Rússia, dos EUA ou da Europa absteve me de influenciar de maneira bruta os nossos processos internos. Os políticos da Rússia devem simplesmente nos observar, mas apenas os ucranianos vão encontrar e tomar a decisão certa, necessária para o nosso país. Se Viktor YUSHENKO se tornar presidente, entre a Rússia e a Ucrânia não haverá nenhum tipo de problemas de relacionamento. Aqui não existe o problema de ameaça de derrube dos interesses nacionais da Rússia, é a questão de derrube dos clãs nacionais.
Vocês sabem, na Rússia foi feito um inquérito popular, onde 80% dos russos disseram que não irão apoiar como presidente da Ucrânia, uma pessoa com o passado criminal.

Pergunta: Desculpem, Sra. Yulia, mas você também já passou pela cadeia, e muita gente na Rússia considera você como uma presidiária.
Yulia TIMOSHENKO: Eu fui presa por razoes políticas. Yanukovich foi preso porque arrancava os brincos das orelhas das senhoras, roubava os chapéus das pessoas. Atacava nas casas de banho públicas. Organizava a bandidâgem. São coisas bem diferentes. Aquilo que Yanukovich faz agora, não é muito diferente dos seus gamanços dos brincos. Um terço da fabrica metalúrgica “Krivorij stal” (Aço de Kriviy Rig) que foi vendida três vezes mais barato do que deveria, pertence hoje à equipe de Yanukovich. Eles hoje continuam a comportar-se da mesma maneira salteadora com o país inteiro.

Pergunta: Mas mesmo assim, milhões de pessoas votaram em Yanukovich.
Yulia TIMOSHENKO: Nas províncias de Donetsk, Lugansk, Dnipropetrovsk não são transmitidos os canais de televisão independentes. Temos ai o território total da falta da verdade. E mesmo assim, apesar da propaganda desenfreada, apesar de toda a coerção, Dnipropetrovsk, Kharkiv, Zaporijjia deram muitos votos à Viktor YUSHENKO. Nas províncias onde houve a votação maciça em Yanukovich, cerca de 35-40% dos eleitores votaram fora das assembleias de voto, nas urnas “take away”, isso é um absurdo, é uma tecnologia de falsificação colossal. Essa tecnologia ameaça agora todo o nosso país.

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sábado, dezembro 18, 2004

NOVA SEGUNDA VOLTA DAS ELEIÇÕES NA UCRÂNIA

Sexta – feira, dia 3 de Dezembro de 2004, o Tribunal Supremo da Ucrânia anulou os resultados da segunda volta das eleições presidenciais, que tinha tido lugar no dia 21 de Novembro, e mandato que uma nova segunda volta terá lugar no período de três semanas. No dia seguinte, a Comissão Central de Eleições anunciou que o escrutínio terá lugar no dia 26 de Dezembro de 2004. Tendo em conta toda essa conjuntura, o Congresso Mundial Ucraniano (CMU) apela à todos os ucranianos na diáspora de participar activamente nestas eleições.
Congresso Mundial Ucraniano, também, apela à todos os cidadãos não ucranianos, que ainda não são acreditados como observadores internacionais, mas possuem capacidades de desempenharem tais funções e gostariam de observar as eleições na Ucrânia ou nas representações diplomáticas ucranianas no exterior de contactarem CMU pelo telefone (416) 323-3020 ou congress@look.ca; o Comité Congressista Ucraniano dos EUA pelo telefone (212) 228-6841 ou ucca@ucca.org; o Congresso Ucraniano da Canada pelo telefone (866) 942-4627 ou ucc@ucc.ca. (Agradecemos o envio dos seguintes dados: seu nome, apelido, local de trabalho, endereço, profissão, número de passaporte e país emissor, experiência como observador internacional, data prevista de chegada e de saída da Ucrânia).
O significado destes eleições é enorme e indiscritível. Apelamos mais uma vez para todos os ucranianos que vivem no exterior e que votaram no dia 18 de Dezembro, de exercer o seu direito de cidadania. Apelamos mais uma vez para os observadores internacionais de sacrificar o seu tempo livre, ir à Ucrânia, em particular para as zonas onde as fraudes e falsificações foram particularmente graves e flagrantes, ou então participar no controle dos votações, que terão lugar nas representações diplomáticas ucranianas no exterior.
Continuamos a achar que nova segunda volta das eleições na Ucrânia deve decorrer sob o controle da comunidade internacional, que a Comissão Central de Eleições deve ser substituída, que não deve ser permitido votar fora do seu circulo eleitoral e que todos os candidatos e eleitores devem ter o acesso equitativo aos mídia. Finalmente, apelamos à comunidade internacional que assegura a não interferência dos países vizinhos no processo eleitoral ucraniano.

Toronto – Nova York, 6 de Dezembro de 2004
Pelo Congresso Mundial Ucraniano, o Presidente, Dr. Askold Lozynskyj
Pela Comunidade ucraniana residente em Moçambique

As eleições na Ucrânia serão investigados pela PGR

Os resultados da segunda volta das eleições na Ucrânia, que decorreram no dia 21 de Novembro e foram anulados pelo Tribunal Supremo da Ucrânia no dia 3 de Dezembro de 2004, serviram de matéria para a Procuradoria Geral da Ucrânia abrir um processo instrutório sobre os indícios de falsificações dos resultados do escrutínio, pelos membros de Comissão Central de Eleições.
Na véspera, o Parlamento Ucraniano (Verhovna Rada) endereçou ao Procurador Geral da Republica, Sr. Boris Bespaliy o pedido de abertura de um processo – crime contra o ex–Chefe da Comissão Central de Eleições – Sergiy Kivalov pelos danos económicos de grandes dimensões causados ao Estado Ucraniano.
O Sr. Kivalov validou a segunda volta das eleições, apesar dos indícios graves de fraude eleitoral organizada da maneira coordenada e sistemática pelas estruturas governamentais. A repetição da segunda volta das eleições presidenciais vai custar à Ucrânia cerca de 20 milhões de USD.

No entanto, a Ucrânia prepara-se para novos debates televisivos entre Viktor YUSHENKO e Viktor Yanukovich, que terão lugar no dia 20 de Dezembro das 19:00 às 20:40 (hora de Kiev) em directo no Primeiro Canal de Televisão ucraniana.
Os candidatos terão o direito de um discurso inicial de 10 minutos, depois começa a troca de perguntas e respostas, onde candidato terá 1 minuto para perguntar e 3 minutos para responder. O debate será transmitido em sinal aberto, onde todas as televisões e rádios poderão retransmitir os debates, mas não podem interromper os debates com a publicidade ou fazer qualquer tipo de comentários. Neste momento, o candidato da oposição democrática ucraniana, Viktor YUSHENKO tem a preferencia de voto clara do eleitorado ucraniano. Ele lidera todos os sondagens de opinião com um avanço de cerca de 10 pontos percentuais. E a única maneira com que os seus oponentes poderão tentar parar a revolução laranja, será uma nova tentativa do seu assassinato.

Carta ao Presidente de Moçambique, Dr. Joaquim A. Chissano

Excelentíssimo Senhor
Presidente da República
de Moçambique
Doutor Joaquim Chissano

No dia 21 de Novembro de 2004 na Ucrânia, decorreram as eleições presidenciais. De acordo com a maioria dos observadores internacionais, o processo foi afecto pelas fraudes e violações graves e não demonstrou os níveis de democracia, aceites mundialmente. As violações foram feitas para favorecer a candidatura do actual Primeiro Ministro, Victor Yanukovich. Mas todas contagens paralelas (exit polls), indicaram que o outro candidato, Victor Yushenko, foi o candidato mais votado e em alguns casos com dois dígitos de avanço. Mesmo assim, a Comissão Central de Eleições da Ucrânia, responsável pelo processo eleitoral, proclamou o Sr.Yanukovich como vencedor. Decisão essa, anulada no dia 3 de Dezembro de 2004 pelo Tribunal Supremo da Ucrânia.
Muitos governos democráticos manifestaram o seu descontentamento sobre a forma fraudulenta das eleições. De facto, ninguém, com excepção do Presidente V. Putin da Rússia e Presidente O. Lukashenko da Bielorússia reconheceram o Sr.Yanukovich como presidente. Para alem disso, tomando em conta a intensiva intervenção da Rússia no processo das eleições, muitos Estados, Organizações e Serviços de informação condenaram o papel da Rússia neste processo.
A comunidade ucraniana residente em Moçambique, apela à Vossa Excelência para seguir o exemplo de estados democráticos em todo o mundo. Sugerimos a forte condenação da interferência dos países vizinhos da Ucrânia nos assuntos internos de um pais independente e soberano.

Gratos pela atenção dispensada,
Pela comunidade ucraniana residente em Moçambique

A fulana que podia ser a primeira dama da Ucrânia

O discurso de Ludmila Yanukovich, preferido no comício dos apoiantes do Viktor Yanukovich em Donetsk (Ucrânia Oriental)

“Queridos amigos, eu (venho) de Kiev, eu posso dizer, o que se passa lá. Lá (se passa) simplesmente o sabat cor de laranja!..

...Então, as botas de feltro (Calçado tradicional ucraniano, usado pela oposição para se proteger do frio. Nota de tradutor), ficam de pé – tudo, em todo o lado é americano! Pá! E os montes de laranjas cor de laranja. E isso sobre o fundo: “Mar de laranja, céu de laranja...” (Canções da revolução laranja. Notas de tradutor). É pá! Isso é simplesmente... Isso é o terror!..

...E quero vos dizer, que essas laranjas não são simples, eles são picadas. As pessoas tomam a laranja, comeram – tomam outra. Pá! E ela arrasta-se e arrasta-se – a mão...

...Agora eu vinha para cá – houve novidades. E disseram – na praça (Praça de Independência de Kiev, o coração da revolução laranja. Nota de tradutor) começaram os envenenamentos em massa. Casos frequentes de consultas no hospital. As pessoas são trazidas com o meningite! Até onde nos chegamos! E ficam, e ficam! Olhos simplesmente de entrecasca! Simplesmente!”.

Fonte: http://obozrevatel.com/news_files/168438

A revolução laranja é o 25 de Abril ucraniano !

Nem toda a gente entende a verdadeira dimensão da revolução laranja na Ucrânia. Existe quem pensa que a Ucrânia vive a situação algo semelhante às democracias ocidentais: Santana ou Sócrates, Pepsi ou Coca, Sporting ou Benfica.
No entanto, a situação é bem diferente, o país enfrenta a ameaça do seu desaparecimento como uma entidade independente. Algo que aconteceu na vizinha Belarus(sia), onde as eleições foram ganhos pelo ex-director de uma machamba colectiva, e onde hoje existem esquadrões da morte, onde desaparecem jornalistas, politicos e empresários que identificam-se com a oposição, onde a própria língua nacional é mal vista pelo poder do Estado.
Fala-se dos russos que vivem na Ucrânia e que preferem o Yanukovich. O que posso dizer destas criaturas? Não são russos propriamente ditos. São mais as pessoas que ainda querem viver na União Soviética, pessoas que pensam que o Murro de Berlim ainda não caiu! Não há maneira de os fazer ver que o Mundo evoluiu desde a queda do Comunismo. São também as pessoas que vivem na Ucrânia 20, 30, 40 anos e não conhecem, não gostam e não querem saber da língua e cultura ucranianos. São uma espécie de erva daninha, gente sem raizes e sem valores, gente que aparece na casa dos outros sem serem chamada, mas quando a casa começa arder, pega nos seus trapitos e diz: "Adeus!". Este tipo da gente ficava muito confortavel na URSS, era um tipo de colonizador que não tinha nenhum problema de poluir meio ambiente ou gastar mal os recursos nas repúblicas nacionais, explicando a sua actuação pela simples fraze: "Isto aqui não é a minha terra!". É este tipo da gente que planeava construir o Chernobyl à 30 kilometros de Kyiv (Kiev). Posso dizer que são netos de Stalin, que lamentava que a URSS inteira não possui o numero necessário dos vagões de gado para deportar todo o povo ucraniano para a Sibéria. Numa acção semelhante que o mesmo Stalin perpetuou contra os chechenos ou tártaros da Criméia.
Então a onde é que era a terra desta gente, podem perguntar vocês? Na URSS diziam que a terra deles é o tanque, o carro de combate que essa gente aplaudia, sempre que havia mais uma invasão dos paises que tentavam fugir do frio: Hungria em 56, Chekoslovaquia em 68 ou Chechnia em 1994.
Espero muito sinceramente que as eleições de 26 de Dezembro serão ganhos pelo Viktor YUSHENKO, que a Ucrânia podera se tornar um país verdadeiramente europeu, que a economia do nacional melhora e que um dia a Ucrânia será vista como um país que traçou o seu próprio destino numa revolução pacifica, a revolução laranja, o 25 de Abril ucraniano!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Quem é Viktor YANUKOVICH ?

(Como um Zé ninguém tornou-se gente).

O delinquente da carreira queria ser o presidente da Ucrânia.
Em 1968 Viktor YANUKOVICH foi julgado e condenado, cumpriu a pena no estabelecimento prisional para jovens delinquentes, em 1970 foi julgado e condenado outra vez por “ofensas corporais voluntárias de média gravidade”.
No Verão de 2004, quando Viktor YANUKOVICH decide candidatar-se ao cargo do Presidente da Ucrânia, ele apresentou na Comissão Nacional de Eleições (no dia 5 de Junho de 2004) o seu CV que não tinha nenhuma referência do seu passado criminal.
A Constituição da Ucrânia garante a cada cidadão seu, inviolabilidade dos factos que pertencem ao seu forro íntimo. No entanto, quando trata-se dos homens do Estado, os factos da biografia já não podem ser considerados como segredo para a sociedade civil. A vida do País e da Sociedade dependem dos qualidades morais dos lideres. O Presidente deve ser uma pessoa de confiança cristalina, o que não acontece nesta situação. Os cidadãos da Ucrânia, da Europa e do Mundo devem e merecem saber quem é a pessoa que quer governar país de cinquenta milhões de habitantes.
Vejamos como um funcionário pouco conhecido, ligado ao sistema de oligarquia de carvão de Rinat AHMETOV, da região mineira de Donetsk (Leste da Ucrânia) fiz a sua carreira:
Em 1997, o Presidente da Ucrânia, Leonid KUCHMA nomeia Viktor YANUKOVICH como Governador civil da cidade de Donetsk, em poucos anos os funcionários do Estado, provenientes desta cidade comecem a ditar as regras de jogo na política nacional da Ucrânia.
Nas eleições legislativas de 2002, Donetsk vota maciçamente no partido do Governo “Pela Ucrânia Unida” (Za Edinu Ukrainu), alguns meses mais tarde, o YANUKOVICH é nomeado como Primeiro Ministro da Ucrânia. Agora o poder quer fazer tudo, para que ele torna-se o Presidente do país.
O jornalista ucraniano, Volodymyr BOYKO, que divulgou em primeira mão o facto das condenações do Governador do então, é vitima das pressões políticas vindas da Administração do Estado ao nível provincial (Donetsk), várias vezes o jornalista é “convidado” a desmentir sua noticia. Volodymyr BOYKO recebe as noticias, que Governador YANUKOVICH gostaria de exercer algum tipo de repressão violenta sobre o jornalista. Os funcionários da Gabinete do Governador tentam por todos os meios provar que o seu chefe nunca foi preso durante a sua vida. Quando o Viktor YANUKOVICH torna-se o Primeiro – Ministro da Ucrânia, ele admite publicamente que foi preso, mas garante que as condenações foram proscritos. (Pratica comum na URSS).
Em 2004, quando começa a corrida presidencial, o Gabinete da Imprensa do Primeiro Ministro, divulga a informação sobre “o jovem órfão, que entrou nas más companhias, mas mesmo assim foi condenado injustamente”. Mas alguns documentos preparados pela equipa das Relações Públicas do V. YANUKOVICH tiveram contradições, os processos criminais que podiam confirmar a prescrição dos casos, desapareceram.
Juiz Oleksandr KONDRATYEV do Tribunal de Apelação Provincial de Donetsk conta o 1° caso criminal do jovem YANUKOVICH:
”No dia 29 de Outubro de 1967, condenados Maslov, Celkovskiy e YANUKOVICH encontraram o cidadão Sovenko, espancaram o e apropriaram-se de alguns objectos pessoais dele”.
Yuriy CELKOVSKIY (melhor amigo do YANUKOVICH), lembra os tempos da juventude com orgulho: “Nos erramos os mais ágeis, mandávamos em toda a cidade...”
Juiz Oleksandr KONDRATYEV do Tribunal de Apelação Provincial de Donetsk:
“No dia 16 de Setembro de 1969 condenado YANUKOVICH e Bobyr espancaram o cidadão Pantelienko, causando lhe ofensas corporais voluntárias de média gravidade...”
Nos finais dos anos setenta, Viktor YANUKOVICH é bastante conhecido na sua cidade como um criminoso que praticava extorsão do dinheiro aos jovens da sua idade. Mas em 2004 toda gente tem medo de testemunhar perante as camarás da TV, dizem que muitos deles já foram visitados pelos criminosos de agora e que foram avisados sobre a necessidade de silêncio absoluto sobre o passado criminal de Viktor YANUKOVICH.
Uma pessoa que em 1978 alegadamente participou junto com Viktor YANUKOVICH numa violação de uma jovem, diz que já foi avisado pela máfia ucraniana, que qualquer testemunho seu não será tolerado: “vais cair do quinto andar do teu prédio junto com a família”.
Mas já em 1973, Viktor YANUKOVICH torna-se Director da Garagem da empresa estatal carvoeira “Ordjenikidze carvão”.
Em 1978 o Presídio do Tribunal de Apelação de Donetsk reabilita Viktor YANUKOVICH (proscreve as condenações) alegadamente a pedido do Cosmonauta e Deputado do Soviete Supremo da URSS, Georgiy Beregovoy. Os juizes consideram o caso como único!
Juiz Vitaliy HOVANSKIY, reabilitou o YANUKOVICH em 1978:
“Na minha pratica, nunca recebi um pedido do nível igual como no caso de YANUKOVICH...”
Depois, todos os processos criminais sobre as condenações do Viktor YANUKOVICH desaparecem dos arquivos do Tribunal.
Cidadão ucraniano, Mykola MOSKOVCHENKO, residente da cidade de Smila, afirma que duas cumpriu a pena de prisão junto com o Viktor YANUKOVICH nos estabelecimentos prisionais da cidade KREMENCHUG e YENAKIEVO, Zona № 52, (província de Donetsk):
“YANUKOVICH sempre estava junto da Administração do estabelecimento. Acho que ele próprio era da Administração. Quando, uma vez na cadeia aconteceu o motim, ninguém tocou em YANUKOVICH, parecia que ele tinha uma protecção especial...”
Quem oferecia a protecção especial à Viktor YANUKOVICH na prisão? Que tipo de relacionamento ele tem com criminalidade organizada? Porque o submundo criminal em Donetsk e Lugansk, faz a “propaganda” muito agressiva a favor de YANUKOVICH.
Alguns exemplos do tipo de fraude que foi praticada nas eleições na Ucrânia:
- havia canetas com a tinta invisível. Pessoas votavam em Yushenko, 15 minutos mais tarde a tinta desaparecia e a noite os funcionários dos postos eleitorais usavam os boletins para votar em Yanukovich;
- em muitos postos eleitorais observadores independentes foram expulsos, espancados, presos e impedidos de monitorar a contagem dos votos;
- em alguns urnas os apoiantes do Yanukovich deitavam algum tipo de acido para destruir os boletins (nas áreas que votavam maioritariamente pelo Yushenko);
Cito apenas os exemplos que foram confirmados publicamente pelo Sr. Bruce George, Chefe da missão da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Os mesmos exemplos foram confirmados pelo enviado dos EUA à Ucrânia Sr. Richard Lugar.
Fonte:

Hora H para a Ucrânia !

Imigrantes ucranianos em Portugal pediram ao Governo português que não reconheça o alegado vencedor

A União Europeia pede revisão dos resultados
O Alto representante para a Política Externa da União Europeia, Javier Solana, renovou em Bruxelas (Bélgica), o apelo da UE às autoridades ucranianas para que "revejam" os resultados das eleições presidenciais, fraudulentas e anti- democráticas segundo observadores internacionais.
"Apelamos às autoridades ucranianas para que revejam o processo eleitoral de maneira a que a vontade do povo ucraniano seja respeitada", afirmou Javier Solana perante a comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu.
"A forma como a Ucrânia vai gerir o período pós-eleitoral é um ponto decisivo nas nossas relações", acrescentou. O Alto representante manifestou, por outro lado, a sua preocupação com os riscos de uma degradação da situação na Ucrânia, afirmando que "nada permite concluir que eventuais explosões de violência sejam impossíveis".
Também o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, apelou para uma "resolução pacífica" da crise na Ucrânia, frisando que "interessa a todos que a situação não se torne incontrolável". O chefe do governo alemão, que falava no Parlamento alemão após a discussão do Orçamento de Estado para 2005, referiu-se às "fraudes em grande escala" denunciadas no relatório da missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para criticar duramente a forma como decorreram as eleições na Ucrânia.
Em Roma, o Papa João Paulo II enviou hoje uma mensagem a todos os ucranianos, afirmando que "nestes dias" reza "de maneira particular" pela sua "amada pátria". O Papa aproveitou a audiência geral das quartas-feiras para saudar os peregrinos ucranianos presentes e aludir brevemente à situação que o país atravessa.

Fonte: SIC Internacional




A todas as pessoas que apoiam a Ucrânia livre !

As eleições na Ucrânia foram falsificados por um grupo de criminosos ligado aos oligarcos (maneira simpática de dizer bandidos, de Donetsk). Acredito que ninguém pode ficar indiferente a essa situação, no mínimo desagradável ! Eles tentaram roubar a vontade do povo, andam a ser instrumentalizados pelos interesses do nosso vizinho.

Gostaria de vos sugerir alguns sites, que podem ser úteis, para ter informação credível:

http://www.razom.org.ua - site do Viktor Yushenko (em ucraniano, russo e inglês);

http://5tv.com.ua/ - televisão independente: “5-to canal”
http://5tv.com.ua/eng/newsline/ - site do “5-to canal” em inglês
http://www2.pravda.com.ua/en/ - jornal Pravda Ucraniana (em ucraniano, russo e inglês);

Na Ucrânia funciona a TV independente, o "5-to canal", aqui a sua ficha técnica:

Transmissão directamente da Praça de Independência de Kiev -
Satélite SIRIUS-2
5ºW
Frequência 12674 Mhz
polarização : V
Symbol rate 4000 FEC: 3/4

Transmissão do Centro da imprensa de Viktor Yushenko
satélite - SIRIUS-2
5ºW
Frequência 12615 Mhz
polarização: V
Symbol rate 3600 FEC: 3/4

Comunidade ucraniana de Moçambique

Bыступление несостоявшейся "первой леди" Украины - Людмилы Янукович

Раскадровка выступления несостоявшейся "первой леди" государства Украина - Людмилы Янукович
Постоянный адрес статьи: http://obozrevatel.com/news_files/168438

«Дорогие друзья, я из Киева, я могу сказать, что там происходит. Там просто оранжевый шабаш!..
...Значит, стоят валеночки рядами – все везде американское! От! И горы оранжевых апельсин. И это на фоне: «Оранжевое море, оранжевое небо...». От такое от! Это просто... Это кошмар!..
...И хочу вам сказать, шо эти апельсинки не простые, а наколотые. Люди берут апельсин, съели – взяли другой. От! И она тянется и тянется – рука...
...Сейчас я ехала сюда – были новости. И сказали – на площади массовое отруення почалось. Частые случаи обращения в больницу. Людей везут с менингитом! До чего мы дожились! И стоят, и стоят! Глаза просто лубяные! Просто!».





Привіт з української революції !

Лист від київської журналістки Тетяни Метельової.

Не ображайся, що не вчасно відповідаю. Я останні дні майже не буваю вдома. У нас революція. І ми пішли туди.

Докладніше.

Після закриття виборчих дільниць 22 листопада о 20-й годині було оголошено результат двох екзит-поллів. Один проводив державний інститут соціології Академії Наук України за участю найкращих фахівців соціологів України та світу. Опитано було кілька десятків тисяч осіб на виході з дільниць. Опитування було анонімним. За його підсумком за Ющенкo 54%, за Я. – 43. Другий проводили приватні фірми, одна з яких, як виявилося ще з першого туру працює на Я. За даними цього екзіт-поллу за Ющенкo 49%, за Я – 43. Отож обидва засвідчили перемогу Ющенкo. Однак ЦВК замість підрахунку результатів виборів мовчала сім (!) годин після закриття дільниць. І навіть не могла оголосити остаточної кількості виборців, що взяли участь у голосуванні. Однак після 20 години вночі їх кількість у Східній Україні (зокрема – Донецькій та Луганській областях) почала стрімко зростати і о 3-й годині ночі дійшла до 97% (на момент закриття дільниць вона становила 76%). Почала надходити офіційна інформація про побиття спостерігачів, їх недопущення на виборчі дільниці. Дехто зі спостерігачів провів час підрахунку прикутими наручниками в сусідньому приміщенні. Нарешті на ранок озвалася ЦВК, оголосивши перемогу Я.

І почалася революція, якої ще не знав світ. Помаранчева, виключно мирна й весела – з піснями, танцями, сміхом. Країна вийшла на вулиці. І ми не підемо з них до повної перемоги. Ще перед другим туром про підтримку Ющенка оголосили Мороз (соціалісти), Кінах (УСПП), зелені, частина НДП Пустовойтенка, ставленик Кучми на посаді голови ВР (екс-ставленик?) Володимир Литвин, навіть Деркач-молодший. Вчора про невизнання результатів виборів і підпорядкування виключно Ющенку-президенту ухвалили рішення: Київрада на чолі з Омельченком, Львівська міська та обласна ради, Тернопільщина, Волинь, частина Черкащини й Чернігівщини. Безстрокові мітинги на підтримку Ющенкo йдуть майже в усіх обл. центрах. Уся країна в помаранчевому кольорі – кольорі опозиції, кольорі Ющенка: люди, авто, дерева, стовпи, сумки і стіни.

Навколо ЦВК – БТРи і танки, на бічних вулицях – вантажівки з піском. В’їзд до Києва заблоковано військами, Київ оточено з метою недопущення громадян з регіонів, в обласних центрах перекрито виїзди. Однак з усів куточків України на власних авто, маленьких найнятих автобусах, на возах, конях і пішки ідуть і йдуть десятки, сотні тисяч людей з помаранчевими стрічками. Сьогодні ми провели ніч в наметовому містечку, що розбитий вздовж Хрещатика. Настрій спокійно-веселий. Усі непоборно впевнені в перемозі. На ранок нас було вже півтора мільйони y Києві.

Сьогодні Ющенко у Верховній Раді склав на Біблії присягу президента. Ми оточили резиденцію президента на Банковій. Осада триватиме безстроково, так, як і наметові міста в країні. До речі, для мешканців наметів налагоджене постійне безкоштовне годування, їм видають спальні мішки, термоси тощо.
А ти хіба не знаєш про підтримку нас Радою Європи? Про те, що США зараз розглядає питання про введення санкцій проти України за фальсифікацію виборів? Про те, що акції укр. підприємств разом впали?

ВОНИ готуються до втечі. Третю добу Бориспіль перебуває в готовності № 1. Льотчики ночують на робочому місці і готові до виліту. Однак готові ВОНИ й до силового варіанту. Зараз “на підтримку Я. З Донеччини літять літаки з обкуреними бритоголовими, яких вчора сюди везли потягами і вже навезли кілька тисяч.

Оголошено загальнонаціональний страйк. До нього приєдналися більшість вищих навчальних закладів країни, значна частина підприємств. Всі – на вулицях, усі – на асфальті. Під снігом, замерзлі, але веселі, усі – браття. Водії таксі їздять з помаранчевими знаменами, у метро безперервно лунає скандування “Ющенко”!

І навіть якщо нас давитимуть танками: “Ми разом, нас багато і нас – не здолати!” (це гасло лунає над країною). Навіть якщо нас вбиватимуть, ми будемо сміятися і дарувати квіти й помаранчеві стрічки. І ми переможемо!!!! Бо ми вже пишаємося тим, що ми – українці. І хай повмирають від заздрощів росіяни й решта есенгешників. Ми – українці. І наш вибір – свобода! Ми – щасливі.

У нас – революція, найрадісніша, найщасливіша з усіх революцій світу!

Ми – переможемо.

JOINT UKRAINE-DIASPORA FILM PROJECT TO PREMIERE IN EASTERN U.S.

The Company of Heroes, a full length feature film, depicting the struggle of the Ukrainian Insurgent Army, produced jointly by Olesfilm in Ukraine and Borec Realty from Australia will premiere in New York on Sunday, December 12, 2004 at 2:30 PM through the efforts of the UWC and the UCCA. Subsequent showings in the United States include: East Hanover, New Jersey on December 17 at 7PM; Philadelphia and Yonkers on December 18 at 1PM and 6PM respectively; and Northport, Florida during the week of December 19th. Theses events will be followed in the ensuing months with showings in other communities throughout the Diaspora as well as numerous international film festivals.

SEASON’S GREETINGS
We extend our heartfelt Christmas greetings to our brothers and sisters in Ukraine and in the Diaspora. As we take stock on the eve of a new year, 2004 has been remarkable, hopefully, a watershed in the democratization of Ukraine. Ukrainians in Ukraine and in the Diaspora have been united as perhaps never before. Our brethren on Independence Square in Kyiv, spearheaded by the younger generation, have manifested a resolve and strength, which has been the character of our nation over centuries. Whatever ensues, it will be good for Ukraine because it will result from the will of the people themselves. It seems that the birth of Our Lord, Jesus Christ, the Savior, comes at a very opportune time. The new born baby Jesus will smile upon our people as we welcome him with the traditional: Khrystos Rodyvsia! Slavimo Yoho!

UKRAINE’S FLEDGLING DEMOCRACY TAKES HUGE STEP BACK

NEWSLETTER OF THE UKRAINIAN WORLD CONGRESS
№ 12 (16) – December, 2004
145 EVANS AVENUE, SUITE 207 ● TORONTO, ON M8Z 5X8, CANADA ● TEL. (416) 323-3020 ● FAX (416) 323-3250, E-MAIL: congress@look.ca
203 SECOND AVENUE, NEW YORK, NY 10003 USA ● TEL. (212) 228-6840 ● FAX (212) 254-4721

As reported extensively, Ukraine’s presidential runoff held on November 21, 2004 was marred by widespread and flagrant violations. UWC president and secretary general together with numerous international observers from the Diaspora were in Ukraine for the elections. In fact over the course of the election process, the Ukrainian Diaspora through the Ukrainian Congress Committee of America (UCCA) with a substantial Ukrainian Canadian Congress (UCC) contingency, and the UWC fielded more than four hundred international observers. On Monday, November 22, 2004 at a press conference held in Kyiv, the Diaspora observers issued a bilingual statement decrying the election process and concluding that fraud substantially affected the result, since Viktor Yushchenko would have been the winner had the election been fair.
Subsequently, over the course of a week, the UWC issued an appeal to the Ukrainian Diaspora to stage rallies throughout the world at Ukraine’s diplomatic missions, protests at Russian Federation venues and urging their governments to denounce the fraud, rebuke Russia and declare Mr. Yushchenko the winner. Sample letters to foreign governments, leaflets, a position paper and action item were prepared by the UWC. All material is bilingual and available from the UWC office in Toronto. Ukrainian communities from North and South America, Europe, the Russian Federation, Australia and even Mozambique in Africa are participating in this global effort.

UKRAINE’S SECOND RUNOFF ELECTION

On Friday, December 3, 2004, the Supreme Court of Ukraine voided the results of the runoff election held on November 21 and mandated that a second runoff be held within three weeks.
The following day, the Central Elections Commission announced that the runoff would take place on December 26, 2004. In light of this information, irrespective of the ultimate composition of the CEC or the supervision over the second runoff, the Ukrainian World Congress calls upon all
Ukrainians in the Diaspora to prepare for the elections as scheduled.
According to Ukraine’s Law on the Election of the Presidents, lists of voters utilized during the runoff election will undergo corrections/additions. We urge Ukraine’s citizens abroad who did not participate in either previous rounds, to communicate immediately with the election precinct nearest them, to ascertain whether they appear on the existing list. If not, we urge them to visit that precinct no later than by December 18, show their passport for travel abroad and sign a statement in order to be included in the list of voters.
We encourage non-citizens of Ukraine, who are not accredited as international observers, but have the capacity to serve as such in the next round either in Ukraine or in the precincts abroad, to communicate with any of the following providing your name, surname, patronymic, address, profession, passport number, issuing country, citizenship, place of work, expertise on election monitoring as well as anticipated duration of stay in Ukraine: UWC at (416) 323-3020 or congress@look.ca; Ukrainian Congress Committee of America at (212) 228-6841 or ucca@ucca.org; Ukrainian Canadian Congress at (866) 942-4627 or ucc@ucc.ca.
The significance of these elections is overwhelming. We appeal once again to Ukrainian citizens abroad who have been included in voter lists and who will do so by December 18, 2004, to come out and vote on December 26, 2004. We urge accredited international observers to sacrifice their time once again, travel to Ukraine, in particular to locations where in the past falsification was particularly flagrant, or, at the very least, participate as observers at voting precincts abroad. Since the election has been scheduled during the holiday season, we urge our central national representations to appeal to their governments, non-governmental organizations and the media in their countries to participate notwithstanding the inconvenience.
We continue to insist that the elections must be supervised by the international community, with a CEC of new composition, elimination of wandering ballots and allowance for equal media access both to the two candidates and all voters. Finally, it is imperative that the international community ensures Russia’s non-interference in the electoral process.

Toronto-New York, December 6, 2004
For the Ukrainian World Congress

Акція протесту російських українців

Акція протесту російських українців, представників демократичних сил Росії проти втручання у внутрішні справи України.

В неділю, 5 грудня 2004 г., біля будинку МЗС Росії відбулась акція протесту проти втручання у внутрішні справи України. Акція орґанізована Об’єднанням українців Росії, Об’єднанням «Українці Москви», політичною партією «Союз правих сил». Підтримали акцію кримсько-татарська і грузинська громади Москви. Присутні тримали гасла: «Лужков, Жириновский - руки прочь от Украины», «Украина сама выберет Президента», «ОРТ –Обман Российского Телезрителя», «Кучма! Путин! Украина – не Россия», «Демократии – да, сепаратизму – нет!» та ін. Українські орґанізації, “Союз правих сил” за свідченнями їхніх представників виступають передусім за чесні, справедливі вибори, проти втручання у внутрішні справи України. Велика кількість присутніх підтримала опозиційного кандидата Ющенка.
В МЗС Росії від учасників акції передано вимоги:
- поважання суверенітету, незалежності і територіальної цілісності України”;
- припинення підтримки кандидатів та орґанів державної влади України, які дискредитували себе масовими фальсифікаціями на виборах Президента України;
- офіційне відмежування від заяв Лужкова та інших державних діячів Росії, які виступили на підтримку сепаратистських сил в Україні;
- невтручання силових орґанів Росії у вирішення політичної кризи в Україні.
В акції взяли участь понад 200 чоловік, переважно молодь. Панував піднесений настрій, лунали українські пісні (це стає традицією).
Уже вдруге, як на замовлення, поруч з’явились марґінальні представники “Трудової Росії” на чолі з Анпіловим з червоними прапорами, наспіх написаними провокаційними гаслами, в тому числі і безграмотною українською мовою. Гасла були написані на тему виборів в Україні, помаранчевого шабашу (згадайте Лужкова), “навіки разом”, “Богдан – з нами”. Виникає враження, що хтось настирливо хоче провести знак тотожності між російськими українцями, представниками демократичних сил Росії і бутафорською (але комусь вкрай потрібною) так званою “Трудовою Росією”.

Голова Об’єднання “Українці Москви”
Заступник Голови Об’єднання українців Росії
Валерій Семененко